13° Capítulo – Desejos e probl

Draco estava praticamente correndo nos corredores e indo a direção da Sala Comunal da Sonserina, mas ele entrou em uma sala qualquer no meio do caminho e fechou a porta com um estrondo. Anny pensou bem antes de entrar, deu umas batidinhas leves na porta, e não teve resposta, então foi abrindo a porta devagar.
Ela entrou e viu que Draco estava sentado no fundo da sala, em cima de um armário baixo, na altura da cintura de Anny, essa se aproximou devagar passando pelas carteiras, quando chegou bem perto dele, falou:
- D-Draco?...o que...o que foi?...o que aconteceu com você?
- Não é da sua conta. Me deixa em paz, eu quero ficar sozinho. – Disse ele virando a cara e olhando para a parede do seu lado.
- Draco...por favor. O que houve? Porque ta falando assim comigo? – Anny encostou-se no armário e ficou de lado para ele.
- Escuta. Você é surda ou o que? Eu já disse, eu-quero-ficar-SOZINHO. – Draco gritou e continuou fitando a parede.
- Draco! Olha pra mim. Qual é o seu problema? – Anny o segurou pelo queixo e o fez virar o rosto para ela.
- Você quer mesmo saber o que o meu problema?...VOCÊ É O MEU PROBLEMA ANNITE. VOCÊ! – Draco falou olhando para ela.
- E-eu?...como assim? – Anny soltou o rosto dele e começou a fitar o chão.
- É, você mesma... Você esta sendo o meu problema a um bom tempo já. Não entende?... – Draco encarava o rosto dela.
- Eu... não entendo... – Anny falou baixo sem olhar pra ele.
- Desde aquele dia...aquele maldito dia que você entrou na minha cabeça e não saiu mais. Pô! Como você faz isso comigo? Me atormenta! Como se não bastasse àqueles sonhos idiotas que me faziam acordar achando que você estaria deitada do meu lado. Você é uma maldição na minha vida Annite. Você não sabe o estrago que esta fazendo em mim. – Draco falou e olhou para a parede de novo. – Você me enlouquece Annite... eu já não aquento mais, cada dia é um sonho, ou um pesadelo como hoje você e o Potter maldito.
Anny estava paralisada, não sabia o que fazer, não sabia o que falar. Por um momento pensou em falar que não era só ele que estava enlouquecendo, mas se conteve e apenas disse:
- Te odeio...
Ela desencostou do armário e já estava indo embora quando Draco levantou de um pulo do armário, puxou Anny pelo braço e a beijou, abraçando-a muito forte. A garota ainda assustada colocou suas mãos em volta do pescoço dele e o abraçava com medo de perde-lo.
Draco a sentou no armário e eles ficaram se beijando durante algum tempo, se beijavam com muita ‘fúria’, como se fosse o ultimo beijo da vida deles. As mãos de Draco percorriam as costas de Anny, essa o abraçou pela cintura fazendo com que eles ficassem bem grudados, sem parar de se beijar.
Depois de algum tempo, os dois recobraram a consciência do que estavam fazendo. Draco já estava desabotoando o terceiro botão do vestido de Anny, e essa já tinha tirado às vestes dele, deixando-o com a camisa branca e a calça. Pararam de se beijar, respiravam rápido. Anny olhou para Draco que estava vermelho e ofegante, e disse:
- Porque....porque fez isso?...
- Cala boca! – Draco gritou pegou suas vestes e saiu da sala sem dizer mais nada.
Anny ficou parada sem saber o que fazer, resolveu ir para a Sala Comunal. Caminhou devagar pelos corredores pensando, estava perturbada pelo que tinha acontecido. “Porque ele fez aquilo?... porque gritou comigo daquele jeito?... por quê?” Ela pensava, distraída, não percebeu e já havia chegado à entrada da Sala Comunal. Falou a senha e entrou, mal entrou na sala e para sua surpresa Tinna estava lá, de pé conversando com...Malfoy?! Anny sentiu o chão sumir. Tinna percebeu que a amiga acabara de entrar na sala, e correu a abraçá-la.
- Anny! Nossa que saudades. – Tinna abraçava Anny, que retribuía.
Draco, que estava só observando, subiu para o dormitório sem dizer nada.
- Oi... Tiny... – Anny falou ainda abraçando a amiga e vendo Draco subir as escadas.
- O que foi? Você esta meio pálida... – Tinna falou soltando Anny – E...que vestido lindo é esse? Me conta tudo que aconteceu enquanto eu estive fora.
Tinna e Anny se sentaram no sofá na frente da lareira, onde só sobrava um fio de fogo.
- Anny, você foi ao baile com quem? – Tinna perguntava animada. – e onde conseguiu esse vestido?
- Ah...bem...eu ganhei esse vestido da minha mãe...recebi de Dumbledore no dia que veio me dar a noticia.
- Ah sim...esse seu colar também é lindo. – Tinna comentava olhando o colar.
- É também ganhei da minha mãe. – Anny falou fitando a lareira. – Porque você voltou mais cedo?
- Ah! Não gostou da surpresa? – Tinna perguntou fingindo estar brava. – Bem, meus pais resolveramviajar e eu não quis ir com eles, e pedi pra voltar mais cedo. Mas me conte como foram suas férias até agora. Amanha já é natal.
- Minhas férias foram normais, nada demais aconteceu...olhe Tiny eu estou com muito sono podemos conversar amanha? - Anny falou se levantando.
- Claro...mas você esta bem? – Tinna se levantou também.
- Estou sim... – e Anny subiu para o dormitório.
Ela vestiu sua camisola preta, se deitou e ficou pensando em tudo que tinha acontecido naquela noite. Quase uma hora depois ela conseguiu cair no sono.
- Anny!!! FELIZ NATAL! – Tinna pulava na cama da amiga e a abraçava.
- AH! Tiny...ai! Feliz natal pra você também. – Anny acordou com o grito da amiga, e sorria para a mesma, que já tinha saído de cima dela, e estava abrindo seus presentes.
- OH! Que linda essa presilha de esmeraldas azuis, Anny, obrigada! – Tinna falou abrindo o embrulho do presente que Anny lhe deu.
- De nada...obrigada também pela saia. Adorei. – Anny falou abrindo o presente de Tinna, uma linda saia verde que ia até os joelhos.
As duas ficaram vendo o resto de seus presentes, até que Anny achou um pequeno pacote quadrado, prateado, com um laço verde, abriu e dentro encontrou uma bela pulseira de prata com um pequeno pingente oval que abria, *assim como o do colar de sua mãe*, por fora era prateado também. Por dentro havia dois lugares para por fotos pequenas e um bilhete:

Daquele que te desejava. E agora te esquece.

Desculpas pela noite passada,
D.M.

Anny leu e re-leu o bilhete umas cinco vezes. Não sabia se ficava feliz pelo presente, ou triste pelo que estava escrito. “D.M.... Malfoy... Preciso falar com ele, e esconder esse bilhete de Tiny.”, a garota guardou o bilhete no pacote e colocou a pulseira no braço.
- Que linda pulseira Anny. Quem te mandou? – Tinna perguntou vendo a pulseira no pulso da amiga.
- Não sei, não tinha bilhete, nem nada. – Mentiu Anny guardando o pacote na gaveta do seu criado do lado da cama.
- Que estranho...bom vamos descer pra comer. – Tinna, que já estava vestida, falou saindo do dormitório, enquanto a amiga ficou se arrumando.

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