A floresta e o leopardo



Quando harry percebera estava numa belíssima floresta com Dumbledore ao seu lado. A floresta estava num terreno plano com as arvores belas e altas, algumas com folhas amarelas muito vivas, separadas o suficiente para passar feixes dourados de luz solar por suas copas, o seu chão estava preenchido com folhas secas e amareladas e um perfume que algumas flores no chão e das arvores emanavam era extremamente agradável e suave.
_Professor onde exatamente nós estamos? _perguntou com a Harry muito curioso e impressionado, realçando o “exatamente”.
_Estamos num lugar inteiramente mágico onde mora uma comunidade bruxa que ainda possui os antigos e poderosos conhecimentos sobre a magia. _respondeu o professor com tamanha calma que chegava a irritar, Harry suspirou, já que não explicava muita coisa.
_Tudo ao seu tempo Harry, tudo ao seu tempo... _acrescentou ao perceber a impaciência do garoto.
Depois de falar isso começou a andar pela floresta calmamente e, fazendo um gesto com a mão, mandou Harry segui-lo. O silencio na floresta era muito tranqüilizante, sentir a brisa suave, o clima ameno, o cantar dos pássaros que quebravam o silencio deixava Harry muito calmo e feliz como há muito tempo não sentia, tudo parecia tão simples. Realmente aquele era um lugar muito mágico, irradiava uma força benigna de cada uma de suas arvores e o cantar dos pássaros eram tão melodiosos e profundos que nem um grande compositor poderia reproduzi-los, na verdade seria difícil até mesmo descreve-los com exatidão. Naquela floresta Harry sabia que qualquer criatura maligna que se aproximasse da mesma acabaria tendo sua alma no mínimo purificada a não ser que tivesse a alma tão pútrida que equivaleria à energia da floresta ao oposto.
Harry ficou tão distraído contemplando a beleza infindável da floresta que mal percebera que estavam saindo dela, os espaços entre as árvores estavam ficando maiores e eles estavam subindo um pouco, depois de algum tempo de caminhada chegaram ao fim dela, estavam no topo de uma colina longa porem não muito alta de onde se via uma boa parte do local onde estavam.
A sua frente estava um campo muito verde que se alongava até um lago com águas tão límpidas e azuis que era possível ver os reflexos perfeitos das poucas nuvens no céu e era tão grande que ia até o horizonte, era a única parte do lugar que não tinha montanhas cercando, afinal era um vale pelo que Harry percebeu. A direita do lago havia uma cadeia de montanhas amareladas não muito altas porém extremamente bonitas, cheias de cachoeiras que desaguavam no lago causando um ruído leve de água fazendo um suave arco-íris, a esquerda havia outra floresta, esta mais densa, porem igualmente bonita de sua maneira, e entre esta floresta e o lago era possível se avistar um vilarejo, a única prova de que seres humanos viviam nesse lugar.
Ao perceber que Harry já assimilara tudo ele recomeçou a andar descendo a pequena elevação, mesmo já vindo nesse lugar muitas outras vezes Dumbledore sempre se surpreendia com tamanha beleza, vir nesse lugar lhe dava continuas esperanças de que o mundo poderia ser um dia um lugar como aquele, muito belo e harmonioso, onde a magia estivesse em sua forma mais benigna e pura e em todos os lugares, principalmente nos corações dos bruxos e dos trouxas.
A grama balançava calmamente sendo levada pelo vento, com algumas pequenas e simples flores brancas que quebravam o verde de tempos em tempos de caminhada, e por mais simples que fossem não deixavam de irradiar seu próprio brilho. Alguns animais pequenos e curiosos, semelhantes a roedores emergiam da grama para observar os forasteiros, cavalos brancos, castanhos e amarelados moviam-se a alguns metros com muita leveza e velocidade, dando a impressão de não estarem tocando o chão.
Alguns minutos de caminhadas e já estavam às portas da vila, esse lugar era cheio de casas de madeira muito belas distribuídas erroneamente fazendo com que a rua que passava por elas fosse serpentando, rua a qual que era feita com pedras planas e limpas levemente azuladas, perfeitamente encaixadas.
Era possível notar placas e vitrines em algumas das casas que mostrava que estas eram lojas, sendo todas estas de no mínimo dois andares, provavelmente as pessoas moravam no segundo andar. Harry ficou tão distraído (de novo ) que mal prestara atenção nas pessoas que passeavam pelas ruas, em sua maioria elas eram todas pessoas belas, de sua própria maneira e usavam roupas suaves e simples, porem feitas de um tecido muito bonito e de extrema perfeição.
Dirigiram-se a um lugar que parecia ser uma estalagem, que era muito bonito por sinal com paredes de pedras azuladas e com partes divisórias de madeira, ao abrirem a porta sentiram todos os olhares sendo dirigidos a eles, mas depois os donos dos olhares desistiram de tentar analisa-los e voltaram ao que estavam fazendo antes dos estranhos virem. Dumbledore chegou perto do atendente da estalagem, um homem jovem com um bigode que não combinava nada com ele, chegava a faze-lo parecer uma morsa.
_Olá Alberto, você sabe onde se encontra o mestre Nilred?
_Ahñ... ah olá, o mestre nilred? Ele mora numa clareira na Floresta do Dragão com os seus alunos... _falou o atendente estranhando tanto a pergunta quanto o velho e ”como esse cara sabia o meu nome” pensava ele
_Hum. Você poderia me informar como posso encontrar a casa dele, talvez com um mapa? _falou o diretor pensativo.
_Eu posso fazer uma para vocês _e com um aceno com a mão ele fez um pedaço grande de pergaminho vir até ele e com outro aceno ele fez com que linhas negras de tinta começassem a desenhar algo que, depois de alguns segundos formaram um mapa feio porem legível.
A nossa dupla dinâmica (^^) deixou a estalagem com um harry perplexo que não se conteve em fazer uma pergunta:
_Professor, como aquele cara conseguiu fazer magia sem uma varinha?
_Eu lhe avisei que nesse lugar as pessoas tinham o conhecimento de uma antiga magia, e eles não usavam varinhas nos tempos mais antigos, a varinha é somente uma ferramenta mágica utilizada para focalizar o poder mágico de ser humano e dispara-lo em forma de um feitiço, mas isso não quer dizer que não possamos utilizar magias tão ou mais fortes sem elas, a única diferença é que é mais difícil aprende-la, mais ao domina-la com perfeição é possível fazer coisas inimagináveis, pois se usa o próprio corpo como focalizador. _depois do discurso de Dumbledore, harry ficou muito entusiasmado com a possibilidade de fazer magias sem varinha e pôs-se a caminhar e admirar as belezas de onde tinha parado.
Estavam entrando na outra floresta, essa parecia muito com a Floresta Amazônica, porem era menos úmida e sem os malditos mosquitos, era possível ver pássaros muitos coloridos voando e cantando, porem algo deixou Harry potter muito, mais muito preocupado mesmo, “Por que essa floresta se chama Floresta do Dragão”, sendo assim Harry perguntou para o professor:
_Senhor? Por que essa floresta se chama Floresta do Dragão?
_Eu não sei. _respondeu com simplicidade, parece que a idéia de haver um dragão nessa floresta não o incomodava nem um pouco, e deveria ser um dragão muito poderoso pra ter o seu nome numa floresta, não é todo o dragão que consegue um feito desse, ainda por cima num lugar inteiramente mágico como aqui. O motivo dessa preocupação era, provavelmente o seu encontro nada agradável com o dragão que vira no seu quarto ano.
Com o tempo o menino-que-sobreviveu esqueceu o assunto e começou a observar com mais atenção essa floresta, essa era diferente da outra, nela continha tamanha biodiversidade que chegava a ser caótica, os cheiros, os barulhos e as arvores ficavam em grande desordem, sendo muito difícil passar por entre as arvores e conseguir focalizar um som ou um cheiro. Porem, apesar de todo esse caos trazia uma certa beleza, os sons que pareciam querer competir acabavam formando uma orquestra e os cheiros davam ao lugar uma incrível variedade, além das flores estarem fazendo contraste com o verde e o marrom da floresta transformando a floresta numa confusão naturalmente desorganizada e bonita.
Harry começou a pensar em Hagrid e em como ele e seus amigos adorariam vo-lo na realidade ele queria compartilha-lo com todos, mas pensou duas vezes, ele sabia que se trouxessem muitas pessoas uma ou outra iria, por egoísmo transforma-la num lugar comum. O seu pensamento de Hagrid passou para Hogwarts, faltavam quase dois meses para o inicio das aulas e pelo visto ele iria aprender a fazer feitiços sem a varinha o que provavelmente levaria mais de dois meses. Um rugido o desviou de suas preocupações e lhe acrecentou outras.
Eles estavam numa clareira e nesse lugar estava um leopardo com dois pares de asas brancas nas costas, suas garras eram estranhamente brilhantes. Ele parecia agressivo, afinal estava em posição de ataque (com as asas para traz e preparando para dar o bote) e estava rosnando. Com movimentos lentos para não assusta-lo ambos pegaram as varinhas e apontaram discretamente para a criatura. Foi só o tempo de um raio avermelhado sair da varinha de Dumbledore que o leopardo alado desapareceu antes mesmo do feitiço chegar a metade do caminho e reapareceu quase instantaneamente à três metros a direita que estava, deixando um rastro de terra entre o seu ponto anterior e o atual, o feitiço do diretor só fez uma rachadura no chão e derrubou três arvores que estavam, anteriormente, atrás do leopardo.
O garoto não sabia com o que se impressionava mais se com o feitiço inaudível demolidor do Dumbledore ou da incrível velocidade da criatura. Provavelmente a velocidade da criatura já que o leopardo ainda os analisava e preparava um ataque parecia estar se divertindo com suas tentativas. Era visível que um ataque dessa fera seria de arrancar membros, a velocidade intensa somado as garras visivelmente mágicas e cortantes. Ambos tentavam raciocinar o modo de derrotar a criatura então surgiu um plano, os dois começaram a atacar constantemente fazendo com que uma chuva de luzes fosse lançada perante o alvo que desviava com tamanha facilidade que parecia que os feitiços pareciam atravessa-lo mesmo os constantes ataques destruidores de Dumbledore ou os perfurantes de Harry não serviu para nada a não ser duplicar o tamanho da clareira e derrubar e perfurar muitas arvores ali. Dumbledore parecia ter um plano para derrotar a criatura mais com seu protegido aqui seria muito perigoso.
A criatura pareceu cansar-se de brincar e desapareceu, no mesmo instante que um corte profundo feitos por garras apareceu em seu braço mesmo que tenha pego de raspão q o fez cair ajoelhado com a dor, ao perceber que Harry se ferira Dumbledore conjurou uma redoma de energia azul que começou a sofrer golpes e mais golpes numa velocidade impressionante, tudo que se via era faíscas em muitas partes da esfera, essa esfera parecia tirar energia de Dumbledore com muita velocidade o desgastando rapidamente. Até que os ataques cessaram e o felino apareceu na frente dos dois, muito cansado e com as patas sangrando, parece que atacar uma coisa tão resistente como aço com uma velocidade supersônica foi muito autodestrutivo de sua parte, sem contar que tanto tempo em tal velocidade o desgastou muito.
Rapidamente Dumbledore desfez a barreira e o atacou com uma mágica não-fatal, no fim das contas a estratégia mais adequada contra esse tipo de criatura era só se defender e o leopardo alado se autodestruiria.
_Harry você esta bem? _perguntou o preocupado diretor.
_S-sim, mas parece ter um veneno nas garras do gato, eu não consigo me mover muito bem _ disse fraquejando por falta de sangue e pelo veneno.
_As garras dos felinos mágicos tendem a ser tóxicas, elas infeccionam o ferimento facilmente. _disse o professor em quanto enrolava a bandagem recém conjurada no braço do garoto.
_Vamos andando antes que anoiteça, não quero nem imaginar o que tem nesse lugar à noite.
E andaram durante mais uma hora, com o harry apoiado no professor e começaram a avistar uma luminosidade na entrada duma clareira, lá se encontrava uma casinha semelhante às encontradas na cidade, porem mais desleixada, com trepadeiras subindo pelas paredes. Ao bater na porta uma bela garota apareceu e viu seus machucados o que lhes garantiu passagem instantânea para dentro da casa.
Lá dentro havia uma sala de estar muito semelhante a sala comunal da Grifinória, e também tinha uma cozinha com certas semelhanças com a da casa dos Weasleys. Eles deitaram Harry num sofá perto da lareira e com isso Harry pega no sono rapidamente. Ao acordar se encontra numa casa, deitado num sofá vermelho um pouco desconfortável. Levanta-se e sente uma pontada de dor no seu ombro, o que lhe fez lembrar do que aconteceu no dia anterior.
_Professor Dumbledore!? _chamou o garoto repetidas vezes, até decidiu ir pra fora lá encontrou duas pessoas lendo nas sombras das árvores e outras duas estavam conversando, foi ao encontro deles e viu que um era Dumbledore e o outro era um senhor de uns 50 anos mas com porte atlético, com os cabelos um pouco grandes e uma barba curta ambos grisalhos, seus olhos eram de um azul escuro e brilhante.
_Harry quero que conheça seu mestre durante dois anos ele se chama Nilred, peço que siga as ordens de Nilred e treine bem, agora eu tenho que voltar pra Hogwarts, ele lhe responderá todas as suas perguntas, até logo _falou tudo apressadamente e sumiu.



(N.A.: próximo capitulo nosso herói vai começar seu treinamento e algumas explicações serão dadas, e lembrem-se, comentem!!!!)

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