A silenciosa Hogwarts
A silenciosa Hogwarts
Por Diego Emanoel
Cada passo dado pelo corredor vazio ecoava por toda a escola, mas nenhum podia ser ouvido, pois ali não havia ninguém para escuta-los. Vagarosamente foi se aproximando da janela entreaberta, suas mãos frias revelaram a imagem por trás, os jardins da escola. Todo o campo de Hogwarts estava coberto por uma neblina negra que trazia com sigo uma maldade maior do que o compreensível por qualquer ser humano, o nada... Mas nessa hora suas emoções não fraquejaram, não tinham como, não nesse momento, nessa situação. Novamente ele levou a mão ao bolso, mas sua varinha não estava mais lá, havia esquecido de novo que a perderá antes de chegar ali. Sem ela não era possível fazer muita coisa, mas Harry nem sabia se com ela algo podia ser feito.
A neblina avançava cada vez mais e mais, chegando a bater nas portas do antigo castelo. O garoto fechou as janelas do corredor para evitar a entrada dela. Bum! Bum! Bum! Três batidas no hall de entrada, ele as ouve, seu coração dispara, não sabe se deve ficar contente por ter algo batendo nas portas ou se deve se preocupar por não parecer um humano e sim algo. Mesmo sem a varinha Harry resolve descer para verificar a origem dessas batidas, um ato de extrema coragem, ou de uma loucura suicida criada por uma mente perturbada. Novamente seus passos ecoam pela escola, mas dessa vez alguém os ouve. As batidas param, ele também, tudo volta a ficar quieto, o único som a ser ouvido é a ofegante respiração do garoto, que de tão nervoso poderia ser comparado com o bufar de algum animal. Ele tenta se acalmar, sua respiração é controlada aos poucos, segundos são passados nessa tentativa de relaxar, quando tudo parece normal, novos passos são dados.
Potter chega até as escadarias do hall de entrada, a porta da escola continua fechada. Seus pés vão aos degraus, um por um vai descendo até ficar no mesmo patamar da porta. O garoto estende sua mão em direção a ela, vagarosamente toca na maçaneta até que... Bum! Outra batida, ele da um salto para trás de susto, e recua. Outra batida, seus pés tocam novamente a escada, Bum! A porta abre com muita violência, a neblina começa a invadir o local indo para todos os lados, o coração do garoto dispara outra vez e seus olhos se arregalam ao ver...
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