Dias depois
Dias depois
A cada dia era menor o numero de alunos que compareciam as mesas das casas para o café no salão principal. Eles sumiam durante a noite, a cada badalada do relógio da escola um ou mais era levado, sem gritos, sem vestígios, sem ninguém notar. Essa bizarra situação continuou praticamente despercebida, salvo alguns estudantes, o resto estava cego a estes acontecimentos, até os professores ignoravam o sumiço dos alunos, isso era inaceitável.
Harry e Rony estavam apavorados com tudo aquilo, não tinha como os professores não se manifestarem, então os dois foram antes das aulas começarem falar com o diretor Dumbledore na mesa dos professores, mas suas respostas foram secas e sem muito sentido, como se realmente aquilo não estivesse acontecendo, mas não foi só o diretor que agiu dessa maneira, todos os professores durante cada um dos dias da semana tiveram o mesmo comportamento.
Ultimo dia de aula antes do fim de semana, Harry abre seus olhos cansados, sua visão é turva devido a uma neblina densa que preenche o quarto. Ele levanta da cama e se arruma com um pouco de dificuldades, depois vai à cama de Rony chamá-lo, mas ele não se encontra ali. O garoto desce as escadas até o salão comunal, ele também não esta lá. Harry fica preocupado, seu coração bate acelerado só de pensar nas varias coisas que podiam ter acontecido com seu amigo, primeiro Hermione, depois Neville, Gina, Fred e Jorge, e agora ele. Sem saber mais o que fazer, com o medo espalhado por toda a sua alma ele resolve ir até o salão tomar café e tentar mais uma vez falar com Dumbledore, talvez agora ele abandone a cegueira e enxergue a verdade bem a sua frente. Quando o garoto ia cruzando a passagem do retrato alguém o chama do salão comunal.
- Harry! Espere, não me deixe sozinha... – Ele olha para uma garota, mas não a reconhece, nunca na vida havia falado com ela, devia ser uma das alunas do primeiro ou segundo ano.
- É melhor nós não nos separarmos... Eu não sei o que esta acontecendo, parece que ninguém nota nada. – Harry pegou na mão da garota e a ajudou a passar pelo retrato. – Qual é o seu nome?
- Alice... – Ela passa, mas não larga a mão dele. – Parece que da Grifinória nós somos os últimos...
- É, mas acho que nas outras casas as coisas não estão lá muito diferentes...
A neblina acompanha os dois até o salão principal, que esta com as suas cinco mesas desertas, com exceção de três alunos sentados na mesa da Corvinal. A imagem de todo o salão repleto de comida e bebida, mas com apenas três alunos se banqueteando sem o menor animo com a vida era a mais bizarra possível. Harry e Alice foram se aproximando, seus olhos semicerrados viam na neblina formas humanas, que desapareciam ao primeiro piscar, pensamentos profanos vagavam pela mente da garota, que via em sua companhia um pilar para não entrar em pânico, ou mesmo perder o resto de sua sanidade. Os dois sentam-se junto aos outros e começam a se servir. Ali estavam dois garotos da Lufa-Lufa e uma garota da Sonserina.
Nada foi dito por muito tempo, mas todos tinham perguntas a fazer uns aos outros. O silencio só foi quebrado quando a garota da Sonserina acabou de comer e tomou coragem para falar.
- Por acaso, vocês também estão notando que só há nós aqui nesse salão? – A voz dela era arrastada, mas estranhamente agradável e o tom de suas palavras demonstravam claramente o medo que sentia.
- Eu queria fazer a mesma pergunta para vocês... – Um dos garotos da Lufa-Lufa larga seu copo e coloca as mãos sobre o rosto. – Mas achei que vocês não tinham notado isso, como os outros. Todo mundo desapareceu e ninguém fez nada...
- É, eu sei, nem mesmo o diretor se manifestou. – Harry só lamentava pela ignorância de Dumbledore.
- Eu acho que nós devemos ficar juntos, vai ser mais seguro, eu acho... – Alice falava sem nenhuma segurança do que dizia.
- Eu concordo, mas o que devemos fazer? A escola parece deserta. – O outro garoto da Lufa-Lufa pega sua varinha e a coloca em cima da mesa e a fica girando enquanto continua a falar. – Alguém tem alguma idéia? Por que eu acho que hoje não haverá aula... – Ninguém fala nada, todos ficam pensando em alguma solução para tudo aquilo, até que novamente a garota da Sonserina se manifesta.
- Eu acredito que nós deveríamos procurar primeiro por toda a escola, por alguém, depois lá fora. Não custa nada...
- É, isso é o mais certo a se fazer no momento. – Todos concordam com a idéia da garota. – Acho melhor nós nos apresentarmos, não é? Eu sou Harry, essa é a Alice, vocês são?
- Eu sou Eva, esses são Luis e Ricardo. – Ela aponta para os garotos e depois se levanta, todos fazem o mesmo. – Eu não tenho mais fome, vamos indo?
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