A Medalha Completa
No dia seguinte, Opala nem sabia como voltara a torre. Estava tensa e nervosa, até com receio de encontrar com Harry, porem aquele beijo não saia da sua cabeça.
Por outro lado, estava tão feliz como não se sentia havia anos. Nem Pansy Parkinson conseguiu irritá-la com seus comentários maldosos.
Quando ela entrou no salão para tomar café, procurou evitar olhar para a mesa da Grifinória, mas quem disse que ela resistiu? Ela e Harry se entreolharam e abriram em largos sorrisos.
Só que na mesa dos professores, havia uma pessoa que parecia furioso com tudo aquilo.
Na aula de poções, Lucio Malfoy entregou as provas. Hermione se chocou quando viu que o Prof. usara de magia para mudar suas respostas de modo que ela ganhou um zero extremamente redondo. Ela, Opala e Harry, se alguém se interessa em saber.
O caso é que era aula dupla, com um intervalo para o almoço então, logo depois do mesmo, já estavam eles ali de novo, esperando a Peste Loura, como dizia Opala.
- Ora Órfã, você está com raiva porque errou tudo na prova, é?- Disse Draco (para a surpresa de Hermione)- É, tipico de uma sangue ruim e traidora, culpar as pessoas decentes... Pelo menos, até o ano passado você não andava com uma Sangue Ruim e com o Potter aí... Tsc, tsc, desesperada por amizades com você é, deu nisso....
-Olha a sua boca Malfoy, vai querer que o seu papaizinho te ouça falando assim, vai? –Devolveu Opala, sem notar que Hermione estava chocada.
-Pelo menos, eu tenho pai...
-E pelo menos eu tenho um cérebro dentro da cabeça e não um buraco negro de asneiras e preconceitos! – Devolveu Opala na maior calma (Yeah, Opala: 10, Draco: 0), mas Pansy entrara na briga.
-Tanto cérebro que tirou zero! Aposto que os seus pais te abandonaram para não ter que cuidar de uma mestiça feito você!
Aquilo Opala parecia não saber como revidar, mas Hermione sabia.
-E voces? Uma vaca com cara de buldogue e um loiro falso! Ora, Draco o que vejo? Um fio escuro no seu cabelo!!! Quer mais água oxigenada, quer? –A classe caiu no riso. Essa era bem original- Mas com pais ou sem pais, com zero ou dez na prova, é como Opala disse. Pelo menos nós não somos preconceituosos e nem somos tão burros a ponto de nos aliarmos a um psicopata feito Voldemort que deveria estar no hospício!
Era a primeira vez que Hermione falava alto o nome de Voldemort e a primeira vez que ousava ofendê-lo (coisa que Opala fazia sempre que Lucio não estivesse perto).
-Devia usar todo esse conhecimento decorado de livros nas provas, Granger.- Disse Lucio, que acabara de chegar.- Pra sala, todos voces.
Pulando de uma vez para tarde da noite, Hermione se perguntava porque Draco agira assim com ela. A menina chegou a conclusao de que fora usada e jurou a si mesma que pensaria melhor antes de confiar tanto em alguem da sonserina e seu pensamento recaiu sobre Opala. Mas ela afastou esse pensamento.
Opala não podia ser má.
Falando na mesma, Opala estava mais uma vez sem sono. Acabava de voltar da cozinha, onde fora fazer um lanche na tentativa de que isso a ajudasse a dormir.
Estava realmente começando a ficar com sono quando viu Lucio Malfoy passando por um corredor. Opala não gostou do que viu e começou a segui-lo.
‘Eu deveria chamar Harry e Hermione...’ Pensou ela, mas lembrou-se de que não só não conhecia a senha mas como Lucio poderia estar longe até ela acordá-los, por isso, seguiu-o sozinha.
Verificou logo que fora uma grande burrice pois Lucio saiu da propriedade de Hogwarts e ela, que cismara de que ele estava indo ver Voldemort, fez o mesmo.
Foi a conta. Bastou ela por um pé fora da propriedade, que duas pessoas encapuzadas a agarraram. Opala tentou pegar a varinha, mas um deles que ela logo viu que era uma mulher, gritou: Expelliarmus.
Mas Opala era Opala e ela não precisava de varinha. Mentalizou com toda a força e o homem que a segurava foi lançado contra o muro. Furioso, ele apanhou a varinha, mas a mulher gritou:
-Não seu idiota! Temos ordens de não machucá-la!
Opala logo viu que caira numa armadilha e tentou correr de volta a propriedade, mas de algum lugar, grossas correntes surgiram prendendo-lhe as pernas. Ela se debateu e tentou usar a telecinese, mas nada. Nem gritar podia pois um pano negro lhe amordaçava. Lucio apareceu radiante enquanto a mulher ajudava o homem a se erguer, mas ela tirara a mascara e Opala sentiu uma onda de ódio escaldante: Era Belatriz Lestrange.
-Nem tente usar a telecinese, Opala... Existem feitiços contra ela e essas correntes estão justamente protegidas contra seu poder mental...- Zombou Lucio, dando as costas a menina, mas logo se voltou como se tivesse esquecido algo e apontou a varinha para ela.
Opala não viu mais nada.
Quando ela acordou, sentiu que continuava presa, mas apenas pelos punhos. Abriu de leve os olhos e viu que estava deitada num banco de pedra negra. Ouviu vozes no aposento. Vozes que ela identificou como uma sendo de Bella e outra de um homem que ela não conhecia.
-Voces a machucaram. Eu disse claramente para trazê-la sem ferimento algum.
-Milorde, ela fez muita força mental pra se proteger e eu creio que as correntes de Lucio estavam muito apertadas...- Dizia Bella. Foi ouvir a palavra ‘Milorde’ que Opala notou quem era o homem. Mas não sentiu medo e nem ela sabia explicar porque, sabia apenas que era muito burra não ter medo do bruxo assassino que ela andara xingando a quatro ventos.
Ouviu uma porta batendo e abriu completamente os olhos. Estava numa sala escura iluminada apenas por velas. Mas ela via muito bem o rosto branco como gesso e os olhos vermelhos de Voldemort.
- Finalmente acordou... –Disse ele. A voz, fria e aguda era semelhante a um sibilar de uma serpente. Opala percebeu que uma cobra, uma jibóia pelo que parecia (segundo a descrição no livro e um ligeira procura a partir dos dados fornecidos numa encicopledia de cobras, Nagini é uma jibóia). A cobra estava estirada perto do banco, como se fosse um cãozinho diante do dono.
-Ótimo, me ferrei... –Murmurou Opala num fio de voz. Voldemort apenas riu.
-Não me admiro que não me reconheça. Tinha menos de um ano quando sua irmã te levou embora...
-Como sabe da minha irmã? –Perguntou Opala, os olhos arregalados de terror.
-Não me diga que ela não te contou? Michele, a sua doce irmãzinha não contou? – Zombou ele, mas a referencia a sua irmã fez Opala estremecer de ódio.
-E o que ela não me contou?
-Vejamos... Que eu sou seu pai?
Opala ficou estarrecida... Soltou uma risadinha.
-Vou mesmo acreditar! De todas as hipoteses essa é a mais nula!- Disse ela, querendo acreditar na suas palavras. Voldemort sorriu.
-Quase nula talvez, mas nula não... Acho melhor eu lhe dar uma prova. Reconhece isso? –Ele puxou uma corrente que estava em seu pescoço revelando a outra metade da medalha de Opala. As duas metades forma uma de encontro a outra, rompendo as correntes que as prendiam aos pescoços de seus donos. Num clarão, se fundiram e a grande medalha de prata caiu no chão, inteira.
A face do lobo emitiu um uivo e os olhos brilharam ao passo que uma cobra formou uma especie de contorno em relevo pela borda da medalha. Opala ao invés de se alegrar, sentiu-se horrivel, má, cruel e suja. Sentia-se mal porque agora, não havia como negar.
Engoliu em seco e mirou o chão. Voldemort apanhou a medalha e passou a corrente pelo pescoço da filha. Opala nem reagiu.
- Agora me pergunto pra onde você vai...- Disse Voldemort. Opala ergueu o olhar confusa.- Não me diga que acha que aquele velho babão do Dumbledore vai te aceitar quando souber que você é minha filha? E aquele Potter, o que você acha que ele vai pensar quando souber quem você é?
Opala permaneceu em silencio. Não soube por quanto tempo ficou assim, mas quando viu, estava no Salão comunal da sonserina e amanhecia. Julgando que tudo havia sido um pesadelo, ergueu-se.
Mas sentiu um peso no pescoço... Quando viu, era sua medalha... Completa.
As lagrimas que ela segurara no encontro com Voldemort vieram a seus olhos e ela não as segurou... Agora, tinha medo e se perguntava porque sua irmã não lhe contara nada.
-Recado pra você, Opala- Disse uma voz. Ela se voltou. Era Fineus no retrato, olhava-a com ódio como se nunca tivesse visto algo mais repugnante.- O diretor quer vê-la e já.
Antes que Opala dissesse algo, Fineus se foi. Opala ficou em silencio por uns minutos até passar pela passagem, indo até a sala do diretor...
Agora, ela se perguntava se seu pai tinha razão... Se Dumbledore (e principalmente, Harry) ainda a aceitariam...
A gargula saltou sem que ela tivesse dito nada. A menina suspirou e subiu as escadas... Fosse o que fosse que Dumbledore dissesse, ela teria de aceitar como uma sentença ou uma absolvição...
N/A: Oiiii povo!!! Hehehe... Demorei ainda mais um pouco, mas agora tô que ninguem me segura!!! Putz, até eu tô com peninha da Opala... Bom, não percam! No proximo capitulo, Encontro com os Mortos.
Agradeço a todos que continuam postando...
Agora, estreando: Comentários dos Personagens.
Opala: Cara! Sou muito azarada mesmo... Mãe e irmã morta, meu pai é Voldemort... E no próximo capitulo... Bom, eu não posso falar nada, mas esse nome Encontro com os Mortos tem um significado...
Harry: Alôô... Não devia ser eu o astro da Fic??? Até agora é só Opala, Opala e Opala...
Autora: Acorda! EU sou a autora e a fic é Opala- A Filha de Voldemort e não Harry Potter e a Filha de Voldemort, tá?
Rony: E eu, que morri?
Hermione: Pior eu! Meu primeiro namorado morreu e o cara que eu tava começando a amar, me tratou daquele jeito! Caramba, isso é o que, tragédia grega?
Voldemort: Quando eu vou matar alguém?
Autora: AI, chega! O roteiro eu vou dar depois! Agora licença que eu tenho que decidir que vai morrer no próximo capitulo... Talvez um secundário... Ou um principal... Ou um novo... Ai, que indecisão!!!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!