De novo n’A TOCA’



Harry e Draco logo se tornaram bons amigos, era quase como se Draco fosse um segundo Rony, ele sabia muitas coisas e Harry se sentiu mais feliz de ter alguém para conversar além de Edwiges.

Os tios dele nem perceberam a estada de Draco na casa, parecia invisível.

Draco conhecia muitas coisas que Harry nem imaginava que existissem.

Na quarta-feira antes de irem para ‘A TOCA’, Harry reparou que, nas vestes de Draco, não havia mais a serpente prateada da Sonserina e perguntou.

“O que houve com suas vestes Draco?”.

“Bom! Quando eu estava com Dumbledore, eu pedi uma nova chance de ser colocado em uma casa e ele disse que tudo bem, mas se eu fosse selecionado de novo para Sonserina, teria que ficar lá”.

“Draco, você já teve algum amigo de verdade? Quero dizer desde que entrou em Hogwarts?”.

“Na verdade, não, ta certo eu tinha Crabbe e Goyle, mas eram mais capangas do que amigos”.

“Puxa! Isso é uma honra!” exclamou Harry.

“O que é uma honra Harry?”.

“Ser seu primeiro amigo de verdade” falou Harry encarando Draco com uma cara deslavada.

“Sabe, às vezes até que você é um “pouco” convencido sabia?” ironizou Draco.

“É sabia sim, mas devo dizer que você também tem as mesmas características, meu caro” falou Harry.

Harry e Draco riaram por alguns minutos até que Draco jogou um travesseiro para Harry e este entendendo o que o amigo queria, começou uma guerra furiosa de travesseiros.

Eles ficaram ali durante toda à tarde, mas logo pararam quando viram como haviam deixado o quarto bagunçado.

Eles estavam debruçados sobre o peitoril da janela por alguns minutos, os dois parecendo cansados da guerra de travesseiros, quando Draco falou.

“Escuta Harry...”.

“Fala meu...”

“Você conhece bem todos os integrantes da casa da Grifinoria, certo?”.

“Bom! Todos, todos não, mas a maioria, por quê?”.

“Bom é que eu queria...” o que estava acontecendo, Draco Malfoy parecia estar ficando encabulado com aquela situação, não era possível.

“Pode falar cara”.

“É que, independente da casa que eu ficar, eu queria que você me ajudasse com uma garota da Grifinoria, pode ser?” Draco falou.

“Claro cara, mas eu poderia saber quem é a sortuda que ganhou o coração do lorinho ai?” debochou Harry.

“Para com isso meu...” Draco continuava tenso.

“Ta! Parei, mas fala de uma vez quem é?”.

“Eu acho... não, eu tenho certeza que gosto da Parvati”.

“DA PARVATI...” Harry não conseguiu se controlar “E você quer que eu faça alguma coisa?”.

“Puxa, se você pudesse falar de mim para ela, eu... eu nem sei o que faria para agradecer” Draco sorriu novamente.

“Claro cara, amigos são para isso!”.

Eles estavam conversando há algumas horas já e notaram que o dia já estava começando a acabar, o sol ainda brilhava um pouco, mas a noite já era quase predominante, de repente eles viram um imenso brilho se formar no horizonte, um brilho ofuscante.

“O que será que foi aquilo?” perguntou Draco.

“Eu não sei, mas coisa boa não deve ter sido”.

Harry e Malfoy deixaram as coisas prontas para partir no final da tarde de quinta-feira e já estavam na sala de estar quando o Sr. Weasley apareceu na lareira para levá-los ‘A TOCA’.

Os tios haviam saído há algumas horas e com certeza não voltariam tão cedo.

“Boa-tarde Harry, Draco vejo que conseguiu o apoio de Harry também, é muito bom saber que você agora é um de nós” falou o Sr. Weasley.

“É muito bom revê-lo Sr. Weasley” cumprimentaram Draco e Harry ao mesmo tempo.

“Bom, eu acho melhor nós irmos antes que seus tios voltem o que me dizem?”.

“Claro!”.

Eles pegaram um pouco de Pó de Flú que o Sr. Weasley tinha na bolsa e um de cada vez, entraram na lareira dizendo ‘A TOCA’.

Harry sentiu a costumeira sensação de frio na barriga quando andava via Flú, seu corpo girava e ele ia a grande velocidade e quando ele finalmente começou a diminuir a velocidade, ele entrou zunindo pela lareira d’A TOCA’ coberto de fuligem.

“Olá Harry!” cumprimentou Fred erguendo-o do chão.

“É bom vê-lo de novo Harry” falou Jorge sentado à mesa comendo.

“Harry que bom vê-lo de novo, mas... o que é isso você perdeu alguns quilos deve estar morrendo de fome, vamos Fred e Jorge, levem as coisas de Harry lá para cima enquanto ele vai ao banheiro se limpar” abraçou-o a Sra. Weasley.

“Não precisam rapazes eu mesmo faço isso, só vou esperar o Draco” falou Harry.

“O Malfoy esta vindo para cá?” perguntou Jorge.

“Esta por quê?” perguntou Harry, mas não pode ouvir a resposta por que naquele momento Draco se lançava lareira a fora, coberto de fuligens também.

“HEI! Draco que bom te ver! Vejo que você ganha a simpatia de todo mundo cara” falou Jorge dando um abraço no loiro.

“Fazer o que né Jorge, deve ser o meu charme” falou Draco ironizando.

“MONTINHO NO MALFOY” gritou Fred atrás de Draco e os gêmeos e Harry se amontoaram em cima de Draco no chão, começando uma furiosa brincadeira que teve também a chegada de Rony que pulou em cima de todo mundo, mas logo o montinho se voltou para cima do ruivo que tentou fugir, mas puxado pela camisa e se viu embaixo de muitas cabeças.

A brincadeira só cessou quando a Sra. Weasley gritou que já era hora do café, Harry e Draco foram ao banheiro para se limpar enquanto os gêmeos carregavam suas malas para o quarto de Rony.

Harry logo que se sentou à mesa da cozinha com Rony e Draco para tomar café, teve sua atenção atraída por um gostoso cheiro, mas com certeza não era das torradas que eram feitas pela Sra. Weasley, o cheiro vinha das escadas, um gostoso perfume de rosas.

Gina vinha descendo as escadas em tom cadenciado, parecia estar dançando, estava linda, opa... Harry nunca tinha pensado em Gina daquele jeito, sempre a vira como uma irmã e como amiga, mas havia algo diferente nela, mas ele não sabia o que.

“Terra chamando Harry! ALOUUUUUU!!!” cutucou-o Rony, mostrando o prato de torradas que acabará de passar por Draco e estava na mão de Rony.

“AHN!!! O que... há ta... as torradas” falou desengonçado.

Gina riu vendo a cena deu um “Ola” a todos e corou quando notou que Harry a olhava novamente.

“Quando que a Mione chega mamãe?” perguntou Rony, fingindo desinteresse.

“Na semana que vem, os pais dela não queriam que ela viesse sozinha, então vão traze-la para cá” falou a Sra. Weasley que cozinhava algo que cheirava muito bem.

Harry não conseguia tirar os olhos de Gina, não sabia por que, mas havia algo nela que prendia sua atenção, mas o que era aquilo? Será que... ele estava gostando dela... não... não podia ser... “Ela é irmã do Rony” pensou ele e forçou-se a olhar para o prato, mas logo em seguida voltou a olhar para Gina, por que esta lhe dirigira a palavra.

“Então Harry, como foram o inicio de suas férias?” perguntou ela puxando conversa.

“Bom, você sabe Gina, as mesmas coisas de sempre, chatas com meus tios pegando no meu pé, alguns pesadelos como de costume, mas tudo melhorou depois que ganhei a companhia do Draco, aqui” riu ele.

“Andou tendo pesadelos de novo Harry?” perguntou a Sra. Weasley preocupada.

“Nada demais Sra. Weasley, são sempre os mesmos em que eu tento salvar...” Harry não conseguiu terminar a frase, pois a imagem do padrinho voando através do véu voltou a sua cabeça.

Gina e a Sra. Weasley pareciam não saber onde colocar a cabeça, pois sabiam que Harry ainda não estava pronto para discutir o assunto, ficaram tão coradas que seus cabelos pareciam que eram brancos se comparadas com a suas caras.

“AH! Harry me desculpe eu não...” começou Gina.

“Não faz mal Gina, eu estou bem, sério mesmo” falou ele vendo a cara de descrença dela, mas como ela esta linda, pensou ele, mas logo forçou a mente de novo a se concentrar no prato a sua frente.

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