William Moth



Ela estava correndo, aumentava a velocidade e diminuía, mas porque estava correndo? Na verdade só queria se livrar das perguntas de Rony, mas pensando bem, não precisava de tudo isso.

Virou à direita, frente, esquerda, frente, direita e...

_ Ai!

Trombara com alguém pela segunda vez naquele dia, desejava que não fosse Malfoy novamente.

_ Oh Hermione!

Era Gina.

_ Me desculpe, eu não vi você.

Novamente os livros estavam no chão. As duas se abaixaram para junta-los.

_ Gina, você não deveria estar na aula?

_ Oh sim, mas estou vindo da Ala Hospitalar agora, veja. – e levantou a blusa mostrando um pequeno corte na barriga, e a blusa rasgada um pouco ensangüentada.

_ Como foi que aconteceu?

_ Eu estava na aula de Trato com Criaturas Mágicas, estudando os Dopmacs, quando eu vi, minha blusa estava cheia de sangue e tinha esse corte, mas eu não sentia nada, no caminho para a Ala Hospitalar começou a aparecer um monte de bolhas verdes em volta do corte. Madame Pomfrey fez sumir as bolhas, mas segundo ela, a ferida tem que cicatrizar sozinha. Eu estava justamente indo trocar de blusa.

_ Eu vou com você, ainda tenho algum tempo e além do mais, preciso te contar uma coisa.

_ OK, então vamos.

Subiram as escadas, chegando ao sétimo andar.

_ Trestálio. – Hermione disse a senha à Mulher Gorda que abriu passagem.

Foram até o dormitório de Gina, e enquanto ela foi trocando de blusa e rearrumando os cabelos ruivos, Hermione foi contando tudo que acontecera mais cedo, sobre a atitude de Draco, mas omitiu o pensamento sobre ser ele quem escreve os bilhetes. Mas Gina acabou pensando a mesma coisa.

_ Oh Mione, é ele quem te manda os bilhetes, só pode. E você o odeia, e ele sabe disso, e é sonserino.

_ Pára Gina, não pode ser o Malfoy.

_ Pode ser até que não seja, mas que ele está afim de você, ah isso está.

_ Claro que não.

_ Caramba Hermione, acorda. Nenhum garoto fala “sabia que você fica muito sexy quando faz essa carinha de quem não está entendendo nada?” sem segundas intenções, ainda mais o Malfoy, que apesar de ter uma cara de mau, às vezes faz umas carinhas safadas, e eu já ouvi uma vez rumores sobre ele e Pansy Parkinson.

_ Sério? Ela sempre se jogou em cima dele, mas eu nunca pensei que ele daria uma chance.

_ É, mas já tem tempo, agora é você quem está na mira dele.

Quanto mais Gina falava, mas ela acreditava que ela tinha razão, mas era estranho de pensar.

_ Ah, pára com isso Gina e... puxa vida, eu peguei o livro de feitiços ao invés do de poções, vamos lá no meu dormitório trocar?

_ OK.

Caminharam até o dormitório de Hermione, e quando entraram se assustaram com uma coruja marrom, com um buquê de flores no bico.

Hermione pegou com cuidado as flores e a coruja saiu voando.

_ São jasmins! – exclamou ela.

As flores foram cuidadosamente amarradas com uma corda fina dourada.

_ Olha, tem um pedaço de pergaminho aqui no meio. – alertou Gina, já o pegando e entregando à amiga.


“ACHO QUE ESTAS SÃO SUAS PREFERIDAS, POIS O PERFUME DELAS SE IGUALA AO DO SEU CORPO. FOI DIFÍCIL COSEGUI-LAS, POIS POR AQUI ELAS SÓ SÃO ENCONTRADAS NO JARDIM DA MCGONAGALL, QUASE QUE FILCH ME PEGA, MAS TUDO VALEU POR VOCÊ.”


Gina soltou um assobio, havia lido o bilhete o bilhete junto com Mione, logo em seguida cheirou o pescoço da amiga.

_ Hey, é verdade, você tem cheiro de jasmins.

_ Eu uso perfume com aroma de jasmins.

_ OK, então hoje quando Draco te agarrou, ele sentiu esse cheiro.

_ Epa! Ele não me agarrou.

_ Então você não me contou a história direito.

_ Contei sim.

_ Então ele te agarrou.

_ Ah Gina, eu não vou discutir com você.

E depois de percorrerem o Salão Comunal e saírem dele, rumaram para suas respectivas aulas.

À noite, reunidos no Salão Principal para o jantar, todos conversavam animadamente, mas Hermione que estava sentada ao lado de Harry se mantinha calada, concentrada em sua comida. Porém, alguém notara aquele silêncio e já estava se sentindo incomodado com isso.

_ Mione, o que está havendo?

_ Oh Harry, não é nada com que se preocupar.

_ Você sempre confiou em mim, e eu sei que você vem desabafando com a Gina, se isso não está sendo suficiente, eu estou aqui.

_ Ai Harry, você é tão fofo! Eu sei que eu posso confiar em você, mas... não sei, acho que ficaria muito envergonhada de falar isso com você.

_ OK, mas quando você estive pronta...

Hermione apenas riu.

Depois tentou abaixar uma mecha de cabelo que estava mais rebelde na cabeça de Harry.

_ Você não vai conseguir, eu já tentei hoje de manhã.

Os dois riram.

Do outro lado do salão, Mione pôde observar Malfoy os olhando com uma cara nada agradável. Foi então que pensou, bom seria uma coisa maldosa de se fazer se Draco realmente estivesse apaixonado por ela, mas precisava testar. Deitou sua cabeça no ombro de Harry. No começo o amigo estranhou, mas depois achou que o problema que afligia Hermione era tão sério que ela precisava de um ombro amigo e deixou que ela recostasse nele e ela deixou que ele passasse a mão nos cabelos dela. Estava tão aconchegante que por um momento até se esqueceu do real motivo de estar fazendo isso, mas não demorou muito para que acordasse, pois rapidamente bateu os olhos em Malfoy que jogara o guardanapo com força em cima da mesa e se levantou brutamente, saindo para o saguão e sumindo de vista.

Nesse momento ela retirou a cabeça do ombro de Harry rapidamente e olhou em direção à porta para ver se encontrava Malfoy.

_ O que foi? – perguntou Harry.

_ Não, nada, acho que já vou me deitar. Boa noite. – disse dando um beijo no rosto dele.

_ Boa noite! Tomara que você tenha uma maravilhosa noite de sono para acordar mais animada amanhã.

_ Obrigada. – disse Mione quando Harry pegou em sua mão.

Passando por Rony, o surpreendeu dando-lhe um beijo de boa noite no rosto também, enquanto ele conversava com Dino.

Entrando no Saguão não viu nenhum sinal de Malfoy, mas olhando para sua direita viu um banco de madeira iluminado pela luz do luar, o que era muito convidativo. Dirigiu-se a ele e sentou-se de frente a uma enorme lua cheia. “Coitado do professor Lupin, onde ele estará agora?” pensou ela.

_ Posso me sentar?

Uma voz masculina agora falava com ela e ao virar-se viu que era William Moth, um rapaz da Lufa-Lufa do mesmo ano que ela, que as meninas costumavam comentar muito, principalmente Parvati e Lilá. Mas falando sério, William era lindo realmente, tinha o corpo malhado, não exageradamente, mas até de uniforme dava para perceber, a pele bronzeada, o que era quase uma raridade, pois na região o sol não bate tão forte, os cabelos lisos num tom louro médio, mas dourado por cima da cabeça e os olhos de um verde muito claro e intenso.

_ Ah, claro que sim.

Então ele se sentou próximo, mas não tanto.

_ A lua está maravilhosa hoje, não? – começou ele.

_ Está sim, olha a cor dela, é encantadora.

Ele chegou mais perto, mas ela não percebeu.

_ Bom, acho que nunca fomos apresentados, então, meu nome é William Moth, mas pode me chamar de Will e você eu sei que é Hermione Granger. – disse ele beijando as costas da mão direita dela.

_ Pode me chamar de Mione.

Ele apenas sorriu, um sorriso perfeito, com dentes perfeitos e depois falou:

_ O que você está fazendo aqui sozinha?

_ É que eu terminei de jantar e resolvi me sentar aqui pra pensar um pouco.

_ Oh, então eu atrapalhei seus pensamentos?

_ Não, pode ficar.

_ Eu não entendo.

_ Não entende o quê?

_ Você é uma garota tão incrível. Bonita e inteligente, e os garotos dessa escola parecem não te dar o valor que você merece.

_ Você acha mesmo?

“Ai meu Deus, que lindo!”

_ E você ainda tem dúvidas? – disse Will agora chegando muito perto e acariciando o rosto dela.

_ Hey, vocês dois aí.

Viraram-se na hora assustados e viram que era a professora McGonagall quem chamara.

_ Está na hora de irem para os dormitórios, levantem-se.

Obedeceram-na então, e chegando à encruzilhada que separava os caminhos para o salão comunal da Lufa-Lufa e o da Grifinória, se despediram.

_ A gente se vê. – disse Hermione um pouco sem graça.

_ Com certeza a gente se vê. – disse ele beijando novamente as costas da mão direita dela. – Boa noite!

_ Boa noite!

E seguiram cada um por seu caminho. Mione estava eufórica e simplesmente não acreditava que havia acontecido justamente com ela.

“Epa! Será que é o Will quem me manda os bilhetes?”


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