Sentimentos Revelados
N/A: oiiii!
vamos responder coments!!
Aaamahnda e Luly : Pois é, eu também já tenho uma outra irmã menor, de dez anos... e é bem verdade, né, a gente briga, briga, mas no fundo ama esses pentelhos...
Fafa: Obrigada! Eu sei que o capítulo ficou curto, mas esse está maior! Tomara que você goste!
Morgana Black: Conseguiu aguentar até eu postar? Que bom! Agora vai matar sua curiosidade.... e obrigada pelo "adoro tudo que você escreve"! Nossa, não sabe como me deixou feliz!
Jé_bellatrix:Como eu dises, eu já tenho uma irmã mais nova, então eu sei bem como é... mas vou aproveitar enquanto ainda é pequeno, né? Depois crescem e viram uns pestinhas... e, voltando a fic, voc6e tá louca pra saber o que a Tonks vai fazer? Vai ficar sabendo agora! Ah, não se preocupe, eu vou ficar esperando um super-coment pra quando você voltar de viagem, hein?
Gabriela Black: Eu vou sofrer? Eu que o diga, já tenho uma irmã de dez, e agora mais um?? Rsrsrsrs, mas no fim a gente não vive sem eles, né? Bom, espero que goste do capítulo! E quando é que vc vai postar a próxima entrevista, hein???
LadyStardust: Não, a fic não foi abandonada, eu não parei de atualizar... só tava meio sem inspiração, mas agora ela está de volta! Tomara que goste do capítulo!
E agora, senhoras e senhores - mais senhoras que senhores, na verdade - tenho o orgulho de apresentar, o sétimo capítulo:
Cap. 7 – Sentimentos Revelados
Ela engoliu em seco. Não. Não, simplesmente era impossível. Não era? Isso simplesmente não podia ser verdade. Não fazia o menor sentido. Mas... por que ele mentiria? Com certeza não seria uma brincadeira de mau gosto. Então não restava alternativa a não ser aceitar que fosse verdade, que Remus realmente fosse um...
- Você... – ela ofegou – você o quê?
- Fui mordido quando criança – esclareceu pouco à vontade. Ele evitava olhá-la nos olhos e falava em murmúrios – Desde então, as noites de lua cheia me afetam e eu me transformo em lobisomem. Por isso eu nunca poderia me c...
- Esqueça o casamento – disse um pouco mais rispidamente do que pretendia. A notícia a chocara e finalmente aquele fato horrível e temido parecia estar chegando ao cérebro e abalando seus nervos – Não me interessa mais. Mas você... por que nunca me contou que era...?
- Ah, e como queria que eu contasse? – perguntou e subitamente seu tom de voz subiu e ele parecia exasperado – Como esperava que eu chegasse até você e lhe dissesse, como se fosse uma besteira qualquer, como se não tivesse a menor importância? Você só tinha dezesseis anos, Tonks! E nós fomos muito mais longe do que devíamos ter ido! Eu nunca poderia ter te contado, você nunca entenderia...
- É claro que entenderia! – gritou – Eu não era mais criança, Remus! Eu não ia me afastar, eu não ia deixar de gostar de você, não fugiria como você fugiu! Você era o covarde, não eu!
Um silêncio tenso pairou pelo aposento e que eles se encararam fria e desafiadoramente. Nenhum deles estava agindo de acordo com o esperado. Não eram mais os mesmos, agora. Tonks, agressiva, Remus perdendo o controle. Então Tonks baixou o rosto subitamente percebendo que seus olhos se haviam enchido de lágrimas. E ela não sabia dizer se eram de raiva ou de choque. Ou de tristeza. Pelo que acontecera há tantos anos ou por saber o quanto ele escondera dela. Como pensava a respeito dela. Ou talvez tudo ao mesmo tempo.
- Eu não era covarde – ele replicou em um tom de voz baixo e frio – Eu estava tentando protege-la. Você era muito jovem e eu...
- Não comece com isso outra vez. Todos conhecem esse discurso idiota. Você era “velho, pobre, e nunca poderia me dar um futuro. Eu era jovem, alegre e tinha uma vida pela frente. Com toda certeza encontraria outra pessoa”. Sei disso. Você deixou em um bilhete escrito para mim quando foi embora, lembra? Quando fugiu. – replicou, lançando a ele um olhar zangado.
Foi a vez dele de baixar os olhos, fechando os punhos em uma fúria reprimida.
- É a realidade, Ninfadora. Eu não posso fazer nada. Vai ser assim para o resto da minha vida e não há nada que possa ser feito para mudar...!
- Eu nunca disse que devia mudar! Disse que você podia aprender a viver com isso, sem ficar se exilando, se afastando de todos! Você é uma pessoa normal, certo? Uma pessoa absolutamente normal, que por acaso foi mordida, mas não é por isso que vai abandonar toda a sua vida! E pare de ficar se lamentando por aí, como um infeliz, com essa historia de “não posso, não devo, nunca daria certo”, e faça alguma coisa, ao invés de só imaginar tudo o que poderia dar errado! Como pretende saber se não tentar?
- Você não entende, não é? Quando a lua cheia aparece eu não tenho controle sobre mim! Poderia matar meu melhor amigo e não saberia até amanhecer e já ser tarde demais. Como espera que eu viva com um problema como esse? Como quer que eu envolva MAIS ALGUÉM nesse problema?
- Todos tem problema, Remus! Todos! E, certo, os seus podem ser um pouco maiores, mas assim como qualquer um, você devia superá-los e ir em frente e não...
- O que você sabe sobre problemas? Que problemas VOCÊ TEM, Ninfadora?
As vozes pareceram ter finalmente chamado à atenção do resto dos moradores, por que havia passos descendo as escadas. Nenhum deles realmente registrou esse fato. Ambos estavam por demais descontrolados e furiosos para perceber qualquer coisa.
- Deixe que eu cuido da minha própria vida, Remus. Eu cuido dos meus problemas, eu resolvo o que fazer deles! E você me faça um grande favor – gritou ela – suma da minha vida, certo? Eu não preciso de alguém para me criticar o tempo todo, muito obrigada!
Ela lhe deu as costas e passou tempestuosamente pela porta, onde Sirius se recostara observando a cena, com uma expressão indefinida. Seus cabelos ricochetearam à suas costas e seu rosto, vermelho de raiva, foi de repente lavado por lágrimas. A próxima coisa de que Remus se deu conta foi de que ela havia desaparecido e passos barulhentos corriam escada acima. A porta de um quarto no segundo andar bateu com força.
Sirius entrou na cozinha e olhou interrogativamente para o amigo.
- Então, você contou a ela? – ele acenou afirmativamente – Foi o motivo dessa pequena discussão, suponho?
- Não... não exatamente – disse torcendo as mãos de um modo frustrado e nervoso – Mais ou menos.
- Bom, então não acha que está na hora de contar para o seu grande amigo aqui o que realmente aconteceu entre vocês?
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- Ninfadora – ofegou, a boca a milímetros de seu ouvido – realmente, eu não sei se é uma boa idéia...
- Pare de ser tão chato – ela riu e beijou-o novamente – Vamos, por favor. Não vai ter ninguém em casa. E não precisamos fazer nada, se não quiser.
Ele a beijou outra vez e agora suas mãos entravam lentamente por baixo da camiseta dela, envolvendo sua cintura e fazendo-a se arrepiar. Com o pouco controle que lhe restava ela empurrou-o para longe alguns centímetros.
- Quer ir ou não?
- Vamos – ele disse com a voz mais rouca do que de costume, voltando em seguida a beijá-la.
Ela se demorou por demais com as chaves da porta da frente, tendo dificuldade para se concentrar com ele abraçando-lhe a cintura, beijando-a levemente por todo o pescoço.
- Pare com isso – riu e empurrou-o levemente, sem realmente esperar que ele parasse. Quem ela queria enganar? Ela estava adorando!
Mas por mais que adorasse, não podia ignorar uma sensação de nervosismo consumi-la por dentro quando pensava no que estava prestes a fazer. E que sua mãe estava confiando nela. Mas o desejo era tão mais presente e ela estava tão decidida a respeito daquilo, certa de que era o correto, que não podia deixar a chance passar. Ela o amava a final. E tinha bastante certeza de que ele sentia o mesmo por ela.
Entraram na casa e subiram as escadas as pressas. Passaram direto pela porta do quarto de Tonks – que estava em um lamentável estado de bagunça já que ela passara o dia, nervosa, tentando se distrair com tudo que encontrava e jogando a tal coisa longe quinze minutos depois quando via que não conseguiria se concentrar – indo até o de Andrômeda. As luzes estavam apagadas, mas nenhum deles fez menção de acendê-las.
Ele deitou-a na cama e ela puxou-o junto, beijando-o de modo atrevido, a língua invadindo sua boca de forma petulante, as mãos agarrando seus cabelos. Ele murmurou algo como “Ninfadora, nós não devíamos...”, mas as palavras foram sufocadas por beijos e carícias.
Eram agora movidos apenas pelo desejo, a razão deixada de lado.
E a partir daí tudo se tornou uma sucessão de toques e sons, sensações e sentimentos. Não havia mais como voltar atrás. E eles ainda viriam a lamentar por isso.
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Talvez se eles tivessem dedicado mais tempo para se conhecerem, na época, ela não estivesse tão chocada agora. Talvez tivesse enfrentado aquele “problema” com naturalidade e bom humor, tivesse encontrado uma solução para resolverem tudo e poderem continuar juntos. Por que, ela se deu conta, era isso que significava. Eles não podiam mais ficar juntos.
Não era preconceito da parte dela. Não era o problema em si. Mas ele mentira para ela, lhe escondera fatos demasiado importantes para que ela pudesse voltar a confiar plenamente nele.
Mas era óbvio que ela não mentiria a ponto de dizer que ser lobisomem era algo digno de ser ignorado. Não se atreveria a fazer tal afirmação. Sabia o enorme peso que isso devia ser para ele, e também o perigo para todos os outros. Para ela.
Ela se sentia perdida agora. Tentava encaixar as peças daquele gigante quebra-cabeça, mas não havia peças para serem juntadas! Ele nunca dera a menor pista sobre sua condição. Nunca deixara o menor vestígio de sua “segunda personalidade”. Era impossível que ela tivesse desconfiado.
E então, com imenso desgosto, ela percebeu o motivo das lágrimas, o motivo daquela sensação incômoda que parecia trancar sua garganta, inchar seu peito e deixar a cabeça em um turbilhão de diferentes pensamentos que não se demoravam tempo suficiente para serem compreendidos. Ela compreendeu. Ela tinha medo.
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- Vocês o quê? – exclamou Sirius decididamente surpreso – E eu que pensava que te conhecia! – riu.
- Não tem graça nenhuma, Sirius. Foi um erro meu. Ela só tinha dezesseis anos.
- Bem, também não posso dizer que a idéia de você pegando minha prima tenha me agradado muito.
- Eu não peguei ninguém, Almofadinhas. Eu realmente estava... – ele deixou a frase morrer. Não queria nem pensar no alarde que o amigo faria quando ele se confessasse “apaixonado”.
- Certo, eu saquei. Mas por Merlim! Um cara não pode nem ficar preso por doze anos sem que seu melhor amigo fuja com sua prima! Onde o mundo vai parar assim? – disse ele, em tom de brincadeira, mas, após o olhar reprovador de Remus, voltou a falar seriamente – Bom, eu ainda não entendo qual o problema. Vocês já se conheciam antes e isso muda um pouco as coisas do modo como eu tinha imaginado. Achei apenas que você tinha se interessado por ela quando a conheceu, sabe, há alguns meses. Mas se é o caso de já terem se conhecido antes... Na verdade é até mais fácil para que fiquem juntos.
- Fácil? Sirius, está longe de ser fácil. Ela é muito mais nova que eu. E ainda tem o fato de eu ser lobisomem. Viu só como que ela reagiu?
- Para ser franco, meu caro amigo – disse ele – eu não esperava que reagisse de outro jeito. Quer dizer, depois de tudo o que vocês – um brilho malicioso perpassou seus olhos e ele sorriu – viveram... ela deve ter ficado furiosa ao saber que você escondeu isso dela durante tanto tempo. Não é bem um detalhe que pode ser esquecido, não é?
- E você acha que ela teria continuado comigo se eu contasse?
- Não que no momento ela esteja exatamente “com você”, não é? Acho que teria sido bem mais fácil se tivesse dito a verdade desde o início.
Remus suspirou resignado. Pelo visto aquela era a opinião unânime. Todos para quem ele confiasse seu problema o iriam aconselhar da mesma coisa. Todos diriam que fora erro dele. Por que ninguém ao menos tentava entender? Era tudo muito pior do que eles pensavam. Eles não tinham a menor idéia. Nem mesmo Sirius, que o conhecia desde a infância, e até participara de tantas transformações.
- Se eu tivesse contado a ela duvido muito que houvesse sequer um início. Mas isso não vem ao caso. Não quero mais me preocupar com o passado, não agora. Só preciso achar um jeito de me desculpar com ela. Não devia ter perdido o controle.
- E esse pelo visto é o efeito que nossa querida Tonks tem sobre você – riu Sirius
Ele sentiu o rosto corar ao comentário maldoso do amigo. Sirius falava de tudo tão abertamente, e normalmente em tom de deboche, que chegava a fazê-lo sentir-se desconfortável. Ele não era muito bom em falar sobre assuntos tão “íntimos”, como ele sentia que Ninfadora era para ele. E também não gostava de mencionar aquele verão com ela, até então ninguém nunca soubera, inclusive, por que fora a única época de sua vida que ele conseguia lembrar em que não fora a razão a maior força sobre ele. Em que ele quebrara regras e transgredira limites. Em que ele fora além do que seria certo.
- De qualquer forma acho que só tem uma solução, Aluado. Primeiro volte a ser calmo e controlado, tome um chá, certo? – ele disse com ar de riso – Um conselho de quem entende do assunto: não vai adiantar ir falar com ela desse jeito. As mulheres fazem à gente... perder o controle, às vezes. E são muito teimosas, a maioria. Acho que se você puder lembrar de Lily vai entender o que quero dizer. Tonks deve estar nervosa, não me surpreenderia que lhe azarasse na entrada do seu quarto, então é melhor que pelo menos um de vocês esteja com a cabeça no lugar. E isso nunca foi muito do feitio dela, afinal, não é? Depois sim, você pode ir falar com ela, e esclarecer tudo.
- Você podia escrever um livro, Sirius – ele respondeu com um sorriso sarcástico – “Conselhos Amorosos – por Sirius Black”. Seria um tremendo sucesso.
- Sabe que é uma boa idéia? Gosto de ajudar os necessitados.
E, diante do olhar exasperado e incrédulo do amigo, ele jogou a cabeça para trás e riu.
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Ele sentiu o corpo dela junto ao seu, as mãos acariciando lentamente seu peito. Por um momento não conseguiu lembrar de onde estava, ou quem estava com ele. Ainda estava naquele estágio entre o sonho e o despertar, mas agora sua mente parecia estar aos poucos voltando ao normal e à razão. Abriu os olhos, sabendo que ao fazer isso, toda a magia seria quebrada, todos os erros voltariam a pesar em sua consciência.
E, como esperara inconscientemente, quando visualizou, mesmo que com os olhos ainda turvos, a garota deitada ao seu lado, aconchegada a ele, as lembranças da noite anterior pareceram voltar como um turbilhão para sua cabeça.
Merlim, ali estava ela. Os cabelos vermelho-sangue, longos e lisos, se espalhavam pelos lençóis brancos da enorme cama de casal onde estavam. A pele clara, macia, os lábios rosados. Era tão linda. Ela respirou profundamente e se acomodou, ainda dormindo profundamente. Ainda devia ser muito cedo.
Olhou em volta. Em um relógio colocado na mesa de cabeceira ao seu lado, estava marcado seis e meia. O sol ainda estava nascendo por trás das cortinas. Levantou-se devagar, de modo a não acorda-la e observou o quarto com mais atenção. Foi quando se deu conta de onde realmente estava. Era o quarto de Andrômeda, pelo amor de Deus! Não conseguia acreditar que fora tão facilmente persuadido por ela na noite anterior a fazer algo tão irresponsável!
E imagine só o que Sirius pensaria! Mas ele não ligava mais para Sirius, afinal... Era apenas um traidor. Ainda assim, ele não podia deixar de se sentir culpado. E, Andrômeda sempre fora tão simpática com ele quando ainda estava na escola. Era a prima mais velha de Sirius e os levara algumas vezes ao Beco Diagonal, quando ainda eram pequenos. O que ela pensaria agora?
Encontrou, próximo ao relógio da mesa de cabeceira, um porta-retrato. Pegou-o interessado. Ali havia um homem de cabelos castanhos, que deveria ser Ted Tonks, há alguns anos. Ao seu lado, os cabelos negros e olhos grandes e cinzentos, absolutamente linda, os traços marcantes dos Black, ele reconheceu Andrômeda. E, em pé entre eles, estava uma garotinha de cabelos cor de rosa, o rosto em forma semelhante a um coração, os olhos negros e brilhantes, sorrindo, havia uma garotinha que devia ter por volta de oito anos.
Oito anos. Há oito anos, aquela era a idade de Ninfadora. Mas, há oito anos, ele já tinha vinte anos. Chegou a essa conclusão em questão de segundos, e, assombrado, deu-se conta de que a moça ao seu lado, já lhe parecendo tão mulher, tinha apenas dezesseis anos. Obviamente ele já sabia da idade dela antes, mas nunca lhe parecera tão pouca. Era apenas uma criança! Sequer terminara a escola ainda!
A mente borbulhando de pensamentos absurdos e revoltosos, ele se pôs de pé e procurou suas roupas, caídas ao lado da cama. Vestiu-se rapidamente e olhou novamente para a garota que dormia calmamente, sem suspeitar de nada. Foi até ela e suavemente deu-lhe um beijo no rosto. Correu até a porta do quarto, mas deteve-se por um segundo. Então apanhou a varinha e deu-lhe uma sacudidela rápida. Voltou por uma última vez até a cama e pousou algo ao lado de Ninfadora.
Uma rosa branca.
E então, sentindo um aperto no peito, como se o coração estivesse sendo esmagado dolorosamente, ele partiu.
*
N/A: só pra dizer que o capítulo foi todo escrito de uma vez só - baixou um santo escritor na minha cabeça, e o capítulo apareceu subitamente pronto! - agorinha mesmo, então talvez não tenha ficado tudo aquilo, mas espero sinceramente que tenham gostado! E comentem, tá? Bjs, e até o próximo capítulo!
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