Edward e a Pulseira de Cinira



Capítulo III – Edward e a Pulseira de Cinira

Dormitório Feminino da Grifinória,
Hogwarts
03:26h, 02/09


Lily estava tendo um sono perturbado. Virava-se de um lado para outro na cama, entre adormecida e acorda, e sonhos desconexos iam e vinham, trazendo à sua mente vislumbres do último ser que gostaria que povoasse o seu subconsciente, naquele momento, Tiago Potter. Estava fazendo uma noite muito quente, apesar da chuva torrencial que caía lá fora. Sentou-se, abandonando a ambição de dormir aquela noite. Uma pequena fresta no cortinado baixado de sua cama deixava passar uma linha de claridade prateada. Recostou-se na cabeceira e começou a fitar, distraída, os ácaros rodopiarem na pouca claridade da noite.

“Lily Dayse Evans... A quem você quer enganar?” A garota abraçou as próprias pernas. Um conflito dentro da própria mente agravava sua insônia. “Pára! O que você está pensando não faz o menor sentido...” desde que fora encontrada rindo com Tiago, estava mais confusa que filho da pu** em dia dos pais. “É claro que ele mexe com você! De um jeito ou de outro...” Geralmente, esses seus pensamentos a irritavam. Talvez porque se referiam a qualquer sentimento que pudesse sentir por Tiago que não fosse ódio, ou até porque essa voz na sua consciência, que sempre ia a favor dele, era a voz de Nohara. “Ou talvez eu esteja sendo fraca o suficiente para deixar aquele prepotente me manipular como faz com todas as outras...!” “Fácil colocar a culpa nele... Se é assim, por que você não toma o controle da sua própria consciência e tenta dormir?” Fraca, fraca e impotente! De fato, era assim que se sentia... Mas tinha que tomar uma atitude. Do jeito que estava não poderia ficar. Resolveria isso o quanto antes. Com esse pensamento fechou a fresta do cortinado e dormiu.

(...)

Na manhã de segunda feira, às 5:34, Alice como de costume, foi a primeira a acordar. Toda manhã ela acordava mais cedo, estendia sua esteira no chão do dormitório e repetia, durante uma hora, todas as asanas*¹ do vinyasa*². No entanto, quando ia passando para o banheiro, silenciosamente para não acordar as meninas, viu que Melinda já estava de volta, mas pelo visto, chegara em plena madrugada e dormira de qualquer jeito. O cortinado da amiga estava aberto, e ela estava deitada de barriga para baixo por cima da colcha arrumada, e ainda estava de uniforme (todo amarrotado por sinal). Alice estava um pouco preocupada com Melinda. Tinha quase certeza de que ela estava gostando mesmo de Sirius e, apesar de Alice o achar divertido e gente boa, não queria que sua amiga se machucasse de novo, o que, com Almofadinhas, seria inevitável.

“Eu tenho que pedir para a Lily conversar com a Mel...” Alice queria colocar na cabeça de Melinda que Sirius não era cara para se apaixonar, mas Melinda não dava mais muito crédito para Alice, já que essa vivia enchendo o saco da amiga por causa das loucuras que ela fazia.

— Aaaaahhhhhhhhhhhh!!! — Um grito ressoante e agudo corta o silêncio pesado do dormitório. Alice se virou na direção do grito no mesmo momento em que Lily acordou e abriu o cortinado da cama assustada e Melinda levantou ainda meio atordoada. O grito tinha vindo da cama de Nohara. As três se entreolharam e correram para abrir as cortinas. Nohara se debatia na cama, ainda dormindo. O pulso voltara a sangrar. Lily segurou o braço da amiga para ver o que acontecera. A pulseira estava agora muito mais apertada do que na noite passada. O escudo que Lily havia conjurado desaparecera. Havia agora outro corte, localizado exatamente na mesma posição do primeiro, só que na parte de cima, entre as costas da mão e o antebraço. No entanto, Lily não teve mais que um segundo para constatar essas coisas porque, no instante seguinte à que tocou a pulseira, a mão da amiga agarrou o seu pescoço e começou a sufocá-la, com uma força incapaz de ser contida em seu braço, como se tivesse vida própria, independesse de Nohara, que continuava a se debater.

Melinda deu um grito de susto e Alice e ela sacudiram Nohara, para despertá-la. Acordou suada e ofegante. O braço que estrangulava Lily pendeu sem forças e dolorido. Lily e Nohara estavam com a respiração falha e chiada.

— Ali... Alice... Você tem... que ir chamar a McGonagall...— Lily recuperava o fôlego massageando o pescoço dolorido e um pouco roxo.

— Não! — Nohara segurou o braço de Alice, quando essa já ia se levantando. — Eu não quero que a Minerva saiba... Ela vai contar para os meus pais, e eu não vou conseguir encarar eles se souberem que eu fui ingênua a ponto usar essa maldita pulseira...

— Mas Nohara, — Melinda olhava preocupada para a amiga que estava muito pálida — Você não está bem... Está fraca e... e pálida! Essa história está ficando perigosa! Se a gente não tivesse te acordado, você, digo, essa pulseira poderia ter matado a Lily!

— Vamos falar com o Prof. Cardfield. — Propôs Alice.

— Mas nós nem sabemos onde ele está! Procurá-lo nesse castelo imenso pode levar horas!— Lily tentava convencê-las de que o mais sensato era deixar que a professora cuidasse da situação. — E se... Se essa coisa aí fizer mal para você, Nohara!?

— Já sei como encontrar o Professor de DCAT! — Melinda se levantou de um salto da beira da cama, onde estava sentada. Ela e Nohara disseram ao mesmo tempo:

— Mapa do Maroto! — Melinda saiu correndo em direção ao dormitório masculino.

Ela saiu do quarto, desceu as escadas correndo, encontrando uma deserta sala comunal. Correu e subiu as escadas do dormitório dos garotos. Parou ofegante na frente da porta do quarto deles. Preparava-se para bater na porta, quando ela se abriu. Tiago, que já estava acordado, quer dizer, nem dormira direito essa noite, ouviu os passos apressados de alguém no corredor e abriu a porta para ver quem era.

— Melinda! Já veio procurar o Sirius uma hora dessas? Ele ainda ‘tá dorm... — Tiago ia fazer uma piadinha com o fato de ela ter o deixado cansado na noite passada, pois Almofadinhas havia chegado e despencado na cama sem falar nada, deixando ele e Remus no vácuo, mas, quando viu que Melinda estava pálida e parecia nervosa preocupou-se. — O que foi com você?

— Não foi comigo... — disse ela encostando-se na parede para recuperar o fôlego. — A Nohara...

— O que tem a abelhinha?

— Não dá tempo de explicar agora... A gente precisa do mapa! Rápido!

— Mas eu não sei aonde ele ‘tá! — Disse ficando preocupado com a urgência da situação.— O Almof...

— Está no bolso esquerdo da capa! — Disse Melinda empurrando Tiago para dentro do quarto para que ele andasse logo. Tiago pegou a capa do amigo que estava no chão e tirou o mapa do bolso.

Os dois desceram e encontraram Nohara, Lily e Alice sentadas em poltronas próximas ao buraco do retrato, esperando-os. Nohara tinha o pulso enrolado numa fronha. Lily queria tentar estancar o ferimento de novo, mas Nohara não deixou, com medo de que acontecesse alguma coisa parecida com o que havia acontecido há exatos seis minutos.

Tiago vinha com o mapa aberto, procurando o pontinho que indicava “Edward Cardfield” e Melinda corria para perto das amigas. Lily ficou um pouco incomodada com a presença dele, mas fingiu que nem tinha notado.

— Aqui! Edward Cardfield. Ainda bem... Ele está no conservatório musical. No andar de baixo, vai ser rápido. Vamos. Agora me explica essa história direito, Nohara. — Disse Tiago.

Os cinco saíram da sala comunal em direção à sala de música. Melinda e Alice explicaram o que havia acontecido para Tiago, enquanto andavam. Lily não disse uma palavra sequer. Ele as conduziu por um atalho. Uma passagem que saia da parede ao pé de uma escada e dava direto no corredor da tal sala. Nohara estava muito fraca e era amparada por Tiago. Estacaram na frente da porta. Uma música doce de piano, tocando numa melodia suave e envolvente vinha lá de dentro. Todos trocaram um último olhar antes de Alice bater na porta. A música parou e no segundo seguinte a porta se abriu.

— Ah... Oi... Desculpem, eu não sou a melhor pessoa pra perguntar isso, tendo sido encontrado aqui e nessas condições, mas... Vocês não deveriam estar em suas salas comunais? — Era um homem alto, robusto, pele um pouco bronzeada, com cabelos negros e olhos castanho-acinzentados, vestido com uma calça de seda negra bem folgada e uma túnica, que mostrava o peito nu, do mesmo tecido e cor adornada com símbolos estranhos que ia até os tornozelos. Falava com uma sobrancelha arqueada. Apesar do jeito simpático, parecia incomodado com aquela situação. Alice saiu da frente dele, deixando assim ele ver Nohara segurando o próprio pulso envolto na fronha sangrenta, sendo amparada por Tiago.— Merlin...

— Professor Cardfield, desculpe incomodá-lo à uma hora dessa da manhã, é que precisamos que dê uma olhada nisso... — Tiago disse, começando a desenrolar a fronha...

— Olha, me desculpem, mas acho que a Madame Ponf... — Cardfield estava tentando dizer que a enfermeira cuidaria melhor do ferimento, mas quando Tiago terminou de desenrolar a fronha seu queixo foi lá no chão — Merlin... Uma pulseira de Cinira! — Tiago arregalou um pouco os olhos com a declaração do professor. — Aonde você conseguiu ela menina?

Nohara abaixou a cabeça, cada vez mais envergonha com a história.

— Vamos para o meu escritório. — O professor aderiu um tom muito preocupado, que fez todos se entreolharem mais uma vez, mas seguiram-no pelo corredor à fora.

Passaram por escadas, corredores e até passagens que Tiago se surpreendeu de que o professor, que estava há apenas uma noite no colégio, conhecesse. Por fim chegaram, após uns cinco minutos de caminhada, à porta da sala do Professor Cardfield.

— Agora gostaria que me explicassem exatamente o que aconteceu. — Disse ele puxando uma cadeira e conduzindo Nohara até ela, fazendo-a se sentar. Encarou-a nos olhos por um instante, depois virou-se e começou a revirar o armário e as estantes da sala. — Podem falar, só estou procurando uma coisa. Primeiro, quem lhe deu essa pulseira? —Vendo o constrangimento de Nohara, Lily disse:

— Ela recebeu pelo correio, mas não a culpe, ela não tinha como imaginar que poderia ser algo sério...

— Está bem... Lane, é o seu nome, não é? Você sabe de alguém que quisesse te prejudicar? Tem algum inimigo? — Disse ele voltando para onde eles estavam e colocando em cima da mesa um livro de capa negra e uma caixinha de prata. — Alguém que pudesse ter raiva de você?

— Ixi, professor... Só a Sonserina inteira! — Disse Tiago brincalhão tentando assim descontrair a amiga que mirava triste a pulseira ensangüentada. De certa forma funcionou, porque ela soltou um risinho e passou a olhar o professor destrancando a caixinha e tirando um objeto estranho e parecido com um alicate de prata com inscrições em runas antigas talhadas.

— Estenda o braço. — Ele se agachou frente à cadeira, pegando, com cuidado para não encostar na prata da pulseira, o antebraço da garota. Observou, virando o braço dela para lá e para cá. — Ahn... Dois... ...?

— Professor, será que você poderia nos explicar o que aconteceu? — Lily se aproximava para observar o que ele fazia. Cardfield deu mais uma olhadinha na pulseira, usando uma lupa, e depois estendeu a mão para tocá-la... — Não faça isso professor!! — Lily segurou o braço do professor, mas esse se desvencilhou educadamente e girou a pulseira de Nohara, provocando uma careta de dor nela, já que o braço estava sensível, a pulseira mais apertada e os cortes ainda sangravam, mas com ele não aconteceu nada. Tiago, que parecia ser o único que já ouvira falar da tal Pulseira de Cinira ficou muito confuso. “Por que ela não fez nada para ele?”

— Acalme-se Srta. Evans, eu já vou explicar tudo. — Ele pegou a varinha e apontou para o pulso de Nohara, dizendo as palavras de um encantamento numa língua diferente que ninguém entendeu. O braço e a mão dela foram envoltos por uma manta prateada e de aparência liquida (N/A: pensem em mercúrio) que saiu da pulseira. Depois que tocou o sangue que brotava dos dois cortezinhos, a manta foi ficando acobreada, a partir do pulso, até a ponta dos dedos e o ombro. Então ela se desprendeu do braço da menina em uma espécie de fio de fumaça, que voltou a entrar na pulseira, pelos pingentinhos. Ela pendeu bem mais larga no pulso de Nohara e agora a prata não era mais brilhante e lustrosa, mas sim opaca e envelhecida. O professor pegou o alicate e apertou o fecho da pulseira. Melinda, que observava, esperava ouvir o barulho típico de metal se partindo e o fecho quebrando. No entanto, ouviu-se na sala um barulho de corda de violino vibrando que encheu o aposento e foi parando enquanto a pulseira desaparecia no ar, junto com o som. — Nunca achei que esse alicate me teria utilidade... Ganhei-o de presente do meu professor-padrinho na Academia de Integração da Liga de Defesa contra as forças das Trevas... — Dizia nostálgico — Bom... — Disse passando a varinha sobre os ferimentos da garota e fechando-os. — Agora, vamos ao que interessa... Sr...? — Disse ele virando-se para Tiago.

— Tiago Potter, Professor. — Respondeu ele.

— Ora, vejo que aqui não temos só uma encrenqueira, — lançou um olhar divertido para Nohara e voltando-se para Tiago risonho — temos também uma lenda viva! Bom... Voltando ao assunto, Sr. maroto, acho que você gostaria de saber porque a pulseira não me afetou... Já explico... Sta. Lane, apesar de eu achar que você já aprendeu a lição, gostaria de pedir para que tomasse mais cuidado de agora em diante, principalmente levando em conta a situação em que nosso mundo se encontra.

— Quer dizer que você acha que foi Voldemort?

— Não Srta. Evans... — Disse ele sorrindo — Isso foi meio amador... Por isso eu não fui estrangulado pela Srta. Lane, a pulseira foi mal forjada. Sua sorte Nohara. É triste assumir, mas acho que foi coisa de gente aqui de dentro. Jovens de dezessete anos não são mais crianças...

— Sonserinos malditos! — Disse Tiago fazendo cara de “Vai encarar?!?” dando um soco na própria mão.

— Acalme-se Sr. Potter... Não se pode generalizar as coisas dessa maneira. Agora, se quiserem ouvir, explico-lhes sobre a Pulseira de Cinira.

— Claro professor! — Disse Melinda puxando uma cadeira e se sentando. Os outros seguiram-na.

— Então... Pelo começo. Segundo a história bruxa-medieval, Cinira era uma mulher de incrível beleza, mas sofria de um amor platônico, amor pelo Rei da Grécia Magica, que era casado com a irmã de Cinira. Ela foi a criadora da primeira e mais primitiva versão da Amortentia. Mas, a rainha descobriu que seu marido havia sido enfeitiçado por Cinira, então mandou matar a irmã. Quando ficou sabendo, por meio de um espião, sobre as ordens para matá-la, resignou-se, não se importando com a morte. Estava enlouquecida pelo amor doentio que tinha pelo rei, não se importava em morrer, mais queria que o rei morresse pelos braços de sua própria irmã, em sua loucura, queria provar à si mesma que a rainha não merecia o amor do rei. Forjou a pulseira com sangue de unicórnio e os encantamentos mais poderosos e perigosos que conhecia. Sabia que o rei daria uma pulseira para a rainha, como sempre fazia, nas festividades de verão. Trocou as pulseiras na noite que antecederia á sua morte, momentos antes de ser apanhada e presa nos calabouços do castelo.

“Cinira foi enforcada pela manhã. À noite, depois da festa, o rei tirou uma pulseira de prata de dentro de um saquinho de veludo. No momento em que a atarraxou no pulso da rainha, ela agarrou o pescoço dele com uma mão só, gritando em agonia, não só porque os pingentes encravaram em sua pele, um por um, mas porque se via matando a quem mais amava, aponto de matar a própria irmã para não perdê-lo. A medida que ia apertando o pescoço do marido, já inconsciente, mais sangue saía dos quatro furos que tinha no pulso e mais a pulseira se apertava, até que a pele absorveu a prata, que era feita de sangue de unicórnio, que entrou na corrente sangüínea e, petrificou-se mais uma vez, tornando-se em prata, matando-a.

— Merlin... Ainda bem que quem fez isso comigo foi um bruxo não muito talentoso... — Disse Nohara lívida, massageando o pulso, ao mesmo tempo em que Lily massageava o pescoço. — Mas... Como funciona essa pulseira? — Curiooosa...

— A pulseira controla quem a usa e procura a vida de quem a toca, no seu caso, parece que esqueceram alguma parte do encantamento, os pingentes deveriam entrar na pele, um por vez, a cada cinco segundos, e ela só exerceu controle sobre você no momento em que estava vulnerável, no caso quando estava dormindo. Ela se alimenta do sangue desprendido pelos pingentes e isso faz com que a prata procure o sangue de que se alimentou, apertando-se sobre o pulso de quem a usa. Até ser absorvido e voltar a enrigecer-se.

— Ah ‘tá... Mas como sabe que eu estava dormindo...? Digo... Agente nem te contou como tudo aconteceu...!

— Ahn... Me desculpe... Mas eu não agüentei... Sou legilimens... Geralmente eu não faço isso... Mas, confesso que fiquei muito curioso quando vi a pulseira...

— Ah! Nem precisa pedir desculpas para ela não professor... — Melinda se sentia vingada da língua solta de Nohara. — Ela vive espalhando o que agente fala em segredo, além de ser a curiosa mor da humanidade... É bom ela ver como é divertido os outros saberem o que ela pensa.

— Ai que frescura Mel... Eu nem ligo para isso... “Minha vida é um livro aberto” —Falava com uma sabedoria fingida na voz, retornando à sua habitual praticidade, fazendo os outros rirem.

— Bom... Eu acho melhor vocês irem... — Edward olhou no relógio — Já são seis e dez.

— É... Nós temos que nos arrumar logo, senão não vamos pegar o café da manhã. Não podemos nos atrasar para as aulas... Esse é o ano dos N.I.E.M.s!— Lily também retomava a sua pose de monitora-chefe-super-responsável.

— Foi muito bom conversar com vocês, apesar das circunstancias... Tenho certeza de que serão excelentes alunos de DCAT. — O professor pegava a direção da porta abrindo-a para eles passarem. — E não se preocupe Nohara, não vou falar nada para o seu pai. Ele é o auror Robert Lane, não? Imagino como deve se sentir... Mas não me peça para guardar segredo total, eu não posso esconder isso de Dumbledore... Bom, espero vocês na minha aula. Já tinha ouvido falar muito de todos vocês no conselho dos professores... Nunca me enganei quanto a um aluno, vejo que estavam todos certos...

Quer dizer que falaram da gente? — Tiago e Lily disseram ao mesmo tempo. Tiago, apesar de tudo, gostava da fama, e saber que haviam falado sobre eles especificamente, o animava. Já Lily, ficou preocupada se as façanhas das malucas de suas amigas teriam lhes causado problemas. Seus olhares se encontraram durante um breve momento em que Tiago deu um sorriso maroto, Edward soltou uma risadinha divertida e Lily constrangeu-se com a “transmissão de pensamento”, corando ao sentir o olhar zombeteiro de Nohara sobre ela, como quem dizia “foram feitos um para o outro”.

— Ah! Lily Evans e Tiago Potter, me falaram de vocês principalmente... Se não me engano, vocês são namorados, não são? — Edward continuava com o sorriso, mas Tiago sorriu amarelo passando, nervosamente, a mão nos cabelos desgrenhados. Lily passou de vermelha de vergonha à branca de espanto e de branca a vermelha de novo, só que agora num tom que variava de vermelho de raiva á vermelho de constrangimento.

— Co-c-co-como? — Lily ficava cada vez mais vermelha (se isso era possível). Nohara, Melinda e Alice entreolharam-se, temendo a reação da amiga. Lily, no entanto, não fez nada. Apenas fuzilou com o olhar as amigas que se controlavam para não começar a rir da cara dela.

— Não...? ... Er... Falei alguma coisa que não devia? — Perguntou o professor, sem entender nada, à Nohara, que fazia uma força gigantesca para não cair na gargalhada com aquela situação toda.

— Não exatamente... Acredite professor... Você não vai demorar a entender...! — Disse Nohara entre risinhos reprimidos, não agüentando mais e caindo na gargalhada. Tiago voltara a exibir o sorriso maroto.

— Ahn... — Edward tentava arrumar uma maneira de consertar a situação que armara sem querer. — Ah! Sugiro que vocês duas — virou-se para Lily e Nohara — passem na Ala Hospitalar antes de voltarem para o salão da Grifinória. A Srta. deve procurar uma pomada para hematomas. Seu pescoço está meio roxo. E você tem que imobilizar esse pulso. Acho que deve estar bem dolorido...

— Então vamos garotas... Até mais Professor Cardfield... — Disse Alice arrastando as amigas para fora da sala, compreendendo a intenção do professor de quebrar aquele clima pesado que se instalara.

Todos se despediram do professor, Lily ainda vermelha, Tiago com uma cara muito estranha (entre pensativo e sonhador) e as outras ainda muito risonhas. Saíram pelo corredor em direção à Ala Hospitalar. Lily ia à frente, esquiva, com seus próprios pensamentos. “Eu não posso mais deixar isso continuar! Isso está me colocando em maus lençóis. Por mais que eu deixe claro que eu não quero e nem nunca vou querer sequer sair com o Potter, até os professores já estão caindo nessa conversa mole dele de que eu gosto do jeito como ele me provoca... daquele sorriso maroto... daqueles olhos brilhantes... daqueles ombros largos... AH!!! PÁRA COM ISSO SUA DÉBIL!!! Que coisa ridícula! Vou acabar de vez com essa estória!”

— Ah!!! Agora você não escapa! Não Pense que eu esqueci não Dona Melinda! Pode ir desembuchando! Aonde a Srta. foi ontem com o Sirius, hein? — Nohara lembrava-se, agora que tinha a oportunidade, que Melinda passara quase a noite toda fora.

— Ah...! Depois eu falo... — Disse ela ficando um pouquinho corada, lançando um olhar bem discreto para o lado de Tiago, sem que ele percebesse, como se quisesse dizer apenas para Nohara e Alice que não falaria com o garoto presente.

— Na-na-ni-na-não! Pode começar a falar! À essa altura o Tiago já deve saber de tudo mesmo! — (Eu já comentei sobre o língua solta da Nohara?) Melinda balançou a cabeça, e Alice deu uma tapa na própria testa. Tiago soltou um risinho. Conhecia muito bem (e já fora vítima dele!) esse defeito da quase-irmã.

— Eu? Dessa história eu sei tanto quanto você, nô... O Sirius chegou ontem, digo, hoje com um sorrisinho enviesado e não respondeu à nem uma das perguntas que eu e o Aluado fizemos. Só deitou na cama e dormiu.

— Nohara, vamos, ainda temos que nos arrumar antes de tomar café! — Lily falou em um tom estranho, já na porta da enfermaria, pois ia à frente.

Todos entraram, mais logo foram expulsos por Madame Pomfrey, que conduziu apenas Lily e Nohara á duas macas. Melinda, Alice e Tiago ficaram esperando do lado de fora. Alguns minutos depois Lily, com o pescoço um pouco menos roxo e Nohara, com o braço enfaixado, saíram da Ala de Hospitalar. Lily passou reto por Tiago sem falar nada. Ele já havia percebido que ela estava evitando-o desde que foram pegos rindo no expresso, como se fossem amigos. Ele havia gostado tanto de ficar conversando com ela por horas, sem se preocupar com o que falava, apenas de ouvir a voz dela, as risadas dela, apenas de ficar perto dela sem ela gritar com ele, ou ignorar ele, que nem pensara que tudo, provavelmente voltaria ao normal e ele voltaria a ser o “prepotente Potter”. Agora à sua realidade voltava. Mais cedo ou mais tarde teria que voltar mesmo... Deu de ombros suspirando, e seguiu as meninas que seguiam Lily. Chegaram na torre da Grifinória e Tiago se despediu delas e subiu para o dormitório.

— Pontas? Que milagre da natureza é esse? Caiu da cama? — Remus já estava terminando de colocar o uniforme. Sirius, para variar, ainda estava dormindo e Pedro, provavelmente no banho, pois o barulho do chuveiro enchia o dormitório. — O que aconteceu que fez você sair da cama antes das seis?

— Foi um problema com a pulseira da Nohara...

— O QUE ACONTECEU COM ELA? — Remus deu um pulo de repente, encarando Tiago muito preocupado. Pontas, no entanto riu da atitude do amigo.

— Hey... Não foi...

— FALA TIAGO! Ela está bem? — Remus, sem perceber o que fazia partiu pra cima de Tiago e começou a sacudi-lo pelos ombros.

— Calma Aluado! Que isso? Não me diga que... você... Merlin...! Como eu não percebi antes... ALUADO! VOCÊ ESTÁ APAIXONADO PELA ABELHINHA!

— Ahn... Que foi que você disse Tiago...? — disse Sirius, que apesar de ter sono pesado, não teria como continuar dormindo depois daquela gritaria toda. Normalmente, quando era acordado dessa forma ele começava a xingar e enterrava a cabeça nos travesseiros, mas diante do que ouviu, sentou-se na cama, tentando entender o teor da declaração do amigo.

— Exatamente o que você ouviu Almofadinhas... O Aluado está apaixonado pela nossa amiguinha Nohara Isabella Lane LUPIN!!!

— AHN?! Quem diria... Aluado, Aluado... Mostrando as garrinhas! — Sirius num tom maroto, com um meio sorriso, tacou um travesseiro num Lupin completamente vermelho.

— Aff... Vocês estão loucos... Só estou preocupado se aconteceu alguma coisa séria com a garota.

— Você não me engana Aluado! Confessa! Não vai adiantar fingir que não está gostando dela! Você é muito obvio! Que ataque de preocupação foi aquele...? — Disse Tiago meneando a cabeça, como se estivesse decepcionado com a atitude de Remus.

— Que motivo você teria para se preocupar com a garota? — Perguntou Sirius, desatualizado, desconfiado, arqueando uma sobrancelha.

— É que aquela pulseira que a retardada da Nohara recebeu pelo correio, era uma pulseira de Cinira...

— COMO!? — Perguntaram Sirius e Remus ao mesmo tempo, com expressões espantadas e preocupadas no rosto. — Como assim!? E você fala isso com essa calma!?! — Concluiu Remus, agora voltando a encarar o amigo, muito sério, quase gritando.

— Hey! Calma aí! Vocês acham que eu estaria assim se fosse grave?! Quem vocês pensam que eu sou? A pulseira foi mal forjada... O Prof. Cardfield já deu um jeito... Mas não muda de assunto não, Remus! Pode assumir... ou vai ser pior para você... Eu acho que você ainda não esqueceu da minha facilidade em arrumar frascos de veritaserum, neh Sirius...?

— Nem me lembre... — Sirius balançou a cabeça, querendo espantar da cabeça a lembrança não muito agradável de um Sirius numa noite do segundo ano, assumindo para a sala comunal inteira, que tinha visto (e gostado de ver [^^’]) a Prof. Scarllat (runas antigas) só de calcinha e sutiã, enquanto espiava o banheiro feminino, usando a capa de invisibilidade (ele não mencionou esse detalhe). Essa declaração publica, que se espalhou pelo castelo em menos de um dia, custou a ele um mês de detenção e o eterno ódio da Professora-puritana-Scarllat sobre os marotos. — Aluado... Se fosse você eu não seria louco de enrolar o Pontas... Ele sabe jogar baixo quando quer saber alguma coisa...

— Ah! Falando em “saber alguma coisa”, Sirius... Você não está nos devendo uma explicação não? — Remus, na esperança ser deixado em paz, se lembrara subitamente da “sumidinha” do Sirius na noite anterior.

— Ah! É mesmo Almofadinhas! — Tiago caiu na do Remus, sendo tomado pela curiosidade, esqueceu-se de continuar atazanando a vida de Aluado. — É bom que você ainda se recorde dos métodos que eu tenho para extrair informações... Pode ir abrindo essa sua boquinha fedida de cachorro sarnento!

— Hey! A minha linda boquinha de cachorro (“E com muito orgulho!”) não tem nada de fedida!

— Poupe-me dos seus auto-elogios Sirius... Pode começar a falar e sem rodeios! Aonde você e a Melinda foram...? — Tiago disse com o sorriso maroto no rosto. Sirius suspirou resignado... Aquele cervo intrometido não lhe daria mais um minuto de sossego. Uma coisa que não se podia negar é a persistência dele.

— Bom... Amigo viadinho, vou fazer de conta que não notei o seu estranho interesse na minha vida amorosa... — Sirius disse fazendo com que Tiago atirasse o travesseiro que fora anteriormente jogado em Remus, nele novamente. — Er... Bem, minha noite não foi exatamente o que você está imaginando...

****Flash Back****

Espresso de Hogwarts,
Estação de Hogsmead
20:25h, 01/09

Tiago saiu da cabine chiando, abarrotado de malas, enquanto Nohara tentava convencê-lo de que fazia bem para a alma ajudar uma “pobre-mocinha-indefesa-com-o-braço-quase caindo”. Sirius já estava saindo, logo atrás dele, quando Melinda segurou firme no seu braço para impedi-lo. Ele se virou para ver o que ela queria e recebeu um belo tabefe na cara (“Que mão pesada essa garota tem!”).

— Hey? ‘Tá ficando maluca, Melinda? — Sirius massageava a face vermelha, marcada com os dedinhos de Melinda.

— Que folga foi aquela? Só não te dei esse tapa antes porque a Lily entrou na cabine! Quando eu concordei em sentar com você significava com você ao meu lado, não com você em cima das minhas pernas!

— Ah! Isso foi de improviso, por minha conta... — Com um perigoso sorriso maroto, Sirius abraçou a garota, trazendo-a para mais perto de si. — Vai dizer que não gostou de ter Sirius Black, com seus magníficos e sedosos cabelos negros, deitado no seu colo?

— A Lily tem toda razão quando diz que você e o Tiago têm um balde de ego na cabeça no lugar do cérebro... — Melinda falava, mas correspondendo ao abraço de Sirius, também com um sorriso maroto na face. Ele encurtou a distancia entre os dois, colando os corpos, ainda abraçando a cintura da garota, percorria com uma das mãos as costas dela. Melinda, que não é nada boba, compreendendo a intenção de Almofadinhas, encarou-o, cruzando os braços atrás do pescoço dele, tomando ela mesma a iniciativa de beijá-lo. Sirius aprofundou o beijo e Melinda se deixou encurralar contra a parede. Eles estavam lá, no maior clima, no meio do corredor do expresso (coisa que pareciam ter esquecido) quando um grupinho retardatário de garotinhas do segundo ano passa por eles dando risadinhas histéricas. Melinda se desvencilhou de Sirius, que deu um muxoxo indignado e lançou um olhar mortífero para as garotinhas histéricas que saíram do trem rindo e suspirando, entre comentários do tipo “Ah... Como ele é lindo...” “Vocês viram que garota feia?” “Será que eu ainda tenho chance?” (N/A: Detalhe: um bando de pirralhas crente que são gente).

— Vamos Sirius... Ou você pretende voltar para Londres? Vamos, antes que o trem saia com agente aqui dentro. — Eles pegaram cada um a sua mala e desembarcaram. — “Ótimo”... Agora agente vai ter que ir para o castelo a pé... — Disse Melinda com um suspiro, vendo a última carruagem partir levando as segundanistas.

— Eu tenho uma idéia melhor... Quer ficar aqui em Hogsmeade? Agente deixa as nossas malas junto com as malas dos alunos do primeiro ano, naquela pilha bem ali — Apontou para um aglomerado de mais ou menos umas quarenta malas, que não puderam ser levadas nos pequenos barcos que levavam os alunos do primeiro ano.

— Mas não é perigoso não? Digo, e se mexerem nas nossas coisas? Se mandarem para o quarto errado?

— Ah! É só passar um feitiço colante... Assim ninguém meche, já que só a mesma varinha pode desfazer o feitiço. Quanto à mandarem para o quarto errado, não tem problema... Daqui a pouco os elfos vem buscar as malas, e colocar elas junto com as malas dos outros... Aí eles vão levar as malas para os lugares certos, como fazem todos os anos! — Disse com um sorriso largo e falso do tipo “Você-não-tem-mais-desculpa”.

— Você tem certeza? — Disse Melinda, com uma sobrancelha arqueada, mas já enfeitiçando a mala, como quem concorda, o que fez Sirius trocar o sorriso “Você-não-tem-mais-desculpa” por um sorriso maroto.

— Claro que tenho! Eu fiz isso no ano passado! Eu e o Tiago ficamos para trás para dar o nosso presentinho de boas-vindas para o Ranhoso. A gente teve que esperar vocês pegarem uma carruagem, porque o Tiago não queria que a Lily visse que ele ainda estava azarando o Seboso... Mas então? Você vai aceitar a minha proposta, Lindinha?

— Para onde você pretende me levar, hein Black? — Disse Melinda com uma falsa desconfiança, com um meio sorriso nos lábios.

— Por que me tomas? Ora, Mel... Para que essa desconfiança toda? — Disse Sirius choroso, fazendo um biquinho. Depois completou dando uma de intelectual, imitando bizarramente a voz de Lily — Você sabia que a base de um relacionamento saudável é a confiança mútua? Além do mais eu não vou te fazer mal! A menos que você queira, é claro...

Não preciso dizer que o último comentário do Almofadinhas recebeu como resposta um tapa bem dado no ombro. Mas Melinda não estava com raiva, nem ficou ofendida, na realidade ela riu divertida da sinceridade dele. Acho que até ela ponderou a hipótese de se deixar “fazer mal” (N/A: Melinda espertinha...tsc tsc tsc...).

(...)

Eles atravessaram a rua principal, que àquela hora já estava quase deserta, ainda rindo, e foram se sentar em baixo de uma árvore, num canto mais afastado da restante movimentação dos moradores do povoado, de onde se via a Casa dos Gritos. Conversavam como amigos, e riam divertidos das piadas (a maioria obscena, diga-se de passagem) que compartilhavam, até que Sirius, não agüentando mais aquela situação amigável de mais, para o gosto dele, de súbito tomou uma atitude e beijou Melinda, jogando o peso do seu corpo sobre o dela, conseqüentemente, fazendo-a se deitar na grama.

Correspondendo ao beijo, ela deu um sorrisinho entre os lábios do garoto e o trousse para mais perto (ainda), puxando-o pela gravata. O clima, pela segunda vez naquele dia, começava a esquentar entre eles. Beijavam-se ardentemente, e Melinda começava a desabotoar a camisa dele, depois de já ter lhe tirado a gravata. Sirius acariciava os cabelos da garota com uma das mãos e a outra subia as costas de Melinda, por baixo da blusa dela, causando arrepios na garota.

Pelo andar da carruagem, ambos já sabiam aonde queriam chegar com aquilo tudo, quer dizer, até um pelúcio saltar de cima da árvore em cima da cabeça de Melinda e arrancar sua presilhinha de cabelo, junto com vários fios castanhos, e sair correndo em direção à Casa dos Gritos. Melinda tomou tamanho susto, quando aquela bola de pelos malhados despencou na sua cabeça, que empurrou grosseiramente Sirius pra longe de si, gritando histericamente e sacudindo os cabelos com as mãos como se quisesse espantar qualquer coisa que pudesse continuar ali. Sirius, sentado na grama, respirou fundo e se controlou para não lançar uma maldição imperdoável no maldito pelúcio, que pulava olhando para os dois com a presilha nas mãos, parecia que seu único objetivo era cortar o clima.

“Merlin... Você ‘tá brincando comigo, neh? O que? Quer me ver enlouquecer, é isso!? Duas vezes no mesmo dia?” Pensando, Sirius deu um gemido de indignação, quase inaudível, com uma expressão de nítida ansiedade no rosto.

Melinda, recuperada do susto, lançou um olhar rápido na direção de um Sirius com cara de bobo (a sombra de um sorriso malandro passou pela face dela?), e avançou correndo na direção do bicho e virando a cabeça para trás, gritou para Sirius:

— Corre! Me ajuda a pegar minha presilha!!! Vem Sirius!

Suspirando mais uma vez, Sirius levantou, já conformado de que Merlin havia tirado o dia hoje para fazê-lo de palhaço, pegando a capa dos dois e a gravata, saiu correndo atrás de Melinda e do pelúcio que já tinha uns três metros de vantagem.

E assim foi... Sirius correndo atrás de Melinda e ela correndo atrás do pelúcio (essa, estranhamente, parecia estar se divertindo muito com a situação), rumo à casa dos gritos...

****Fim do Flash Back****


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*¹asanas: Posturas do Yoga;
*²vinyasa: Sequência de asanas;

N/A: Hah! Pelúcio safado! Se você acha que foi maldade... O Sírius concorda! Bom... Tah aí o cap... Comentem please! Isso funciona como gasolina para mim! Qm escreve sabe disso!

No próximo capítulo...
#Quem enviou a tal pulseira?
#Esclarecimentos da Melinda e detalhes despercebidos
# Repercusão da "saidinha" do Sirius e da Mel
# A Aposta! (Melinda X Nohara)

Prometo que vou tentar ser mais rápida!

**Ps: Esse cap., assim como muitos outros futuros, tiveram uma ajuda bem grande da minha amiguinha e Beta Maria Helena. ;* Bjão Marry!**

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