Montanha Russa



Cap. 18 – Montanha Russa

- Então, como vai indo, Tonks, querida? – perguntou Molly, amável – Você parece mais animada ultimamente.

Há algumas semanas aquela conversa vinha se repetindo a cada vez que Tonks aparecia na sede da Ordem. Já tinha se acostumado, sabendo que afligia Molly a idéia de que ela pudesse ter uma recaída, e respondia sempre a mesma coisa, para tranqüilizá-la.

- Eu sou estou indo em frente, sabe – ela deu de ombros – Teria que fazer isso em algum momento, e não me fazia bem nenhum ficar só... – uma sombra perpassou seu rosto por um instante antes de desaparecer –... pensando nele. Achei que já era hora de superar isso.

- E está se saindo maravilhosamente, querida – a senhora ruiva entoou com a voz carregada de afeto – Estamos todos muito orgulhosos de você.

- Todos?

Tonks teve a nítida impressão de que estava sendo tema de conversas, e, embora normalmente não se importasse com a opinião alheia, sentiu-se desconfortável e envergonhada. Passou a mão pelos cabelos castanhos, tocando de leve a presilha colorida que prendia a franja, que agora lhe cobria os olhos. Mesmo não sendo muito vaidosa, aquele enfeite era lindo demais para ficar guardado em uma gaveta, coberto de pó. Além do mais, fora dado a ela por Remus no verão em que se haviam conhecido, e usa-lo tinha sido a forma de provar a si mesma que já tinha ido adiante. Não era absolutamente verdade. Ela ainda chorava no meio da noite, quando a mente, vulnerável pelo cansaço, tornava a revirar o baú de suas memórias. Algumas vezes, quando sentia os olhos úmidos em público, ela segurava o choro, fazendo a pressão e tensão crescer dentro dela. Embora parecesse agora bem e saudável, na superfície, não podia mentir e dizer que não o amava mais, que não sentia sua falta. Mas esforçava-se ao máximo para tornar isso realidade.

Molly sabia disso, e havia avisado aos outros, então o assunto “Remus Lupin” e qualquer outro relacionado aos lobisomens era descaradamente evitado a sua frente. Todos trocavam olhares nervosos quando ela passava, temendo que ela pudesse romper em lágrimas a qualquer momento. Aquilo a irritava, mas, sabendo que estavam tentando ajuda-la, não se queixou nenhuma vez. Ao menos se preocupavam com ela, e nos últimos dias ela aprendera a dar mais valor a isso. Tornara-se mais cuidadosa. Não queria arruinar outra amizade, como já fizera antes, e, embora não quisesse admitir, andava bastante insegura ultimamente. Tinha medo de magoar as pessoas e ficar sozinha de novo. Precisava que a amassem, enquanto estava frágil demais para amar a si mesma.

- Hmm, eu estive falando com Gui e Fleur – ela disse o nome com uma pontada de desprezo – E também com Dumbledore, é claro.

Seu estômago pareceu ir parar no peito. Em parte por que não queria todos com pena dela, e teve medo de que Dumbledore a achasse incapaz, não forte o bastante para ajudar na guerra. E, por trás disso, o diretor era sua única fonte de informações sobre o que mais lhe interessava. Tentou tirar alguma coisa de Molly, esforçando-se para parecer casual.

- E ele disse algo sobre... você sabe. Sobre a missão de Remus?

- Não, querida, sinto muito. Ele disse que há algum tempo não tem notícias dele – ela procurou evitar seu olhar, mas notando o ar de assombro no rosto da outra, acrescentou – Mas disse que tem certeza de que ele está bem. Não precisa se preocupar.

- Não estou preocupada – retrucou, imaginando que parecia boba com os olhos marejados de lágrimas.

Não podia evitar perguntar por Remus, por mais que quisesse se manter distante, assim como não podia deixar de sentir que lhe arrancavam um pedaço de seu próprio ser quando pensava nos perigos que ele podia estar correndo. Era ruim para ela, sabia, mas precisava ao menos saber se ele estava bem e vivo. Tentou ignorar a impressão de que havia ar demais em seus pulmões, e de que seu coração acelerara – com certeza por que estava cansada, ajudando a Sra. Weasley a preparar o almoço, disse a si mesma. Era uma mentira tão grande que quase a fez rir.

Continuou andando pela de lado a lado, enquanto controlava uma faca que descascava batatas, trazia os talheres da gaveta para a mesa e mexia ocasionalmente a panela no fogo. À parte aos pequenos desastres, como quando percebeu que a manda de sua capa estava pegando fogo enquanto mexia no fogão, era bom ter alguma outra coisa em que se concentrar, que não seu relacionamento desastroso. Achava que assim, logo teria conseguido esquecê-lo de vez.

Mas não sabia que, mais uma vez, Remus voltaria a sua vida de forma inesperada. Isso parecia estar se tornando um hábito para ele.

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Ela só queria uma boa noite de sono. Só isso. Não era algo tão difícil. A não ser, é claro, que você fosse uma auror a serviço de Dumbledore. Então, uma noite em dormida era quase impossível.

Naquela noite especifica, porém, Tonks não achou que teria problemas. Era a vez de Dawlish fazer a patrulha noturna, ela só teria que se apresentar as oito na manhã seguinte. Estava pronta para entrar embaixo das cobertas, quando um pássaro prateado, aparentemente atravessando a parede de seu quarto, apareceu a sua frente. Uma fênix. Ela suspirou, cansada. A fênix sempre trazia o mesmo recado, do diretor de Hogwarts. Precisavam dela imediatamente.

Tentou deixar para trás a preguiça, juntamente com o pijama amontoado no chão, e, colocando suas vestes e apanhando a capa correu para fora, indo à direção da grande construção, cheia de torres e torrinhas, metros adiante. Colocou a mão no bolso e tirou de lá o enfeite de cabelo que usara durante o dia, usando-o para prender, apressadamente, a franja. Arrependeu-se de ter gasto tanto tempo tomando banho, já estava suada e grudenta, quando, cinco minutos mais tarde, entrava no escritório de Alvo Dumbledore e encontrava, além de Gui, os professores McGonagall e Flitwick, e, mais ao lado – sentiu o coração saltar do peito e não se surpreenderia se o tivesse cuspido bem ali, no chão limpo e brilhante da sala oval – Remus Lupin, parecendo preocupado e nervoso. Enquanto estava parada, boquiaberta, olhando fixamente para ele sem ao menos tentar disfarçar, Dumbledore entrou e fechou a porta. Tinha uma expressão ansiosa no rosto, mas, quando falou, sua voz estava excepcionalmente calma.

- Dispensei Dawlish hoje – disse, antes mesmo que Tonks - que estivera pensando exatamente isso - perguntasse – porque o que vou lhes pedir não é tarefa para os aurores de Scrimgeour, e sim para a Ordem da Fênix. Não – ele ergueu a mão para Gui, que fizera menção de falar – Não me interrompa. Vou me ausentar da escola esta noite. Preciso que patrulhem os corredores até o meu retorno. Levarei Harry comigo.

Tonks, curiosa por natureza, sentiu ânsia por perguntar os detalhes, saber o que estava acontecendo. Mas o tom do diretor era definitivo: ele não lhes daria mais nenhuma informação a respeito.

- Vigiem as passagens para fora do castelo, e todos os corredores. Há encantamentos impedindo que qualquer um entre voando, e é impossível aparatar nos terrenos da escola. Acho que isso é suficiente. Espero que tudo corra bem, e desejo a todos boa sorte e coragem.

E, inclinando a cabeça em sinal de despedida, ele deu meia volta e se retirou, deixando todos estupefatos. Então, depois de passados alguns minutos, McGonagall, enérgica, dividiu-os em dois grupos e mandou todos ao trabalho. Tonks fingiu não se importar com seus colegas, mas agradeceu intimamente à Minerva por colocá-la longe de Lupin. Ela e o professor Flitwick vigiariam os andares mais baixos, o Saguão de Entrada e o Salão Principal. Os outros três iriam para os corredores mais elevados e ficariam de olho nas passagens secretas. O trabalho parecia simples e fácil, mas Dumbledore não os chamaria todos apenas para isso, que qualquer um poderia fazer tranquilamente. Teve medo de que o diretor soubesse de algo mais que não quisera compartilhar com eles, que justificasse sua presença. Mais uma vez, só podiam confiar cegamente em Dumbledore.

Ela se dirigiu ao seu posto e observou cada canto com atenção. Nada lhe escaparia esta noite, ninguém entraria em Hogwarts. Estava no segundo andar quando ouviu os gritos abafados vindo de cima e passos correndo. Flitwick estava no térreo, ela não foi chamá-lo. Correu, o mais rápido que pôde, as palavras de despedida do diretor ecoando na sua cabeça. Ele sabia que algo ia acontecer, pensou. Mal a idéia tinha passado por ela, embarcou em total escuridão. Com muito controle, não se permitiu gritar, lembrando-se de seu treinamento de auror, em que sempre os aconselhavam a fazer o menos ruído possível. Não sabia o que estava acontecendo, ou quem provocara a súbita falta de luz. Tentou, sem pronunciar os feitiços em voz alta, usar o Lumus para quebrar o negro que cobria tudo de alto a baixo. Não produziu efeito algum. Andando às cegas, sabia que estava se aproximando de alguém, ouvia passos e vozes, mas não podia dizer se era o seu grupo, ou – seu sangue gelou – invasores.

- Quem está aí? – a voz sussurrada e urgente, coberta de medo a fez soltar um suspiro audível. Era Gina Weasley.

- Sou eu, Tonks – respondeu para o negro a sua volta. Vários outros passos vieram em sua direção, e sentiu que seguravam sua mão, mas não soube quem.

Depois disso, tudo desandou. Não sabiam como sair dali, mas deram-se as mãos, para não se perderem, e andaram em linha reta até sair do corredor escuro. Havia gente passando por eles, correndo, e então o silêncio. Desceram as escadas – que pareciam iluminadas demais, depois das trevas em que se encontravam – correndo, as varinhas em punho. Ninguém tinha certeza de quem entrara no castelo ou como fizera isso. Todos estavam desesperados, pálidos, mas ao menos os adultos tinham sido preparados para manter a calma. Gina, Neville e Rony – que também estavam, sem nenhuma explicação plausível, no corredor do sétimo andar – pareciam prestes a desmaiar. Ouviram o grito agudo de Flitwick no Saguão de Entrada, e correram mais depressa, quase tropeçando no caminho. Quando conseguiram ver o que estava acontecendo, um ofegar geral varreu o grupo. Comensais tinham entrado em Hogwarts, e, a muito custo, Flitwick os impedia de passar. A luta começara.

- Filius, chame Snape – gritou McGonagall, sobrepondo-se a batalha, e o anãozinho passou correndo por eles em direção às masmorras. Tonks pulou de uma perna para outra enquanto um Comensal grande e loiro disparava feitiços para ela. Gina azarou uma mulher feia de nariz torto que caiu e bateu a cabeça na parede, mas levantou-se para duelar novamente. Minerva lançava feitiços com a rapidez de uma moça jovem e já acertara dois oponentes. Gui lutava com dois ao mesmo tempo e Remus... não, Tonks não quis olhar para ele. Não ia se importar. Manteve os olhos fixos no comensal grotesco a sua frente, que fizera desabar parte do teto em meio à luta. Sem ver, soube que as ampulhetas haviam-se partido, o barulho dos estilhaços de vidro foi alto, e ela viu os pequenos pedaços brilhantes espalhados pelo chão. E então um rosnado e um som abafado, um gemido de dor, a voz áspera de Fenrir Greyback e um corpo caindo – que não seja Remus, implorou Ninfadora em silêncio, sem se permitir olhar.

E, de repente, Severo Snape passou por ela, correndo, e ela conseguiu ver, com o canto do olho, os cabelos fofos e crespos de Hermione, e soube que a garota se juntava a batalha. Para seu alívio, viu Lupin se apressar em direção às escadas por onde a capa negra de Snape desaparecia, mas espantou-se ao vê-lo ser jogado para trás com violência. O Lobo e um grupo de comensais conseguira passar, por que não ele? A questão não a preocupou por muito tempo, quando outro homem surgiu a sua frente, mascarado como os outros e tentou amaldiçoá-la. Não dessa vez, disse a si mesma, lembrando-se da última grande batalha da qual participara. Não iriam vencê-la agora.

Dando meia volta para desviar-se de um jato de luz laranja que lhe fora lançado, ela viu um corpo caído, Gui, os cabelos ruivos cobertos de sangue, o rosto desfigurado. Aquilo a deixou fraca, desnorteada por um momento, como se fosse desmaiar. Fechou os olhos e tentou se concentrar, mas virava a toda hora para olhá-lo. Não podia deixá-lo ali, podendo morrer. Mas não se atreveu a deixar a luta, mesmo que não atacasse mais tão velozmente como antes. Foi atingida na altura do peito e sentiu os pés saírem do chão, a cabeça e tronco batendo na parede de pedra, o cabelo embaraçado cobrindo seu rosto suado, grudando na testa.

- Você está bem? – perguntou a voz de Remus de algum ponto acima dela. Era impressão dela, ou ele estava com medo de que ela estivesse ferida? Uma bolha de esperança cresceu em seu peito, contra sua vontade, e ela se levantou, respondendo “Estou bem” a quem quisesse ouvir, e voltou a lutar. E continuou lutando até que Snape passou por ela, junto a um garoto louro e magro que ela pensou ser o filho de Lúcio Malfoy, atrás de um grupo de comensais. Ele gritou alguma coisa que ela não compreendeu. E depois, para sua total surpresa, Harry entrou no Saguão, pulando os últimos degraus de uma só vez. Ela quis perguntar o que estava havendo, mas ele já corria desabalado em direção ao grupo liderado pelo professor de poções.

E então tudo aconteceu muito rapidamente, como em um sonho. Os comensais fugiram, e houve muito tumulto nos jardins. Tonks pôde ver Neville sendo ajudado por uma garota de cabelos louros compridos e olhos arregalados, que nunca vira antes. McGonagall foi procurar o professor Flitwick e encontrou-o desmaiado nas masmorras, junto com uma Hermione à beira de lágrimas. Todos foram levados em silêncio para a ala hospitalar, onde sentaram e esperaram enquanto Gina, à ordem de McGonagall, ia buscar Harry. E então o garoto chegou, parecendo abalado.

- Dumbledore está morto – ele disse. E então ela não conseguiu mais pensar em nada.

Atordoada, conversou com os outros, falando lentamente, como se cada palavra demorasse a chegar ao seu destino, tendo dificuldade para absorver o que ouvia. Snape matara Dumbledore. Snape era um Comensal. Draco ajudara-os a entrar na escola. Dumbledore estava morto.

Era difícil não desistir de tudo e simplesmente acabar-se em lágrimas.

Teve que engolir sua dor quando Molly e Artur chegaram e viram o que havia acontecido ao filho mais velho. Fleur também estava abalada. Mas, em meio ao seu estado semi-inconsciente, à parte de tudo o que acontecia, as palavras da garota, ditas com um sotaque engraçado, caminharam lentamente até o cérebro de Tonks, acordando-a.

- Serrá prrecise mais qu um lobisome para fazerr Gui deixarrr de me amarrr!

Ela não guardou a resposta gaga e hesitante da Sra. Weasley. Mas ouviu claramente a voz de Fleur, em meio à sua confusão.

- A senhorr penso que eu non ia querrerr casarr com el? U err esse a su esperrance? Ache qu sou bastante bonite porr nós dois! Todes esses marrcas mostrram qu me marride é corrajose!

E logo as duas mulheres estavam chorando abraçadas, mas Tonks não prestava mais atenção. Continuava pensando no que Fleur – que ela sempre julgara como fútil e superficial – havia dito. E se Remus havia ouvido. Quantas vezes ela mesma não dissera a mesma coisa? Quantas vezes não tentara fazê-lo entender? Podia sentir a dor dentro dela atingir níveis insuportáveis. Podia imaginar a tensão de vários dias vinda à tona, e todas as lágrimas guardadas ameaçarem transbordar. E Tonks explodiu.

Ela disse a ele, sem se importar que ouvissem, sem tentar manter aparências, tudo o que já havia dito milhares de vezes. Ele tentou, visivelmente constrangido, controlar a situação e fazê-la calar-se, e evitou seus olhos, mas ela não parou. E, quando ele a interrompeu outra vez, viu, com emoção, todos na enfermaria tomarem o seu partido, antes que Hagrid entrasse, com o rosto vermelho e inchado, chorando a morte de Dumbledore. Aí toda a euforia se desfez, e, no silêncio deixado para trás por Minerva, Hagrid e Harry, ela desejou com todas as forças que o chão se abrisse e a engolisse.

- Com licença – balbuciou – Estou indo para casa.

---

Fizera de novo! Mais uma vez se humilhara diante dele, sem resultado. Você é burra, Tonks! Você nunca vai aprender!

Chorara por horas, não por causa de Remus, mas por si mesma. Seus olhos ardiam e sentia todo o corpo doer, pela batalha. Estava indo bem. Estava indo tudo muito bem até vê-lo novamente. Será que seria assim a sua vida toda, e ela nunca conseguiria encontrá-lo em lugar algum sem fazer papel de idiota? Pensou em escrever para alguém, mas não queria mais envolver Carlinhos nisso e sua mãe faria perguntas demais. Além disso, não deveria estar chorando por seus problemas amorosos, nem ninguém gostaria de escutá-los, quando o maior bruxo da humanidade acabava de morrer. Pensando em Dumbledore, chorou também por ele.

De volta aos velhos tempos, pensou com amargura, secando o rosto. Ainda havia algum orgulho nela e não o deixaria sumir trancando-se no quarto para chorar por seu amor perdido. Lembrou de Carlinhos e lembrou da velha Tonks, que, com um golpe, conseguira se soltar de suas garras e corria metros a frente outra vez. Continuando ali, a perderia de vista.

Já estava anoitecendo agora. Era difícil acreditar que tanta coisa havia acontecido desde a noite passada e, entretanto, tudo parecia ter acontecido há muito tempo, em outra vida. Levantou-se e tomou um banho. Ia sair àquela noite. Não ia pensar em nada. Colocou seus jeans pretos e uma blusa bonita, e calçou sapatos de salto alto. Fazia tempo que não os usava, e gostou da sensação de altura, a princípio. Quando apanhou sua bolsa, ouviu batidas na porta.

- Desculpe, estou de saída – disse secamente, antes mesmo de abrir totalmente a porta. Quando o fez, porém, quase caiu de cima dos sapatos altos. Respirou fundo, encarando-o, sem deixar transparecer nenhuma emoção, a muito custo, feliz por não estar mais com as marcas vermelhas no rosto, que deixariam óbvio o seu pranto – Remus. O que está fazendo aqui?

- Podemos conversar?

Que insolência! Como se ela estivesse disposta a agarrar qualquer oportunidade de estar com ele, depois de ser esnobada daquela maneira!

- Não – disse, com mais raiva do que pretendia – Não podemos.

- Tonks, eu...

- Tudo bem. Eu estou ótima, e estou indo saindo, caso não tenha percebido. Posso te acompanhar até a porta, lá embaixo, se fizer questão. Depois, agradeceria se me deixasse em paz – falou asperamente.

- Ninfadora...

- Meu nome é Tonks – ela continuou andando em direção às escadas rústicas do prédio, enquanto ele corria atrás dela. Sabia que estava bonita, e isso a fez sentir-se bem. Que visse tudo o que tinha perdido ao tratá-la daquela maneira!

- Tonks – ele segurou seu braço para que parasse e virou-a, de modo que pôde olhar em seus olhos – Por favor. Eu amo você. Pode me perdoar?

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