Encontro?



Capítulo 6- Encontro?

Música: Não resisto a nós dois – Wanessa Camargo.

Quarta, 09 de setembro de 1996


“Eu gosto de você
Eu penso em você
Eu só respiro você
Eu tento te esquecer
E te deixar pra lá
Mas não consigo
Não dá “
“.


Bom, diário. Me diz se eu tenho cara de solucionadora de problemas! Porque agora até quem eu menos imaginava veio me pedir conselhos. Como se eu não tivesse problemas para pensar. Sabe quem? A Gina. Não, você não leu errado.

-Hermione, estou desesperada! – Dizia nervosa, enquanto andava em ziguezague pelo quarto e roía suas unhas, ou o que sobrou delas. Não sei como descrever para ti, mas eu estava me divertindo com a cena.

-Quié criatura? Eu não tenho o dia inteiro, desembucha. Ainda tenho tarefa de poções, DCAT, transfiguração e olha como está lindo o dia hoje, e a gente aqui, enfurnadas dentro de um quarto. Fale.

-Oh, bem. – Ela se sentou um pouco sem graça - O Harry está estranho comigo, anda dando umas mancadas, anda um pouco distraído. Parece que está gostando de outra. Mione, você sabe de alguma coisa sobre isso?

-Eu? – Bem, eu não podia contar da minha conversa com ele, afinal, o que eu tinha a ver com os romances e paixões do garoto que sobreviveu e da cabeça de tocha ambulante? Nada. Pois é. – Eu não, Gina. Sabe, faz tempo que eu e o Harry não conversamos. Estamos um pouco distantes, eu diria. Eu estou com outras amizades. Do nosso grupo antigo, eu só falo com seu irmão e olha lá, só às vezes. Mas então, você já tentou falar com o Harry sobre isso, e como você está se sentindo?

-Uhum, já tentei e ele disse que não houve nada, que é coisa da minha cabeça, aí ele muda de assunto.

-Ah, Gina. É complicado. Eu acho assim: quando a gente ama, a gente releva certas coisas e também, será que não é coisa da sua cabeça mesmo? Relaxe e curta seu momento com ele. – Eu sorri.

-Obrigada Mione, muito obrigada – Ela me abraçou, sorriu e se retirou.

Sabe, diário. Essa conversa com a Gina me fez bem. Fez-me perceber que a Gina não é tão ruim como eu pintava ela e também, que eu não gosto mesmo do Harry. Fiquei feliz com isso, apesar de pensar que se eu gostasse dele, tudo seria mais fácil. Pelo menos ele me ama, e o Draco? Ai ai.

< “Sonhos perdidos
Que não saem do meu coração
Que vêm mesmo que eu diga não “
“.


Depois disso eu fui para o almoço. E com as novas normas do colégio, que você pode sentar com quem quiser, o salão principal é cheio de pequenas mesinhas. Igual Hogsmeade. Então, sentei com a Sammy e com a Luna.

A Luna, como sempre, ficou calada a maior parte do tempo e a Sammy comia enquanto tagarelava sobre um garoto da corvinal que ela conheceu, o novo batedor da casa, acho que o nome dele era Christopher. Christopher Palácios. Enfim, ela estava derretidíssima por ele, chegava a ser engraçado.

-Uh, meninas, o que vocês acham de eu chamar a Gina para almoçar um dia desses com a gente?

-Bufff – Luna engasgou com o suco de abóbora, enquanto Sammy caía na gargalhada.
-O que você bebeu? – Luna colocou a mão na minha testa. – Sammy, estou com medo. Ela não está com febre.

-Engraçadinhas! Deixe-me explicar.

E eu expliquei toda a conversa. Acho que elas não me levaram muito a sério, mas okay. Pelo menos elas concordaram.

-Mas deixo claro que nós somos as três inseparáveis, as três panteras, as três meninas super poderosas. Não tem espaço para uma quarta.

-Eu sei, eu sei. Não precisa ficar com ciúmes, Luninha. –Apertei suas bochechas. – Nós somos únicas, e exclusivamente um trio. Ela não vai entrar no grupo porque almoçou com a gente um diazinho. Poupe-me.
Caímos na gargalhada, eu e a Luna, mas a Sammy estava distraída. No mundo da Lua.

-Sammy? Samantha? –A cutuquei.

-Fala caramba, não tá vendo que eu estou pensando?

-Como ela é delicada né Mione? –Luna Sorriu.

-Pois é.

-Me desculpem meninas, é que eu estou aflita. Daqui a exatamente 10 minutos sai a lista do teatro.

-Ah, me esqueci desse detalhe. –Olhei discretamente para a mesa do Draco. – Seria um sonho. – murmurei.

Mas é só te ver
Pra enlouquecer
Faço tudo que você quer
Vou me arrepender depois
Mas eu não resisto a nós dois
Oh não


-O que? O que? O que? – Luna arregalou seus olhos e parou de ler o jornal.

-Uh, nada não. Esqueci de contar de ontem...

E eu contei, enquanto elas ficavam quietinhas, ouvindo atentamente.

-Realmente, eu odeio o Harry. – Sammy dizia, entre risos.

-Eu também concordo. – Malfoy chegou perto da minha mesa se intrometendo, como sempre. Bem, parabéns garotas. Todas conseguiram entrar para a peça.

-Uhuu! Mas com que papéis? –Eu disse, interessada.

-Luna será Roberta, colega da sala de Mia, que fará de tudo para que ela saia com o Miguel. Samantha será a mãe da Mia e o pai da Mia será um garoto, que eu esqueci o nome agora, acho que é Palácios.

-Palácios? Christopher Palácios? – Sammy estava quase tendo um treco. Enquanto eu, esperava ansiosamente para saber meu papel.

-Este mesmo. E você, Hermione conseguiu o papel principal e, falando nisso, a Mc Gonagall mandou nós passarmos na sala dela.

-Nós?

-Uhum, eu vou fazer o papel do Miguel.

“Você é mel e sal
Você é o bem e o mal
Você me deixa sem sono
Sem ter você pra mim
Eu fico meio assim
Feito um cãozinho sem dono
Sonhos perdidos
Que não saem do meu coração
Que vem mesmo que eu diga não”


-Ah, sim sim. – Eu arregalei os olhos, tentando esconder a minha felicidade. – Então vamos.

Me levantei e me encaminhei com o Draco para a sala da professora. Ele não pronunciou uma palavra no caminho.

-Bem, Senhor Malfoy e Senhorita Granger, sentem-se. Primeiro, queria parabenizá-los pelos papéis principais. Sei que vocês não irão me decepcionar. Aqui está o roteiro. – Ela entregou em nossas mãos uma sinopse e vários roteiros. – Quero que vocês distribuam para seus colegas esse roteiro e...- Eu a interrompi.

-Professora, como assim? : “Eles se aproximam e se beijam...”

-É o que você leu senhorita Granger. Terá 2 beijos na peça. Espero que você não se importe, se não eu posso trocar seu papel. Você decide.

-Sem problemas professora. – Eu e Draco nos entreolhamos.

-E outra coisa. Amanhã vocês terão uma autorização para ir para Hogsmeade para tirar as medidas com a costureira. Não durará nem uma hora. Posso lhes garantir, mas vocês poderão passar a tarde lá. É uma cortesia e um agradecimento da escola. Acredito que como lá está vazio, vocês podem se divertir.

-Okay, então a que horas iremos, senhora?

-Quero vocês as 11 aqui, na minha sala. Vocês almoçarão lá mesmo.

-Tudo bem então.

Eu saí e logo fui para o meu quarto, as meninas já estavam me esperando.

“Eu já me condenei
Por ser como eu sou
Mas já me perdoei
É por amor

Mas é só te ver
Pra enlouquecer
Faço tudo que você quer
Vou me arrepender depois
Mas eu não resisto a nós dois
Oh não”


- E aí, como foi? –Luna dizia, enquanto mexia no roteiro com a Sammy.

-Foi assim...

Contei tudo o que se passou na sala da McGonagall.

-Então quer dizer que você tem um encontro! –Sammy saltou da cama.

-Eu não diria um encontro. Eu diria um...

-Um o que?

-Não importa, precisamos pensar no que você vai vestir, usar, tudo. – Luna estava animada, mexendo nas minhas gavetas e me mostrando roupas, roupas e mais roupas.

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