Hogwarts-Um pedaço da história



Capitulo IV - Hogwarts - Um pedaço da historia.


Neville e Gina estavam conversando no salão comunal da Lufa-Lufa. Era bem diferente do que imaginavam, pois sempre haviam visto a casa como o lar daqueles que nunca conseguiam méritos. Mas o salão era pouca coisa menor do que o da Grifinória, tapetes muito peludos cor de caramelo estavam espalhados pelo lugar, havia também muitos "pufs" macios e dourados espalhados. Era sem duvida, mais aconchegante do que a Grifinória. Os alunos também eram sempre simpáticos, ao contrario de Gina que fazia um rosto tão animado quando alguém puxava assunto que parecia que ela havia acabado de sair de um velório, e ela era, sem duvida, o defunto. Já Neville fez dois amigos do sexto ano que pareciam interessadíssimos nas maravilhas da Nigéria.


-Então? É verdade o que dizem sobre as tribos africanas? Eles... Eles comem gente? - perguntou um garoto muito sardento que cabelos que caiam sobre os olhos.


-Não! Claro que não! - Neville preferiu não exagerar nas historias -Na verdade os nigerianos são tão desenvolvidos que usam vassouras com oito lugares e caldeirões de acrílico! - disse sem resistir a contar um bom exagero. Os dois garotos fizeram cara de espanto e o de olhos quase vermelhos perguntou:


-E, bem, ouvi dizer que seus pais têm um tapete voador que compraram no Egito, é verdade?


-Sim! Mas fale baixo - disse Neville rindo por dentro - porque tapetes são ilegais na Nigéria e não queremos complicações!


-E é verdade - continuou o de olhos vermelhos, que agora parecia muito interessado - que você tem uma cobra na sua casa?


-É sim! - disse Gina aborrecida com a conversa - Chama-se Jurubeba e é um doce de criatura. Uma vez ela ganhou asas e beijou a mão do papa! - ela olhou para Neville - Ora! Não se irrite! Eu sei que você gosta de contar os casos de nossa família, mas eu tenho o direito de falar pelo menos uma dessas asneiras! - a garota saiu rumo ao dormitório feminino e disse num "sussurro audível":


-Lufa-Lufa! Que humilhação!


-Ela não é muito sociável. - disse o garoto cujos cabelos caiam sobre o rosto.


-Não. Não é - disse Neville aborrecido.


Enquanto isso, na Corvinal, Hermione descobria como a vida poderia ser maravilhosa. Nunca pensou que encontraria tanta gente interessante num mesmo lugar. Geralmente ela se lembrava da Corvinal como sendo a casa de Luna Lovegood e Cho Chang. Mas alguns anos atrás, a Corvinal era, sem duvida, a melhor casa. Os próprios alunos do ano anterior haviam recorrido para poderem montar uma biblioteca miniatura no salão comunal. Não chegava realmente a ser uma biblioteca, mas as inúmeras estantes estavam repletas de livros que ela nunca havia sequer encontrado na biblioteca.


-Foi muito difícil para Dumbledore convencer Madame Pince a deixar que trouxéssemos os livros para o salão comunal. Ela vem toda quinta a noite verificar o estado deles. - disse uma menina de cabelos curtos e negros - Os alunos da Lufa-Lufa também pediram para Dumbledore, mas Madame Pince não cedeu.


-Estou realmente impressionada com esses livros! - disse Hermione sem tirar os olhos da prateleira. Ela se levantou e apanhou um de capa vermelha - Veja! "Mil e Um Feitiços Para Polir Madeira, Aço e Outras Coisas!" PRIMEIRA EDICAO? Não acredito! É uma raridade!


-Sim! É sim! Sabe, Hogwarts tem uma grande coleção de livros de bruxaria. Em 1537 a escola recebeu um carregamento de livros vindos da... - a garota pareceu esquecer-se.


-Polônia! - disse Hermione, para a surpresa da menina. -E foram magicamente traduzidos - nesse momento as duas falaram juntas - por Frederich Ponderoak, que utilizou mais de cem tipos de feitiços tradutórios."Hogwarts, uma historia" - disse Hermione e a menina novamente ao mesmo tempo.


-Eu amo esse lugar! - disse Hermione, mais para si do que para a menina.


-Clarissa Nigeles, muito prazer! - disse a garota estendendo a mão.


-Hermione Granger! - disse ela apertando a mão e sorrindo.


Rony por sua vez parecia estar assistindo a uma autopsia cada vez que topava com Tiago Potter e sua turma.


-E ai Faiscante? Gostando da casa? - disse Sirius dando um tapa nas costas do garoto que o fez escorregar três degraus da escada.


-Menos do que você imagina - sussurrou ele irritado.


-Perdão? - disse Lupin. - Não ouvimos. O que disse?


-Sim! Estou adorando! - disse ele sorrindo falsamente. -Quero dizer... É bem melhor do que a Lufa-Lufa ou a Sonserina não é?


-Claro. - disse Tiago. - Afinal estudamos aqui! - e riu. Rabicho também riu, porem escandalosamente.


-Bom... Tenho que ir a biblioteca! - disse Rony tomando a direção contraria a deles.


-Faiscante! - chamou Lupin. - Porque vai a biblioteca? Nem tivemos nossa primeira aula ainda!


-Eu... Vou pesquisar sobre Hogwarts e tudo mais. Preciso me informar melhor sobre a escola para não fazer nada errado na minha primeira semana. - improvisou ele.


-Ah! Mas não vai ser necessário! - disse Tiago. - Aluado, onde esta aquele livro enorme que você sempre carrega?


Lupin tirou um grande livro de capa em couro na mochila e colocou nas mãos de Rony. O garoto mal podia acreditar. Era "Hogwarts - Uma Historia". Rony sempre ouvia falar dele através de Hermione, mas nunca achou que um dia ia, de fato, ver aquele livro. Era a mesma sensação de ver um lobisomem de duas cabeças. Essa comparação o fez olhar indiscretamente para Lupin.


Logo seguiram para o Salão Principal para o café da manha.


-Bom dia, cabeça de fogo! - chamou uma voz estridente vinda da outra mesa. Os alunos da Grifinória todos se viraram para a mesa da Sonserina, de onde a voz chamava. -Grifinória, hem? Então não é grande coisa.


Rony mirou o rosto jovem de Bellatrix Lestrange com fúria. Mas então sua raiva passou quando viu Harry ao lado da garota. Uma luz misteriosa tomou seus olhos. Não precisava dançar conforme a musica! Agora tinha objetivos muito mais importantes do que se formar, e seus pais não estavam lá para repreendê-lo. Ao que tudo indicava, aquele ano seria muito divertido.


-Sonserina, hem? Então vai casar com um homem rico, suponho? - os garotos da mesa da Grifinória riram. Tiago olhou impressionado para o garoto.


Bellatrix olhou com raiva para Rony. Depois se virou para Harry e disse alto:


-O orelhudo eh seu primo?


Harry olhou para Rony que sorriu marotamente.


-Era sim. - disse Harry -Antes de se juntar aos babacas da Grifinória. - e nesse momento Snape virou-se com admiração para o garoto.


-Bem, essas orelhas eu puxei da sua mãe. Aquela bigoduda! - disse Rony. Sabia que Harry entenderia que não estava falando de Lílian. E, realmente, Harry não conseguiu segurar um risinho que passou despercebido pelos colegas que olhavam curiosos para Rony.


-Escute aqui, sangue-ruim... - começou Harry.


Rony não conseguiu segurar e teve crises de riso. O que pareceu enfurecer Bellatrix.


-Não vá achando tanta graça assim, Cabeça de Fogo! Se eu fosse você dormiria com um olho aberto!


-Se eu fosse você - retrucou Rony - dormiria com os olhos fechados. Nunca vi olheiras como essa. Se não cuidar desses olhos esbugalhados, daqui a algum tempo estará entregando cartas.


Aplausos na mesa da Grifinória. Tiago olhou para Sirius com uma expressão vitoriosa no rosto.


-Ninguém ri de Bellatrix Black! - a garota se levantou da mesa e veio em direção a mesa da grifinória. Tirou agilmente a varinhas das vestes e apontou para Rony.


-Expelliarmus! - gritou Sirius. A varinha da garota voou e foi parar na mesa da Lufa-Lufa, a poucos centímetros de Neville. - Se der mais um passo coloco asas na sua testa! - disse ele. E Tiago se levantou.


-O que seria muito útil na sua tarefa de entregar cartas! - disse. E Rabicho riu mais do que todos. -E eh bom que todos saibam. Faiscante - apontou para Rony - eh nosso protegido. Apontar uma varinha para ele eh o mesmo que apontar para mim.


Rony não sabia se ria ou chorava.


-Apontar uma varinha para qualquer um eh o mesmo que uma semana de detenção, Senhor Potter. - disse a voz de Minerva McGonagall, diretora da Grifinória. - E as aulas nem começaram, hem? Terça Feira, na minha sala, às cinco horas. Sim? E, ah! Senhorita Black. Creio que o Professor Bubbles - Harry achou esse nome realmente engraçado - ficara encantado em saber do ocorrido. E, ah, você, garoto novo da Nigéria - apontou para Rony - não será punido, pois ainda não conhece bem as regras da escola. Mas eu gostaria que você lesse o livro que carrega e espero que erros como esse não voltem a se repetir.


Tiveram aula de Feitiços e dupla-Herbologia. Ao entrar na aula de Poções, Bellatrix parecia querer estapear Rony. Mas ao ver o professor parado perto da porta a garota se conteve. Olhava pra ele com visível medo. Harry não conseguia parar de pensar: "Não seja tão chato quanto Snape! Não seja tão chato quanto Snape!".


-Boa tarde - disse o homem num tom distraído. - Meu nome eh Bulderich Bubbles - falou se virando de costas para a sala. Rony abafou uma risada. Bulderich Bubbles era, com certeza, o nome mais ridículo da historia. - Claro que vocês já me conhecem. Mas temos dois novos alunos vindos da Nigéria, fui informado. Lecionarei a vocês poções, uma arte delicada e antiga, Vocês tinham poções em seu pais? - perguntou a Harry.


-Sim. Tínhamos.


-"Otimo. Não vou precisar perdeu meu valioso tempo lecionando para macacos.


Nem Harry e nem Rony entenderam a comparação.


-Senhorita Black, a Professora McGonagall me informou que você discutiu com o aluno novo, Weasley, na mesa do café. Isso eh verdade?


-Sim, Senhor. - disse ela de cabeça baixa. -Mas foi simplesmente porque ele...


-JAMAIS FALE SEM QUE EU MANDE! - berrou o professor. -Vinte pontos a menos para Sonserina.


Rony teve certeza de que ela aquela era a primeira vez que ouvia aquilo na vida. Enfim um professor decente! Tirava pontos da própria casa!


-A senhorita ficara de detenção por uma semana. Na minha sala às sete horas. Tenho muitos frascos que precisam ser etiquetados. E-não-me-olhe- assim! - disse com fúria. -Não tenho pena daqueles que sujam o nome da minha casa. E você - disse se virando para Harry - soube que discutiu também. Você eh novo, mas saiba que não tolero mau-comportamento vindo de alunos da Sonserina. Dessa vez passa para que não ache que sou um carrasco, o que certamente não sou. Agora vamos a aula.


A aula correu levemente para Rony, que era tratado com indiferença pelo professor. Ele parecia não notar que estava dando aula para Grifinória, mas tratava os Sonserinos com muita severidade.


Os cinco se encontrariam naquele mesmo dia, lá pelas seis, na Sala Precisa. Havia cinco cadeiras e uma enorme mesa na sala.Cinco roupas formais estavam penduradas numa parede, eram muito elegantes e pareciam extremamente caras. As prateleiras estavam cheias de todo o tipo de coisa, mas o que os deixou mais intrigados foram os artefatos de magia de das trevas. Todos se cumprimentaram com ar de cansaço. Rony chegou alguns minutos depois, ofegante. Trazia nos braços um exemplar de Hogwarts - Um Historia.


-Já não era sem tempo! - gritou Hermione encantada. - Mal posso acreditar! Eh um sonho! Tenho certeza!


-Credo! Nem me atrasei tanto assim. Isso tudo eh saudades? - perguntou Rony se sentando na cadeira vazia.


-Não estou falando disso, Rony. Estou dizendo que eh um milagre que você tenha finalmente resolvido ler Hogwarts, Uma historia!


-Ah! Isso! Por isso me atrasei, disse que ia a biblioteca pesquisar sobre a escola. Foi aquele idiota do Tiago que me obrigou a carregar! - Rony olhou para Harry. Foi um momento constrangedor. -Mas ele... Hum... Não me parece tão ruim agora! Depois da discussão na mesa ele parece muito mais agradável. Eu ate tenho um apelido! Sou o Faiscante!


Todos riram, inclusive Harry. Ele não tinha ficado ofendido com o comentário de Rony porque já havia visto o pai no ano anterior. Idiota o descrevia razoavelmente bem.


-A Corvinal eh simplesmente fantástica. Me faz duvidar sobre a superioridade da Grifinória. Não me olhem assim! Não podemos ficar ofendidos por tudo! As coisas mudaram, oras! Somos praticamente personagens nessa escola. Assim eh melhor. Agora conte-nos, Harry, como eh a vida na Sonserina?


-Boa, - disse secamente. Mas havia algo demais por trás daquilo. Estava corado. -são todos um bando de lunáticos com idéia fixa. Só falam em puro- sangues e sangue-ruins!


-Harry. Por que você parece tão constrangido? - perguntou Neville.


-Nada. - respondeu secamente.


-Vai, Harry! Não podemos ficar escondendo as coisas! Não agora.


-Juram que não vão rir? - perguntou Harry. Todos assentiram. -Bellatrix pediu para encontrar ela no salão comunal hoje, quando ela voltar da detenção.


Todos estavam evidentemente segurando risos. Menos Neville, que parecia furioso.


-Pois ela que cruze o meu caminho. Ela vai sentir o que eh a dor. A verdadeira dor.


-Neville! - disse Gina. - Prometemos nos controlar! O dia da sua revanche vai chegar, tenha certeza! Mas não por enquanto. Afinal - e ai ela abaixou o tom de voz e emburrou - somos da Lufa-Lufa agora. Não podemos fazer nada alem de abaixar a cabeça.


-Por falar nisso, - disse Harry - como eh a Lufa-Lufa?


-Não sei. - resmungou Gina. - Por que não pergunta ao piloto de tapetes africano e rei das cobras Longbotton?


Todos contaram como ia a vida em suas casas. Concordaram que o melhor agora era se infiltrarem. Deveriam se comportar para não levar detenções, afinal, não poderiam ficar presos hora alguma. Não precisariam se empenhar demais nos estudos, mas sem esquecer de que viveriam naquela época para sempre, e que se formar era importante. Depois que Gina, Neville e Rony foram de deitar, Hermione ensinou a Harry a azaracão Titilandus.


-Você deve usá-la apenas no apanhador da Sonserina. Quando ele for atingido começara a dar tapas na própria nuca e não conseguira se manter na vassoura.


-Madame Pomfrey conseguira ajudá-lo em alguns segundos! Isso não vai funcionar Mione! - disse Harry.


-Harry, a reversão para esse feitiço só foi descoberta no ano que vem. Não se preocupe. Ate lá esse garoto terá se estapeado bastante.


Os dois riram e logo trataram de treinar.


Uma semana havia se passado. Rony parecia realmente irritado por ser obrigado a andar junto com "os marotos". Sempre que algum sonserino passava perto Tiago dizia: "Esse eh o faiscante! Olhe bem para esse rosto e tenho muito cuidado! Esse eh O Bruxo!" Gina andava com cara de viúva pelos corredores. Ora sozinha e ora e acompanhada por algumas garotas saltitantes da Lufa-Lufa que faziam mil perguntas sobre a Nigéria; as quais ela sempre respondia com um seco "não". Neville parecia muito feliz na Lufa-Lufa. Nunca fora tão popular e os colegas pareciam não notar suas trapalhadas (talvez porque cada um deles fazia coisas mil vezes mais idiotas). Hermione carregava menos livros do que o normal, pois tinha ótimas fontes de pesquisa em seu próprio salão comunal.


A Sonserina chegou no campo de quadribol, onde a Grifinória jogava. Foi gentilmente lembrado por Bellatrix que estava subindo para a arquibancada errada.


-Hei, Potter! Não sei se ensinam as cores na África... Mas vermelho e dourado são as cores da Grifinória. Nos devemos nos sentar ali.


Seguiram para os lugares da Sonserina. Era realmente estranho se sentar ali. Nunca havia visto um jogo amistoso de Quadribol. Na sua época os times treinavam sempre sozinhos. A partida já havia começado.Não valia pontos para o campeonato, mas evidentemente ninguém se lembrava disso. Vinte a dez para a Grifinória.O time de seu era fantástico, coeso e rápido.A goleira, uma garota do sétimo ano, ainda não havia deixado nenhuma goles passar. A Sonserina não tinha a menor chance. Pode ver que Tiago sobrevoava o campo a procura do pomo, assim como o magrelo sonserino.


-Você jogava Quadribol no seu antigo colégio? - perguntou Bellatrix. Que estava sentada mais próxima do que Harry desejava.


-Ah. Sim. Eu era apanhador. Mas vejo que não há vagas pra mim aqui - disse com cinismo.


-Realmente acho que não. Anton é um ótimo apanhador. Não pretendem trocá- lo. Sem falar do Lestrange, ele eh um ótimo artilheiro! Fica muito bem de uniforme, não acha?


-Não. - disse Harry secamente. Era melhor azarar o apanhador antes que Tiago apanhasse o pomo. Ele desceu das arquibancadas com a desculpa de que ia ao banheiro. Uma vez lá embaixo não pensou duas vezes. Tirou a varinha e disse:


-Titilandus!


Charles Anton pareceu se abalar levemente. Deu um tapa na nuca e continuou a voar normalmente.


-Titilandus! - gritou Harry mais alto. E o garoto deu outros dois tapas na nuca antes de continuar voando normalmente. Harry tentou azarar o garoto mais algumas vezes, que resultaram em outros tapas na nuca. Mas o garoto sempre voltava a colocar as mãos na vassoura e voar livremente.


Harry subiu de volta para a "muito agradável" companhia de Bellatrix. Estava conformado que teria que tentar de novo no próximo treino. Enquanto assistia o jogo uma coisa chamou-lhe a atenção: o apanhador dava cada vez mais tapas na nuca, numa espécie de "tique nervoso" crescente. Ate que num momento não conseguiu e começou a estapear a própria nuca. Desequilibrou-se da vassoura e caiu. O professor Bubbles desceu visivelmente nervoso e levou o garoto para a enfermaria aos berros.


O jogo foi interrompido. Rodolfo Lestrange subiu ate a arquibancada da sonserina a procura de um apanhador.


-Ei! Rudy! O Harry aqui era apanhador na Nigéria!


Harry se segurou para não rir do apelido carinhoso de Rodolfo. Quando o garoto lhe perguntou se jogava bem ele respondeu com um modesto e sonserino "SIM".


-Obrigado Bellatrix! - disse Harry descendo para apanhar uma vassoura.


-Me chame de "Bella" - disse ela dando uma piscadela charmosa para Harry, que corou.desconfortavelmente.


Uma vez em jogo Harry sentiu seu coração disparar. Estava outra vez em campo, sem Umbridge para atrapalhar e, o que era mais fantástico, ia disputar contra seu pai. Tiago era realmente ágil. Um ótimo apanhador, melhor do que todos os que Harry enfrentara no futuro. Estavam nariz a nariz em busca do pomo. Harry esticou o braço para apanhar mas Tiago lhe deu uma cotovelada no rosto. "Meu pai trapaceia!" Pensou Harry, mais entusiasmado do que assustado. O pomo parou de repente e desceu com fúria. Harry pensou em tentar usar a finta, mas Tiago fez isso antes. Desceu em alta velocidade esperando que Harry tentasse segui-lo, mas o garoto desviou antes que Tiago em busca do pomo e foi o pai que quase se esborrachou no chão. Os dois estavam novamente nariz a nariz em busca da pequena bola dourada. Tiago parecia que estar um pouco na frente e sua mão quase agarravam o pomo quando ele subitamente diminuiu a velocidade. Harry viu de relance sua mãe na arquibancada da Grifinória. Tiago parou e ajeitou os cabelos, piscou para ela e não entendeu quando a torcida da Sonserina explodiu em aplausos: Harry havia pegado o pomo.


Rony, ao ver Harry com o pomo na mão gritou:


-Dá-lhe, Harry! Você eh o melhor! HARRY! HARRY! - gritava ele.Um silencio mortal surgiu a seu redor. E foi quando percebeu o que acabara de fazer. Estava na torcida da grifinória gritando alegremente pela vitória da Sonserina. Dezenas de olhos atônitos o miravam. Rabicho deixou cair a bandeira que segurava. Lupin tinha a boca aberta e Lílian olhava com incredulidade.


POF!


Sirius lhe dera um tapa na cabeça:


-Eu sei que eh seu primo, Faiscante. Mas ele eh de outra casa! ACORDA!


-Tem razão! Estava distraído! - disse Rony esfregando a cabeça. Se pudesse teria matado Sirius ali mesmo, tal era sua raiva. Virou-se para o campo da Sonserina - Só ganharam porque o apanhador de vocês teve um "tique do tapa louco!".


E claro que, depois disso, Harry se tornou apanhador da Sonserina. Tiago nem sequer o olhava nos olhos quando ele passava, mas agora era o herói da casa verde e prata, exatamente como havia planejado

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