9° capítulo – Chorar não traz
Quando Anny chegou na sala comunal, viu que Tinna estava lá, e estava chorando.
- Tiny?...o que foi?
- O... o...Phill e eu....terminamos... - Falou entre soluços.
Se já não bastasse Anny estar de cabeça cheia por causa do Malfoy, agora estava se preocupando com sua amiga.
- Nossa...mas porque? - Anny falou indo até a amiga, e a abraçando.
- Eu..eu falei pra....ele..que...que eu...não gostava...realmente, dele...e que...estava tentando...mas num deu pra esquecer, o...o Draco...- Tinna falou soluçando menos.
- Mas...você estava tão feliz com ele...
- Sim...eu estava feliz, com ele...mas não gostava dele, como eu gosto do Draco.
- Então você falou pra ele que você gostava do Dra...Malfoy?
- Sim...falei...mas pedi para ele não falar nada...pro Draco. - Tinna falou, parando de soluçar, mas deixando, as lágrimas molharem seu rosto.
Anny e Tinna, ficaram ali, sem dizer, nada, até que Tinna percebe, que Anny está com as vestes de Draco.
- O que, você está fazendo...com as vestes do Draco?
- Ele, me emprestou, porque estava frio no jardim...- Anny falou baixo.
- No jardim? Por que vocês foram para o jardim? - O ciúme de Tinna estava crescendo.
- Nós fomos pra lá...porque estávamos cansados, e precisávamos de ar...depois de dançar, sabe?
- Sei... mas num rolou nada, né?
- Não, claro que não. - Anny falou meio nervosa.
- Ok. - Tinna tinha acreditado, mais ainda estava enciumada.
Ficaram em silêncio, por um tempo, até que Tinna resolveu ir se deitar.
Anny ficou na sala, pensando se contaria pra amiga, sobre o ocorrido, mas achou melhor não, a amiga ainda estava muito enciumada. Enquanto Anny pensava, não percebeu, todos já haviam ido dormir menos ela, e certo um loiro, que estava entrando na sala comunal.
Quando Draco entrou, Anny ainda não tinha o visto, ele, então resolveu se sentar, ao lado dela.
- Ainda acordada... - Draco falou, ele queria falar com Anny, pra saber por que ela fugia dele.
- Não, eu to dormindo, sabe... sou sonâmbula. - Anny falou irônica.
- Então, é melhor você acordar, por que eu quero falar com você. - Draco falou sério.
- Não tenho nada pra falar com você...ah! E aqui esta sua veste. - Anny falou tirando a veste de Draco e entregando pra ele, sem olhá-lo nos olhos.
- Annite... você sabe muito bem temos que ter uma conversa séria. - Draco falou rude.
- Eu sei... - Anny falou baixo. Ela não queria conversar com ele. Não queria ter uma briga com ele, sendo que ela estava gostando dele, e não parava de pensar naquele beijo.
- Certo. Vamos deixar as coisas bem claras, ok? - Draco falou se virando para ela, que não se virou, pois não queria olha-lo nos olhos, e ter vontade de beija-lo de novo.
- Ok...mas o que você quer deixar claro aqui? - Anny falou muito baixo, mas Draco pode ouvir.
- Porque você foge de mim? - Draco falou, encarando a lareira.
- Por que?...Porque não... Quero... Não posso... - Anny não sabia o que dizer, sua amiga a pouco tempo, havia lhe dito que gostava muito de Draco, e ela ali, escolhendo entre falar que amou o beijo, e falar que o odeia, pela amiga.
- O que?...o que você não pode? - Draco falou quase gritando.
- Eu não posso te dizer, a verdade. - Anny resolveu, que não contaria sobre o que ela estava sentindo.
- A verdade?...e por que? - Draco perguntou incrédulo.
- Por que...eu... - Anny não ia agüentar, ficar ali, sem fazer nada, então, antes de falar alguma coisa, ela beijou Draco. Quando terminou, só se virou para a lareira, e não olhou para Draco, esse estava paralisado, mas também olhava para a lareira. - Agora...Deixe-me em paz...Malfoy. - Dizendo isso Anny, se levantou, mas Draco segurou-a pelo braço.
- Você ainda não me respondeu, porque foge de mim? - Draco a segurava com força.
- Por que... - Anny ia falar sobre Tinna, mas nesse momento, entram na sala...
- Profº. Dumbledore, profº. Snape? O que fazem aqui? - Draco perguntou, soltando Anny.
- Srtº Winnean? – Perguntou o Diretor.
- Sim. - Anny falou assustada, estava pressentindo, que coisa boa não era.
- Preciso falar com a srtª. em particular. - Dumbledore falou, se virando para Draco, que assentiu com a cabeça, e subiu para seu dormitório. E Snape, foi junto com ele. Dumbledore então, se sentou numa poltrona ao lado da lareira, ainda acesa, e fez sinal para Anny se sentar. - Receio ser portador de más noticias, mas, tenho uma péssima noticia para a srtª. Receio que sua mãe, tenha sido encontrada, e. tenha sido, infelizmente, encontrada por comensais. - Anny ouvia paralisada, e não falava nada, enquanto Dumbledore a encarava com aqueles olhos, por cima dos óculos de meia lua. - E, ela, foi...encontrada, por aurores. Infelizmente ela não está mais entre nós, lamento muito...
Anny, de repente, não sentiu mais o chão, não sentiu mais nada, só um grande vazio dentro de si, sua vista começou a embaçar, com as lagrimas que brotavam e teimavam, em cair, involuntariamente.
- A srtª poderá ir ao enterro, que será realizado amanhã. Ás duas da tarde. - Dumbledore, falou, com profunda tristeza.
- Não...- Anny falou - não irei ao enterro, professor.
- Se a srtª quer assim, tudo bem, eu respeito sua decisão. - Dumbledore falou se levantando. - AH! Tenho uma coisa para a srtª, sua mãe pediu, no testamento, que eu lhe entregasse, isso. - Dumbledore tirou uma caixa, de dentro das vestes, e entregou para Anny.
- Ok...- Anny falou pegando a caixa. Ela não parava de chorar, e quando o diretor estava quase indo embora, ela falou - Professor?
- Sim? - Dumbledore se virou, e Anny o abraçou, bem forte, estava precisando disso, de um abraço, de um amigo, de um desabafo.
- Obrigada. - Anny falou soltando o diretor, que assentiu com a cabeça, e saiu da sala, e logo o professor Snape, também.
Anny correu para o dormitório, colocou a caixa na mesinha, do lado de sua cama, fechou as cortinas em volta, pegou um retrato, onde, tinha ela, sua mãe e seu pai, sua mãe lhe sorria sem parar, e seu pai a estava abraçando, Anny na foto ainda era um bebê. Ela ficou olhando para a foto, se jogou na cama, e começou a chorar. “Por que? Por que tudo isso acontece comigo?...por que...mãe, por que você tinha que me deixar?...por que...primeiro meu pai, agora você, mãe?...” Anny só conseguia pensar na mãe, e chorar. Ela não dormiu direito, teve pesadelos com brigas, suas brigas com sua mãe. Quando acordou, acordou cedo, e viu que só dormiu algumas horas, não estava com sono, mas ficou deitada, lembrando-se da promessa que fez para a mãe, no seu primeiro dia, de aula, antes de ir para Hogwarts.
[conversa dela, com a mãe]
- Anny? - Jennite falou baixo.
- Sim? - Anny perguntou.
- Promete-me uma coisa?
- Claro.
- Prometa-me, que se acontecer o pior, você, não irá para o meu enterro?
- Mas...
- Só prometa-me, Annite, eu não quero que você se lembre de mim, deitada num caixão, quero que se lembre de mim viva, dos momentos felizes que tivemos juntas, ok? - Jennite falou, séria.
- OK, mas mãe...
- Prometa-me.
- Eu prometo. - Anny falou abraçando a mãe. Logo depois ela entrou no trem, e partiu.
[Fim da conversa.]
“Ah, mãe, eu vou cumprir minha promessa, custe o que custar”. Anny pensou, e continuou deitada.
Logo suas colegas foram se levantando, e Tinna, quando acordou, viu a cortina fechada de Anny, resolveu entrar, e ver, se a amiga ainda estava dormindo.
- Anny, já acordada? - Tinna falou sorrindo, Anny estava deitada olhando para o teto, e abraçada ao retrato. - Anny, o que aconteceu, por que esta chorando? - Tinna viu que a amiga estava chorando, e se sentou ao lado da amiga.
- Tiny...minha mãe... - Anny não conseguiu falar nada, só abraçou a amiga, e chorou feito uma criança.
- Calma...não me diga que...- Tinna pensou bem, e percebeu, que o pior tinha acontecido. - nossa, sinto muito Anny. - Tinna abraçou a amiga com toda força. - Se você quiser, eu fico aqui com você...
- Não, não se preocupe, eu estou bem...vamos...vamos comer...eu acho que não vou às aulas hoje.
- Não vai mesmo...vamos...vai tomar um banho, se troca...põe uma roupa leve...e vamos comer...que você está super pálida.
- Ok... - Anny falou se levantando, colocou o retrato em cima da mesinha, e viu a caixa, resolveu que a deixaria ali, até o baile.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!