Seriam sonhos ou pesadelos?



Capítulo 2 – Seriam sonhos ou pesadelos?
Música: So Cold- Mariah Carey

“Lord only knows
Apenas Deus sabe
Why I love you so
Por que eu te amo tanto
You're a heartless man
Você é um homem sem coração
I don't understand
Eu não entendo
Why you gotta be
Por que você tem de ser...
Why you need to be
Por que você precisa ser
So cold
Tão frio?”


Domingo, 06 de setembro de 1996


O dia amanhecia, a brisa quente e suave entrava pela estreita janela do banheiro. Um dia calorento, abafado e até um pouco desconfortável, eu diria.
Enquanto eu tomava a minha rotineira ducha matinal (que realmente necessito, não é frescura não, se não eu não consigo acompanhar um dia de estudos) Sammy estava simplesmente jogada em minha cama, dizendo que estava lá só pelo motivo de estar esperando a amiga. Mas eu sei que a verdade era que ela estava aproveitando o momento para fartar-se da minha caminha de casal, ela não me engana não!

Já a descrevi para você diário? Não, eu sei. EU sou desnaturada.

Bem, Samantha Sullivan é uma garota magnífica. Possui longos cabelos ruivos que suavemente enrolavam-se nas pontas. Olhos claros, belíssimos por sinal, Eu digo que são azuis, mas ela insiste que são verdes., E então não me pergunte. Sua pele é bem branquinha, levemente rosadas nas maçãs do seu rosto, e também tem um corpo escultural. Além disso, é a monitora da corvinal e tem notas quase tão altas como quanto as minhas. (Convencida, eu? Imagina!).

Então saí do meu banhinho enrolada na toalha, e quando entro no quarto, me deparo com aquela cena magnífica. Ver sua melhor amiga toda bela e folgada na sua cama não é realmente o que eu queria ver tão cedo. E também, que modos são aqueles? Ela estava de saia. Não podia ficar naquela posição.

-Eita, para que um banho tão demorado Mione? Está se arrumando para ver o Draquinho, não é? – Ria, enquanto me via procurando minha toalha de cabelo como uma louca.

-Da onde você tirou essa história, Samantha? E, a propósito, você viu a minha toalha de pôr no cabelo? –Eu respondi. Ver o Draco, faça-me o favor. Que ridículo. Acho que ela ainda estava dormindo. Só pode ser.

-Da última vez, eu a vi no armário do uniforme e, dona Hermione, a senhora sabe muito bem do que eu estou falando. Aquele sonho não pode ter sido em vão, aquilo é um sinal ou um sonho do seu mais profundo inconsciente, Mione. – Dizia, se levantando.

-Me deixe em paz Sammy, foi somente um sonho, um sonho e nada mais. Na verdade, eu diria que foi um pesadelo. – Continuei, enquanto Samantha não se mostrava uma amiga prestativa. Em vez disso, estava tendo um ataque de risos. Uma coisa comum. Que amiga eu arranjei, que amiga.


“So cold
Tão frio
How can you be
Como você pode ser
So cold?
Tão frio?
So cruel to me
Tão cruel comigo
Ice cold
Puro gelo
Don't even feel
Nem mesmo você sente
Your kiss is like fire
Seu beijo é como fogo
But deep down inside
Mas lá no fundo
You're so cold
Você é tão frio “


***


-Draco, querido, não se preocupe mais com esse assunto. Vem, curte um pouquinho da sua namorada.

-Você tem razão. – Disse o garoto sorrindo.

O garoto aproximou-se, entrelaçando Hermione em seus braços e enquanto sua língua explorava os lábios semi-abertos da castanha, ele sentia as unhas dela passando carinhosamente em suas costas. Uma sensação de prazer invadia os dois corpos e cada segundo que se passava, o beijo ficava mais ardente, até o momento em que ele estava debruçado sobre ela, que estava deitada num sofá.

Ficaram por um longo tempo abraçados e Draco beijando o pescoço de Hermione.

-Mi, sabia que eu te amo mais que tudo não é? – Olhou- a com aquele olhar profundo, que só ele sabia fazer.

-Sei, sei sim e também te amo muito. Sabe amor, eu sei que você não gosta do Dumbledore...-Lá vem ela com essas coisas, murmurava. – Mas se não fosse ele, você sabe, com aquele concurso bobo... Nós nunca teríamos dado nosso 1º beijo.

-Sim, isso eu devo concordar. Eu o agradeço por isso.

Ele se aproximou.

***



-Um sonho, Granger? Você mesma disse que foi muito real para ser somente isso. Sabe, às vezes eu não te entendo, amiga. – Retrucou a ruiva, mexendo suas madeixas enquanto íamos saindo de meu quarto.

“You play games with my mind
Você brinca com minha mente
Cheat and lie time after time
Trai e mente toda hora
And I know you'll never change
E eu sei que você nunca mudará
But I just can't break away
Mas eu não consigo te deixar
I don't know why I let you treat me
Não sei por que eu deixo você me tratar
The way you do
Da maneira como trata
You're just no good for me
Você não faz bem pra mim
I wish I never fell for you
Gostaria de nunca ter me apaixonado por você “


Cheguei à mesa da Grifinória, sentei-me entre a Sammy e o Ron.

Tomei meu café calmamente. Distraída, para dizer a verdade, olhando para as corujas que entravam pela janela.

Não deixei de notar que o Harry me olhava e que Gina ria com suas amigas, ao mesmo tempo que grudava seu braço no de Harry. Eles deviam ter voltado e eu teria que fingir que não me importava.

Queria falar com ele, mas algo não deixava. Queria pedir desculpas, apesar de não estar errada. Queria...ah, sei lá.

A coruja de Ron foi a última que entrou e, como sempre, trombou com um prato. Dessa vez era de coxas de frango. O dono ficou da cor do seu cabelo. Foi realmente engraçado.

Uma coisa incomum, é que chegou um bilhete para mim e nem era meu aniversário, nem nada do gênero. Um bilhete, num pergaminho um pouco amassado e dobrado demais. Com a aparência de que foi escrito com pressa e com um tanto de nervosismo.

-O que é isso Mione? – Ron diz um pouco alto demais, chamando a atenção de muitos, que agora olhavam para mim e para o bilhete misterioso.

-Não sei, bem - Eu dizia, enquanto consultava o relógio. – Na verdade, eu vou ver o que é depois. Tenho que me apressar com esse café. Além de a aula ser do Snape, eu tenho que pegar um livro na biblioteca. Não deve ser nada de tão urgente assim.

-Ah sim, Mas, você não tem curiosidade, Mione?

-Na verdade não, Ron – Eu estava mentindo. Não sei o porquê. Então, nós vamos indo, né Sammy? -Eu me levantei e puxei o braço da Samantha do jeito que eu sempre faço.

-É, tchau gente. – Ela se levantou e me seguiu. – Mione, porque tanta pressa?

-Bem – Eu dizia murmurando – Eu realmente não estou agüentando ficar lá com aquelas pessoas, ainda mais que você-sabe-quem ficam se agarrando.

-Ah, sim. Mas, Hermione! Deixe-me ler o bilhete? –Ela sorriu.

-Não, eu o lerei depois. E depois te conto o que é.

-Parece que você está com medo de que seja alguma coisa comprometedora. –Ela riu, entrando na sala.

-Não, nada me compromete. Eu sou uma garota que não esconde nada de ninguém. – Eu retrucava, séria.

-Ahammm – Ela disse, com a voz e o olhar não convencidos. Odeio quando ela faz isso.

Entrei na sala de aula. Ela estava, como sempre, escura e com um aspecto vazio. Típico do Snape, para dizer a verdade. Ouvi uns risinhos, e quando olho para o lado, quem eu vejo? O Draco! Realmente era só o que me faltava. Além de invadir meus pensamentos e sonhos, agora eu o vejo até nas aulas. Garoto atrevido. E ainda, parece que me persegue. Será coisa do destino? Ah é... eu não acredito nessas coisas.

Não sei o que as garotas vêem nele, diário. Sinceramente. Ele já saiu com não sei quantas e mesmo assim, não é ditado como galinha. Elas dizem:

“Ele que aproveite, é bonito ué.” Bonito? Não sei aonde, francamente.

Apesar de que aqueles olhos ficaram lindos chorando e... Deus, voltei a ter alucinações novamente.

Pra mim ele é e sempre será a barbie ambulante. Com ou sem o papaizinho dele.

A aula estava realmente chata e para que eu diga isso, tem que estar mesmo. Resolvi ler a maldita carta, porque na verdade a curiosidade estava me dando nos nervos.

“Granger”,

Precisamos conversar.
Me encontre na sala precisa, meia noite e não falte.
É do seu interesse.
Vá sozinha e não conte a ninguém.

Malfoy “


Eu confesso, diário, que fiquei intrigada com aquilo. Digo, intrigada e curiosa. O que afinal o ser poderia querer comigo? Teria que descobrir sozinha. Teria que ir lá.Realmente, Hermione Granger e Draco Malfoy não têm nada para conversar e ainda, a sós? Faça-me o favor.
Talvez seja uma armadilha. Pra ele fazer o chato do Flint me pegar. Seria bem da índole dele. Me deixar esperando. Mas, eu tenho que ir, tenho que correr o risco.

”So many times
Tantas vezes
You keep me waiting around endlessly
Você me deixa esperando infinitamente
You just laugh as I drown in despair
Você apenas ri enquanto eu me afogo em desespero
Never a worry, never a care
Nunca se preocupou, nunca se importou
I don't know why I let you hurt me the
Não sei por que eu deixo você me magoar
way you do
Da maneira que faz
You've got a spell on me
Você colocou um feitiço sobre mim
I'm hopelessly in love with you
Estou completamente apaixonada por você”


Coisas que tenho que fazer

- Comprar comida para o gato na próxima ida a Hogsmeade.
- Voltar a falar com o Harry.
- Lição de transfiguração. ESTUDAR também.
- Parar de escrever tanto sobre o Malfoy no diário.
- Parar de pensar nele.
- Pegar o livro na biblioteca.


Bem, comentem o que acharam da fic! Eu estava realmente insegura quando comecei a escrever e, bem... queria saber o que vocês estão achando.
Só vou deixar uns agradecimentos antes de ir ^.^
A Jé, pelo apoio e me fazer ficar cada vez melhor nas fics à Mila, minha beta querida, que tá me ajudando bastante e sendo paciente comigo e ao Naruga, que fica o tempo todo: Posta essa fic logo menina! ^^
Comentem! Beijoosss...

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