Travessa do Tranco
Travessa do Tranco
O vento uivava ao passar pelas estreitas ruas do Beco Diagonal, poucos se arriscavam a caminhar por essas frias vielas, grande parte das lojas encontrava-se fechada ou com pouco movimento.
Um homem caminhava solitário por umas das varias passagens do beco, ele certamente chamaria a atenção de qualquer pessoa a onde fosse, pois sua grande estatura era tão sutil quanto sua aparência selvagem. Em passos rápidos ele chega na travessa mais desprezível de toda Londres, a Travessa do Tranco. A rua estava vazia como todo o resto do beco, passos largos são dados travessa adentro, varias lojas ficam para trás. Depois de entrar numa rua mais apertada o homem para em frente a um pub da mais baixa categoria, o Bêbado Onírico.
A velha porta cheia de cravelhos é aberta, seu rangido espalha-se por toda taverna acordando um ou dois bêbados escondidos em um dos vários cantos escuros do lugar. Ele entra no local mal iluminado e olha tudo a procura de alguém, perto do balcão, onde há um homem enorme que mais parecia um trasgo estava o objetivo de sua vinda até esse lugar nojento, um homem novo, não mais que trinta anos sentado no balcão. Ele se aproximou e sentou-se ao lado.
- Demorei muito?
- Não amigo, pelo contrario. Que bom que pode vir sem problemas, você é minha ultima esperança. – O Homem suava frio e parecia um pouco nervoso. – Hagrid preciso de um favor, não precisa se preocupar não é nada demais.
- Pode falar, estou ouvindo.
- Esta vendo isso? – O homem tira de sua capa uma pequena caixa de metal em forma de baú e mostra cuidadosamente ao amigo sem que ninguém mais a veja. – Preciso que você guarde isso para mim, em Hogwarts, lá ela estará segura até eu achar um jeito de me livrar disso.
- Isso não é...? – Os olhos de Hagrid se arregalaram ao ver a pequena caixa.
- É, é sim, por isso quero que você a guarde para mim. Se alguém pegar isso e souber como usar, não sei o que poderia acontecer...
- Não tem problema eu guardarei, mas não é perigoso?
- Não, essa caixa o impede de fazer qualquer coisa, mas não a deixe aberta por muito tempo. – O homem entrega o pequeno baú e retira de outro bolso algumas moedas e as deixa sobre o balcão. – Preciso ir agora, você deveria fazer o mesmo. – Os dois saem do bar, se despedem e cada um segue um caminho diferente, o de Hagrid é para Hogwarts.
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