Relato na Rua da Fiação



30° Relato na Rua da Fiação


Quando a garota acordou, não sabia onde estava. Sentia muito frio, e a ultima coisa da qual tinha lembrança era de que estavam em meio á batalha, quando foi estuporada por Snape.
Estava amarrda e amordaçada. Olhou ao redor, e pôde ver que estava em uma sala, com muitas prateleiras, entulhadas de livros.
-Acordou, Weasley? – disse uma vozrouca, vinda de uma porta que estava entreaberta.
Gina tentou falar, mas só emitiu alguns grunhidos, pois a mordaça a impedia de dizer qualquer coisa.
-Ah, está amordaçada. Havia me esquecido. – Severo Snape vinha, na direção da garota. Apontou a varinha e num instante, a mordaça se sorlou.
-O que você quer comigo? – perguntou Gina, enojada.
-Por enquanto nada, minha cara. Mas o Lorde tem certeza de que eles virão busca-la aqui. E ele pretende pega-los numa emboscada. E quando eles chegarem, você já estará morta.
-Não. Eles virão antes. Eles não me deixarão morrer. – disse a garota, com os olhos cheios de lágrimas.
-Eu sei que você não acredita que isso vai acontecer. Sei que você sabe que vai morrer logo. Mas tem um consolo.. Você será morta pelas mãos do próprio Lord das Trevas.
Gina riu.
-Minha nossa, quanta honra!
-Não caçooe, Weasley. – advertiu Snape, erguendo a varinha.
-Não me mate ainda, Snape. Quero ser morta pelo próprio Lord das Trevas.
-Você não conhece meus planos, Weasley. Não sabe de nada, garota. Logo que você for morta, e os seus amigos vierem pra cá, atrás de você, eu matarei Nagini, e logo depois Lord Voldemort. E tomarei o poder, como sempre foi meu sonho. – disse Snape, esboçando um sorriso no rosto.
-Você ta brincando, não é? Só pode. Enlouqueceu. – caçoou ela, rindo.
- Não estou brincando nem um pouco, Weasley. Eu nunca fui fiel á nenhum dos dois lados. Nem á Dumbldore, nem á Voldemort. – começou ele. – É claro, que sempre estive do lado de cada um dos dois, servindo de agente duplo. Passando informações de Dumbledore para Voldemort, e vice-versa. Mas sempre, desde jovem, meu sonho foi ser o bruxo mais poderoso de todos os tempos. E minha hora, logo vai chegar.
-Mas você ta longe de ser o bruxo mais poderoso do mundo! Ainda terá que matar Voldemort, e então os comensais se revoltarão contra você. Não sobrevoverá muito tempo, senhor bruxo mais poderoso de todos os tempos. – caçoou Gina. E ela continuou – Além do mais, Harry e´muito mais poderoso que você. E ainda tem a questão das horcruxes... Ainda faltam duas , pro Voldemort voltar á ser mortal. A taça de Huplepuff e a cobra, Nagini.
-Errado, Weasley. Você é como seus amigos. Acha que sabe de tudo. Mas não sabe nem da metade. – disse Snape, dando as costas para Gina, e começando á andar em volta da sala. – Como eu já disse, Nagini eu matarei logo. Se o próprio Potter não se encarregar de mata-la antes. E a taça, minha cara... A taça está destruída há um bom tempo.
Gina ficou estática. Arregalou seus olhos.
-Mas... mas..
-Sim, eu também sabia das horcruxes. E sim. – continuou ele, ainda andando pela sala. – Eu destruí a taça. Não minto que tive uma grande ajuda de vocês, e do Dumbledore. Vocês realmente foram muito importantes, sabe. Sem sua ajuda, eu ainda estaria em busca das horcruxes. Sou muito grato á isso.
Ele foi até uma das prateleiras, e puxou um livro muito grosso e que tinha a capa de couro preto. Quando o abriu, Gina pôde ver que o livro, tinha um fundo falso, e dentro dele, estava uma tacinha, que tinha duas asinhas de metal muito refinadas.
Snape trouxe a taça até Gina.
-Olhe bem. – disse ele. – Essa é a taça de Helga Huplepuff. Ex horcrux de Voldemort, destruída por Severo Snape, que logo será um dos mais poderosos bruxos da terra.. Daqui há alguns anos, isso valerá milhões de galeões, sabe? E você, que pertence á uma ralé, é uma das primeiras á ter contato com esse maravilhoso artefato.
Gina lançou ao hoemem um olhar indignado. Como ele se sentia capaz de se tornar um dos mais poderosos bruxos de todos os tempos? Ele teria que passar por cima de tudo e de todos pra isso. Sem sombra de dúvidas, Severo Snape havia enlouquecido.
-Voce não pode mata-lo, Snape. Não tem poder suficiente pra isso.
-Não sou quem vai mata-lo. – disse Snape, recolhendo a taça, e colocando-a de novo dentro do livro.
-Será Alvo Dumbledore. – respondeu ele.
-Ahh não. Aí você ta brincando mesmo comigo, né? Isso é um teste, não é? Pra ver se você consegue me enlouquecer. Mas você não vai conseguir isso, meu caro. Não mesmo. – disse a garota levantando-se.
Snape riu.
-Sente-se. Vou lhe explicar tudo. Acho que merece uma explicação, antes de morrer.
Gina sentou-se.
-Agora explique, Snape. – disse ele.
-Eu não matei Dumbledore. Ele ainda está vivo. Em algum lugar, por aí.
-Mas todos viram! Harry viu! Eu estive no enterro dele, Snape. – respondeu Gina, incrédula.
- Eu usei o Avada Kedavra nele, mas não o matei. Por isso, o corpo dele não foi encontrado... Eu não tinha a intenção de matar, por isso ele não morreu.
-Mas por Merlin! Ninguém mais sabia disso? – perguntou Gina.
- Acho que so outros professores desconfiaram, mas ninguém ficou sabendo, pelo que eu saiba. Na realidade, só usei o feitiço em Dumbledore, por que tinha feito um Voto Perpétuo com a mãe do Malfoy, dizendo que se caso ele não conseguisse cumprir a missão dele, eu o faria. Mas acho que como eu usei o feitiço, quis dizer que eu terminei a missão de Draco. Se não, eu teria morrido.
-E por que você não queria matar Dumbledore? – Gina ainda não acreditava.
-Por que ele seria muito útil pra mim, ainda. Ajudaria Potter a achar as outras horcruxes, e até mesmo destruiria algumas por conta própria. Eu não precisaria ter esperado tanto.
-Mas se você não sabe onde ele está, como sabe que ele vai matar Voldemort por você?
- Ele vai aparecer logo. Tenha certeza disso.



Já se tinham passado 3 dias desde que Gina havia sido seqüestrada, e as buscas continuavam, mas cada vez se tinha menos esperanças de encontrar a menina, e Carlinhos.
A Sra. Weasley estava inconsolável.
Eles se dividiam em grupos para buscar os dois. Harry estava exausto, jogado em sua cama, pois acabara de voltar de uma busca de mais de 7 horas. Agora era hora do outro grupo sair, enquanto eles descansavm.
O garoto se levantou da cama, e foi até o guarda roupa, pegar uma roupa limpa e uma toalha, pra tomar banho. Foi quando uma forte luz verde iluminou o quarto.
Harry sacou a varinha e se virou rapidamente, preparado para atacar. Porém, ao se virar, viu que a luz esverdeada, vinha da Penseira.
Ele correu até o objeto. Harry tinha certeza de que a Penseira queria lhe mostrar algo. Aproximou então, seu rosto da névoa que agora tinha uma coloração verde. Sentiu seus pés saírem do chão, e foi como se ele estivesse caindo. Quando abriu os olhos, estava em uma rua muito escura, iluminada com alguns lampiões, a maioria dos quais estavam apagados.
Olhou em volta, e a única coisa que viu, foi um homem muito alto e esguio, com longs cabelos grisalhos, andando por ali. O homem ia de casa em casa, cerificava o numero da mesma e logo voltava á caminhar pela rua escura.
Harry logo o reconheceu como sendo Alvo Dumbledore., há vários anos atrás.

Então, correu até ele. Sabia que o diretor não poderia vê-lo nem ouvi-lo, mas o seguiria de perto.
Dumbledore continuou indo de casa em casa e verificando os números. Quando chegava ás esquinas, ele ia até o outro quarteirão. Todos tinham praticamente a mesma aparência, e as casas eram idênticas. Harry já estava se cansando de seguir o diretor, quando ele parou sua constante verificação de números.
-Ahá! Sabia que não tardaria á encontrar! – disse ele abrindo um sorriso. – Rua da Fiação, número 37!
Dumbledore então deu duas leves batidas na porta, que logo foi aberta por um homem de cabelos muito negros e oleosos.
-Severo! Quanto tempo. – disse o velho, entrando na casa que parecia pertencer á Severo Snape.
Snape lançou um olhar pretencioso á Dumbledore, que agora estava de costas, caminhando em direção ao sofá velho e mofado.
-Recebi seu comunicado.- disse Dumbledore, já sentado. – Deseja falar comigo?
-Sim Professor. – respondeu Snape, sentando-se em uma poltrona. – O senhor bebe alguma coisa?
-Não, obrigado. Sejamos breves, sim? Tenho mais algumas coisas á fazer ainda hoje.
-Então, irei direto ao ponto. Eu gostaria de me redimir dos meus erros, e pedir para que o senhor me admita em Hogwarts, como professor. – disse Snape, sério.
Dumbledore levou o indicador em direção á boca. Como se pedisse silencio. Durante alguns minutos ninguém disse nada na sala.
Harry não havia entendido o que estava fazendo ali. Mas agora sabia o que a penseira queria lhe mostrar. Queria lhe mostrar o motivo pelo qual Dumbledore acreditara em Severo Snape.
-E por que eu o aceitaria? – perguntou Dumbledore, atrapalhando o pensamento de Harry.
-Por que eu estou sinceramente arrependido. – disse Snape.
Dumbledore tentava manter contatao visual com o home, o que ele não impedia. Harry imaginou que ele estaria tentando ler a mente de Snape.
-Claro. Imagino que esteja.
-Dumbledore, eu realmente me arrependo de tudo o que fiz. Não quero mais estar do lado das trevas. Quero lecionar. Hoje, tenho medo de que Lord das Trevas retorne. Por que eu estou aqui, traindo a confiança dele.
-Então, quer dizer que se ele retornar, você voltara para o lado dele? – perguntou Dumbledore, demonstrando alguam empolgação.
-Muito pelo contrario. Se eu estou aqui, pedindo seu abrigo, é por que tenho medo dele. E se ele retornar, temo correr perigo, por estar renunciando á ele.
-Compreendo. – disse Dumbledore confirmando com a cabeça. – Mas Severo... – Dumbledore baixou seus oclinhos de meia lua, e olhou diretamente nos olhos de Snape. – Tem certeza do que está fazendo? Tem certeza de que está arrependido, e de que vai ser fiel á mim e a todos os outros que são fieis á bondade e á luta contra o mal?
-Tenho,Professor. Certeza absoluta.
-Dumbledore se levantou, e estendeu as mãos á Snape.
-Só não lhe garanto que será professor da matéria que quer, Professor Snape. Poções está bem? – disse Dumbledore, enquanto Snape apertava sua mão.
-Só de me aceitar na escola, já fico muito gato, Professor.
Snape se levantou e abriu a porta da frente.
-Até dia 1 de Setembro, Severo. – disse Dumbledore acenando do lado de fora da casa.
-Até, Dumbledore.
Harry então, se viu de novo no quarto do Largo Grimauld, 12.

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