Que a verdade seja dita



-- CAPÍTULO 11 --
QUE A VERDADE SEJA DITA

Harry fechou a porta e fitou Mel com esperança dela iniciar a conversa, os dois estavam de pé, um frente ao outro, não demorou muito até ela dizer.
- Não sei como começar... pois o que eu quero saber você já me respondeu... mas estou me perguntando se você foi sincero comigo.
- Sincero? Sinceramente eu não mentiria para você. – disse Harry surpreso.
- Mas mentiu, Harry. – ela disse com um olhar perdido pra ele.
- Não me lembro de Ter mentido pra você.
- Mentiu dizendo que não havia nenhum Mean naquele dia do Torneio... – disse Mel chorando e fazendo gestos brutos com os braços.
- Por que você está voltando com esse assunto, eu já disse que...
- Por que descobri a verdade, você pensou que eu não precisasse saber o que minha mãe verdadeiramente é? – ela interrompeu-o falando muito alto.
- Dumbledore não queria... - disse ele indignado para ela que novamente fora interrompido.
- Me conte tudo o que sabe, tudo!
- Está bem. Eu ouvi Voldemort dizer Sra. Mean, só que eu nem me lembrava porque ate então não conhecia sua família, quando você veio para Hogwarts, Dumbledore me informou que havia aceito uma garota dessa família e me pediu total silencio, para não lhe contar o que sei, entendeu o porque deu não Ter te contado a verdade desde o inicio?
- Entendo mas não aceito... não consigo acreditar... minha mãe Harry, minha mãe... – chorou ela, Harry a abraçou tentando consola-la.
- Ora, mal saiu dos meus abraços e já está nos de Potter, priminha! – exclamou Draco com sua voz fria e decidida a atormentar, os dois olharam para trás, Mel deu um suspiro de medo, Harry sentiu o coração dela disparar e a segurou pelas mãos com força, pronto para defende-la.
- Cai fora daqui, Malfoy! – exasperou Harry.
- Não caio não, Potter! – disse fechando a porta e chegando mais perto dos dois.
- Ou você saí, ou terei quer usar minha varinha. – disse Harry apontando a varinha com a outra mão para Malfoy.
- Então use, Pott... – ia dizendo Malfoy tirando sua varinha do bolço quando foi interrompido por Mel, que ordenou alto se soltando de Harry:
- Accio varinhas!
E as varinhas de Malfoy e Harry voaram para sua mão, para o espanto dos dois que olhavam para suas mãos e para suas varinhas nas de Mel.
- Por que você fez isso? – perguntou Harry confuso.
- Acho melhor você me devolver, ou terei que contar ao Potter sobre nós dois... – chantageou-a Malfoy.
- Contar o que sobre vocês dois? – perguntou Harry duvidoso.
- Ele está blefando Harry, não dê ouvidos à ele. – disse Mel apavorada apontando sua varinha para os dois com a mão direita e na outra segurando as duas varinhas e o botão de rosa que Harry lhe dera.
- Nós estamos namorando, Potter – disse Malfoy em tom de segredo mas em deboche – por que o espanto? Já era de se esperar, não é mesmo?
Harry não conseguia acreditar no que acabara de ouvir, tentou não olhar para Mel, via Malfoy rindo sarcástico, seu peito se encheu de ódio, tentava de todas as maneiras não voar no pescoço dele, mas não era mais preciso, Mel entrou na sua frente o olhou nos olhos e se virou para Malfoy e dera um soco em seu olho esquerdo, levou mais susto quando a própria gritou:
- Isso é para você aprender a não dizer mentiras.
- Você vai se arrepender muito por isso, guarde bem. – bravateou ele colocando a mão no olho que levara o soco.
- Agora, suma daqui! – esbravejou ela entregando a varinha dele, a pegou e foi embora sem dizer mais nada, apenas olhando para ela e para Harry com a expressão de que iria se vingar mais tarde.
- O que ele disse é verdade? Você gosta dele, Mel? – perguntou Harry com raiva.
- Claro que não Harry! Eu odeio ele, tenho nojo dele, nunca iria gostar dele, eu gosto é de você! – disse ela afoita percebendo que não devia Ter dito as ultimas palavras, ficou sem reação, olhou para baixo com a intenção de não encara-lo. – Desculpe. – disse mais calma, entregou a varinha para ele sem olha-lo e guardando sua varinha no bolso foi em direção à porta com a intenção de sair da sala.
- Mel! – exclamou Harry depressa. – Espere... – ela se virou e encarou ele nos olhos, percebeu que ele não estava com raiva, só não conseguia entender o olhar dele.
Ele chegou mais perto dela, segurou-a pelas duas mãos, sentiu a rosa que lhe dera, sorriu para ela carinhosamente, ficou admirando-a sem dizer nada, ela no entanto não sabia o que fazia, se ria ou se ficava séria, optou por um sorriso curto mas sincero, sussurrou para ela algo do tipo: “Eu acredito em você” e foi chegando mais perto até seu nariz encostar com o dela, estava pronto para beija-la, fechou os olhos sentiu o rosto dela se distanciar, abriu os olhos e a viu se afastando mas ainda segurando suas mãos.
- Desculpe, Harry. Isso não é correto. – disse ela tristemente olhando para ele.
- Por que não é correto? Você gosta de mim e eu de você, o que tem de errado nisso? – perguntou calmamente.
- É que... é que... fui beijada por outra pessoa hoje. – respondeu temendo a reação de Harry.
- Pelo... pelo Malfoy? – perguntou engolindo seco.
- Foi... mas eu não queria, foi sem querer... – disse ela aflita.
- Tudo bem, não lhe culpo por isso, Malfoy é capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer.
- Então quer dizer que você não vai ficar com raiva de mim? – perguntou ela tremendo.
- Não, porque é justamente isso que ele quer, mas ele não vai Ter. – respondeu Harry sorrindo para ela.
- Você não sabe o quanto me deixa feliz em ouvir isso. – Mel disse sorrindo para ele abraçando-o novamente.
Ninguém disse mais nada enquanto se abrasavam, caíram na realidade quando ouviram a porta se abrir, Harry sentiu alguma coisa passar pelos pés deles, se soltou de Mel e viu Madame Norra parada de fronte à eles.
- Vamos embora rápido, Filch deve estar por perto. – disse Harry puxando o braço de Mel e saíram disparados em direção as escadas que se moviam, chegaram bufando no quadro da Mulher Gorda, ele disse a senha e entraram, depararam com a sala vazia, um fitou o outro até que ela disse:
- Sobre hoje... espero que você esqueça o que aconteceu...
- Nunca irei esquecer você dizendo o que sente por mim. – Harry a interrompeu-a carinhosamente.
- Hoje não foi um dia legal... primeiro foi o passeio à Hogsmeade, depois as seções com Draco... – disse ela tentando fingir não Ter ouvido Harry.
- Isso tudo não importa. O que importa é que sabemos o que sentimos, só isso que importa. – disse ele acariciando o braço dela.
- Já está tarde, melhor irmos dormir. – desconversou ela novamente olhando para os lados.
- Você tem razão. Então... boa noite. – disse ele desanimado tirando sua mão do braço dela.
Sendo assim cada um fora para seu dormitório, já se passava de duas da manhã, nenhum dos dois conseguiu dormir, Harry ficava pensando como seria se Mel tivesse deixado beija-la, mas pensou melhor e percebeu que ela fizera a coisa certa, foi honesta com ele pois havia beijado Malfoy a menos de uma hora, foi se perdendo em seus pensamentos e adormecera.

Na manhã seguinte, Harry fora acordado pelo seu amigo Rony, empolgado perguntando o que havia acontecido na noite anterior, Harry lhe contou cada detalhe, excluindo a parte sobre a mãe dela, Rony não sabia se ficava feliz ou com raiva por causa de Malfoy.
- Por causa dele você e ela não se... você sabe. – disse Rony enraivecido.
- É... mas vamos deixar Malfoy pra lá, porque no momento certo ele sentira o peso da dor. – disse Harry com um olhar de ódio.
- O que você está querendo dizer com isso? – perguntou Rony assustado.
- No momento certo você irá saber... vou me trocar. – disse Harry misteriosamente.
Os dois se trocaram depressa e foram direto para o Salão Principal para o café da manhã, se sentaram à mesa da Grifinória onde encontraram Neville quase dormindo em cima de seu prato com bacons ao lado dele estavam Dino e Simas cochichando sem parar e olhando Harry, foi então que Dino falou quando Ron e Harry se sentaram de fronte à eles.
- Olá... então Harry, se acertou com ela?
- Ela quem? – perguntou ele fingindo não saber que Dino estava se referindo a Mel.
- Não se faça de bobo, nós vimos quando vocês discutiram quando saíram do Três Vassouras ontem e ouvimos você dizer à Hermione para a Mel te encontrar do outro lado do quadro ontem à noite.
- Vocês estão nos vigiando? – perguntou Harry desconfiado.
- Claro que não, foi por acaso... – respondeu Dino descontraído.
- Ãh tá, nos acertamos sim se querem saber. – disse Harry calmo pegando algumas torradas.
Nesse mesmo instante ele viu Mel se sentando ao lado de Mione que estava se sentando ao lado de Ron, sentiu uma fincada no peito e deixou cair sem querer as torradas no chão, apenas Rony percebeu, Harry deu um jeito de sumir com as torradas caídas no chão, decidiu pegar um pouco de suco de abóbora e sentiu Mel olha-lo, virou um pouco os olhos para ela que no mesmo instante voltou o olhar para Hermione e foi assim durante amanhã toda, nenhum dos dois se falaram, mudavam os olhos de direção quando percebiam que se olhavam.
Depois do almoço Harry e Rony decidiram ir para sala comunal da Grifinória para se aquecerem, Mione e Mel foram para biblioteca, no caminho Mel fora contando o que havia acontecido na noite anterior, assim como Harry, Mel não contou sobre sua mãe, contou que havia seguido Draco para a desaprovação de Mione, mas a aprovou e demostrou bastante sinceridade ao dizer que fizera bem não Ter beijado Harry porque havia beijado Draco antes.

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