Quinta - Feira
N/A: Sim,um século depois aqui está o capitulo,muito imprevisto no meio que eu conto certinho no proximo,que vem junto com as respostas aos comentarios [:D] porque sao uma da manha e amanha tenho que acordar as seis :X ou seja,PRECISO dormir,mas espeor que vcs gostem do capitulo gente! :D
beijos
Capitulo 7 – Quinta-Feira
A quinta-feira foi um dos dias mais cansativos que eu já tinha vivido.Começou quando eu estava saindo de meu almoço e seguindo com Nina para a aula de Transfiguração,foi quando Sirius apareceu e Nina sumiu com ele e só de pensar no que eles deviam estar fazendo,posso sentir um leve rubor subindo ao meu rosto.
Foi quando encontrei Tiago,que se instalou ao meu lado e me puxou com força para a parede,colando-me a ela.
-- Hey! – exclamei,em choque.
-- Eu tento ficar longe de você ruivinha,juro que tento,mas só que você é uma tentação...—ele sussurrou em voz rouca apo pé do meu ouvido,suas mãos deslizaram para minha cintura e ele começou a acariciar meu corpo fazendo com que aquelas conhecidas sensações voltassem a mim. – uma tentação para meu auto-controle – ele completou,inclinando-se para me beijar.
Mas dessa vez,ao menos essa vez,o resto de minha lucidez falou mais alto e eu me desviei dele,escapulindo e voltando a andar,ele me seguiu e eu tomei ar:
-- O que te faz pensar que serei mais uma em seu harén?
-- Harén?Que harén?Que eu saiba nós ainda estamos no ocidente.
Bufei e mandei-o ficar longe de mim novamente.
Então eu caminhava distraída nos corredores aquela hora borbulhando de alunos e permitindo a minha mente lembrar da sensação que os lábios de Potter pareciam exercer sobre mim,lembrei de suas mãos sobre meu corpo e da maneira de como minha lucidez parecia ir embora a cada vez que ele me tocava,senti meu rosto escarlate de pensar em algo assim no intervalo das aulas,foi quando ouvi um comprimento ao meu lado.
-- Oi Lílian. – disse o jovem,educado.
-- Oi Amos! – respondi levemente surpresa.
Eu e Amos Diggory éramos ex-namorados,havíamos terminado no final do sexto ano,logo no inicio das férias,parecia que o relacionamento não tinha mais fogo.Para falar a verdade,nunca teve.
Mas Diggory viera conversar comigo,o que era surpreendente já que é normal a maioria dos ex-namorados não se falarem mais.
E nós estávamos seguindo aquele clichê,pelo menos até hoje.
Ficamos em silencio durante um tempo.
-- Vai para Transfiguração,não é? – o jovem louro perguntou-me.
Assenti.
-- Também é o horário da Lufa-Lufa lá agora né?
Foi à vez de ele assentir,arrumando a mochila melhor sobre o ombro.O silencio foi maior e mais incomodo que o primeiro,era obvio que não tínhamos assunto,então,decidi ir logo ao ponto.
-- Então Amos,o que quer?
As sobrancelhas de Nina ergueram-se consideravelmente.
-- Diggory?Ele VOLTOU a falar com você?Que tipo de intenções você acha que ele tem Lílian?Olha,não é por anda mas o negocio não vai ser tipo “oi.Ah,olha você é minha ex-namorada,então,amigos?”
Revirei os olhos.Estávamos na sala comunal da Grifinória e a tarde já caíra,e eu tinha acabo de contar as boas novas.
-- É,Nina,por que não? – eu estava meio na defensiva com tudo isso.
-- Por que sim?Lily!Você sabe que aquele cara não empolga você!E Potter?O que aconteceu?Pensei que você estivesse até meio que gostando dele!
Ela tinha acabado de botar o dedo na ferida.
-- Você sabe que Potter não é para mim,Diggory é o homem ideal.
-- Mas,ele não faz nada!O que faz você pensar na possibilidade de voltar com ele?
E aí estava à pergunta que não queria calar,eu sabia que no fundo,eu não queria me apaixonar por Potter e que se eu namorasse seria mais um motivo para ficar longe dele,porque afinal,seria traição,e eu,como qualquer boa grifinória,não sou de trair.
Mas eu não ia admitir isso para Nina,pelo menos não tão cedo.
-- Não minta para mim,eu sei que você estava gostando do Potter – ela continuou ajeitando-se melhor na poltrona.
Soltei o ar dos pulmões mas não disse nada.
-- Veja bem Lily,eu apoio você e Tiago,e sempre apoiei,você sabe disso,mas agora,não acho que você seja o tipo de mulher para Tiago,você sabe que ele não fica muito tempo em uma só relação e,bem,não quero ver você se magoando.
-- Nina,concentre-se,veja bem o que está falando!E eu estou concentrada em Amos agora,lembra?
Nina fez um gesto de desdém com a mão,como se não acreditasse que duraria muito.
Mas eu não estava em clima de discutir com ela,de forma que apenas levantei-me de um pulo.
-- Estou cansada Nina,quero muito mesmo dormir,não tenho dormido muito esses dias e esse intervalo é o momento excelente para tirar um cochilo.
O rosto de Nina encheu-se de malicia.
-- Claro que não tem dormido muito,pelo menos não com Tiago Potter a alguns metros de distancia.
Revirei os olhos,ignorando o comentário,desejei boa tarde,arrumei a mochila nas costas e fui para a torre.
Mas alguém me esperava no começo da escadaria que levava a porta de vidro.
-- Senti sua falta – Diggory deu de ombros.
Sorri para ele,esperando que ele fosse embora para me deixar dormir,mas ele olhou para cima.
-- Posso entrar?
-- Ah...Claro,porque não? – sorri e subi a escadaria ao lado do garoto.
Chegamos ao fim da escada circular e abro a porta de vidro agradecendo por Tiago não estar deitado de cueca no sofá.
Amos parece extasiado com o aposento.
-- Uau,realmente muito luxuoso não?
Sorri para ele.
-- Nem me diga.
Sentamos no sofá e ele me puxou,beijando-me.
Foi um beijo bom,de verdade,mas eu não me senti arrepiada,meu coração não acelerou,meus pés não saíram no chão,e minhas pernas continuavam a suportar o peso de meu corpo,foi bom,mas não como era o beijo de Potter.
E quando nos separamos,eu ouvi um estrondo,realmente forte,Diggory levantou-se de um salto.
-- Lílian!Tem alguém aí!
-- Provavelmente deve ter,não é?Potter também está aqui,lembra?
-- É mas,acredito que ele não deva estar no seu quarto,e o barulho vem daqui.
Ele foi para o corredor e eu fui atrás,dando passos rápidos.
-- Amos,não abra,melhor chamarmos algum professor,pode ser perigoso – juro que entrei em pânico quando vi que era em meu quarto,quero dizer,Potter não teria cara de pau suficiente para entrar lá,aquilo tinha nome,invasão de privacidade.
Mas Amos já tinha aberto a porta e encontrado o suposto intruso,sentado no chão,numa pose que parecia dolorosa,ao lado de um porta retrato que continha minha foto brincando de bonecas quando ainda era criança,quebrado.A origem do barulho.
-- Potter?O que faz aí?
-- Eu meio que moro aqui – respondeu Tiago para Amos com as sobrancelhas erguidas. – Diferente de você – ele acrescentou.
-- Certo mas o que faz aí no chão?
Tiago revirou os olhos para mim,eu agradeci mentalmente o fato dele estar vestindo um roupão vermelho e não apenas cueca,como era de se esperar.
-- Pelo jeito seu amigo é meio lento – comentou comigo enquanto se levantava – Mas acredito que ele já vai entender.
Revirei os olhos.
-- Você caiu?
-- Claro,por que outro motivo estaria no chão?
Amos encarou Potter nos olhos.
-- O que faz no quarto de minha namorada?
Potter ergueu uma sobrancelha.
-- Creio que ela não tenha me contado sobre vocês.
Certo.Senti vontade de dizer que eu não era a namorada de Amos e que ele não podia me denominar como tal,mas não disse nada.
-- O que faz aqui? – Amos quase rosnou.
-- Estava no banheiro e pensei em fazer uma visita,achando que ela já estaria aqui,como é o normal,mas de qualquer forma,desculpe – ele consertou o porta-retrato e foi em direção a porta – É uma pena Evans,que você perca seu tempo com esse homem.
E então fechou a porta.Amos ia se pronunciar quando o parei.
-- Ora por favor,não vale a pena ir atrás dele,você sabe como o Potter é.
-- Exatamente por isso que não o quero perto de você.
-- Ele não vai mais ficar perto de mim.—respondi,convicta.
Amos sorriu.
-- Vamos passear por Hogsmeade esta noite?
-- Parece perfeito. – respondi ignorando a vontade de dizer que era perigoso e proibido.
De forma que eram quase oito horas da noite e eu estava me vestindo.
Coloquei meu vestido preto que ia mais ou menos na altura do meio das coxas,vesti uma meia calça,penteei o cabelo,e estava à procura de meus saltos altos.
Acheio-os debaixo da cama,calcei-os e fui para a sala.
-- Uau. – ouvi aquela conhecida voz.
-- Sim? – virei-me para ele.Os olhos de Potter brilhavam.
-- Vai aonde?
-- Não que isso seja de sua conta,não é? – completei com as sobrancelhas erguidas.
Ele sorriu.
-- Não,não é,mas de qualquer forma,sei que vai sair com o Diggory e devo te precaver,com essa roupa,se ele tiver algum sangue nas veias,ele não vai querer apenas andar de mãos dadas com você.
Virei-me para responder quando percebi que não valia a pena então apenas dei as costas ao maroto e fui para a escada de pedra que levava ao inicio da propriedade.
Diggory me esperava nas escadas como era o combinado,estava excepcionalmente bonito com um blusão de caxemira,calça creme e sapatos formais caramelos,o sorriso que exibia na face era de uma criança feliz.
-- Está absolutamente deslumbrante Lílian, deslumbrante.
Sorri.
-- Obrigada, também está bonito Amos.
Então saímos em direção ao portão de Hogwarts e a estradinha de areia que nos levaria até o primeiro deslumbre de Hogsmeade.
A noite estava bonita e quente, o tipo de noite em que você deseja deitar-se e olhar as estrelas, ouvindo os grilos.
O silencio estava meio perturbador, mas não chegava a ser constrangedor, era apenas a falta de assunto nos perturbando novamente.
Então Amos segurou minha mão, envolvendo-a com a palma quente. Ali estava eu, de mãos dadas com um cara que eu sabia que valia a pena, e mesmo assim, não conseguia parar de pensar em Tiago, era como se por mais que me policiasse qualquer memória dele vinha ao meu encontro.
Andamos até uma casinha de chá conhecida, que trazia lembranças de dias de um namoro feliz, porém monótono.
Sentamos e pedimos wisky de fogo, o que não é minha bebida favorita, não sou fã numero um de bebidas alcoólicas, elas tendem a deixar o ser humano mais estúpido do que já é normalmente e transforma homens cavalheiros em patifes.
Não que eu já não estivesse acostumada.
Meus olhos estão levemente embaçados e levo as mãos até eles, coçando-os.
-- Esta com sono, Lily?
A voz de Diggory me assusta, por um momento quase esqueci que ele estivesse aqui.
-- Não – sorrio – apenas cansada, o dia foi cansativo.
-- Sinto sua falta, Lílian. Sinto falta de sua serenidade.
Fico em silencio, brincando com o liquido ardente que residia dentro do copo e mordendo a língua para não soltar as palavras que queria.
-- Minha serenidade não é Amos?É por isso que nós não dermos certo,você nunca me viu como mulher,me viu como paz.
Ele parece estupefato com minhas palavras.
-- E paz, não é uma pessoa. – completo, levantando-me – Tchau Amos,foi legal rever você.
Ando rapidamente até a porta, acenando ao passar para a senhora simpática atrás do balcão. Estou andando pela rua silenciosa e escura, indo de volta para o castelo quando alguém puxa meu braço, viro-me e me vejo encarando um par de olhos azuis.
-- Então, você preferia que eu te tratasse como um objeto?Assim como Potter faz?Assim você voltaria comigo não é?Assim as coisas teriam dado certo, é isso?
-- Ora, não seja ridículo Amos, porque você nunca foi,vai começar a ser?E solte o meu braço.
Ele rapidamente obedeceu, mais uma coisa que o fazia diferente de Tiago. Tiago nunca fazia o que eu pedia.
Eu poderia falar muitas coisas pra ele, mas o wisky estava pesando em meu estomago e o álcool já circulava em minha corrente sangüínea fazendo com que minha cabeça pesasse.
-- Amos, desculpe se te dei falsas esperanças,mas eu me enganei certo?Eu não quero nada com você e eu gosto muito de você, na verdade você merece coisa melhor do que eu, e espero que você encontre uma garota legal, tchau amos.
Esperava que ele me dissesse um adeus e fosse para longe, mas ao invés disso ele tomou ar para falar.
-- Tudo bem, pelo menos me deixe acompanha-la.
Isso me surpreendeu mais do que tudo, Amos era sempre um cavalheiro não importava em que situação.
A volta para o castelo foi lenta e tortuosa, um silencio completo, o único som que se ouvia eram os dos grilos e dos nossos passos batendo no chão de pedra.
Quando chegamos a torre dos monitores eu quase suspirei por dentro de alivio, me despedi de Amos que saiu cabisbaixo,uma mão no bolso e uma na nuca,gesto que eu aprendera que ele sempre fazia quando estava chateado.
Entrei na torre e retirei os saltos, meus pés reclamavam torridamente o uso de salto depois de tanto tempo sem uso. Subi as escadas sentindo o frio da pedra contra minha sola descalça e entrei no aposento já conhecido.
Esperava encontrar o lugar vazio, doce ilusão!
Ali estava ele, em carne osso e roupão de seda.
-- Voltou rápido. – comentou enquanto botava de lado o livro que lia todos os dias e que por acaso continuava sendo aquele, o meu preferido.
-- É. – murmurei, sempre odiei pessoas monossilábicas, mas no momento não queria conversa, principalmente com ele,queria uma cama com cobertas,apenas isso,será que era pedir muito.
Estendi minha mão para a mesinha de centro, peguei a piranha que ali estava depositada e prendi os cabelos,que junto com a presença de Tiago,começavam a me deixar quente.
Coloquei os sapatos no chão,consciente de que Tiago já se levantara e se aproximava cada vez mais.
Instintivamente recuei e para meu desespero, senti a parede fria em minhas costas nuas.
-- Não faça isso Potter.
Ele encostou-se a mim e me enlaçou, seus braços me apertando cada vez mais, eu encontrava dificuldade em respirar.
Merlin, ia acontecer de novo e eu não iria ceder de nov...
Ele já estava me beijando, seus beijos me cobriam quase que violentamente e senti novamente aquele mesmo choque elétrico, aquilo já estava ficando meio que conhecido demais.
Tinha quase me esquecido de como ele beijava,de como usava o corpo,as mãos,tudo contra mim e minha racionalidade,quando percebi uma de suas mãos voaram para meu cabelo e jogou fora o prendedor,meus cabelos caíram soltos e pelo que eu sentia,deveriam estar em brasa.
Estava a beira da insanidade quando o beijo terminou,e ele mais uma vez me soltou abruptamente,me segurei na parede,sem fôlego.
Era humilhante a meneira de que ele demonstrava poder sobre mim, revelando meus instintos tão facilmente e fazendo meu corpo trair a mim mesma!Respondendo aos toques e a sensualidade máscula dele.
Para meu desespero, ele sorriu, safado.
-- Sabe o que eu vejo agora?Uma mulher maravilhosa, ofegante e com curvas fantásticas, cabelos cor de cobre polido caindo até a cintura, bagunçados. Seu rosto tem um rubor febril e seus olhos, que alguns minutos atrás estavam nublados, de um verde sereno,agora parecem escurecer como o mar quando pronuncia uma tempestade,o que me faz constatar que você esta realmente brava comigo,e eu estou aqui,pensando apenas em como seus olhos no momento parecem uma floresta sem sol.Vê Evans?Você me faz ser romântico.
Eu estava acabada, e ficaria menos surpresa se ele me esbofeteasse, aquelas palavras tinham sido como um chicote em minhas defesas.
Abri e fechei a boca varias vezes, estava parecendo uma garota de treze anos,me sentia ridícula,ali,apoiada na parede com medo de que minhas pernas não me sustentassem,quando achei que era finalmente seguro andei até ele.
-- Você é desprezível, espera que eu acredite nisso tudo?
-- Não, nunca esperei que você acreditasse, apenas estava tentando uma forma sutil de perguntar por que o encontro foi um fiasco.
-- Não foi um fiasco! – assoprei uma mexa teimosa de meus cabelos, que insistia em cair em meu rosto – Ora!O que te faz pensar que foi um fiasco?
Tiago suspirou e balançou a cabeça, como se estivesse reunindo paciência para ensinar a uma criança pequena que um mais um é dois.
-- Porque se tivesse sido bom, ou pelo menos normal, você estaria beijando Diggory e não correspondendo ao meu beijo, como fez agora a pouco.
Que absurdo!Como ele ousava falar assim comigo?
-- O encontro foi bom, muito obrigada. E não que isso tenha alguma coisa a ver com você,e eu agradeceria se você ficasse LONGE de mim.
Ele balançou os ombros largos.
-- O que posso fazer se você é tão desejável ruivinha?
-- Evans
Ele revirou os olhos, que eu pude notar,estavam o tempo todo divertidos,desde que cheguei,como se ele soubesse de algo que eu não sabia,e risse disso!
E por que correspondi ao beijo?Fora inconsciente e estou sobre o efeito do álcool, afinal.
-- Tenha uma boa noite Potter.
Virei-me para ir para a segurança de meu quarto,se é que você podia chamar aquilo de seguro,quando ele me enlaçou novamente e retirando meus cabelos de meus ombros,depositou um único beijo em meu pescoço,que fez com que eu me arrepiasse involuntariamente,ainda mais sentindo a pressão que sua mão fazia em minhas costas.
-- Boa noite Evans. – sussurrou.
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