DE VOLTA A ATIVA



N/As:
Ok, ok... podem dizer que vão nos matar! A gente entende... =/

Demoramos séculos, mas finalmente chegou... Sorry por não respondermos os comentários, mas isso varia demorar ainda mais!

Prometemos um bônus em breve (ou não tão breve assim! @_@) com as respostas, ok?!

Até mais!!

Bjos!!
=D


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CAPÍTULO 24 – “DE VOLTA A ATIVA”


Harry lembrava claramente da sensação de ser intimado por uma garota na frente de todos. Cho havia feito o mesmo com ele no único encontro que tiveram em Hogsmeade e ele compreendia perfeitamente a vontade de Remo de sair da vista de todos. Claro que o motivo de Cho fora muito menos sensato, já que ver o namorado desaparecer uma vez por mês e estar planejando uma “próxima vez”, dava um certo crédito as desconfianças de Amy, mas nada que justificasse a cena.

Olhando a próxima foto, Harry deduziu que os dois acabariam se acertando, pois a imagem mostrava os quatro marotos, Amy e mais duas garotas que Harry não distinguiu caminhando nos terrenos da escola, numa tarde morna de final de verão...

(N/As: pois é pessoal, algumas pessoas reclamaram das atitudes da Amy, mas é mto cedo para vocês começarem a odiá-la, ela ainda não cumpriu totalmente seu papel na fic! =P)



_ Será que nós podemos conversar em outro lugar? – repetiu Remo se levantando e puxando Amy para fora do salão, pois muitas pessoas da mesa da Grifinória já observação a discussão do casal – Por favor... – insistiu ele.

Bufando revoltada, Amy acompanhou o garoto para fora do salão e da vista de todos que tentavam bisbilhotar a vida alheia. Os dois seguiram para o saguão de entrada, Remo suspirou mais aliviado ao ver que não havia ninguém ali.

_ Amy, por favor, entenda... quando eu disse “próxima vez” eu só estava tentando prometer que... – começou ele.

_ “Tentando prometer”, Remo?! – interrompeu ela exasperada com a situação, agora com os olhos brilhantes e marejados.

_ Amy... eu NÃO POSSO prometer que meus parentes não vão mais ficar doentes! – exclamou ele, chamando a menina à razão e fazendo-a baixar levemente a cabeça resignada – e nem que eu não vou mais visitá-los quando isso acontecer... – mentiu ele, sentindo-se realmente mal em fazer isso e sabendo que ela estava certa em brigar com ele.

_ Mas você poderia ter me avisado... – murmurou ela, não mais irritada, parecendo apenas aborrecida.

_ Eu sei... e é por isso que eu quero te pedir desculpas... – falou ele, tocando o braço da garota, ainda inseguro.

Ela não disse nada em resposta, mas sorriu levemente, encorajando Remo a continuar.

_ E era isso que eu ia “tentar” te prometer... – recomeçou ele, falando mansamente – que caso aconteça de novo, eu vou avisá-la pessoalmente... – garantiu, com um enorme peso na consciência por ter certeza que “aconteceria de novo”.

_ Promete?! – repetiu ela olhando diretamente nos olhos ainda levemente amarelados do garoto.

_ Prometo tentar... – reforçou ele – é só o que eu posso fazer...

_ Está bem... – cedeu ela, com um sorriso fraco e atravessado.

_ “Está bem”, mesmo?! – insistiu Remo que esperava uma resistência maior da garota.

_ Claro, eu fui uma boba em brigar com você, Remo... – declarou ela, apressando-se em abraçar fortemente o garoto – Me desculpe...

_ Eu é que tenho que pedir desculpas, Amy... – corrigiu ele, retribuindo o abraço e afagando carinhosamente os cabelos da menina – Será que eu posso te beijar agora para matar a saudade? – falou ele num tom brincalhão, olhando ternamente para a namorada.

Ela sorriu contente e aproximou-se dele, que começou a beijá-la instantaneamente. Entre um beijo de conciliação e outro, Remo sentiu escorrer dos olhos da namorada uma solitária e salgada lágrima que ele aparou com o polegar, cheio de culpa por estar a enganando.



No Salão Comunal da torre da Grifinória, Sirius, Tiago e Louis aguardavam ansiosos a volta de Remo, enquanto Pedro comia despreocupado a quarta fatia de torta de morango, roubada da mesa do jantar (N/As: babacão idiota!! Só pensa em comida msm!!). Embora o fato deles terem visto o loiro beijando Amy no saguão, indicar que a briga tinha tido um final feliz, os três ainda estavam preocupados a respeito do desfecho da confusão.

Num canto mais afastado, Mel estava sentada com Lily, mas não dava a mínima atenção ao que a ruiva falava sobre os encontros marcados com os garotos na tarde do dia seguinte. A loira mantinha total concentração nas atitudes dos meninos e de Louis a alguns metros de distância, quando Remo finalmente chegou e sentou-se ao lado dele, ela apurou os ouvidos para tentar ouvir o que eles conversavam.

_ E então? – perguntaram de uma vez Tiago e Louis.

_ Tudo bem, nós conversamos e nos acertamos... – suspirou Remo parecendo aborrecido.

_ Isso a gente já tinha imaginado quando viu vocês se agarrando no meio do saguão... – provocou Sirius, fazendo o loiro corar levemente – o que é que você disse pra ela?

_ Que eu não tinha culpa de meus familiares ficarem doentes e que o máximo que eu poderia fazer era avisá-la quando isso acontecesse... – resmungou ele.

_ E ela acreditou? – surpreendeu-se Louis rindo – Remo, sorte sua essa garota ser da Lufa-Lufa e não da Corvinal... – completou ela recebendo do loiro um olhar azedo em reprovação.

_ E você acha que mês que vem ela vai aceitar numa boa? – perguntou Pedro, num tom de voz tão alto que Mel nem precisou se esforçar para ouvir.

_ Shh!! – retrucou Remo – fale baixo, Pedro!! – pediu ele.

_ Desculpe... – pediu a bolota de banhas.

_ Eu espero que sim, não é? Estou me sentindo péssimo em mentir para ela... – suspirou o loiro.

_ E porque você não tenta contar a verdade para ela? – sugeriu Louis, sentando próxima ao amigo e pondo gentilmente a mão sobre seu ombro.

_ Não tenho coragem... – murmurou ele apoiando os cotovelos nos joelhos e a cabeça entre as mãos – não consigo nem imaginar a reação dela...

_ O jeito então é planejar desde já o que diremos no próximo mês... – sugeriu Tiago – para evitar maiores confusões...

Ao comentário de Tiago, uma dúvida voltou à cabeça de Remo. Melina Wellek havia lhe perguntado sobre a saúde de “sua avó”, enquanto os garotos afirmavam derem dito a Amy que eram “os pais” que ficaram doentes. Os amigos já haviam se contradito antes, mas não tanto... Instintivamente, Remo virou a cabeça, procurando por Wellek e se intrigou ao encontrá-la, não muito distante dali, com os olhos castanho-amendoados cravados nele, brilhando estranhamente.

Ao perceber o olhar de Remo sobre si, Mel desviou o rosto, fingindo voltar sua atenção para Lily que ainda falava animadamente. Mas ela continuou a acompanhar a conversa do grupo com atenção, que agora enveredava por assuntos mais amenos, até que por fim, rendeu-se ao monólogo da ruiva que requeria sua opinião.

_ E então o que você acha? – perguntou Lily, animada.

_ Hã... sobre o que? – perguntou Mel desatenta.

_ Sobre o que vamos fazer amanhã! Combinamos de passar a tarde com os garotos, lembra? – repetiu a ruiva.

_ Ahh, sim... claro! – confirmou Mel, sorrindo amarelo para amiga e a partir daí dedicando total atenção à conversa com a ruiva.


***



Na manhã de sábado seguinte, os ânimos na torre da Grifinória já haviam se acalmado bastante, ninguém mais comentava o sumiço de Remo e o chilique de Amy no Salão Principal. Depois do café da manhã, tomado pelos garotos quase às 10 horas, por terem aproveitado para dormir um pouco mais, eles estavam confortavelmente instalados no Salão Comunal.

_ O que é que vamos fazer hoje? – perguntou Pedro, que queria desesperadamente fugir das aulas extras que Remo sempre lhe dava aos sábados para tentar recuperar a matéria.

_ Não sei... – respondeu Tiago, parecendo um pouco entediado – mas acho que precisamos pensar em alguma coisa bem interessante... Minha mãe vai acabar achando que eu morri se não receber logo uma carta da McGonagall informando sobre uma detenção...
_ E de maneira nenhuma nós queremos esse tipo de preocupação para a tia Sarah, não é mesmo? – completou Sirius sorrindo astuto – alguma idéia?

_ Eu já conheço essas caras... – reclamou Remo – nem comecem!!

_ Ah, Remo... deixa de ser estraga-prazeres... é o primeiro sábado do ano... – argumentou Tiago – que tal uma bomba-de-bosta na sala do Filch?

_ Além do mais, eu já tenho o que fazer hoje... – continuou Remo ignorando a sugestão do amigo – vou passar a tarde com a Amy... – declarou ele, corando ligeiramente.

_ Hmm... talvez nós possamos deixar os planos mais perigosos para depois e investir nos mais prazerosos... – sugeriu Sirius, com um brilho maroto no olhar - o que você acha, Tiago?

_ Talvez não seja má idéia... – concordou ele – em quem você está pensando?

_ Hmm... acho que a Halliday, da Lufa-Lufa... – respondeu Sirius depois de pensar um pouco e se lembrar da garota de cabelos castanhos e cacheados – e você?

_ Ainda não sei... – respondeu Tiago pensativo, embora instantaneamente uma visão de Lilían Evans tenha lhe tomado a mente, mas talvez isso só tivesse acontecido porque ela havia acabado de entrar pela passagem do retrato com as amigas, sorrindo e conversando de maneira ecantadora, ponderou ele – alguma sugestão? – tornou a perguntar a Sirius.

_ Se você não faz questão quanto a Casa, que tal a Hutchins, do 3o ano? – sugeriu Sirius apontando para uma grifinória de pele morena e cabelos negros reluzentes.

_ Escolha interessante... já volto! – elogiou Tiago, levantando e seguindo até onde a garota estava sentada com as amigas, voltando menos de cinco minutos depois com um sorriso confiante.

_ Com quantas garotas vocês já saíram?! - perguntou Remo indignado com o descaso dos amigos.

_ Como é que a gente vai saber... eu não fico contando essas coisas... – defendeu-se Tiago.

_ Não é questão de "contar"... é de saber... – retrucou Remo – ano passado a cada final de semana vocês estavam com uma garota diferente...

_ Lógico que não, Remo... – respondeu Sirius – eu sai com a Olson 4 vezes, 3 com a Fillmore e 2 com a... hmm... como era mesmo o nome daquela baixinha da Corvinal?

_ Sem comentários para você, Sirius... – falou Remo, reprovando as atitudes do amigo.

_ Quem liga pro passado, Remo? Estou mais preocupado com hoje... – retrucou o moreno.

_ É... porque você é o único que não achou ninguém pra sair ainda... – alfinetou Tiago.

_ Eu também não achei... – falou Pedro tolamente. (N/As: como se alguém fosse querer sair com esse traste!!)

_ Por Merlin, a que ponto eu cheguei... – riu Sirius sarcástico do comentário de Pedro – vou ter que dar um jeito nisso agora mesmo... – completou ele se levantando e saindo pelo retrato.



Lily e Mel haviam combinado com Collin e Amos às duas horas da tarde, no Hall de entrada do Salão Principal e a uma e meia, ambas já estavam prontas. A ruiva estava ansiosa, já que cada vez que se encontrava com Amos o garoto se mostrava mais atencioso com ela. Mel, apesar das preocupações do dia anterior a respeito de Remo, não conseguia se sentir indiferente a Colin, pois o garoto era definitivamente uma boa companhia.

Louis, que havia se esquecido um pouco do "fora" de David por causa da confusão com Remo e Amy, estava se esforçando ao máximo para não deixar transparecer a decepção com a recusa do corvinal, principalmente para não preocupar as amigas que estavam tão animadas.

_ Você pode ficar com a gente, Louis... – falou Lily – quem sabe o David não aparece por lá depois de passar na biblioteca? – sugeriu a ruiva, já que embora a morena disfarçasse bem, ela percebia o estado da amiga.

_ Não, obrigada... – respondeu ela instalando um falso sorriso no rosto – não se preocupem comigo... acho que vou passar o dia atormentando os garotos... – tranqüilizou ela.

Lily e Mel tentaram argumentar, mas Louis não permitiu. Ela não iria “ficar de vela” no encontro das amigas e nem queria as duas preocupadas durante a tarde. Com seu jeito divertido e engraçado, a morena conseguiu convencer as amigas que ficaria bem e que elas deveriam aproveitar o tempo bonito que fazia lá fora.

Quando o retrato se abriu para Mel e Lily saírem para ir encontrar com os garotos, pela passagem entrou Sirius, sorrindo triunfante e se dirigindo até onde os amigos estavam. Vendo-se sozinha no Salão Comunal com a partida das amigas, Louis rumou até onde estavam os quatro garotos, juntando-se a eles.

_ Prontinho... tudo resolvido! – ela ouviu Sirius dizer quando se aproximou do grupo.

_ O que é que vocês estão aprontando dessa vez? – perguntou a morena que já conhecia muito bem os garotos, ao sentar-se ao lado de Remo.

_ Que péssimo juízo você faz da gente, Louis... – riu Tiago – porque é que a gente tem sempre que estar aprontando?

_ Eu não disse que vocês “tem sempre que estar aprontando”... – corrigiu ela – mas acontece que invariavelmente vocês sempre estão aprontando ou tramando alguma coisa...

_ Pois saiba que nossos planos para hoje não tem nada de errado... – retrucou Tiago.

_ A menos que o Filch tenha inventado uma nova regra contra encontros e que agora seja proibido beijar nos terrenos do castelo... – zombou Sirius, sorrindo maliciosamente.

_ Você vai se encontrar com a Amy hoje? – perguntou Louis a Remo.

_ Vou... conversamos um pouco ontem e eu prometi compensar minha ausência... – confirmou Remo, corando levemente enquanto Tiago e Sirius faziam caretas apaixonadas para infernizá-lo.

_ Hmm... e pelo jeito vocês também têm encontros hoje... – constatou ela chateada, se dirigindo a Tiago e Sirius.

_ Já estava na hora de nos divertirmos um pouco... – declarou Sirius – durante as férias eu quase nem pude sair de casa e meus pais esconderam minha varinha o verão inteiro para eu não azarar ninguém...

_ O que é que você vai fazer hoje? – perguntou Remo, percebendo que Lílian e Melina não estavam no Salão – onde estão as garotas?

_ Lily e Mel também têm encontros hoje... vão passar a tarde com Diggory e Cooper... – explicou Louis com um mínimo de desanimo na voz, fazendo Tiago sentir uma estranha e incômoda pontada, cujo significado ele preferiu ignorar.

_ E você? – tornou a perguntar Remo, entendendo a situação da garota.

_ Bom, se vocês vão estar ocupados também, eu vou ter arranjar outra coisa pra fazer... – despistou ela.

_ Eu também não tenho nada pra fazer hoje... – falou Pedro olhando interessado para Louis, mas todos ignoraram seu comentário, principalmente a garota. (N/As: só pra avisar que ele estava junto com os garotos, não que ele merecesse uma fala dessa, mto menos alguma atenção... e só no cabeção dele que a Louis ia sequer ouvir o que ele tinha a dizer!! Babacão!!)

_ O Diggory e o Cooper não são amigos do tal Summers, aquele corvinal com que você conversava ano passado? – perguntou Remo, fazendo a garota fechar a cara.

_ São... – respondeu ela secamente, demonstrando não estar gostando muito do rumo da conversa.

_ E aconteceu alguma coisa? – insistiu Remo, sabendo ser esta uma pergunta bastante significativa.

_ Não que eu saiba... aliás, talvez seja esse o problema... – resmungou ela.

_ Vocês não... hm... chegaram a ... ficar ano passado? – perguntou o loiro, escolhendo bem as palavras diante do visível aborrecimento da amiga.

_ Toda essa curiosidade é ciúmes, Remo? – provocou Tiago, mas tanto Remo quanto Louis ignoraram o comentário do moreno, enquanto Sirius e Pedro o acompanhavam na risada.

_ Não... e eu não quero falar sobre isso... – respondeu ela seca – vou dar uma volta por ai... a gente se vê depois... – completou ela, saindo rápida e decidida pela passagem, deixando para trás um Remo preocupado e três bobos rindo.



Ao saírem do Salão Comunal da Grifinória, Lily e Mel seguiram direto para o Hall de entrada, conforme o combinado com os garotos da Corvinal. Ao chegarem lá, ambos já estavam esperando, com sorrisos alegres iluminando seus rostos bonitos.

Os quatro se cumprimentaram com certa formalidade, causada pela timidez e até inexperiência das garotas e por respeito da parte dos meninos. Depois de um momento de hesitação, eles começaram a descer pelo gramado da escola e a conversa começou a fluir mais descontraidamente.

_ Você está muito bonita hoje, Melina... – elogiou Collin. Ele murmurou alguma coisa e com um aceno, fez surgir uma única, porém linda, flor da ponta da varinha – er... era pra ser um buquê inteiro, mas acho que preciso treinar mais... – explicou ele um pouco sem jeito.

_ É linda, Collin! Obrigada! – agradeceu Mel admirada com a beleza da flor – E parabéns!! feitiços conjuratórios são matéria do 6º ano em diante... você deveria estar orgulhoso!

_ Se você gostou, então já valeu a pena... – respondeu ele olhando encantado para a loira, que lhe parecia sempre cada vez mais linda, ao menor gesto ou sorriso.

Lily e Amos também logo entraram em sintonia. O garoto, assim como ela, era bastante estudioso e mostrava-se preocupado com os NOMs que prestaria naquele ano.

_ Você vai se sair bem... – tentou tranqüilizar a ruiva – é só não deixar para estudar na última hora e não há por que em ficar nervoso... – falou ela segurando a mão dele num gesto consolador, mas que acentuou o contato entre eles, fazendo o loiro sorrir e a garota corar levemente.

Os quatro rumaram para a margem do lago, conversando e rindo cada vez mais a vontade e descontraídos. Na primeira semana de setembro, ainda restava um finzinho de verão que possibilitava o contato com a água e o desfrutar da tarde sob o sol, que não só eles, mas muitos alunos da escola estavam dispostos a aproveitar.

Mel e Collin que já tinham uma maior intimidade por causa de outros encontros, logo se “entenderam”. A companhia e a dedicação de Collin pareceu varrer instantaneamente dos pensamentos da loira todas as dúvidas e preocupação com os sumiços de Remo. Poucos minutos de conversa depois, sentados a beira do lago com os pés descalços dentro da água, eles se beijaram carinhosamente.

Já Lily tinha tomado como tarefa para si, fazer Amos para de se preocupar tão cedo com os exames que só aconteceriam no final do ano. A ruiva puxava outros assuntos contando sobre a vida de trouxa que o garoto, por ser de família puro sangue muito antiga, desconhecia apesar de cursar a disciplina de Estudo dos Trouxas.

Era a primeira vez que Lily realmente se descontraía na presença do loiro. Embora eles já tivessem se encontrado várias vezes, informalmente no ano anterior, ela sempre se mostrava bastante fechada e concentrada. Mas a nítida mudança pela qual ela passara no verão fez o garoto não desistir e agora ele percebia estar certo. Lílian, além de muito inteligente e bonita, se mostrava uma garota alegre e divertida.

Enquanto Mel e Collin estavam sentados a beira do lago, muito ocupados por sinal, Amos e Lílian caminhavam a volta do espelho límpido de água. Diante de um comentário da ruiva sobre sua vida com os pais, Amos pareceu novamente se lembrar dos exames.

_ É melhor eu me lembrar disso! – exclamou ele – com certeza isso pode ser pedido nos NOMs...

_ Se você falar mais uma vez sobre os NOMs eu te jogo no lago! – brincou a ruiva, fingindo empurrar o loiro em direção a água.

Mas Amos estava desatento e o movimento da garota o surpreendeu e assustou. Para realmente não cair no lago ele se adiantou, segurando Lily pelo braço e puxando-a para si. Depois do contato das mãos anterior, esta proximidade era realmente inebriante e com certeza traria conseqüências.

Amos era mais alto, mas seu rosto estava suficientemente baixo para que seus olhos castanho-claro encontrassem diretamente com os verde esmeralda da ruiva. Ao ser segurada pelo loiro tão inesperadamente, Lily também se sobressaltou e, pega de surpresa pela proximidade, também não conseguia fazer mais nada além de suspirar fortemente.

Esta era a brecha pela qual Amos esperara todo o ano anterior, pois Lily nunca se mostrara tão presente a ele. Embora não fosse tímido, também não era de seu feitio se atirar sobre as garotas e por isso ele esperou com paciência. Logo ele compreendeu que sua espera seria recompensada, pois os lindos olhos esmeralda que ele fitava tão atentamente se fecharam.

O coração Lily bateu descompassado. Desde o “incidente” do pseudo-beijo com Tiago no segundo ano, ela se fechara por raiva do descaso do garoto e Amos era o primeiro que aparentemente conseguira passar pelas defesas que ela havia armado. Antes dos intermináveis segundos em que os olhos de ambos estavam conectados, Lily havia observado na outra margem do lago o progresso de Mel e Collin, e a cena lhe deu a coragem necessária para uma atitude simples, porém muito decisiva: fechar os olhos.

Amos demorou ainda alguns segundos para compreender totalmente a atitude da garota, pois de maneira nenhuma ele gostaria de “avançar o sinal” e acabar por afastar ainda mais a ruiva, sempre tão esquiva. Mas quando viu que ela não reabriu os olhos num piscar apenas um pouco mais demorado, ele se inclinou selando delicadamente seus lábios aos dela.

O primeiro beijo deles foi terno e carinhoso, mas durou pouco. Ambos se olharam, sorrindo um pouco sem jeito. Lily por perceber que este sim poderia ser considerado um beijo de verdade, enquanto Amos pela surpresa do acontecido. O silêncio característico desta situação se instalou, mas eles resolveram a questão começando um novo beijo, seguido de outros.




Pouco depois que Louis saiu do Salão Comunal sem dar satisfações a ninguém, os quatro garotos decidiram também sair. Tiago adiantou-se, indo até onde a morena do 3º ano estava conversando com as amigas e a convidou para um passeio. Convite que ela aceitou prontamente, em meio a risinhos irritantes das amigas, agarrando-se a um dos braços do moreno e seguindo com os outros 3 garotos pela passagem do retrato.

Logo depois Remo encontrou Amy numa das passagens do 3º andar, quando todos estavam descendo para o pátio do castelo, deu um leve beijo na garota e permaneceu abraçado a ela até chegarem aos terrenos externos.

Sirius, que havia convidado uma Lufa-Lufa morena de cabelos e olhos castanhos, a encontrou esperando ansiosa num dos degraus de mármore da escada. A menina pareceu soltar um leve suspiro de alívio quando o viu chegando, como se ainda não estivesse acreditando a sorte de ter sido convidada por ele.

Pedro não havia convidado ninguém, mas também não tinha “semancol” suficiente para saber que estava sobrando, os sete desceram para os terrenos levemente ensolarados da escola. A vistosa sombra proporcionada pela imensa faia à beira do lago já virara ponto dos meninos que adoravam o lugar e seguiram diretamente para lá.

Remo logo se sentou abraçado com Amy a sua frente, enquanto acariciava carinhosamente os cabelos da loira, e ainda conversava com Pedro, para que ele não se sentisse tão deslocado (N/As: não que ele mereça tanta bondade!! HUMPT!).

A garota da Lufa-lufa que ainda demonstrava-se deslumbrada com a perspectiva de estar na companhia de Sirius, não se fez de rogada e avançou logo para cima do garoto, que não sendo bobo nem nada, aceitou prontamente as investidas da menina.

Tiago, embora não tão adiantado quanto Sirius, também fez progressos com sua companhia. Saindo do Salão Comunal, eles conversavam animados, parecendo bem entrosados pra duas pessoas que nunca haviam passado de vários “Olá, Potter...” entusiasmados da parte dela e “Hm... Oi!”, seguido de sorriso amarelo na tentativa de lembrar-se do nome da menina da parte dele.

Mas foi um outro fato que deu o impulso que era necessário para que os sonhos da terceiranista grifinória que acompanhava Tiago se tornassem realidade. Quando o grupo todo chegou aos terrenos da escola, ele buscou uma vista panorâmica dos ensolarados jardins de Hogwarts e seu olhar recaiu sobre um casal que caminhava a beira do lago.

Um rapaz loiro e uma garota ruiva pareciam caminhar absortos numa animada, mas inocente conversa e, de repente, muito mais de repente do que Tiago gostaria, eles se aproximaram. Os segundos em que se mantiveram unidos pareceram intermináveis ao expectador distante, que não entendia porque não conseguia tirar os olhos do casal, ansioso pelo desfecho da cena.

Quando a ação finalmente aconteceu, o casal a beira do lago estava unido pelos lábios, algo pareceu remexer involuntariamente no estômago do moreno. Além do desconforto, uma onda estranha de calor subiu até o rosto de Tiago, que imediatamente desviou o olhar deles, sem entender as reações estranhas de seu corpo.

Ainda confuso ele voltou rapidamente sua atenção para a morena ao seu lado, tentando afastar dos pensamentos as dúvidas sobre o que acabara de sentir. Ao fixar o olhar na grifinória, percebeu que a menina olhava-o embevecida e admirada, atitudes que ele já começara a se acostumar, pois muitas das garotas com quem ele saia olhavam-no dessa maneira.

Quando Remo sugeriu que todos também se sentassem sob a faia, assim como ele, Amy e Pedro, Tiago tratou logo de sacudir a cabeça, na vaga tentativa de abanar para fora dela os pensamentos incômodos e se sentou com a morena. Há muito Tiago já havia perdido a timidez dos iniciantes e em pouco tempo a terceiranista da Grifinória já tinha conseguido o que ela e boa porcentagem da ala feminina de Hogwarts desejava todas as vezes em que punha os olhos sobre o moreno.

Ao convite de Remo para juntar-se a eles, Sirius prontamente se negou, alegando precisar de “mais privacidade” e saiu com sua acompanhante para um lugar mais afastado, enquanto a garota o seguia saltitante de expectativa, balançando no ar seus cachinhos castanhos em sinal de extrema felicidade e contentamento.




Louis saiu do Salão Comunal ainda mais emburrada, não respondeu a pergunta da Mulher Gorda e esbarrou em uma armadura do final do corredor, fazendo-a se desmontar no chão com grande barulho, sem nem se dar ao trabalho de arrumá-la. “Ótimo”, pensou ela ao ver um casal de alunos do 2º ano passar aos risinhos de mãos dadas, “até os calouros tem com quem sair...”, concluiu ainda mais mal-humorada.

Mais do que irritada, Louis se sentia frustrada e decepcionada. Durante as férias ela passara muito tempo pensando em David e era uma sensação muito ruim ser desprezada por ele. Sem saber ao certo para onde ir, ela continuou caminhando a esmo e quando reparou estava parada a porta da biblioteca.

“Não seja idiota! Você não vai entrar ai só pra ver se o Summers veio mesmo estudar!” protestou ela, irritada consigo mesma. Porém a morena não resistiu a curiosidade e entrou. Esgueirando-se por trás das prateleiras, parou apenas quando conseguiu visualizar a nuca que reconheceu ser de David. “Bom, pelo menos ele veio mesmo estudar...” tentou consolar-se ela, enquanto se encaminhava para a saída da biblioteca, sentindo-se um pouco aliviada e ao mesmo tempo em que sua frustração diminuía.

Mas se quando ela prestava atenção ao que fazia, as coisas já tinham grande chances de dar errado, piorava quando ela estava desatenta. Ao passar por uma das últimas prateleiras antes da porta, a morena acabou tropeçando e a prateleira toda só não veio abaixo porque Madame Pince, conhecendo a fama de desastrada na garota, sempre ficava alerta quando via Louis por perto.

O pequeno tumulto à porta da biblioteca chamou a atenção dos poucos alunos que estava no recinto àquela hora, entre eles, David que se voltou para a porta a tempo de ver Louis sair correndo desembestada com a bibliotecária berrando às suas costas que ela nunca mais entraria ali sem acompanhamento de um responsável.

“DROGA!”, irritou-se ela. “Porque é que eu tenho que ser sempre tão desastrada?!” Obviamente, o que tinha acontecido na biblioteca não havia passado despercebido e sua frustração só aumentou ao constatar que agora David com certeza sabia que ela tinha ido até a biblioteca para conferir se ele estava mesmo lá.

Para evitar mais acidentes, a morena resolveu sair do castelo, indo sentar-se entediada nos degraus de mármore da entrada principal. Quanto mais via as pessoas se divertindo nos gramados da escola, mas irritada Louis ficava e a aproximação de um garotinho de reluzentes cabelos negros e olhos acinzentados não melhorou em nada.

_ Olá! – cumprimentou ele, parecendo meio incerto.

_ Hm... – resmungou ela emburrada em resposta, olhando vagamente para o garoto e não conseguindo identificar de qual casa ele seria, pois estava sem uniforme.

_ Essa foi minha primeira semana aqui... – falou ele, enquanto observava ela cutucar com a ponta da varinha as formigas que subiam o degrau no qual ela estava sentada.

_ Que bom pra você... – respondeu seca, demonstrando não estar muito a fim de papo.

_ Como foi a sua primeira semana? – perguntou ele, sentando-se ao lado dela.

_ Maravilhosa... – rosnou ela entre os dentes, depois de avaliar por alguns segundos se deveria responder ou azarar o garotinho.

_ A primeira semana do segundo ano é igual a do primeiro? – perguntou ele ansioso.

_ Deve ser... eu não me lembro muito bem de nenhuma das duas... – respondeu ela sem entender a pergunta.

_ Não?! – perguntou ele confuso – mas a semana acabou de terminar...

_ EU ESTOU NO QUARTO ANO! – vociferou ela, quando compreendeu que o garoto a havia confundido com uma segundanista.

_ Ah!! – exclamou ele assustado – bom é que você parece... – continuou ele.

_ Cala a boca! – rosnou ela irritada antes que ele terminasse a frase que ela não queria ouvir.

_ Sua mãe não vai gostar nada de saber que você deixou uma mestiça imunda como essa te mandar calar a boca, Black... – falou uma voz arrastada atrás dos dois.

_ E-eu não sabia... – falou o garoto em tom de desculpas voltando-se para o loiro prostrado atrás dele e levantando do degrau num pulo, como se, de repente, descobrisse que Louis tinha uma doença muito contagiosa.

_ Agora conversando com mestiços, daqui a pouco vai estar como o seu irmão, saindo com sangue-ruins... – falou Malfoy indicando Sirius que passava de mãos dadas com a garota da Lufa-lufa.

_ Não! – berrou garoto, como se aquilo fosse uma ofensa muito grande – eu não sabia que ela era mestiça... – tentou justificar-se – eu só queria alguém pra conversar...

_ Agora chega, seu pirralho! – explodiu Louis ainda mais irritada – eu estava aqui e você veio me torrar a paciência com aquele papo sobre o segundo ano...

_ É que eu pensei que você fosse do segundo ano... – tentou explicar ele, fazendo Louis corar furiosa instantaneamente.

_ O quê, Whitefield? – falou Malfoy, abrindo aquele sorriso irritante de quem vê o Natal chegar mais cedo – você foi confundida de novo com uma caloura?

_ Vai te catar, Malfoy... – falou ela se levantando irritada, enquanto o loiro ria abertamente com os dois capangas com cérebro de trasgo que sempre o acompanhavam.

_ Tsc, tsc... Não sei o que o Gruber viu em você... – desdenhou ele – além de mestiça e mal educada ainda tem cara de criança...

_Não estou com humor pra azarar você hoje, Malfoy... – avisou ela com os olhos soltando faíscas, escorregando a mão pra dentro das vestes e apertando com força o punho da varinha.

_ Aliás – continuou ele com um tom de voz muito mais maldoso que o de costume, ao reparar que ela estava sozinha enquanto a maioria dos amigos da Grifinória estavam acompanhados aproveitando a tarde nos terrenos da escola – pelo jeito você é a única que não tem companhia... que patético, até a sangue ruim da Evans conseguiu alg...

Antes que ele terminasse a frase, um jato vermelho passou rapando por cima do seu ombro vindo da varinha de Louis, que errou por muito pouco o nariz redondo como uma batata de um dos gorilas atrás do loiro.

_ Não se atreva a falar assim da Lily!! – berrou ela, espumando de raiva e erguendo a varinha.

Malfoy e os capangas demoram ainda alguns segundos para reagir à ousadia da garota, mas logo outros três jatos saíram em direção à morena, que se desviou para um lado enquanto empurrava Régulo para outro, evitando assim que o menino também fosse atingido pelos feitiços.

_ Patético é você, Malfoy... como sempre, lento demais pra mim... – respondeu ela sorrindo debochada enquanto girava a varinha na mão e voltava-se para os três sonserinos – agora, se me dão licença, eu tenho mais o que fazer do que ficar aqui olhando para a cara de bunda de vocês... – falou ela, virando-se para sair.

_ Ora, sua... – começou o loiro, erguendo a varinha e mirando as costas da morena que se afastava em direção aos terrenos.

_ Eu não faria isso se eu fosse você... – alertou uma voz grave ao lado do loiro, o que fez Louis se virar para ver quem falava.

_ Estava demorando pro salvador da pátria chegar... – debochou Malfoy rolando os olhos ao ver pra David parado ao seu lado.

_ Continue atormentando os outros alunos e você vai ver... – ameaçou David, fazendo reluzir o distintivo de monitor.

_ Eu também tenho um desses, Summers... – retrucou Malfoy, tirando do bolso um distintivo idêntico.

_ Pode até ser... – concordou David, sorrindo misteriosamente – mas você pode descobrir que não é a toa que a Corvinal é a Casa dos inteligentes... não diga que eu não avisei... – falou ele com clareza, deixando a ameaça no ar e descendo os degraus em direção a Louis – você está bem? – perguntou ele a garota.

_ Ótima! E você não precisava se intrometer! – respondeu ela irritada.

_ Eu sei que você é rápida... – falou David conciliador, enquanto os dois desciam mais um pouco pelos terrenos – mas não sei se seria rápida o suficiente pra desviar de um feitiço que você não veria ser lançado... ele ia te atacar pelas costas...

_ Isso porque é um filho da mãe covarde! – esbravejou ela, olhando irritada para o loiro que parecia estar dando um grande sermão no garotinho do primeiro ano.

_ Aconteceu alguma coisa? – perguntou ele, parando espantado com tanta agressividade – ele falou alguma coisa para você?

_ Nada que interesse pra você... – completou ela simplesmente, satisfeita em notar a preocupação na voz do garoto – agora, acho que você pode voltar a estudar, ninguém mais vai atrapalhar... – alfinetou ela.

_ Louis... você... hm... está chateada comigo? – perguntou ele ao perceber que talvez fosse esse o início do problema.

_ Eu? Chateada com você? – retrucou ela, sarcástica – Não... por quê? Deveria?

_ Olha, me desculpe em não aceitar o seu convite pra ... – começou ele a se desculpar.

_ E-eu não convidei você pra p-passar a tarde comigo! – apressou-se ela em esquivar – só perguntei se você ia junto, por perguntar... – garantiu ela sem muita convicção – e até qualquer dia, tchau! – terminou ela rapidamente, saindo antes que David pudesse dizer mais alguma coisa.

(N/As: mais um “porém” aqui... também não adianta odiar o David! Ele não é um canalha desalmado e ainda tem mto o que aparecer pela fic, ok?!)

Ao se distanciar do garoto, Louis se irritou por ser tão orgulhosa. Queria muito saber por que o garoto preferira passar a tarde estudando, mas tinha tanta raiva acumulada dentro de si que era capaz de descontar tudo em cima dele se a resposta não fosse satisfatória. Cheia de dúvidas na cabeça, desistiu de passear sozinha pela escola e retomou o caminho para o castelo a fim de buscar a única coisa que poderia salvar o seu dia de ser um desastre completo, sua vassoura.

“Nada como voar livre por algumas horas para esquecer dos problemas...”, suspirou ela enquanto tirava a vassoura debaixo da cama. Louis caminhou absorta pelo castelo e seguiu diretamente para o campo, passou ali uma boa parte da tarde e quando o sol ameaçou começar sua descida, ela resolveu que era hora de voltar.

Muito mais calma e se sentindo bem melhor, quando Louis entrou no Salão Comunal avistou a altiva figura da professora McGonagall, que normalmente não aparecia por lá a menos que fosse importante. A mulher parecia realmente muito irritada e logo o motivo de sua irritação tornou visível, Tiago e Sirius estavam tomando uma bronca homérica na frente de todos os alunos.

A presença da professora ali certamente mostrava que, dessa vez a coisa tinha sido séria, mas ao contrário de se sentirem envergonhados com a situação, eles pareciam sorrir triunfantes, como se nada pudesse dar a eles mais satisfação do que ter todos aqueles alunos assistindo na platéia o grande espetáculo.

Depois de quase mais cinco minutos de sermão ininterrupto da professora, ela saiu bufando pela passagem do retrato e Louis se aproximou dos meninos que sorriam ainda mais. Muitos dos alunos que estavam presentes também se aproximaram, alguns dando parabéns e pedindo mais detalhes sobre o que tinha acontecido, outros abismados com a ousadia deles.

Evitando se aproximar do tumulto, Louis dirigiu-se para onde Remo parecia estar acuado, olhando incrédulo que alguém tivesse a cara de pau de parabenizar os dois pelas maluquices que aprontavam, enquanto Pedro ao seu lado fitava os morenos com um olhar de patética adoração.

_ O que foi dessa vez? – perguntou ela, indicando os dois morenos sorridentes.

_ O que você acha? Confusão, é claro... – respondeu ele parecendo contrariado – estuporaram Crabbe e Goyle e penduraram o Malfoy no archote do Hall de Entr... – explicou ele, mas parou quando a garota começou a rir.

_ Sério? – perguntou ela, tentando não parecer muito interessada para não contrariar o amigo.

_ É... e não tem graça nenhuma! – retrucou o loiro.

_ Ah, Remo... é claro que tem! – falou ela, sem se segurar – e muita ainda! Você sabe por que eles fizeram isso? Além do fato deles merecerem, é claro...

_ Sirius disse que viu os três brigando com o irmão dele, o Régulo... o menino entrou no primeiro ano agora, mas foi pra Sonserina... – explicou Remo – e pelo que Sirius disse, Malfoy estava reclamando por ele estar conversando com uma mestiça do segundo ano...

_ Do quarto ano! – corrigiu ela entre os dentes, parando de rir imediatamente.

_ Como? – perguntou Remo confuso.

_ Eu estava conversando com o pirralho, aliás, NÃO! Eu não estava... era ele que estava me enchendo a paciência com aquele papo idiota... – resmungou ela.

_ Então é você a nova amiga do babaca do meu irmão? – perguntou Sirius rindo, ao se aproximar da dupla.

_ Eu nem sabia que aquele chato-de-galocha-mirim era seu irmão... – retrucou a morena – e eu não sou amiga dele!!

_ Uma pena... sempre achei ele meio tonto, mas nada que se compare ao resto da família... – comentou o moreno casualmente – amigos decentes poderiam por um pouco de personalidade naquela cabeça oca...

_ Eu não sou amiga dele! Que s***! – praguejou ela irritada.

_ E eu não estou dizendo que é... – retrucou Sirius – só estou comentando que a companhia do Malfoy e daquela gente nojenta só vai torná-lo igual a todos da família...

_ Irmão seu, problema seu... – respondeu ela ríspida – Remo, se as garotas perguntarem por mim, avise-as que estou no dormitório, ok? – pediu ela ao amigo, enquanto saia pisando irritada para as escadas.

_ Conhecendo o Malfoy como é, aposto que ele deve ter falado mais alguma coisa pra ela também, ou ela não estaria tão irritada... – observou Remo.

_ Melhor assim, já basta você nos criticando por azarar ele... alguém tem que nos apoiar... – falou Tiago.

Imaginando o que Malfoy poderia ter dito a Louis, Remo não conseguiu permanecer emburrado com as atitudes dos amigos, mas também não passou pela cabeça do loiro aprová-las conscientemente. Antes que Tiago e Sirius terminassem de contar pela décima vez a história para outros alunos interessados em colher a notícia diretamente da fonte, o retrato se abriu, entrando por ele Lily e Mel.

As garotas deram uma rápida olhada pelo Salão na esperança de encontrar Louis, mas não a encontraram e por isso foram até onde os garotos estavam para perguntarem a Remo sobre a morena. A chega das duas garotas, mais especificamente de Lily, não passou despercebida por Tiago, que acompanhou toda a aproximação da ruiva, vindo em sua direção.

_ Lupin, você viu a Lou... – começou a perguntar Lily, ao se aproximar do grupo, mas Tiago soltou uma gargalhada tão alta, estridente e despropositada que, por alguns segundos, todos olharam para ele, confusos.

_ ... Louis por ai? – completou Lily voltando a falar com Remo, depois de estranhar o comportamento do moreno.

_ E foi assim que nós demos uma lição naquele idiota do Malfoy! – exclamou Tiago mais alto e claramente pronunciado que o normal, teatralmente cruzando os braços sobre o peito numa pose imponente, abrindo um largo sorriso.

_ Hã... ela disse que estaria esperando no dormitório... – respondeu Remo, ainda olhando alarmado para o amigo ao lado, como se esperando uma explicação para aquele comportamento estranho.

_ Ok, obrigada... – respondeu a ruiva educada, virando-se e saindo com Mel para as escadas que levavam ao dormitório feminino, sem nem dar a mínima para tentativa de Tiago de chamar atenção.

Enquanto as garotas subiam as escadas, a imagem começou a desaparecer, mas antes que a foto voltasse à imagem inicial, Harry conseguiu constatar um grande desapontamento na feição de Tiago que acompanhava pelo canto do olho a subida da ruiva.



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Ai... esperamos q não esteja assim TÃO ruim... =/
bjos!!
e Sorry mais uma vez pela demora!! Não desistam da gente, que o quarto ano tem mtas aventuras por vir!
té!

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