Depois de descobrir que eu realmente não funciono a base de pressão (e quem consegue?), eu tive minha noite de descanso consideravelmente boa, devo admitir, mas então, depois de já não estar nem lá muito triste, começaram aquelas perguntas torturantes:

1. Se o Neville disse que o Guilherme gostava de mim, por que ele estava com aquela va...

Hermione parou com a caneta antes que pudesse completar aquela palavra.

Ela tinha que parar de falar palavrões cada vez que estivesse muito nervosa ou se a pessoa cujo queria se referir, em sua opinião, merecesse. Era uma mania muito, muito feia, era quase como rebaixar-se ao mesmo nível dos outros.

Ela ficou alguns segundos olhando onde a sua pena parara, esperando-a para continuar ou a meia palavra.

Beeeem, a vida não tinha sido lá muito justa com ela, então, ela tinha motivos, não? Pra que ser justa logo agora?

É, pensou o primeiro sorriso do dia surgindo em seu rosto, mas dessa vez contendo uma pitada de malicia. Ela podia começar com aquela regra de 10 coisas que eu vou parar de fazer no dia seguinte, quando sua raiva já tivesse evaporando...

"... Se o Neville disse que o Guilherme gostava de mim, por que ele estava com aquela vaca (Ah-Rá! Rebate essa Taylor!)?"

2. Harry é gay?

Hermione soltou uma gargalhada pensando em como seria engraçado caso alguém pegasse aquele pergaminho, mais ainda se fosse Harry ou Ron.


Ela sinceramente não acreditava que estava se questionando sobre a opção sexual do melhor amigo, mas tudo o que tinha acontecido nos últimos dois dias tinham, certamente, mexido com ela.

Afinal, como é que ele podia ser tão compreensível alguns dias e em outros não? Seria aquilo somente o inverso do que acontece com as mulheres? Enquanto boa parte da população feminina do mundo sae arrancando os cabelos e gritando com todos, os homens tinham uma fase no mês para ficar mais sensíveis e etc?

3. O que eu vou fazer? Esqueço ou corro para conquistá-lo?

4. O que significou o meu sonho? Antes ele era uma barra de chocolate, só tinha o rosto, e o resto só chocolate e bem, nem tinha formato de um corpo, mas bem, quem se importa? Mas agora não, eu encontro uma barra de chocolate e na embalagem lá está o rosto dele, sorrindo para mim e piscando de um modo muito, mas muito sexy!

Explicações encontradas por Hermione para o sonho descrito acima:




a) Ele não é somente um rostinho bonito, mas o que tem por trás do belo corpo e rosto (no caso, a embalagem) chega a ser melhor do que o exterior dele.


b) Eu estou ficando maluca.


c) Seguindo quase o padrão da primeira opção, mas diferente dela onde cita uma possibilidade de ter sido só um erro dele sair com a Taylor e que ele, primeiro de tudo, ressalta a inteligência e o caráter das pessoas além da aparência.

Talvez, ele não seja assim. Mas, devido ao fato de eu estar tão ligada à imagem de Príncipe Encantado que eu montei para ele, eu quero que essa seja a verdade. Agora, me diz, quando é que eu passei a ser tão sonhadora? Todos sabem que garotos bonitos, não se interessam pela 'beleza interior' e isso é o que me chega a nossa última pergunta:




5. Por que os homens não são capazes de aceitar mulheres...hmm...desprovidas de beleza, mas nós somos capazes de aceitá-los mesmo que não sejam lá muito agradáveis de se olhar ...?!

RESPOSTAS:

1. Neville é um idiota por me dar falsas esperanças.

2.Harry está querendo ou vai se tornar gay. Nenhum homem pode ser tão fofinho... uh-hum...sem chances...só pode ser isso! Hmm...será que ele vai atacar o Ron no vestuário depois de uma partida de quadribol? É, talvez a vida não seja tão ruim assim...Espero que nesse dia eu esteja perto deles, por que eu não quero perder a cara do Ron (se ele não for, também)!

3.Nenhum dos dois. Só fazer minha lista boba.

4.Eu to ficando doida.

5. Por que nós mulheres somos muito sensíveis!

DECISÕES:

1.Vou fazer dieta! Dane-se os homens, eu quero me sentir bem e recuperar a minha auto-estima! Ela está por aí procurando o caminho de casa, e vou ajudá-la!


2. Se o Harry for gay! Viva aos gays! Sabia que ele não era meu melhor amigo por nada! Bridget Jones tinha um amigo gay e era feliz, por que eu não vou ser?!


3. Preciso parar de fazer essas listas.

4. Nada mais de sofrer! Danem-se os homens! Sou parte da nova geração de mulheres! Não precisamos deles! Temos nossos grandes saltos altos para matar baratas, temos o chocolate que é equivalente ao prazer de uma mulher quando está num ato sexual, um espirro gasta as mesmas calorias do que o orgasmo e corremos mais rápido do que qualquer um deles quando a) estávamos só com a roupa baixa e alguém chega ou situações semelhantes, como quando estamos com uma cara feia b) há alguma ameaça (barata, aranha, lagartixa ou objetos não identificados) c) temos que correr atrás da desgraçada que roubou nosso homem!

Agora o lema é: Usem e joguem fora!
Yeaaaah!

E para que o tenhamos certeza de que a nossa situação atual irá mudar, os filhos da nova geração passaram por treinamentos das coisas que todos os homens deviam saber para não machucarem as mulheres e tudo mais o que nós, mulheres fortes e perfeitas, acharmos que seja bom!

- Hey, Hermione! – Chamou Harry batendo com o cotovelo em suas costelas.

- O que? A professora me chamou? – Perguntou olhando para os lados e para a sua frente a procura da professora. – Ué? Cadê ela?

Hermione ouviu Harry abafar o riso, mas não comentou nada, ainda esperando uma resposta.

- O que há com você? Primeiro, perde o café da manhã, e agora está no mundo da lua? – Ele perguntou um ar preocupado em seus olhos verdes.


- Não...é...sim...bem, não.Eu só estava entretida com os meus pensamentos. Nada mais.

- Durante a aula?

- Se você não notou , a professora não está aqui.

- Notei antes mesmo de você. Agora, me responde, alguma coisa está errada?

- Não, não. É que você sabe Harry, tudo isso esta me deixando cansada. Ontem em Hogsmead perto, anteontem a antiga sala de astronomia...

"Antiga sala de astronomia? AQUELA sala de astronomia?", pensou Parvati inclinando-se um pouco mais pra frente tentando ouvir o que mais Hermione falava com Harry.
Um sorriso brotou em seu rosto pálido.

Quem diria? Hermione Granger, com uma vida mais agitada até mesmo que a dela!

- Eu não to acostumada a esse tipo de coisa, eu fico atrás dos livro, você curte, procura emoção, você que gosta de ação e não eu. – Disse lembrando-se do tombo que levara no dia anterior em uma das ladeiras do povoado. Ela se aproximou da orelha de Harry, sussurrando, uma expressão de dor no rosto. – Sabe, continua doendo.


- Isso passa. Mas não vai me dizer que você não gostou?! Por que eu não vou acreditar...


- Não foi isso o que eu disse... é claro que eu gostei, Harry, foi...hm...er...bom...muito bom – admitiu, suas bochechas ficando cor de rosa.

Hermione nem ao menos percebeu o olhar em reprovação enviado por Lilá que se sentara logo atrás dos dois junto a Parvati, e estivera também, ouvindo parte da conversa.
Diferentemente de Lilá que tinha se controlado o máximo possível para não falar nada e somente prestar atenção na conversa, Parvati que estava sentada na pontinha da cadeira, o corpo inclinado para frente enquanto ouvia, perdeu o equilíbrio assim que Malfoy seguido de seus colegas passaram por ela levando tudo consigo até mesmo a cadeira onde ela estava.

PLAFT!

Harry e Hermione viraram a cabeça quase que no mesmo momento para ver o que acontecera.

Parvati fechou os olhos com força, contendo a dor. Ela fez do seu melhor pra não começar a gritar com Malfoy.

Ela nem mesmo precisou erguer os olhos, já sabendo que encontraria com os rostos preocupados e abismados dos amigos, por isso, conformando-se com sua má sorte ("Será que eu perdi alguma coisa que ela falou? Merda de Mafoy! Ai minha bunda...", pensou colocando a mão na região onde doía) levantou a sua outra mão e acenou para as pessoas a seu redor, sua vergonha não a deixando levantar a cabeça.

- OK, acabou o show. Eu estou viva... – Falou tentando-se levantar, o rosto agora recuperara toda sua cor adicionado ao vermelho, vermelho da vergonha, como acostumara-se a dizer.

Já satisfeita com o pronunciamento de Parvati, Hermione voltou a posição inicial, de frente para o quadro negro. Ela pegou o pergaminho em que antes registrara seus pensamentos e o colocou debaixo da mesa, virando-se e abrindo o livro de Defesa Contra as Artes das Trevas, quando ouviu a professora se aproximar, dando um fim a conversa com Harry.
Bem, pelo menos, era isso o que esperava.


Tic Tac Tic Tac...


Hermione olhou para o relógio um pouco acima do quadro negro. Nunca, em toda a sua vida, desejara tanto ser liberada de uma aula como agora.
Podia sentir seus ombros tensos e os olhos estavam cheios de lágrimas pois não desviara um momento sequer, nos últimos 20 minutos, os olhos do relógio, acompanhando seu tic tac irritante e interminável.

É, agora, podia falar que efeito Harry Potter tinha nela.

Harry se aproximou mais um pouco dela e sussurrou em seu ouvido:

- Eu vi meu nome aí, Mione, simplesmente não tente esconder esse papel de mim, por que você – ele parou assim que a professora olhou para eles, ambos abriram sorrisos sem graça. Assim que a professora virou novamente para o quadro, Harry voltou a se aproximar dela, falando em um tom brincalhão e um pouco sério – por que você não vai conseguir. Ninguém resiste a mim.

- Eu não sei do que você está falando.

- Vou esclarecer as coisas pra você: papel, embaixo da sua mesa, com meu nome, Harry.

- Oi, Harry, como vai você? – Disse encarando-o e sorrindo.

"Cara de pau", pensou quando sorriu pra ele. Como ela podia fazer essas coisas em momentos como aquele?

Harry riu.

- Não tente me fazer de bobo, Hermione Granger.

- Sinceramente, eu não sei do que você está falando... – Disse sua mão lentamente indo para debaixo de sua mesa e segurando firmemente o pedaço de pergaminho.

- Ah é? Então, você não vai se incomodar se eu simplesmente – Harry baixou a pena que antes segurava a pena esta já esquecida em cima do livro e começou a movimentá-la lentamente para perto de Hermione.

"Ah Meu Deus, agora eu to com sérios problemas", pensou Hermione os olhos arregalados.


- ... confiscar a sua mesa, vai?

- Vou. E muito. – Ela disse, sua outra mão largando a pena também, os olhos agora na professora.

- Nada que você não possa perdoar, algum dia...

- Que você nunca vai ver se você fizer... Oh, droga! – murmurou assim que sentiu a mão de Harry se fechar sobre a sua, seus dedos procurando uma forma de pegar o pergaminho. Sem pensar duas vezes, ela mergulhou a outra mão também, para segurar o braço dele.

- Harry...para com isso! – Falou visivelmente furiosa – Eu ...ai Meu Deus...Não é hora nem lugar pra fazermos esse tipo de coisa...

Lilá cutucou Parvati fortemente nas costelas e indicou com a cabeça a dupla a frente.

Ambas captando a mensagem de Hermione.

Elas trocaram um olhar de pura descrença misturada com susto e então, voltaram a encará-los.

- Lilá, - chamou Parvati tentando com que ninguém mais a ouvisse – onde está a outra mão do Harry? – perguntou, controlando a vontade de gritar histeria por causa da cena que estava presenciando.

Lilá esticou um pouco o pescoço, mas não conseguiu ver por que Harry e Hermione estavam com uma cabeça encostada na outra, enquanto falavam alguma coisa, tomando cuidado pra que ninguém escutasse e pelo visto, ninguém visse.

- Eu não sei e acho que eu não quero saber.

- Aaaaaaaiiiii... - Hermione colocou uma mão na boca, um gemido escapando de seus lábios quando Harry fechou suas mãos com força ao redor do seu pulso.

- Bem, obrigada. Pergunta respondida. – Sussurrou Parvati a boca entre aberta.

- Harry se você continuar...

- Os dois, podem, por favor, parar de conversar? – Pediu Victorya.


Os amigos se entreolharam e coloram as mãos para cima assim que a professora os chamou atenção, ambos tensos.

- Turma, eu vou precisar sair por um momento. Qualquer tipo de brincadeira e saídas ao corredor, não serão toleradas, ouviram? Eu não irei demorar– Disse saindo em seguida porta a fora, sua sombra podendo ser vista junta a de outro professor, ambos entretidos com a conversa.

Assim que a porta se fechou, alguns alunos trocaram de lugar ou viraram-se para trás para conversarem entre si.


Hermione e Harry que já tinham desistido de entrar em um acordo, soltaram a respiração, felizes que pelo menos um problema estava fora do caminho, mas então, foi quando que perceberam o perigo. Todos os dois, ainda estavam com suas mãos ao ar, e o papel logo ali, centímetros abaixo, na mesa de Hermione.

Hermione tentou olhar para Harry pelo canto do olho, ele fazia o mesmo.

É, definitivamente, nenhum dos dois tinha desistido.

Não se atreveu nem ao menos a piscar, e se Harry de repente pegasse o papel? Ela simplesmente não podia deixar. Com certeza, ele não ficaria feliz com ela sobre a 'brincadeira' que fizera sobre a sexualidade dele. Hermione tentou não rir a menção do assunto, seu coração estava acelerado demais para isso, será que dava para alguém escutar? Daria uma boa batida para uma música, pensou.

- E então, Mione? Vai desistir? – Perguntou Harry quebrando o silencio entre os dois.

- Nunca. – Ela disse com um pequeno sorriso.

Harry riu, e abaixou os olhos, olhando para a mesa dela. Hermione entrou em estado de alerta.

- Somos dois. – Concluiu voltando a olhá-la.

"1", contou Hermione mentalmente.

"2", Harry respirou fundo, contando os segundos para a vitória.

"3", Hermione soltou um suspiro, já cansada, seus olhos não desgrudando dos de Harry, era impressão ou ele também estava fazendo uma contagem?

- Agora. - Sem nem ao menos perceberem, seus lábios se mexeram, mesmo sem nenhum som ao menos escapar, mas era exatamente o sinal que o oponente estava esperando.



Lilá, Parvati, Simas e Ron acompanharam as mãos dos colegas mergulharem para debaixo da mesa. As duas garotas já encaravam tudo com um ar divertido, enquanto os novos espectadores olhavam, assim como elas alguns minutos atrás, petrificados.


O que diabos estava acontecendo ali?



- Ah-Rá! – Exclamou Hermione assim que sua mão, novamente se fechou sobre o pergaminho agora amassado. – Faça melhor do que isso, Potter. – Desafiou, cantarolando.



Ela era boa demais para perder!

Primeiro passo para a mulher da nova geração dado: vencer os homens...mesmo que em brincadeiras infantis.


- Eu não queria fazer isso, mas já que não me dá outra escolha...



O ar vitorioso de Hermione foi bruscamente substituído por uma sombra de medo.


Droga! Por que ela sempre tinha que piorar as coisas? Por que ela não gostava do tom dele? Por que algo a dizia que aquilo certamente, não ia dar certo? Por que? Por que? Por que?



- Oh, não...por favor, Harry... – pediu sua voz não passando de um gemido.


Riscar o "nunca pedir clemência" e adicionar "só quando necessário".



- Cadê seu senso de aventura?




"Perdi enquanto tava jogando minhas calcinhas da sorte fora por que minha mãe disse que eram besteira", quis responder, mas deixou somente como mais um dos pensamentos bobos que passam pela cabeça de Hermione Granger quando não devem.



- Nunca tive. – Respondeu.

- Que pena. – Falou harry mas em seu rosto não tinham nenhum vestígio de tal.
- Harry...por favor... a gente pode continuar isso depois?

- Só por que eu gosto muito de você. – Ele disse sorrindo e retirando suas mãos debaixo da mesa dela.


Se ele não tivesse se recusado a perder a expressão de choque no rosto dela, teria prestado um pouco mais de atenção em um pequeno "Aww" que surgira de um grupo de garotas que estavam algumas cadeiras ao leste.



Hermione pensou por um segundo como era receber um balanço, bem, pelo menos, ela sabia exatamente que sua cara tinha ficado exatamente igual a de quem recebe um assim que Harry tinha, simplesmente, desistido.


Podia até imaginar, como deveria estar. Primeiro, os olhos arregalados em choque, a boca aberta formando um O, depois a rápida olhada para os lados de "onde estou?" seguido pela perda total de qualquer expressão que possa dizer como se sente ou se até mesmo, está vivo.
Bem, pelo menos, fora assim que Ron ficara no último jogo de Quadribol.


- Jura? – Perguntou um pouco confusa.


Harry balançou com a cabeça para cima e para baixo, um sorriso no rosto,lembrando-a vagamente de um criança que recebera um presente e ficara radiante com ele, respondendo imediatamente que sim, quando perguntassem se tinha ou não gostado.


- Bem, que bom. Eu estou realmente muito orgulhosa de você Harry. Ainda bem que você desistiu por que eu não ia, em hipótese... – Hermione parou de falar, Harry colocando a mão na frente do rosto dela para pará-la.

- Quem disse que eu desisti? Eu só mudei de tática.


"Shit ! Shit! Shit!"


A partir de agora, palavrão em outras línguas que não sejam a minha, são aceitos.


- O que você vai...?

Hermione nunca chegou a terminar a sua frase, por que quando menos esperava, Harry a surpreendeu, pela segunda vez no dia e sabe lá quantas na semana.

Ao invés de tentar pegar o papel, ele tinha feito como falara, mudara de tática, suas mãos correndo para os lados do corpo dela.


- Deus...isso é tortura... – gemeu sem se preocupar com o volume de sua voz e mordendo o lábio inferior e fechando os olhos enquanto Harry corria seus dedos pela barriga dela e seus lados, fazendo cócegas.


Retirando as mãos debaixo de sua mesa ainda segurando o pedaço de papel, ela tentou se proteger das mãos travessas de Harry e ao mesmo tempo, controlando-se para não cair na gargalhada e chamar a atenção dos outros. Se tivesse deixados os olhos abertos, veria que todos os alunos, Grifinórios e Sonserinos, tinham parado seu afazeres e olhavam-nos em choque e alguns até divertindo-se com a cena.



Hermione conseguia sentir seu rosto queimando mais e mais devido a força que estava fazendo, não conseguia juntar as letras para formar uma palavras quanto mais uma frase.

Harry descobrira seu ponto fraco.

Este, tentava esconder a felicidade em ver a amiga agora reduzida a nada mais que uma garota que não conseguia se controlar sobre o efeito das cócegas em seu corpo, ele estava certamente satisfeito consigo.

Tinha conseguido o que nenhum outro garoto tinha, tirar Hermione Granger, a sabe tudo, de si e sem precisar usar nem frases grosseiras (não que ele fosse algum dia o fazer) ou se tornar um Ronald Weasley.

Harry a observava de perto, seus olhos não desviando dela por um momento sequer. Ele nunca a tinha visto daquela maneira. Tão acuada,sem ter pra onde correr, sem ter a resposta, ou solução para uma coisa.


Ele era um gênio!



- Haaaarryy...- ela estranhou quando ouviu sua voz, estava rouca e fraca, é, sem sombra de dúvida, era o esforço – por favor...é mais do que uma garota pode agüentar... por favor...não...para...- será que seu rosto já tinha atingido a cor dos cabelos dos Weasley?



Harry não se conteu e soltou uma gargalhada,talvez, uma das mais verdadeiras que ela já o tinha ouvido soltar.



- Não para? – Ele repetiu aumentando a carga de cócegas.

- Não! Pára! – Pediu Hermione.

- Agora que eu to chegando onde eu quero? – Ele perguntou.

- Eu também to chegando lá.

"Se você continuar, você vai chegar de onde você nunca deveria ter saído, debaixo de mim", pensou, lembrando-se do dia anterior. Era muito melhor quando ela podia ditar a regra dos jogos.

- Ela está chegando lá? – Perguntou Simas para Dino.

- Lá aonde? – Perguntou Crabbe que se juntara assim como alguns outros Sonserinos ( "O dia em que Granger perdeu a postura e se entregou a seu sangue e seus hormônios? Você acha que eu vou perder isso, Draco?", disse Pansy) perto do grupo de Grifinórios para ver o casal.
Simas e Dino rolaram os olhos.


- Se você não sabe , não somos nós que vamos contar. – Garantiram.

- Deus! Ela está gostando! – Sussurrou a garota ao lado de Simas cobrindo a mão com a boca assim que viu quase sorriso surgindo no rosto da grifinória.

- Querida, Harry Potter é que está... você sabe o que... ao lado dela... Duh! É claro que ela está gostando! – disse a amiga, todos caindo em silencio, assistindo-os.





- Harry...por favor...

- É só você dizer, Hermione. – Ele disse.

- Dizer o que? – Perguntou. Ela respirou fundo. – Você é o melhor apanhador do mundo?




Harry parou um minuto para pensar, não era exatamente o que ele estava pensando, mas bem, é, ele gostava de elogios algumas vezes.


- E...?

- O melhor amigo que uma garota pode ter...

- E...?

- Deus! Quer que eu diga o que mais? Você é legal, amigo, compreensivo – algumas vezes – eu amo os seus olhos, e bem bonito também..eu não sei o que dizer mais! Você é uma boa transa? – Ela cobriu a boca notando o que acabara de dizer, perdendo inesperadamente o equilíbrio assim que pulara em sua cadeira, assustada consigo mesma.


Harry tinha parado com as cócegas assim que ela tinha começado com a última sentença, prestando atenção em Hermione, não acreditando no que ela estava dizendo.

Assim que Harry a viu perder o equilíbrio,no entanto, estendeu o braço para segurá-la.

- Acho que pode parar agora. – Harry falou puxando-a de volta para seu lugar. Sua voz era indecifrável.

Talvez, pensou Hermione, chocado demais pra dizer qualquer outra coisa.



- Obrigada. – Disse assim que sentou-se na cadeira, sem nenhum perigo aparente de que fosse cair, incapaz de olhar nos olhos de Harry.

- Ele é? – Perguntou Parvati antes que pudesse pensar no que estava fazendo.


Silêncio.


Nota da Autora: Novamente,desculpa pela demora e obrigada pelos comentários!

Deixem uma escritora de fic feliz e comentem, ok? *eu sei, tosco, mas fazer o quê?*
Ah! Tem um recadinho, é só ir ali na barra de rolagem da caixinha de capítulos e ir em "Nota da Autora".

Em breve, a parte dois desse capítulo! :P

Jinhos - Dri