Devaneios



*autoras envergonhadas entram de fininho e cabisbaixas*

N/As: Ok... nós entendemos, nós somos mesmo más! Mas não é de propósito não!! Como vocês devem ter percebido, depois da fic quase entrar em Hiatus numa pausa de 50 dias, os 3 últimos caps estão saindo com mais freqüências... Isso se deve ao fato de nossa faculdade estar em greve, e portanto, a nossa carrasca “falta de tempo” deu uma treguinha... mas já faz 3 semanas que tudo está parado e nós estamos quase entrando em parafuso, o que por outro lado, acabou ferrando nossa auto-estima!!

Gostaríamos de agradecer profundamente a leitora Mari Anna pelo toque e pela sinceridade!! Afinal nós sabemos o qto é chato ter que esperar por um cap... principalmente sabendo que ele já está escrito e que por birra os autores não postam!! Ou seja, infantilidade e insegurança, pois isso é chantagem para recebermos mais comentários!

Prometemos não fazer mais isso porque não é justo que por causa da nossa vontade de ter nosso ego saciado pelos elogios de vocês (isso provavelmente é a convivência com Sirius Black!!), os leitores que aguardam ansiosos fiquem sem o cap... Com um pqno porém... se nós tiramos um pouquinho do nosso tempo para nos dedicar a escrever pra vcs, não é demais pedir pra que aqueles que nunca comentam deixem um recadinho... *caras de autoras pidonas* só para nos deixar felizes!! =D

Obrigada a todos que comentam com freqüência aqui... vocês são a razão da nossa inspiração!! E agora chega de melação e vamos responder aos comentários...

*****

Evoluxa: eu simplesmente não acredito que nós esquecemos o aniversário da fic!! *indignada*

Samy: pois é tanta correria q nem lembramos que dia 20/03 a fic completou um ano!!

Sirius: deveríamos ter dado uma festa pra comemorar, afinal faz um ano que estamos aqui com vocês... *hehe*

Remo: e desde quando isso é motivo para comemorar... as autoras merecem pêsames, isso sim...

Tiago: só se for pela sua chegada, porque a nossa foi só alegria...

E: quando começamos a fic, nós esperávamos estar mais adiantadas uma hora dessas...

Sa: mas foram tantos contratempos...

E: o que importa é que a fic não parou e neste um ano conseguimos leitoras muito fieis e entusiasmadas...

Sa: além de amigas de Msn...

Si e T: e fãs que nos adoram... *hehe*

R: loucas, vocês querem dizer...

Si: deixa de ser recalcado, Aluado...

T: isso é pura inveja pq recebemos muito mais recados que vc...

E: que tal se a gente parasse de perder tempo e fosse logo responder os comentários?

Sa: com sempre seguindo a ordem alfabética...

T: at first place... nossa kerida Aldara...

Sa: estávamos com saudds de vc!!

E: e q bom q vc sabe q vc é tanto ou mais má q a gente... *hehehe*

Si: como tds sabem, a fic só é ótima como vcs falam pq nós estamos nela...

T: obrigada por aparecer e qto a vc ser da Grifinória... bom, se não fosse a Lily... com ctz! *sorriso ultramaroto*


R: netx... -=|☆ßá®ßä®ä †|-|¡ë(/)¡☆|=- , garotaaa isso que é empenho!!

Sa: pois eh... fazia tempo que a gente não sentia tanta dor no coração em não postar!!

E: vc mexeu com a gente... obrigada msm pelos inúmeros comentários!!

Si: e qdo vc pergunta sobre o Shippers, vc ker saber qm vai ficar com qm??

T: a única ctz é que EU fico com a Lily... *hehehe*

Si: mas isso não quer dizer q ela fique com vc...

E: pois eh... deixa eu ver se a gente pode contar... *olha pra Samy*

Sa: vida de adolescente é complicada neh? O que a gente gosta hj, odeia amanhã e vice-versa... nessa fic louca td pode acontecer...

Si: Mas pra uma leitora tão fiel qto vc, vai ai uma dica... “Black and White” *piscadela marota*

R: até mais... Bjo dos marotos pra vc!!

E e Sa: das autoras tb!


Si: Bia_BBlack outra leitora empenhada e ainda por cima de bom gosto... pois eh eu sofro tantooooo... *dramático*

T: deixa de ser aproveitador... ¬¬

R: aii o ciúmes... um dia isso ainda vai ter fazer mal, Pontas...

E: er... deixando esses bobos de lado, obrigada por sempre comentar!!

Sa: eh msm!! q bom q vc gosta da nossa fic... e sobre a visita a Casa sos Black, logo logo ela vai dar as caras pela fic (infelizmente)... =/

R: e obrigado pelo apoio!! Bjos!!

E e Sa: bjo das autoras pra vc!!


Si: Black Angel minha querida... q saudd!! Não suma!!

E: é msm dona Black... cadê a sra q não posta nunca mais hein??

Sa: queremos saber mais de “Além das Palavras”!! não nos deixe na mão!! Plix!!

R: obrigado pelo apoio... eu sofro com as transformações, mas Hogwarts é sem dúvida o melhor tempo da minha vida... fique tranqüila!

Ti: nenhum recadinho pra mim?? Agora magoei... *snif snif*

E e Sa: Bjo das suas Fãs-autoras!!


E: ok, Fabry nós demoramos msm para postar o cap 21... mas pra compensar postamos o 22 e o 23 rapidão neh??

Sa: não vale como prêmio de consolação?? *hein-hein*

Si: e saiba a srta q a gente não tem ciúmes do “Reminho”...

Ti: a gente só acha um desperdício td mundo ficar suspirando por ele o tempo todo...

R: desperdício é vc q já tem a Lily e fica ai dando corda pra todo mundo... Obrigado pelos elogios... *corado*

E: voltando ao comentário da Fabry... ¬¬

Sa: obrigada por não desistir da Fic!! Bjos!!

E: até mais!!

R, Si, T: bjo dos marotos!


T: olha ai outra sem noção... fala sério Léti ~, o “Remo o mais fofo”??

Si: sem essa!!! Mas com ctz o Pontas é msm “o mais meigo”... tão meigo, q chega a ser viado...

T: CERVO! Seu cachorro pulguento!

Si: mais um motivo pra te chamar de recalcado, Almofadinhas... todo irritadinho só pq ela não tem “nada a declarar” sobre vc!! Haiuahiua

E: encurtando a história, pq senão eles não param nunca... vle Léti, apareça sempre!! Bjos!!

Sa: obrigada por acompanhar a fic e por comentar nela!! Bjos!


Ti: até q enfim alguém q me notou na fic!! Obrigado, Lola Potter

Si: notou mas foi pra reclamar... haiuhaiu

R: realmente, mais lerdo q o Tiago impossível...

Ti: haha *riso falso* “o the Flash” falando... *irônico*

E e Sa: obrigada pelos elogios e por comentar na fic!! Bjos!!


Sa: mais uma vez, obrigada pelo toque Mari Anna

E: e obrigada pelos elogios tb!!!

R, Si, Ti: nd pra mim?! *snif snif*

Todos: Bjos!


Si: agora sim!! Mia Black é um nome mto mais lindo!!

T: não teve a intenção de aumentar o ego dele, mas conseguiu...

R: tivemos q esvaziar o balão dele com alfinetes, ele já estava levitando de tanto se achar...

Sa: td bem sobre a conta do analista... obrigada por comentar!!

E: é nada q uns bons tabefes não resolvam...

Si: uns bons beijinhos, resolveriam melhor... *sorriso sedutor*

Ti: eu prefiro os tabefes...

R: não seja por isso... POFT! * “pedala” Tiago*

Ti: No Sirius!!! Não em mim...

R: vc não explica... *carinha de inocente* haihaiuah

T: hunft!

E: enfim... os caps são meio desproporcionais qto ao tamanho, por causa do assunto...

Sa: as vezes são um pouco maior, as vezes menor...depende, mas a gente se esforça!!

E: esperamos q vcs gostem msm assim!!

Todos: bjos!


E: cara amiga Nat Potter ... continuou sem entender o q vc quis dizer com “Evoluxa Almofadinhas Black”... *cara de desentendida*

Si: se vc quiser eu te explico... * “O” sorriso maroto*

E: melhor não obrigada... *desviando o olhar, para não cair em tentação ao ver “O” sorriso*

Sa: intimidades a parte... vc sabe q vc é nossa principal colaboradora, né?? Super obrigada!!

R: obrigado pelos elogios e pelo apoio... bjos!

Ti: msm vc só dizendo q eu “mereço sofrer muito”, ainda sim acho q vc tem salvação... afinal pelo menos VC ainda não mudou de sobrenome... *hunft! ¬¬*

E: Bjos miga!!!


Sa: obrigada por comentar Olívia Mirisola... cd novo leitor q deixa um recadinho pra gente é um degrau a mais na escada do nosso céu...

E: Continue acompanhando e comentando!! Bjos!!


Sa: finalmente, alguém q nos defende!! Tammie obrigada por não achar q a gente é tão má assim!! =D

E: obrigada por lembrar da gente e não se incomode com esses pidões não!! A fic é nossa!!

Si: mas sem a gente, vcs não teriam sobre o q escrever... e aliás, querida Tammie, vc pode me chamar do q quiser!!

Ti: vamos admitir q minha ruivinha é msm linda, eu não agüentei em não medir cada “novo centímetro” dela... hehehe...

R: bom, mineiro eu não sou... mas os ingleses tb são conhecidos por serem mto discreto... se é q vc me entende... ;P

Sa: adoramos seus comentários!! Obrigada!!

E: vlw... bjos!!


R: agora nossa leitora metamorfomaga... Zoey Evans Black ou melhor “meta-nome” neh? Ainda bem q vc avisa, senão a gente ia se perder nas suas mudanças de nome!!

Sa: melhor assim, ai contam vários novos leitores na fic!! Hehehe

E: obrigada por sempre comentar aqui!!

Si: e pode elogiar a vontade... tem espaço de sobre pra guardar tds as verdades sobre mim...

Ti: vc quer mesmo as verdades?? ótimo!! Eu andava louco pra dizer q vc é um chato, tedioso, metido, arrogante além de feio...

E: e dsd d qdo isso é verdd?? Só se for em relação ao Pedro... *humpt*

Si: ele só está pondo pra fora td o repertório q a Lily usa com ele...

Sa: bjos querida!! Apareça sempre!!




*****
N/As: então é isso pessoal... esperamos q vcs gostem desse cap!! Bjos!


Ps: estamos aceitando sugestões para o título desse cap... ele quase foi ao ar sem!! =/

bjos





CAPÍTULO 23 – Devaneios


Harry ainda olhava atônito para a foto que terminara de acompanhar. Quanto tempo Melina levaria para ligar um fato a outro e descobrir o segredo de Remo? Qual seria sua reação? E o novo professor de DCAT também lhe rendeu perguntas... qual seria sua verdadeira índole?

Sem esperar mais para saber, Harry concentrou-se na próxima foto...



Mel demorou ainda alguns segundos para associar as informações. Deu uma segunda olhada no telescópio para garantir que não se enganara. Não havia dúvida, era mesmo Remo. Mas o que eles estariam fazendo ali àquela hora da noite? Nenhum aluno tinha permissão para sair do dormitório a este horário muito mesmo sair do castelo.

A enfermeira continuou seu caminho acompanhando o garoto. Parou numa distância segura dos galhos selvagens da árvore e se abaixou para pegar algo no chão. Mesmo com o telescópio Mel não conseguiu ver o que era, mas percebeu que segundos depois a árvore imobilizara-se, estática. Lentamente a enfermeira e o aluno se dirigiram para cada vez mais perto da árvore e num piscar de olhos eles haviam sumido.

Mel rearmou o telescópio a procura dos dois, mas foi inútil. Era como se eles tivessem sido engolidos pela árvore sem deixar sinais. Antes que ela pudesse procurar em outro lugar a professora Sinistro chegou.

_ Ah, você já está aqui, srta Wellek! – cumprimentou ela alegre – uma pena que outros alunos não tenham se interessado... vai ser um evento único!

Logo as duas alinharam os telescópios na direção em que o cometa passaria. Passado alguns minutos, Mel ouviu a voz da professora como se vinda de outra dimensão, dizendo palavras esparsas como “maravilhoso” “evento do século” “mágica da natureza” etc para descrever a passagem do cometa com sua calda fulgurante e sua luminosidade aumentada pelo contraste com luar prateado.

Mas Mel nem sequer se deu conta, tudo parecia acontecer em flashes e em câmera lenta. Ela ouvia a professora falar como se fosse a quilômetros de distância e concordava com ela usando de uma voz que nem parecia a sua, como um robô programado. Sua cabeça ainda latejava de perguntas e hipóteses sobre o que vira. Antes de voltar para o Salão Comunal, olhou mais uma vez para o Salgueiro Lutador, mas não havia mais nada ali.

Mecanicamente, ela se despediu da professora, desmontou seu telescópio e saiu da torre. Caminhava tão absorta em seus pensamentos que não percebeu quando passou reto no corredor em que deveria virar para chegar à torre da Grifinória e só voltou a si quando ouviu um alto miado que se espalhou num eco longo e agudo pelos corredores vazios.

Olhando para baixo ele percebeu que havia pisado na calda de Madame Norra, que devia estar patrulhando aquele corredor. Em questão de segundos o dono da gata apareceu, respondendo ao chamado do animal. Com suas chinelas velhas e um robe mofado, Filch virou o corredor praguejando.

_ Quem é?? Ahá!! Aluna fora da cama!! – exclamou ele, com aquele brilho demente nos olhos toda vez que vê a possibilidade de castigar um aluno – prepare-se para ser expulsa!!

_ O quê? – perguntou ela atônita.

_ Fora da cama a esta hora!! Hahaha! Expulsão! Duas semanas de detenção se você tiver sorte!! – exultava ele, pegando a garota atônita pelo pulso e começando a arrastá-las pelo corredor.

_ Eu tenho permissão!! – exclamou ela indignada.

_ Tem nada!! Ninguém tem permissão para estar fora do dormitório há esta hora, nem mesmo os monitores! – esbravejou ele contra a tentativa dela de lhe “roubar o doce”.

_ Eu tenho!! – insistiu ela – eu estava com a professora Sinistro, na Torre de Astronomia!!

_ Estar na torre também é proibido! – resmungou o velho, não abandonando a oportunidade de finalmente pendurar um aluno pelos calcanhares.

_ Eu tenho uma autorização! – gritou Mel, explodindo com a teimosia do zelador.

_ Então vamos ver... vamos ver então se você tem... – resmungou ele.

Mel puxou com força o braço, libertando o pulso do aperto da mão de Filch. Num gesto brusco, tirou das vestes um pedaço de pergaminho e esfregou na cara do velho.

_ Satisfeito?! A própria Mcgonagall me autorizou! – retrucou ela, sorrindo vitoriosa.

_ É falsa!! – berrou o zelador, se negando a deixar que estragasse sua diversão – Você pode muito bem ter falsificado!! Eu vou ter que conferir!!

Mel foi obrigada a seguir até a sala de Filch e esperar que ele comparasse a assinatura da diretora com uma das centenas de fichas que ele tinha lá. Quase meia hora depois, ele se deu por vencido e parecendo muito aborrecido e decepcionado, liberou a garota.


***

Na manhã seguinte, Mel teve dificuldades para acordar. Na verdade, até então ela praticamente nem dormira. Chegara ao dormitório quase uma hora da manhã, pois levara mais de 40 minutos para provar a Filch que tinha autorização para estar fora do dormitório.

Sonolenta, a loira acompanhou as amigas no café da manhã, considerando seriamente a possibilidade de cochilar durante as duas primeiras e inúteis aulas de História da Magia, o difícil seria convencer Lílian de que isto seria muito mais produtivo do que anotar nomes como “Ulrich, o Estranho” e “Bogg, o Maneta” e seus respectivos lugares na disputa entre as confederações dos duendes.

As três garotas sentaram-se a mesa da Grifinória, começando a servirem-se do café da manhã. Mel sentia como se o buraco de seu estômago tivesse se fechado, mas insistiu em forçar umas torradas com manteiga goela a baixo mesmo assim.

_ E então, Mel, como foi com o cometa ontem? – perguntou Lily, ao perceber o silêncio da amiga que estava tão animada no dia anterior.

_ Hm... – resmungou a loira – foi legal...

_ Legal, mas pelo jeito não valeu a pena... – observou Louis vendo o pouco entusiasmo.

_ Não é isso, só estou com sono... – corrigiu Mel – Filch me parou no corredor e fez tudo para me dar 2 semanas de detenção... demorei mais de 40 minutos para faze-lo entender que eu tinha autorização... – explicou ela.

As duas pareceram se contentar com a justificativa, pois logo mudaram de assunto, começando conversar sobre os planos para o primeiro fim de semana na escola.

Do outro lado da mesa, Tiago fitava distraído todos os movimentos de Lily, na ponta oposta enquanto Sirius e Pedro discutiam uma boa desculpa para dar a quem perguntasse por Remo, pois este se encontrava na enfermaria recuperando-se das transformações da noite anterior.

_ ‘odemo... di.s..er que a vó dehe fico.. doenthe... – sugeriu Pedro enquanto se entupia de comida.

_ De novo? Ele precisaria ter umas 3 avós de cada lado da família se alguém reparasse o quanto elas ficam doentes! – descartou Sirius servindo-se de suco.

_ A mãe, então? – sugeriu Pedro, enquanto guardava algumas torradas no bolso.

_ Talvez... – concedeu Sirius espantado, pois Pedro nunca dava uma opinião que prestasse – isso a mãe... a última vez que falamos isso foi no ano passado... o que você acha, Tiago? – perguntou o moreno tirando o amigo da contemplação.

_ Acho que deveríamos perguntar a Evans sobre os ingredientes da poção... – falou Tiago de súbito – pelo que o pançudo falou ontem, ela é ótima na matéria e acho que não desconfiaria de pra quê queremos coisas tão estranhas... – explicou ele, sem tirar os olhos da ruiva.

_ Você estava ouvindo o que eu estava dizendo? – perguntou Sirius, seguindo o olhar do amigo e vendo-o observar Lily atentamente.

_ você ouviu o que eu falei? – retrucou Tiago – ela pode nos ajudar com a poção...

_ Se você está querendo uma desculpa para ir falar com ela, então já achou... – provocou Sirius, que vinha observando os olhares do amigo para a ruiva durante toda a semana.

_ Não seja idiota... – retrucou Tiago, desviando seu olhar – o que é que vocês decidiram sobre o Remo? – perguntou ele, tentando mudar de assunto.

_ Que a mãe dele ficou doente... – respondeu Pedro.

_ De novo? – retrucou Tiago – Assim você me desaponta, Sirius... esperava uma resposta mais criativa... – provocou ele.

_ Mais criativa? E que tal se disséssemos que ele é um lobisomem e que, como ontem foi lua cheia, está na enfermaria se recuperando dos ferimentos que ele próprio provoca, se mordendo e se arranhando a noite toda? – sugeriu o moreno azedo – é criativo o bastante pra você?

_ Haha – fingiu rir Tiago – acho que a “mãe doente” está bom, a última vez que dissemos isso foi no ano passado... – concedeu ele de má vontade, voltando a observar Lily discretamente.

Os garotos terminaram o café e seguiram junto com os outros alunos da Grifinória para a sala de História da Magia. Mel, que estava com Lily e Louis, esperando no corredor não pode deixar de notar quando os 3 se aproximaram que Remo não estava com eles, perguntando-se onde ele poderia estar.

Logo o sinal bateu e os alunos começaram a entrar na sala, Lily entrou primeiro, seguida por Mel, mas antes que a loira cruzasse o umbral da porta ela ouviu alguém perguntar.

_ Onde está o Remo? – perguntou Amy que parecia ter vindo correndo para alcançar os garotos antes que eles entrassem na sala de aula.

_ A mãe dele está doente! – exclamou Sirius ao mesmo tempo em que Louis, que estava logo atrás de Mel e a frente de Sirius, dizia “o pai dele está doente”.

_ Quer dizer, o pai... – corrigiu Sirius, ao mesmo tempo em que Louis corrigia para “a mãe”.

Por um segundo os dois trocaram olharem irritados pela bagunça.

_ Afinal, quem é que está doente?! – espantou-se Amy.

_ Os dois! – exclamaram Sirius e Louis ao mesmo tempo.

_ Uma epidemia muito forte! – mentiu Louis.

_ Começou com a mãe dele, mas o pai também ficou doente... – arrematou Sirius.

_ Ah... – suspirou a garota – e quando foi isso? Ele nem se despediu de mim... – lamentou-se ela.

_ Foi meio de surpresa... – emendou Tiago, tentando reforçar a mentira – ele teve que ir pra casa logo que foi avisado...

_ Até perdeu a última aula de ontem para ir direto pra casa... – concluiu Sirius.

_ E foi por isso que ele não se despediu... – explicou Louis aliviada com a cara de quem estava acreditando em tudo da menina – você estava em aula, ele preferiu não atrapalhar...

_ Certo... bom preciso ir pra minha aula... uma longa caminhada até o corredor de Feitiços... – despediu-se ela sorrindo – por favor, digam a Remo para me procurar quando ele voltar...

_ Claro... – concordaram todos, seguindo para dentro da sala.

_ Você vai entrar ou vai ficar parada ai na porta, Mel? – perguntou Louis ao trombar com a loira paralisada sob o batente.

Mel não respondeu, mas moveu-se devagar. O sono que até então quase a dominava de repente tinha sumido. O que significava tudo aquilo? Pelo que ela se lembrava, Remo realmente não tinha freqüentado a última aula, mas com certeza ele também não havia ido embora pra casa. A menos que ele morasse dentro do Salgueiro Lutador, pensou ela irônica.

_ Os pais de Lupin estão doentes? – perguntou Mel a Louis assim que elas se acomodaram, ela precisava confirmar o que acabara de ouvir.

_ É... – respondeu a morena com pouco interesse, sentando-se numa das carteiras e começando a revirar a bolsa – me empresta uma pena, Mel? Esqueci as minhas... – falou ela tentando desviar do assunto.

_ Você nunca copia lição de História, Louis... – observou Lily.

_ Eu sei, mas Remo sempre copia... ele não gosta de perder matéria... – falou a morena sem pensar – tomara que o assunto de hoje seja algo mais interessante que duendes e suas revoltas, senão eu vou acabar dormindo de novo...

_ Você tem certeza de que Lupin foi mesmo pra casa ontem depois da aula de DCAT? – arriscou a loira, não agüentando a curiosidade.

_ Uhun! – confirmou Louis – me empresta o tinteiro também, Mel? Tenho uma cabeça tão avoada! De que adianta penas sem tinta... – completou ela com um sorriso amarelo.

Mel passou uma pena e o tinteiro para a amiga, tendo a nítida sensação de que algo não estava normal. Louis era mesmo avoada, mas a loira tinha certeza de ter visto penas e tinteiro na mochila da morena quando ela abriu para pegar o livro e alguns pergaminhos.

E porque as respostas dela e de Sirius foram diferentes? Será que eles sabiam que Remo não havia ido embora e que pelo menos até às 11h30min ele ainda estava nos terrenos do castelo? Pelas reações adversas dos dois, Mel teve a forte sensação de que todos estavam escondendo alguma coisa...

Depois de dois tempos de História de Magia, que mais pareceram dez, os alunos da Grifinória foram para a estufa 4, terem aulas de Herbologia. A professora apresentou a eles mudas e sementes de Bulbotubera, as quais eles deveriam, durante o ano todo, preparar a terra, utilizar os adubos certos, reenvasar e por último recolher o pus da planta, muito importante para poções.

Lily, que embora não gostasse muito de Herbologia, adorava Poções, ganhou vários pontos para Grifinória por já conhecer vários usos para o caule, folhas e o pus da planta, compensando o número de desastres dobrados daquele dia, pois além dos habituais feitos de Louis que sempre derrubava coisas ou errava medidas, Mel também estava contribuindo consideravelmente.

A loira continuou bastante aérea remoendo e refletindo sobre suas últimas descobertas, por mais que tentasse não pensar em Remo, era praticamente impossível afastar a imagem e o mistério sobre o garoto de seus pensamentos. Quando a aula finalmente acabou, com 20 pontos a mais para a Grifinória pelas respostas de Lily e com Mel e Louis recebendo tarefas extras, todos os alunos foram se limpar para o almoço.

Depois que as sobremesas já estavam sendo servidas, Collin, Amos e David se aproximaram da mesa da Grifinória para falar com as meninas.

_ Olá... – cumprimentou Collin sorrindo.

_ Ah... oi, Collin! – retribuiu Mel, surpresa com a presença do garoto por não tê-lo visto se aproximando.

_ E ai? Como está sendo a primeira semana de aulas? – perguntou ele alegre.

_ Na verdade, muito interessante... – falou com um olhar enigmático para o lugar vazio que Remo ocuparia entre os garotos da Grifinória se estivesse ali.

_ Que bom pra você! Não agüento mais revisões... os professores devem achar que esvaziamos nossas cabeças assim que chegamos em casa... – brincou ele.

Assim como tudo desde que vira Remo nos jardins, a voz de Collin também parecia vir de muito longe, entrando de maneira tão devagar em sua cabeça que ela nem chegou a responder. Diante disso, ele tornou a falar, um pouco inseguro.

_ Hã... eu estava pensando... que tal se passássemos a tarde juntos amanhã? – convidou ele meio incerto e com uma leve agitação no tom de voz.

_ Hm... claro... – respondeu ela sem pensar direito sobre o assunto – vai ser ótimo...

_ Que bom! – animou-se ele sorrindo satisfeito – Amos, porque é que você não vem com a gente? – completou ele dando um cutucão no amigo.

_ Hã... por mim tudo bem... – concordou, entendendo a proposta do amigo – você gostaria de vir com a gente, Evans? – convidou ele.

_ Claro, adoraria... hoje de manhã mesmo estávamos discutindo sobre o que fazer no fim de semana... – sorriu a ruiva – você vem, Louis? – convidou ela.

_ Não sei se quero ficar de vela... – zombou a morena – você vai também, David? – perguntou ela, olhando diretamente para o corvinal e sorrindo.

_ Acho que não... – esquivou-se ele – preciso estudar... – desculpou-se.

_ Amanhã é sábado, David... O primeiro sábado... – insistiu Collin.

_ Mesmo assim... – retrucou ele com um olhar significativo para o amigo que não passou despercebido por Louis, deixando-a bastante magoada.

_ Certo... vejo você amanhã então? – falou Collin para Melina.

_ Uhn... até amanhã, Collin! – despediu-se ela sorrindo para ele.

_ Até mais, então... – despediram-se Lily e Amos.

_ Isto está me cheirando a namoro sério... – cantarolou Louis zombeteira ao pé do ouvido de Mel, não demonstrando o quanto tinha ficado aborrecida por David ter praticamente recusado seu “quase convite”.

Mas a loira fingiu não ouvir, pensaria nisso depois. Agora seus pensamentos estavam tomados por outro assunto e assim permaneceria por toda a tarde. Quanto mais evitava pensar em tudo, mas perguntas e dúvidas surgiam.

Ainda na mesa da Grifinória, Tiago, um tanto quanto surpreso, não pode deixar de acompanhar pelo canto do olho a aproximação dos garotos corvinais, registrando cada uma das atitudes deles e das respostas das garotas, em especial o convite de Amos a Lily e a resposta positiva da ruiva.

Depois do almoço, os quartanistas da Grifinória foram para aulas de Feitiços, e na última aula da sexta-feira Mel tinha um tempo livre, enquanto Lily e Louis iam para a aula de Runas Antigas. Os garotos que não faziam esta matéria também tinham um tempo livre e saudavam o final da primeira semana de aula aproveitando o tempo nos jardins dos terrenos.

_ Será que Remo vai demorar pra sair da enfermaria? – perguntou Pedro preocupado, enquanto os três caminhavam pelo gramado.

_ Acho que não... ele sempre sai no mesmo dia... – observou Tiago.

_ Se a Carter não estivesse praticamente seguindo a gente o tempo todo, nós poderíamos pelo menos ir visitá-lo... – suspirou Sirius, pois Amy procurara por Remo novamente durante o almoço e no intervalo das aulas para saber se ele já havia chegado.

_ Será que ela desconfia de alguma coisa?? – perguntou Pedro.

_ Se desconfia eu não sei... mas seria de se admirar que ela, pelo menos, não tenha percebido alguma coisa... afinal o namorado dela desaparece de 1 a 3 dias todos os meses, voltando cheio de hematomas, roxos e doenças misteriosas... – ponderou Tiago.

_ Então, sorte do Remo que ela seja da Lufa-Lufa e não da Corvinal... – ironizou Sirius – os corvinais costumam ser um pouco mais inteligentes, ela acabaria percebendo que ninguém tem tantos parentes para ficar doentes...

_ Por que ele não conta pra ela?? – perguntou Pedro tolamente. (N/As: tava demorando pra essa anta falar alguma bobagem neh?? É que nós estamos boazinhas hoje... sem raiva no coração ahiuaaiua)

_ Por que você acha?? – repetiu Tiago sarcástico – A maioria das pessoas tem medo ou preconceito...

_ Ou os dois juntos... – completou Sirius – para minha ugh... família, por exemplo... depois de nascidos trouxas, os mestiços, como eles chamam, são a pior escória...

_ Escória?! – quis saber Pedro, que obviamente tinha um vocabulário extremamente limitado para entender qualquer palavra que não estivesse relacionado à comida ou idiotices.

_ É... escória é como se fosse o lixo, o resto... essas coisas de preconceituosos... – explicou Sirius sem paciência, geralmente quem traduzia tudo em miúdos para que Pedro conseguisse entender era Remo, ele e Tiago não tinham tanta paciência.

_ Ah!! – exclamou ele bobamente.



No Salão Comunal da Grifinória, Mel folheava seu livro de “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, tentando se concentrar no dever de casa, no qual ela deveria listar os animais que melhor haviam desenvolvido métodos de disfarce e camuflagem. Ela estava sentada em uma das poltronas, com as pernas dobradas e o livro aberto apoiado entre elas, enquanto rabiscava com pouco entusiasmo uma lista dos nomes encontrados até então, quando a passagem do retrato se abriu e Remo entrou por ela.

Como era de se esperar, ele parecia cansado e abatido. Sua pele estava pálida e trazia grandes olheiras sob os olhos entristecidos. Um olhar mais atento revelariam também hematomas roxos nos pulsos e um corte fino, porém comprido na altura do pescoço. Como, com exceção de Mel, o Salão estava vazio, ele se dirigiu a ela, para perguntar onde estariam os amigos.

_ N-nos jardins... – murmurou ela, olhando atentamente para aparência, sem deixar de notar seus pulsos e pescoço – você está bem? – perguntou ela.

_ Melhor agora... – suspirou ele, automaticamente puxando as mangas para baixo e a gola da camisa para cima.

_ Sua avó melhorou? – arriscou ela antes que pudesse se dar conta da estranheza da pergunta.

_ Minha avó? – repetiu ele, empalidecendo.

_ É... – continuou ela – Louis e os garotos disseram que ela estava muito doente e que você foi vê-la... – mentiu ela, sem saber o porquê.

_ Ah... pois é! Sou o neto favorito dela... – completou ele, achando que essa tinha sido a desculpa dada pelos amigos – sempre que ela fica doente, ela quer me ver...

_ Compreendo... – falou a loira com os olhos faiscando de astúcia, definitivamente havia alguma coisa sendo escondida – bom, acho que logo Louis chega da aula de Runas e os meninos devem estar no jardim... – completou ela se levantando e fazendo o livro que estava em seu colo cair no chão, parando aberto na última página.

Apesar da condição ainda fragilizada, Remo abaixou-se solicito para pegá-lo e entregou-o a garota. Mas paralisou com um olhar aterrorizado ao ler de ponta cabeça a página aberta, e não conseguiu soltar a lombada do livro.

Mel nunca estivera tão perto de Remo antes. Seu coração pareceu falhar uma batida quando ela se deu conta de que nunca reparara na fina cicatriz que perpassava uma das sobrancelhas dele, as pequenas manchas amareladas que permeavam suas íris castanho-claras, porém, percebendo a súbita hesitação em soltar o livro e o olhar fixo do garoto para a página aberta, Mel desviou a atenção de seu rosto para o livro aberto. Antes que ela tivesse chance de ler, ele soltou o livro com um gesto brusco quase fazendo com que o livro caísse da mão da menina.

_ V-vou procurar os garotos então... – falou ele, dando às costas a garota e saindo apressado.

Mel permaneceu alguns segundos imóvel, sem entender nada. Não era novidade a aparência cansada de Remo, e pensando bem, nem aqueles machucados. Na verdade, o loiro parecia ter uma tendência a doenças súbitas e machucados estranhos, no mínimo 5 vezes maior do que qualquer outro aluno. Num gesto automático ela virou o livro, com a última página ainda separada por um de seus dedos, e leu:

WEREWOLF (LOBISOMEM)
Classificação M.M.: XXXXX
O lobisomem é encontrado no mundo inteiro, embora se acredite que tenha se originado no norte europeu. Os humanos somente se transformam em lobisomens quando são mordidos. Não se conhece nenhuma cura para esse mal. Uma vez por mês, durante a lua cheia, o bruxo ou trouxa afetado, que em outros períodos é normal, se transforma em uma fera assassina. Uma singularidade entres as demais criaturas fantásticas, o lobisomem dá preferência a presas humanas.

Nota: Esta classificação se refere, naturalmente, ao lobisomem após a transformação. Quando não há lua cheia, o animal é inofensivo aos outros humanos.



No jantar as coisas pareciam mais tranqüilas. Incrivelmente, Remo parecia ter se recobrado da palidez da tarde e quase voltado ao normal, com exceção dos hematomas. Antes mesmo das sobremesas serem servidas, Amy já procurara por ele na mesa da Grifinória e parecia realmente aborrecida por não ter sido avisada.

_ Me desculpe, Amy... – falou Remo arrastado pela 3ª vez – sério mesmo... eu não tive tempo...

_ Hunf! – fungou ela irritada, passada a preocupação pelo sumiço dele – Você deveria ter me avisado!!

_ Eu prometo que da próxima vez eu aviso, mesmo que tenha que te procurar durante o horário das aulas, ok? – falou ele, tentando conciliar.

_ Da próxima vez?! Você já está planejando uma próxima vez?! – exasperou-se ela.

A expressão “próxima vez” não passou despercebida por Mel. A menina estava tentando de todas as maneiras não prestar atenção na conversa, afinal era uma falta de educação escutar assuntos que não lhe diziam respeito, mas não conseguia evitar.

_ N-não foi isso que eu quis dizer... – tentou consertar ele, corando e em seguida empalidecendo sutilmente – você sabe, minha avó é bem velhinha... ela pode querer me ver novamente mês que vem... – completou ele, pois segundo o que Mel lhe dissera, esta era a desculpa dada por Louis e os meninos.

_ Sua avó?! – espantou-se Amy – mas não foram os seus pais que ficaram doentes? – questionou ela intrigada olhando fixamente para Tiago e Sirius, que engoliram a seco.

_ M-meus pais? – repetiu Remo, suplicando ajuda para os amigos.

_ Uma epidemia familiar! – exclamou Tiago sobressaltado, enquanto Remo fitava curioso o topo da cabeça de Melina, que se abaixara para pegar um talher derrubado no chão.

_ Começou com os pais e depois a avó... – emendou Sirius depressa.

_ Mas a sua avó não ficou doente há alguns meses atrás? – questionou a garota, pondo as mãos na cintura e erguendo a sobrancelha em sinal de incredulidade.

_ Era a outra avó... – respondeu de prontidão Tiago cada vez mais exasperado.

_ Será que nós podemos conversar em outro lugar? – falou Remo se levantando e puxando Amy para fora do salão, pois muitas pessoas da mesa da Grifinória já observação a discussão do casal, entre elas, Mel era uma que nem mais disfarçava seu óbvio interesse nas absurdas contradições entre as respostas de Remo e dos garotos.



O que exatamente Amy e Remo conversaram, Harry não chegou a descobrir, pelo menos não nessa foto. Mas estava claro que Mel não era tão desligada quanto Amy em relação aos sumiços do loiro. Só restava saber até onde ela iria para descobrir a verdade...


******

N/As: Ai... e ai gostaram?? Menos respostas do que vocês esperavam não é? Bom, nem tudo pode ser descoberto agora!! Com ctz vcs vão achar ele meio curtinho tb, afinal foram só 12 pags, enqto os outros estavam saindo com 15 ou 16, mas é que nós queríamos dar prioridade pra Mel, já que a Louis já teve um cap praticamente só pra ela... então não começamos nenhum novo assunto aqui...

Sem querer fazer pressão, só avisando que o “roteiro” do 4º ano está praticamente definido, o q deve manter as atualizações com uma freqüência maior do q vínhamos fazendo, pelo menos até a greve na Universidade acabar... e é melhor vcs aproveitarem, pois qdo voltarmos as aulas não teremos férias em julho!!! =/

Bjos!!

E Comentem!!!!!





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