Indo de carro (bônus).

Cap. 9 – Indo de carro (bônus).


Harry e Hermione saíram de casa ainda de mãos dadas, dirigindo-se até onde ficavam os carros.

Dessa vez Harry escolheu um carro qualquer azul marinho, pois ele parecia um tanto desligado, pensativo quanto alguma coisa. Hermione corou ao imaginar o porque dele escolher logo um carro com os vidros tão escuros.

Harry, como um bom cavalheiro, abriu a porta para Hermione entrar e se acomodar, mas ao invés de se dirigir ao seu assento continuou ali à porta do carro observando-a, até a mulher se empertigar e perguntar:

- O que houve? Algum problema? – mexeu automaticamente nos próprios cabelos para ver se estava tudo certo. Alguns hábitos nunca mudam, não é mesmo?

- Não há problema nenhum. Pelo contrário, você está perfeita! – Harry parou e pareceu medir suas palavras antes de dizê-las. Por fim decidiu: - Realmente há um problema – Hermione o olhou interrogativa -, mas é comigo. Estou enfrentando uma dúvida cruel!

- Qual? – “É bom que não me tenha aprontado nada Senhor Potter!”, pensou severa enquanto estreitava os olhos. Sua mente automaticamente seguindo em direção a uma sirigaita qualquer.

- Minha dúvida é se eu te levo para mostrar a todos a maravilhosa esposa que tenho e matá-los de inveja, ou se tiro sua roupa e faço tudo que estou imaginando aqui mesmo.

Por essa Hermione não esperava! E dessa vez ela teve a leve impressão de que seu sangue deixou todo o seu corpo, indo direto para o rosto.

- Ow! Cala a boca, Potter!

Harry riu maroto e disse:

- Tudo bem então. Tudo pra não irritar essa grávida!

Ele entrou no carro também e seguiram caminho.

Era óbvia a mudança no humor de Harry! Ele não estava mais carrancudo, tinha até voltado a sorrir e conversar com Hermione; parecia até que nada havia acontecido. É claro que seus famosos flertes ainda continuavam.

A mulher sentiu o sangue ferver ao imaginar ele flertando assim com outra qualquer e se pegou perguntando o porque de toda essa proteção para com seu amigo. Afinal eles nunca haviam passado de bons amigos (mesmo com essa embaralhada toda pela qual ela estava passando). Parecia até que sentia ciúmes de Harry, como se ele fosse sua propriedade. “Talvez tudo essa mudança na minha vida esteja finalmente me pirando”, pensou enquanto balançava a cabeça, como a afastar essas sandices da mente.

Voltou sua atenção para as ruas por onde eles passavam de carro. A cidade havia mudado um pouco, com antigos prédios comerciais agora abandonados, enquanto outros haviam sido levantados. Mas não pôde dar muita atenção a isso, pois sentiu um olhar lhe ser fixado de quando em quando.

Hermione observou de canto de olho, flagrando Harry lhe lançado olhares às pernas que apareciam sensualmente por entre o tecido de seda. A mulher estranhou ao não sentir nenhum incomodo quanto a isso. Pelo contrário, adorava afrontar Harry dessa maneira. “Quem sabe ele não me recompensa depois...”. Arregalou os olhos instintivamente ao perceber que não conseguia parar de pensar em agarrar Harry ali no carro mesmo e imitar todas as imagens que sua mente fértil haviam começado a criar. “Não haveria problema algum, afinal os vidros eram escuros mesmo!”.

O resto do caminho foi mais ou menos assim, com Hermione tendo vontade de se estapear pelas coisas erradas que pensava em fazer com seu amigo, enquanto este obviamente estava louco para que ela fizesse isso com ele. Mas como não podemos ler o que há na mente dos outros...


Continua...

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