Um Novo Começo



Capitulo 25: Um Novo Começo


Casada há quase um ano com Harry Potter, a deixa cada dia mais feliz, por acordar todos os dias ao lado de quem a ama. Trabalhavam como aurores, mas, Harry não ficava muito feliz com essa idéia. Mas o que poderia fazer?
Era sua terceira missão. Prender quatro comensais mulheres de uma vez só. Não seria uma tarefa muito difícil nem muito fácil. Mas o que poderia demorar horas ou talvez meses até conseguir ganhar a confiança delas, o que seria difícil se tratando de Susan Green.
-Como vai Susan?! – perguntou Karen no bar mais freqüentado da cidade, o Caldeirão Furado. Onde Susan e mais três amigas conversavam animadamente.
Susan se virou e ainda risonha teve um ataque de riso, que fez Karen revirar os olhos.
-Olha só quem renasceu das cinzas pessoal. Karen Mitzel! Sinceramente você ainda continua a CDF nojenta de sempre. – disse Susan olhando-a dos pés a cabeça.
Era mentira, por mais que relutasse em dizer a si mesma. Karen era e ainda é muito mais bonita que ela. Além de ter cursado durante dois anos, um curso de metamorfaga, conseguindo trocar a cor dos olhos, difícil e complicado, mas conseguira.
Lançou um olhar peçonhento a ela, mudando a cor deles de pretos para verdes.
-Parece que não mudou nada... Susan. – disse Karen pedindo uma cerveja amanteigada.
Susan olhou para as amigas muito séria, fazendo Karen sorrir antes de beber um gole da sua cerveja. Já se conheciam desde primeiro ano na escola do Brasil. Assim como na escola, Susan era do tipo “patricinha”. Cabelos loiros, olhos azuis, alta e muito magra, sempre sentia ciúmes de Karen por namorar sempre garotos bonitos, o que não era o seu caso. Afinal, nenhum garoto daquela escola achava uma garota atraente, sendo uma garota mimada. Suas amigas, Christian, Stacy e Mary eram suas fieis escoteiras, Susan adorava ter amigas para tratá-las como cachorrinhos. Na verdade Christian, Stacy e Mary eram garotas super legais o único problema delas era porque saíam com Susan, a pior inimiga de Karen.
Christian, a garota de cabelos longos negros e olhos extremamente verdes, forçou um sorriso para Karen. Sempre achou que Christian estava no “grupinho” de Susan, porque nunca teve amiga alguma. Como dizia na sua ficha era a única que não queria ser uma comensal.
-Nenhuma novidade, garotas?! Riam de que?!
Susan olhou para as três, depois para Karen.
-Andem, me digam. Devem ter alguma coisa para me dizer de muito importante. - disse Karen bebendo mais um gole de cerveja amanteigada.
Mary a mais velha, a mais baixinha, gordinha e de olhos e cabelos castanhos, forçou olhar para Susan.
-Susan, deixa isso de lado. – desabafou ela de vez.
Stacy a loira de olhos azuis, meio verdes e cara de menina de treze anos olhou para Susan.
-Se não vai contar eu conto.
-Karen! Queremos que se junte a nós. Sabe como é. Estamos morando aqui há duas semanas e...
-Precisam de uma guia turística. – Karen riu.
-Descobrimos que é casada. – disse Christian sorridente. - Então achamos que...
-Harry Potter! E não irei medir esforços de roubar ele pra mim. – interrompeu Susan sorrindo.
Uma fúria passou por todas as partes do seu corpo. Pensou em pular para cima de Susan, mas tinha que se controlar.
-Era isso?! Carlos te deu um fora?! Ou talvez ele percebeu que garotas como você, não são para namorar sério?!
As três olharam para Susan espantadas.
-Disse que terminou com ele. – falou Christian surpresa.
Susan não deu atenção, achava mais interessante continuar encarando Karen, que jogava fogo pelas ventas.
-Desculpe-me! Mas perdeu seu tempo, por que... Ele... Você não irá pegar.
-É o que veremos... Queridinha. – disse ela tomando um gole do seu suco de frutas, depois de estralar os dedos para Karen.
-Você não presta mesmo. Sua biscate de quinta. Quando vai se tocar que eu sou mil vezes melhor do que você e que vai viver sozinha pra sempre?!
-ACHO QUE A BISCATE AQUI É VOCÊ, MITZEL! – gritou ela, levantando logo em seguida.
-MEU SOBRENOME NÃO É MAIS MITZEL HÁ MUITO TEMPO! – gritou Karen mais alto ainda.
-Cala a Boca, Karen! Você se acha um máximo, não é?! Sei que usa poção do amor e foi assim que conseguiu levar Harry Potter para o altar.
Novamente uma fúria subiu até seu cérebro, fazendo-a jogar todo o copo de cerveja amanteigada em cima do curto vestido rosa de Susan.
-Meu vestido! – disse furiosa. – Vai demorar horas para sair. Você continua a mesma barraqueira de...
-Barraqueira?! Deixa eu refrescar a sua memória. Foi você que começou tudo!
Rony, Harry e mais dois homens do ministério entraram no bar, apontando as varinhas para as quatro amigas.
-Vocês estão presas! – disse Harry.
As três puxaram as varinhas, menos Susan que encarou Harry com um leve sorriso nos lábios, sem deixar de dar uma olhada em sua cicatriz.
-Então esse é o seu marido, Karen?! Realmente muito bonito, eu sempre tenho bom gosto. Porque não me disse que ele também era auror?!
Karen fez menção de bater em Susan. Rony se meteu na frente dela. O ruivo alto e bonito, que Karen mantinha o carinho de irmão que nunca teve, por ter passado muitas vezes as férias na casa dos Weasley.
-Karen pára! Vai perder seu emprego por isso.
-Prefiro correr o risco. – disse ela tirando Rony de sua frente. – Está na hora de você pagar por tudo que você já me fez... Susan Green! – disse Karen.
Seus olhos de verdes passaram a ser vermelhos.
-Karen não! – disse Harry.
Uma bola de fogo surgiu na sua mão direita.
-Agora quem é a melhor aqui, queridinha?! – debochou Karen, cujos cabelos balançavam com o vento que surgira Deus sabe de onde.
Karen acenou com um ar de deboche. Depois disso ninguém viu mais nada, apenas que Karen havia atirado a bola de fogo em Susan que caiu desmaiada no chão.
Sem nenhum constrangimento Karen sorriu triunfante.
-Espero que isso lhe sirva de lição. – disse ela.
Virou-se para Christian, Mary e Stacy, que se encontravam chocadas, cujas varinhas já se encontravam caídas no chão.
-Leve elas logo. – disse para Rony.
-Vamos! – ordenou Rony com a varinha em punho.
Os outros dois se curvaram em Susan para examiná-la.
-Ela não está morta. – avisou séria. – Só desacordada. Deve estar fingindo para não ser levada.
Cada um segurou-a pelas pernas e braços, a carregando para fora do bar.
-Desculpem! Não a nada para ser visto aqui. – disse Harry a todos que olhavam espantados. – Perdoe o transtorno Tom.
O dono do bar olhou-o meio espantado, respondendo com um aceno da cabeça.
-Karen! É melhor a gente ir pra casa.


****


- Você ta a fim de perder o emprego?! Por que fez aquilo com a coitada da garota?! – perguntou Harry.
- Coitada da garota?! Harry! Ela tava cantando você! – respondeu Karen imediatamente. – Você não sabe o que ela fez pra mim no passado... E agora.
- O que você fez não vai ter perdão para o chefe da Sessão de Aurores. – disse sem dar atenção ao que ela disse.
Como era típico deles, ficavam horas conversando sobre o dia que tiveram no trabalho, durante o jantar. Sempre deixavam a comida esfriar de tanto reclamarem, principalmente do novo chefe da Sessão de Aurores, Aluisio Bexter. Naquela noite havia assunto de sobra para conversar, deixando o jantar um pouco de lado.
Karen ficou em silêncio alguns instantes.
-Ficou calada, por quê?! – perguntou.
-Não faço a menor idéia. – respondeu séria, bebendo um gole de água.
Harry a observou.
-Acho que não é você.
-Como assim?! - perguntou ela sem entender. – Acha que sou a Susan disfarçada de mim?! Pode ficar tranqüilo. Você não vai dormir com ela nessa noite. – disse azeda.
-Sabe que não quis dizer isso. – disse depressa.
Ela parou de comer e olhou-o.
-Faça uma pergunta. – pediu ela.
-O que?!
-Você me ouviu. Anda logo.
Ele sorriu, escorando os dois cotovelos na mesa e num leve suspiro desabafou:
-O que fizemos ontem à noite?! – perguntou malicioso.
Karen revirou os olhos.
-Você é tarado e maluco! – disse voltando a comer.
Harry riu.
-Sabia que era você.
-É claro que sou eu. Mesmo que ela tivesse com a minha aparência, ela não conseguiria jogar aquele feitiço.
-Você tem tanta raiva dela assim?! Por que... Pra jogar aquele feitiço nela...
-Muita! Ainda mais quando se trata de você.
-Você é muito má. – disse Harry sorrindo. - Mais fica super sexy com raiva, ainda mais jogando um feitiço.
Sorrindo Karen lançou-lhe um olhar sedutor, transformando seus olhos pretos em vermelhos.


****


- O problema da sua mulher é o seguinte, Potter! – disse Aluisio furioso. – É que ela não sabe controlar os poderes dela. Ela é uma ótima auror, mas quase pôs tudo a perder. As outras três estão em Azkaban, enquanto a outra, Susan Green, continua no hospital, graças a nossa maravilhosa auror. – disse ele observando Karen sentada em silêncio. - Está vendo isso Karen?! – perguntou ele atirando em cima da mesa um exemplar do Profeta Diário. Onde a notícia de primeira página era Funcionária do Ministério ataca Comensal desarmada. – Está vendo isso?! Primeira página! Além de ser famosa por ser herdeira de Corvinal consegue aparecer no jornal por mais um motivo. Tem alguma idéia do que fez?!
- Só fiz o que achava certo! – respondeu Karen repentinamente. - Além do mais, se deixarem a Srta. Popularidade no hospital ainda, ela irá fugir. É o que estou avisando. Não joguei um feitiço tão forte assim.
- Pense só por um momento, Karen! Se continuar com esse gênio vai perder o emprego. O que ela fez ou deixou de fazer no passado, não é pior do que o seu emprego. Você é uma auror treinada para não levar desaforo pra casa, mas não quer dizer que tem que azarar qualquer comensal.
- Ela não é qualquer uma. Ela é a pior garota que já conheci. Queriam que eu não fizesse isso, por que não mandaram outra pessoa então?!
- Por que você era a melhor que tínhamos... Disponível. – respondeu Harry por ele.
Karen olhou intrigada. Antes que conseguisse falar alguma coisa a porta se abriu revelando um Ministro da Magia furioso.
-Ministro! Eu... - tentou falar Aluisio, sendo interrompido pela mão de Fudge.
-O que pensa que fez, Sra.?!
Karen olhou para Harry.
-Fiz o que deveria ter feito há muito tempo. Calar a boca daquela garota.
Fudge não respondeu apenas se virou para Aluisio.
-Quero que tome providencias urgentes, Sr. Bexter.
-Sim, Sr.! Tomarei! – disse Aluisio nervoso.
-Sr. Fudge! Qual é o problema?! Fiz o que qualquer um faria. Sou uma auror ou não?! Acho que está escrito em algum lugar que aurores podem atacar comensais, por estarem fora da lei. Se quiser me demitir, é só me mandar embora, mas não precisa fazer tempestade em copo d’ água só porque ataquei um comensal. – disse séria.
- Acho melhor ensinar a sua mulher a dobrar a língua, Sr. Potter! Sr. Bexter não precisa tomar providências por que ela já está despedida. Passem bem!
Fudge bateu a porta ao passar, depois de olhar para cada um dos presentes. Aluisio fez menção de falar algo para Karen.
-Já ouvi Sr. Bexter.
Ele olhou nervoso para Harry e saiu da sala, fechando a porta ao sair. Karen que continuava sentada ficou de costas para Harry.
-Eu sinto muito! Fizemos tudo que era possível. – disse sério.
-Ele não gosta de mim. Foi por isso que me despediu. Ou você já viu um auror não perder a cabeça?!
Harry virou a cadeira giratória para poder encará-la, mas Karen virou o rosto.
-Olha pra mim.
Karen o encarou.
-Não fique triste por isso. A gente...
-Ela sempre conseguiu tudo. Perdi meu emprego graças a essa patricinha medida a besta. – disse com raiva.
-Rony convidou a gente para um jantar. Não quero que fique pensando nisso, ta legal?!
-Como não vou pensar Harry?! – perguntou indignada, levantando da cadeira imediatamente. – Preciso... Pensar em alguma coisa que possa me ajudar. Tem alguma coisa acontecendo de errado.
-Tudo... Você quer dizer.
-Tem razão. Mas não vou perder meu emprego tão barato assim.
A porta se abriu revelando a cabeça de Rony.
-Harry! Pode vir aqui um instante?! Como vai, Karen?!
Karen balançou a cabeça.
-Aconteceu alguma coisa?! – perguntou Harry.
-Susan Green fugiu do hospital. Precisamos de reforços para fazer algumas buscas. Não quer vir com a gente, Karen?!
Karen não respondeu.
-Vamos logo, Rony! – disse Harry. Foi até Karen que ainda encontrava tristonha, dando lhe um beijo. – Você vai ficar bem?! – murmurou ele.
Em resposta balançou a cabeça forçando um sorriso.
Harry lhe deu outro beijo, saindo atrás de Rony.
-Até mais, Karen! – disse Rony.
-Até mais! – disse Karen fracamente.

#FLASHBACK#


-Isso pode trazer problemas Dumbledore. Se Karen Mitzel continuar nessa escola, colocará em risco os outros alunos. Você-Sabe-Quem deve estar lá fora atrás dessa garota, Dumbledore. Se ela continuasse no Brasil, não traria problemas para a nossa comunidade bruxa.
-Ela é a única pessoa que pode ajudar o Harry a acabar com tudo isso! Nada vai acontecer se estiver aqui em Hogwarts, seria muito pior se estivesse em casa. Está segura aqui!
-Essa garota é anormal, a única pessoa que pode ajudar Você–Sabe-Quem isso sim. É o que eu digo Dumbledore! Uma garota que tem poderes, não é uma pessoa normal. O fim dela pode ser igual ao da mãe, deixe-a ir embora, Dumbledore.
Harry olhou para Karen, estava pasma.
-Você está bem? – murmurou ele.
Ela apenas balançou a cabeça e bateu na porta.


#FIM DO FLASHBACK#

Observando profundamente a parede oposta, a porta se abriu de novo.
-Karen! – chamou Pâmela.
Pâmela continuava a mesma garota engraçada, inteligente, bonita e a sua melhor confidente. Não mudara nada, exceto ter crescido e ficado muito bonita. Sua apaixonite por Malfoy havia acaba há muito tempo, desde baile de formatura do 6º ano. Depois Malfoy virou um comensal e não terminou o 7º ano.
-Harry me disse que estaria aqui. – disse ela séria.
Karen levantou e abraçou fortemente a amiga.
-Fui despedida.
-Acho que quase todos já sabem. – disse Pâmela quando se desvencilhou dela. - Ele está muito enganado em despedir você.
-Sabe Pâmela. Não queria falar mais sobre isso. É melhor a gente ir para a minha casa, não tem mais nada pra fazer nesse lugar.
As duas desaparataram na enorme sala de Karen, cheias de fotografias bruxas dos dois, tanto dos tempos de escola, namoro, noivado, do casamento e depois de casados. Harry não era acostumado com tantas fotos, porque na Casa do Dursley era como se não existisse. Flores por todos os cantos, uma decoração que Karen fez com tanto carinho que daria inveja a um decorador profissional.
-Queria ver a cara dessa tal de Susan Green. Desculpe!
Karen começou a gargalhar repentinamente.
-Foi muito engraçado. Devia ter filmado a cena. – disse risonha.
-Me conta tudo! – pediu Pâmela, sentando-se para ouvir a história completa.


****


Harry chegou mais cedo do que imaginavam, interrompendo a conversa das duas.
-Pâmela! Pelo visto, colocando a fofoca em dia vocês duas. – disse ele jogando as chaves em cima da mesa de centro para beijar a esposa. – Do que estavam falando?!
-Nada de mais. Além disso, isso é conversa de mulheres e não de homens. – disse Karen.
-Me desculpe!- disse Harry risonho.
-É melhor ir. Está um pouco tarde e não é hora de uma garota solteira estar na rua.
Karen olhou surpresa.
-Não vai ir no jantar na casa do Rony e da Hermione?! – perguntou Karen.
-Não estou nenhum pouco a fim. Um pouco cansada do trabalho e como é meu único dia de folga na semana, prefiro ficar em casa.
-Não é a Pâmela que conheço.
Pâmela sorriu abraçando a amiga.
-Tem certeza que ficará bem?!
-Melhor impossível. Ainda mais com tanto apoio de... Você-sabe-quem. – murmurou ela.
-Será que esse... Sou eu?! – perguntou Harry, que observava as duas.
-Voldemort, que não ia ser.
-A gente se vê outro dia. Até mais Harry!- disse Pâmela.
Harry sorriu. Pâmela retribuindo o sorriso aparatou logo em seguida.
-Pâmela ajudou você a esquecer esse dia horrível que teve?! – perguntou Harry preocupado, abraçando-a pelas costas.
-Ajudou e muito. Sempre que converso com ela me lembra da Theury. Queria saber como estão... O papai... A vovó. Sabe Pâmela, Theury e eu, nós éramos muito unidas no 6º ano e depois que Theury saiu da escola mudou tudo de vez.
-Eles devem estar bem.
Karen sorriu ao sentir o calor dos beijos dele na sua nuca.
-Quem sabe a gente... - murmurava ele entre um beijo e outro. – não sobe lá para o quarto?!
-E o nosso compromisso de hoje à noite?!
-Você tem um compromisso comigo lá em cima.
-Nem pensar. – disse ela desvencilhando dele. – Não vamos fazer isso com os nossos amigos.
-Você adora estragar o meu clima. – disse Harry fingindo estar zangado. – É melhor tomar um banho.
Karen balançou a cabeça, com um leve sorriso.


****


Passado os vinte minutinhos que Karen sempre dizia que demorava a se arrumar. Lá descia ela elegante charmosa e sensual, em um vestido branco rodado. Seus cabelos estavam soltos e cacheados.
-Ta me provocando, não é?! – perguntou Harry que não conseguia tirar os olhos dela.
Karen sorriu.
-Não! Não estou. Mas se você acha que estou... Eu estou.
Harry sorriu e bagunçou os cabelos, demonstrando cansaço.
-Você também está lindo... Como sempre. – disse Karen sorrindo, ao pé da escada.
E claro que estava, vestia uma camisa branca, um paletó e uma calça social. A camisa com os três primeiros botões abertos, deixando-o muito sedutor. Os cabelos bagunçados e muito bem arrepiados o deixavam cada vez mais lindo. Em silêncio para não desconcentra-lo de seus pensamentos, Karen foi até ele o enlaçou na cintura, encostando seus lábios nos dele.
-Problemas?! – murmurou ela.
-Nada que não possa ser resolvido com um beijo. É sério, só estava pensando na vida mesmo. – acrescentou ao olhar intrigante de Karen.
-Você nunca foi de pensar na vida. Conheço muito bem você, Harry.
-É sério. – disse calmo.
Karen sorriu e selou seus lábios novamente nos dele.
-É melhor não deixarmos os dois esperando. – disse ele previamente.
Harry envolveu seu braço esquerdo sobre os ombros dela e aparatou. Foi assim que chegaram à porta da casa de Rony e Hermione, que não era muito longe dali. Rony abriu a porta.
-Vocês demoraram, não?! – perguntou Rony sorridente.
-Rony! – exclamou Hermione, revelando seu rosto ao lado de Rony. – Sabia que não iriam nos decepcionar. Tudo bem?!
-Tudo ótimo. – disse Karen.
- Entrem! Sabem que já estão em casa. – disse Rony.
Karen foi a primeira a entrar e sentar no elegante sofá de Hermione. Harry se sentou ao seu lado bem à vontade, já envolvendo novamente seu braço sobre os ombros dela.
-Karen venha aqui na cozinha comigo. – disse Hermione sorrindo.
Rony se sentou na poltrona em frente à Harry, preocupado.
-Acabaram de despachar uma coruja urgente para o pai da Karen. As garotas confessaram o plano, estavam sendo chefiadas pelo tio dela. Ele ta vivo. E com certeza a Susan foi correndo contar pra ele, que Karen está mais poderosa que nunca. – murmurou ele preocupado.
-E onde entra o Sr. Mitzel?!
Ele olhou para porta de acesso a cozinha para se certificar que as duas não escutavam.
-Elas confessaram que o principal plano dele é... Seqüestrar o pai dela. Assim ela não teria escolha e qualquer chantagem pode dar a ele o livro de mão beijada ou talvez mata-lo para que Karen não descubra coisas, que ninguém mais sabe. – sussurrava ele tão baixo que Harry tinha que fazer leitura labial. Certificando-se a cada minuto se Hermione e Karen ouviriam a conversa.
-Eu não acredito! – exclamou Harry preocupado. - Karen vai ficar preocupadíssima quando souber disso e mais furiosa ainda quando descobrir que escondemos isso dela. Ela tem um instinto para descobrir problemas. Antes mesmo já estava preocupada com a irmã, com o pai... Com a avó, além de perceber que eu também sei de vários problemas que vão cair na cabeça dela. Não sei o que vou fazer.
-Talvez contar seria a coisa certa. Antes que ela descubra que você já sabe. Mesmo que vocês discutam ou...
-Isso deve ser a coisa certa. Mas... Estamos tão bem. Não quero discutir com ela sobre essas coisas.
-Posso saber sobre o que?! – perguntou Karen dando um susto nos dois. – É sobre mim que falavam?!
-Harry estava... Estava... – disse nervoso.
-Falando sobre... - ainda mais nervoso.
-Como você está super bem nesses feitiços sem varinha. – terminou Rony forçando um sorriso.
Ela olhou desconfiada para os dois. Durante o jantar todo, nem Harry, muito menos Rony tocaram no assunto de trabalho.
-Como está a sua família, Rony?! Você não falou mais sobre ela. – disse Karen repentinamente.
-Estão ótimos. Gina vai terminar Hogwarts e vai trabalhar em Gringotes. Papai e Mamãe estão bem. Papai foi promovido para auror, quis dar um tempo com os artefatos dos trouxas, e talvez, Gui e Fleur vão morar na França, mas não há nada certo.
-A Sra. Weasley acha uma péssima idéia, mas são eles que precisam tomar essa decisão, sozinhos. – disse Hermione sorrindo, Karen sorrindo também. - E a sua família, Karen?!
Rony e Harry se entreolharam, voltando sua atenção para o prato.
-Acho que ótimos. Não tenho falado mais com eles. Da última vez que tive notícias, Theury disse que viria me visitar um dia desses, precisava urgentemente falar com o noivo dela. O problema era que o trabalho não a deixava vir. Mas nenhuma novidade.
Harry, que continuava comendo tranqüilamente, olhou para Karen que também saboreava o jantar em silêncio como todos na mesa.
-O jantar está ótimo, Hermione. Principalmente esses bolinhos de carne.
-Agradeça a Karen foi ela que preparou.
-Sabia que conhecia esses bolinhos. – disse ele.
-Engraçadinho.
Todos riram.


****


-Espero não demorarem em nos visitar de novo. - disse Hermione.
-Da próxima vez, vocês que irão jantar lá em casa. Já fica o convite. – disse Harry sorrindo.
-Bom, se não se importam, vamos aparatar aqui mesmo. Obrigado pelo jantar. – disse Karen amigável.
-Que é isso?! Eu que agradeço por fazer os bolinhos de carne. – As duas riram.
-Até mais, Hermione e até amanhã, Rony! – disse Harry.
No momento em que Rony e Hermione levantaram a mão para acenar os dois aparatar de volta pra casa.
– Acho que amanhã vai ser um horror. – disse Karen se atirando no sofá.
-E eu então, estou exausto! Passamos o dia inteiro em busca daquela comensal metida a besta. – disse ele fazendo o mesmo que Karen.
Karen sentou no colo de Harry dando lhe um beijo envolvente.
-Está muito exausto pra mim? – murmurou ela no ouvido dele.
-Bom... No seu caso posso abrir uma exceção. – disse ele se envolvendo em mais um beijo dado por ela.
Automaticamente suas mãos passaram para dentro da camisa de Harry, que foi retirada com violência. Karen foi sendo deitada no sofá lentamente e minutos mais tarde, Harry havia desaparatado no quarto deles.
-Muito criativa essa idéia! – disse ela, sendo beijada por todo o pescoço.
-Que idéia?
-De aparatar direto aqui. – respondeu interrompida por mais um beijo ardente.
Harry não hesitou em tirar lentamente o vestido de Karen dando beijos em sua nuca, que a deixava arrepiada.


****


Logo pela manhã, Harry abriu os olhos lentamente. Esticou o braço para ver se Karen ainda dormia, mas como sempre, já acordara, deixando-o sozinho na cama. Sorriu ao lembrar da noite passada e levantou para ir ao banheiro tomar um banho e dar um beijo de bom dia nela.
Harry desceu enrolado em um roupão, todo molhado. Karen preparava o café da manhã na cozinha. Com a mesa já posta, apenas preparava um pão com geléia. Absolta em pensamentos, não viu o marido chegar por trás dela abraçando-a.
-Bom dia, fujona! – sussurrou ele, dando lhe um susto.
Karen se virou dando lhe um beijo.
-Bom dia, bonitão! – disse sedutora, se desvencilhando dele, indo até a pia.
Harry sorriu, pegando uma maçã na cesta de fruta, dando uma mordida, depois de se recostar na mesa para observar a paisagem a sua frente. Karen ainda não havia percebido que Harry a observava, porque estava de costas. Ao se virar deparou com um Harry extremamente charmoso, de roupão, cabelos molhados e olhos intensamente sedutores olhando pra ela, enquanto mordia uma maçã.
-Por que ta tão calado? – perguntou ela por fim.
-Tava olhando você.
-Você me vê todos os dias. Vai fica parado aí pra sempre é?
-Se precisar. – disse ele sério, ainda olhando-a. – Quer casar comigo?
-Já somos casados, seu bobo.
-É que não canso de perguntar isso pra você.
Karen não disse nada, ficou séria olhando nos olhos dele. Não cansava de fazer isso, ainda mais quando sentia que Harry estava preocupado com alguma coisa. Aflito, Harry desviou o olhar, sabia que Karen queria retirar alguma coisa de sua mente.
-O que está acontecendo, Harry? Fala pra mim. Sou sua esposa ou não? – perguntou calmamente.
Ele a fitou, expressando preocupação. Desviando novamente o olhar.
-Nada! – respondeu se voltando a mesa do café que estava linda e repleta de guloseimas.
-Então não vai me contar? – perguntou indignada.
Harry não respondeu, continuou servindo o café na xícara.
-Harry Potter! Se não me contar agora o que houve, vai adorar dormir apertado no sofá da sala.
-Karen! – exclamou indignado.
-Foi o que ouviu. – disse zangada.
-Tudo bem! Karen!...Seu pai... Ele está...
-O que tem ele? – perguntou ficando preocupada.
-Seu tio... Ele quer seqüestrá-lo pra ter o livro pra ele.
-O que? – perguntou sem entender. – Patife, sem vergonha. Desde quando sabe disso?
-Fiquei sabendo ontem.
-Então é por isso, que não queriam que eu ouvisse a conversa de vocês dois ontem à noite?
-Era. – respondeu cauteloso.
A calma com que Harry contava os fatos para Karen, a deixavam mais nervosa e furiosa ainda.
-Como pode me contar isso com tanta calma?! Meu pai está correndo perigo.
-Seu pai está muito bem, Karen! Não podemos fazer nada.
-Está sendo egoísta!
-Eu egoísta?! Ele mora do outro lado do Oceano Atlântico, você não é mais auror e sua irmã é. Enquanto ela cuida do seu pai, eu cuido de você, entendeu?!
-Como pode dizer isso. Estamos separados pelo Oceano Atlântico por que eu não tive opção.
-Por falta de opção?
-Claro! Você mora aqui. Porque iríamos morar lá se você não sabe falar português?!
-Está me chamando de ignorante?
-Não! Só alguém que não sabe outra língua. Além do mais, se meu pai corre perigo, eu também corro e isso que está fazendo é um ato muito egoísta. É claro que o meu pai nunca gostou de você. Mas não quer dizer que você não goste dele.
-E quem disse que eu gosto dele?! Quer saber Karen, que se dane ta legal?! Eu não queria contar pra você, por causa disso, tudo pra você é motivo de discussão.
-Harry eu...
-Vou trabalhar! Não me espere para o almoço, muito menos para o jantar.
-Aonde você vai?
-Trabalhar!
Dizendo isso subiu correndo a escada para trocar de roupa, não demorou muito e já descia todo amassado.
-Você não vai tomar café?
-Não!
-Harry! Você precisa me escutar.
-ESCUTAR O QUE? VOCÊ GRITANDO NO MEU OUVIDO? – gritou ele batendo a porta ao passar.
-NÃO ME DEIXE FALANDO SOZINHA HARRY POTTER! – gritou ela, mas já era tarde. -Droga! – bufou ela.


****


Já era tarde da noite quando Harry colocou os pés dentro de casa, parecia tudo tranqüilo. Cansado ele se atirou em cima do sofá, contemplando o teto. As melhores lembranças que tivera com Karen apareceram em sua mente.

#FLASHBACK#


-Harry será que você pode se virar um pouco pra que eu possa me vestir? –perguntou Karen.
-Claro! –Harry se virou para colocar a pilha de meias, que a Sra. Weasley havia lavado pra ele.
Harry ajeitou as meias no malão e fechou ao se virar Karen não tinha se vestido ainda.
-Harry! – disse ela se cobrindo com o lençol.
-Desculpe. – disse ele sorrindo marotamente.
-Será que dá pra você saí do quarto agora, por favor? -disse com raiva.
- Por quê? A vista daqui é ótima - disse ele olhando para as pernas dela. Ainda sorrindo marotamente. Ela viu e cobriu mais elas.
-Harry seu pervertido! Sai logo daqui! – falando em alto e bom som e indo até a porta para abri-la.
Harry saiu, Karen bateu a porta a suas costas.
-Karen! Deixa-me entrar, eu preciso do pegar o meu malão.- disse Harry batendo na porta.
-Agora você vai ter que esperar! – disse ela.
Harry ficou esperando por alguns minutos, até que a porta se abriu.
-Entre Potter! -disse ela.
-Desde quando você usa o meu sobrenome? – disse olhando pra ela.
-Desde que você virou um pervertido, Potter! – Disse se virando para o malão.
-Ótimo! – disse incrédulo. - Agora virei um pervertido!
-Claro! Você não era um pervertido, quando eu te chamava de Harry, ou será que devo ti chamar de... -ela fez cara de pensativa - ah! TARADO!
-Desculpe, não foi...
-Eu sei... Eu acho... Que não foi a sua intenção. – Disse séria – Mas vou continuar a ti chamar de Potter, porque eu não quero ter intimidade com você.
-Certo! -disse zangado pegando seu malão.
-Porque você ficou bravo? – disse incrédula - Era para eu estar brava com você Potter, eram as minhas pernas...
-Não! Faça o que quiser com suas... -disse ainda com raiva.- ah!
Harry saiu do quarto batendo a porta. Ele desceu correndo as escadas ao chegar lá em baixo todos os esperavam. Karen que desceu logo atrás. Harry e Karen trocaram olhares furiosos.
-O que aconteceu lá em cima? – perguntou Rony olhando curioso para os dois.
-O Potter resolveu virar um... Tarado da noite pro dia! – disse Karen furiosa.
-Eu já pedi desculpas foi sem querer. – disse com mais raiva, mas soltando um sorriso ao se lembrar da cena.
Rony fez sinal para Harry chegar mais perto.
-O que você fez pra ela ficar assim? – disse sorrindo.
-Bom... Ela estava se vestindo e. Sem querer eu me virei ela... Então ela se cobriu com o lençol, mas... Eu vi as pernas dela e só elogiei. – disse feliz - E agora ela está assim.
-Você deixou o melhor para o final! – disse Rony sorrindo.


#FIM DO FLASHBACK#

Sorrindo ele se voltou para escala e achou tudo muito estranho. Cauteloso, subiu a escada, chegando até o seu quarto, Karen estava dormindo profundamente, era cedo para estar dormindo, mas com certeza era porque não queria esperá-lo. Pôs o seu pijama e descansou seus ossos na cama ao lado dela. Queria que ela estivesse acordada para pedir desculpas, mas não queria acordá-la. A respiração lenta e suas pálpebras cansadas fizeram Harry perder o sono, ficava linda dormindo. Trouxe-a para mais perto de si, sem acordá-la. Ela se virou para o lado oposto, ficando de costas pra ele.
-Se demorasse mais um pouco não dormiria nessa cama. – disse ela. – Onde você estava?
-Trabalhando como sempre.
Ela permaneceu calada.
-Desculpa amor?! – perguntou Harry timidamente. -Sou um idiota, eu admito.
-Já estava na hora.
-Tudo que importa pra você, importa pra mim também. Só acho chato da parte do seu pai não gostar de mim.
-Ele gosta de você, só acha errado esse casamento. Eu perdôo você, entendo o seu lado.
-Acha que esse idiota, merece um beijo?! – perguntou.
Ela se virou sorrindo, encostando seus lábios nos dele.
-Como foi seu dia? – perguntou Harry.
-Chato! Limpei a casa toda. – respondeu chateada. – e o seu?
-Chato também! Ainda não encontramos a Susan.
Karen sorriu fracamente.
-Acha que amanhã será melhor? – perguntou ela.
-Talvez! Tente achar algo que goste de fazer.
-Vou tentar. Vou tentar amanhã. – disse sonolenta, pegando num sono logo depois.
Harry sorriu.
-Também amo você. – sussurrou ele.



N/A: Oi! Td? Vlw gente por terem lido a fic até aqui. Espero que continuem lendo nessa parte nova q escrevi. Não sei se gostaram, mas eu gostei muito de escrever este capítulo. Tive a idéia, no dia em que passando na tv um filme d patricinhas[As patricinhas de Bevelly Hills, naum sei se escreve assim =P]. Além de eu odiar as chatas das minhas colegas patys... EU AS ODEIO!!!! O feitiço q a Karen jogo na Susan, deve servir para todas elas... É uma pena q eu ñ sou uma bruxa (naum d verdad, mas d alma sim!!!shuahsuaushasuahsau)
Peço desculpas para as gurias q sejam loiras. Eu sinto muito... É q achei mais original colocar essa nova personagem Susan Green, loira. Bom, sem mais delongas eu aviso que durante as férias pude dar uma boa apressada na fic (aproveitei q as idéias vieram surgindo na minha mente, para escrevê-lo durante as férias. Afinal, não tem nada pra fazer.) Tenham boas férias (para quem ainda está em férias) e bom começo de ano letivo (pra quem já começou a estudar. Aff!).
Agradeceria se comentassem este capitulo... Desde já... Agradeço. Fiquem ligados q logo postarei o próximo cap...

BJSSSS
COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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www.flogao.com.br/fenomenopotter
comentem tbm!!!!!!!!!!!!!!!!!

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