Palavras de Um Traidor
Lá estava ele, frente a frente com o homem que ele tanto desejou ver, que ele tanto desejou que estivesse morto, que ele tanto desejou matar.
- O que você está fazendo aqui Snape?! – Diz Harry com fúria
- Olhe como você fala comigo Potter, você está totalmente indefeso, não consegue nem se levantar, seria facílimo te atacar agora, te matar.
Mas Harry sabia que ele não podia fazer isso, as palavras ainda ecoavam em sua mente como se estivessem sendo ditas naquele exato momento:
“Potter pertence ao Lorde das Trevas... temos de deixá-lo”.
Harry tentou se erguer de novo e conseguiu com muito esforço, usando um pouco da força que ia retornando ao seu corpo, olhou para seu peito, parte à mostra pelo feitiço Sectumsempra e percebeu, os cortes haviam sumido.
- Surpreso Potter? Eu os fechei para você.
- Não espere que eu vá lhe agradecer por isso, Traidor.
Aquilo foi a gota d’água e Snape fez menção de atacar Harry.
- Nem pense nisso, Snape, o seu chefe não iria gostar nada de você ter me matado, não lembra do que disse a seu amigo comensal aquela noite: Eu sou do Voldemort, ledo engano dele.
Snape pareceu enraivado de Harry falar o nome de Voldemort daquele jeito, Harry estava certo, não podia matar ele ali, ele era do Lorde, então começou a encarar Harry que retribuiu o olhar. O tempo pareceu parar naquele momento e os poucos segundos que eles ficaram se olhando, Harry olhando nos olhos de Snape e Snape nos olhos de Harry, nos olhos de Lílian pensou ele, pareciam ter sido minutos, até que Snape desviou o olhar.
-Mas, então, porque você mandou aquela carta pro Harry – Pergunta Hermione.
- Eu não mandei carta nenhuma, mas ela é a razão deu estar aqui. – Diz Snape
- Como assim? – Pergunta Harry
- Eu soube que Malfoy tinha lhe enviado essa carta, um dia depois de ensinar para ele “o feitiço que o maldito do Potter usou em mim”, nas palavras dele, em outras palavras, Sectumsempra.
- Ele lhe contou que enviou a carta? – Perguntou Rony, entrando na conversa.
- Não, mais digamos que eu tenho meus métodos de descobrir...
Harry sabia do que ele estava falando, tivera que aprender a fechar sua mente com Snape como professor, coisa que nunca aprendeu, nem fez esforço para tal. Ele havia usado a Legilimência em Malfoy para descobrir.
- Mais porque venho aqui, não explicou ainda. – Diz Hermione
Mas Harry tinha uma teoria sobre isso, teoria que Snape confirmou logo em seguida.
- Ele não podia matar Potter como quase fez se eu não tivesse chegado a tempo de salvá-lo. – Diz Snape
- NÃO FALA COMO SE FOSSE BOM TER VINDO AQUI ME SALVAR, COMO SE VOCÊ QUISESE ME PROTEGER, SEU TRAIDOR, ASSASSINO MALDITO!! – Esbravejou Harry.
As órbitas de Snape pareceram pular dos olhos, ele teve um impulso e tirou a varinha do bolso para azarar Harry, mas em seguida a guardou novamente.
Bom, acho que o que vim fazer aqui já está feito, e Potter, tome mais cuidado antes de bancar o herói lendo coisas em cartas anônimas. – Diz Snape debochando de Harry
Ele aponta para um frasco vazio em cima de uma das mesas e diz:
- Portus!
Logo em seguida se agarra ao frasco e some no ar, as cordas que prendiam Rony e Hermione desapareceram, Harry não tinha cordas o prendendo, mas estava fraco demais para se levantar. Hermione e Rony o ajudaram e o carregaram até a entrada da sala quando Harry disse:
-Me esperem na entrada do castelo, tem uma coisa que eu preciso fazer.
-Mas Harry, você está muito fraco, nem consegue andar direito. – Diz Hermione
-Eu preciso, me esperem na entrada do castelo, ok?
-Ta bom, mas tome cuidado, seja lá o que você vai fazer. – Diz Hermione preocupada
Harry assentiu com a cabeça e saiu, ele estava fraco, é verdade mais precisava fazer aquilo, ele foi andando na velocidade que seu corpo, ainda fraco pelo feitiço que o rasgou, permitia.
Ele chegou ao seu destino, à gárgula. Ele tentou a senha que usara da última vez que esteve lá, mas não funcionou, nada aconteceu.
-Eu já imaginava – Diz Harry, mas quando ele disse isso e estava indo embora, ouviu um som atrás dele, era a gárgula, ela estava subindo e revelando a escada que levava ao lugar que Harry tanto queria ir, A Sala de Dumbledore.
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Desculpem se não está muito grande, vou compensar no próximo que será um dos mais importantes da fic, alguns irão entender porque na hora que lerem, outros só entenderão no fim.
Humberto
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