Novamenta À Sós



I


Num cômodo escuro, onde apenas duas tochas ardiam em fronte as tapeçarias pesadas e verde escuras e das pedras da parede, uma única pessoa estava imóvel, sentada em uma cadeira mais afastada ao canto da mesa. Se não fosse a respiração e o prato com os restos da refeição que acabara de fazer, poderia ter-se passado por uma estátua.

O homem ali sentado tinha um rosto pálido e semi-oculto pela luz fraca, cabelos louro prateados lisos até embaixo das orelhas e olhos azuis claros e acinzentados, semicerrados. As roupas negras e a capa longa que vestia, misturados com seu nome no mais profundo significado o fazia ser chamado respeitosamente pelos Comensais da Morte de Dragão Negro.

Mas Draco Malfoy não estava ali sozinho no Salão de Refeições atoa. Não, estava esperando alguém. Alguém que iria lhe contar, finalmente, o que estava querendo saber…

Alguém abriu a porta com violência. Um frio absurdo encheu o salão e, no instante seguinte, um homem branco e meia idade, alto e cabelos cinzas e compridos, presos em um rabo-de-cavalo entrou, seguido de perto por três dementadores gigantescos. Fechando o cortejo, duas garotas de ar feroz e um rapaz de aparência entediada, carregando uma espada comprida presa no cinto, entraram e ficaram prostrados um de cada lado da porta. O homem da frente usava botas de couro e uma capa pesada e desbotada, cheios de fivelas de metal; seus olhos eram quase sem cor e, no escuro, só era possível identificar suas pupilas.

O homem encarou-o do escuro por um instante, depois pegou algo dentro da capa e, com um sorriso cruel, atirou sobre a mesa. O objeto que foi parar na frente de Draco era uma varinha com pouco mais de trinta centímetros.

- Morto? - perguntou, pasmo. Ainda fixava os olhos na varinha.

- Suponho que sim - respondeu Arkehon sem rodeios, com maus modos.

- Você “supõe”? - disse o rapaz, incrédulo, erguendo os olhos para o outro.

Mas Arkehon estava ocupado afivelando a luva direita e não se deu à gentileza de olha-lo. Falou mirando a própria mão.

- Eu o acertei - informou, entediado. - Perto de uma cidadezinha trouxa, Ottery Saint alguma coisa. Estava escuro demais e ele escapou, mas ferido e sem a varinha não creio que dure muito tempo sozinho. - Ele parou para observar o jeito com que trançara a corrente na luva de couro e ficou em silêncio por um momento. - Se não morrer com a perda de sangue, vai morrer de frio ou fome - terminou com um sorriso enviesado.

Draco mirou-o surpreso. Então perguntou sem pensar:

- Você tem certeza?

O outro olhou por cima do ombro para os outros por um instante, depois riu. Virou-se para Draco gargalhando. Os outros três também riam.

Então Draco pensou que Arkehon se afastara muito para o escuro, antes de perceber que o outro sumira. Antes que entendesse, já estava sendo puxado pelas golas das vestes por alguém que acabava de aparecer em sua frente.

- Nunca duvide de Arkehon, o Senhor das Montanhas, se não quiser sua antipatia, novato - rosnou o outro, à menos de dez centímetros de distância. Então acrescentou, num tom de voz um pouco mais suave: - Agora, Dragão Negro, a minha parte no trato viria bem nesse momento, eu acho…

Antes que se recuperasse, já estava sendo atirado na cadeira de novo.

- V-você não pode… Este castelo tem feitiço anti-desaparatação à cada centímetro de pedra - gaguejou, sem entender.

Mas Arkehon já se afastava, e respondeu de costas, em voz alta.

- Essas suas magias fracas não são o suficiente para deter eu e meus homens. Você devia saber que o velho Salazar Slytherin era aliado dos descendentes dos homens das montanhas e do grande Khayladon I, o maior dos feiticeiros. Sabemos todos os segredos que Slytherin guardou no mais intimo pensamento sobre Basilisk Hall. - E virou-se, desinteressado. - Agora, faça a sua parte, e nos entregue o pentagrama, como o prometido.

Draco pensou rápido. Não tinha escolha, não acreditara realmente que Arkehon e seus homens fossem conseguir pegar Lord Voldemort. Mas ali estava a prova, na frente de seus olhos: tinha a inteira certeza que aquela era a varinha do Lord das Trevas, embora não a tivesse visto muitas vezes, tinha um tamanho um tanto quanto incomum e não ia sair assim tão rápido se suas lembranças.

- É claro - respondeu Draco, lentamente, um pouco indulgente. - Só há um pequeno problema: ele está em algum lugar do quarto do Lord das Trevas, e ninguém aqui sabe a senha.

Arkehon mirou-o estupefato.

- Você nos mandou chamar nas montanhas para apanhar o bruxo mais poderoso da Grã-Bretanha em troca de um objeto magico de valor inestimável que está trancado em uma gaveta com a chave dentro? - sibilou o homem, como se mal acreditasse no que ouvira.

Draco não conseguiu confirmar, mas um olhar fez o homem das montanhas ter certeza.

Com um urro de fúria, ele puxou uma faca afiada do cinto e ergueu, onde Draco, por um momento terrível, receou que este fosse atirar contra ele. Mas o homem enterrou-a contra a mesa e a deixou cravada lá.

- Eu volto para buscar isso em três dias. - Foi só o que respondeu com o olhar furioso, antes de sair.


II


Abriu os olhos de vagar e mirou um teto branco fora de foco. Piscou. Sentou-se devagar e um endredon cinzento escorregou de seu corpo.

Olhando para os lados para verificar se não havia realmente ninguém, levantou-se e andou devagar até um espelho redondo pendurado na parede e um par de olhos grafites miraram seu rosto. Estava magro, os cabelos bagunçados, e tinha a barba por fazer. Então fechou os olhos, concentrando-se, e quando abriu-os sabia onde estava, se lembrava lentamente das coisas: um clarão, um cavalo negro que corria com um homem em cima, um grito, uma dor excruciante nas costelas, um estampido… Imagens pipocavam na sua cabeça.

Então olhou para a janela aberta ao lado, atrás de um pequena escrivaninha. Se não se enganava era manhã e o sol entrava diretamente pela janela.

Havia um motivo muito inteligente para que ele ainda não tivesse saído dali: suas roupas haviam sumido.

Foi quando a porta se abriu às suas costas e ele se virou.

Gina parecia mais bela do que era em Basilisk Hall e nunca se sentira tão satisfeito em vê-la. Por baixo de sua roupa ele podia ver a barriga dela, já razoavelmente grande.

- Não devia andar pelado por aí - disse ela calmamente, parecendo estar achando alguma graça, correndo os grandes olhos castanhos lentamente pelo corpo dele. - Vai acabar pegando um resfriado.

- Não tenho culpa se algum maníaco roubou minhas vestes - respondeu displicente, detendo os olhos por alguns instantes numa braçada de roupas limpas que ela trazia dobrado. - Há quanto tempo estou aqui?

- Três dias - informou Gina, colocando as vestes em cima da cama. - Você me deu um baita susto.

Ele não respondeu. Caminhou lentamente até as roupas e começou a vesti-las. Foi quando reparou em algo.

- …Espera um pouco… Não eram com essas roupas que eu estava - disse rapidamente.

Ela franziu a testa.

- Eu tinha esperança de que você não reparasse - comentou ela, de má vontade. - As outras estavam em estado lastimável, o que você queria?

- Mas, onde…? - começou, mas ela respondeu antes.

- Em Basilisk Hall, onde mais seria? - disse prontamente, cerrando as sobrancelhas.

- O QUÊ?! - berrou ele.

- Fale baixo! - sibilou Gina, censurando-o com os olhos. - Têm pessoas dormindo nessa casa, você sabia?

- Você é tonta ou o quê? Depois de tudo que fiz para que você não corresse perigo nenhum você vai até lá para ”pegar roupas limpas”?! - esbravejou.

- Ah, isso nunca vai funcionar comigo. Veja o que aconteceu com Harry quando quis me deixar de fora da guerra - falava calma e lentamente, dando um sorrisinho satisfeito.

- Mas isso não vem ao caso! Eu disse para você não sair daqui nunca, até quando eu…!

- Mas isso vem ao caso - disse ela mais séria e mais alto do que antes. - Descobri algumas coisas, como por exemplo, que ainda tem gente fiel à você em Basilisk Hall. Devia ser menos ingrato!

Ele ia responder, mas achou melhor respirar fundo e se controlar.

- E olhe - disse ela, também com uma expressão mal-humorada -, acho que Taurus não viu, mas consegui pegar isso para você… - Ela meteu a mão no bolso e puxou nada menos que o pentagrama. - Espero que possa ser útil.

Ele arregalou os olhos. Jurava que a inteligência inocente dela era irresistível e teve uma louca vontade de beijá-la.

- Isso é maravilhoso! - exclamou rouco, abrindo um enorme sorriso. - As vezes você me espanta, sabia?

Ela sorriu como se ele tivesse feito um elogio.

Quando terminou de vestir-se, pegou o pentagrama e colocou num bolso. Então olhou-a demoradamente.

- Que foi? - perguntou a garota, erguendo as sobrancelhas.

- Perdi minha varinha - disse de um só fôlego.

Ela pareceu ter prendido a respiração.

- Você não pode estar falando sério - guinchou, horrorizada.

Ele reafirmou com a cabeça. Gina suspirou e fitou o chão por um instante.

- Acho que isso nós podemos resolver - disse ela, quando tornou a olhar para ele, depois de algum tempo. - Deve ter alguma varinha velha aqui nesta casa que você possa usar. Mas não me diga que há outro problema! - disse ela numa voz irada.

Ele encarou-a quieto por um instante.

- Onde fica o banheiro?

Ela olhou surpresa, boquiaberta, depois abriu um sorriso.

- Por aqui.


III


Gina não pode deixar de reparar na diferença do estado dele depois de um banho, um bom penteado no cabelo, a barba feita e umas refeições reforçadas. Ela estava fazendo um bom trabalho, ah, estava…

Foi uma surpresa desagradável, ao final da semana, porém, quando Gina subiu para o quarto aquela tarde.

Ela sorriu para ele à escrivaninha quando entrou com a bandeja na mão.

- Olha a janta - disse animada, cruzando o quarto e pousando a bandeja na mesa. Notou que havia um envelope em cima da mesa. Interrogou-o com os olhos.

- Você tem uma coruja confiável aqui? - perguntou para ela, sem responder o que queria.

- Bem, temos uma confiável… ao Ministério da Magia - disse com um sorriso enviesado. - Rony levou Píchi quando foi ajudar os outros. Só sobra Hermes, que Percy esqueceu… mas a coruja é tão paranóica quanto o dono, sem chances. Por que?

Ele baixou o copo de suco de abóbora e fitou-a nos olhos.

- Tenho que tentar entrar em contato com uma pessoa - disse, num tom que dizia “não me pergunte quem”.

Gina pegou uma cadeira e puxou para perto da escrivaninha. Por um tempo ficou olhando Tom comer, ignorando os ocasionais olhares de censura dele.

Ela deu um suspiro baixinho e ele levantou os olhos para a garota.

- Isso está te estressando, não é? Você nunca pensou que um dia estaria longe do poder, como agora… Eu não havia reparado nessa mecha de cabelo branco - Gina sorria serenamente, analisando-o. Tom não fez nem falou nada.

“Está cada dia mais bonito, sabia?”, disse a garota em voz baixa.

O flerte teria feito outro corar e sorrir encabulado, mas ele não. Tornou a baixar os olhos para o prato para terminar o lanche.

Gina sorriu. Sabia que fingia que não, mas ele ouvia… Ah, sim, ele a ouvia… Ele a amava de verdade.

Então ele abaixou os talheres e virou o rosto levemente para o outro lado. Tomou fôlego e disse:

- Eu tenho que ir, Gina.

Ela sentiu o sorriso embaçar; a felicidade temporária que a dominara com a chegada dele evaporou; os olhos de Gina tornaram a se encher de fria tristeza… Sabia que um dia ele teria que dizer isso, que não poderia ficar para sempre…, mas não queria se lembrar disso. Abaixou os olhos, tentado segurar o soluço que queria sair.

Gina sentiu ele segurar seu queixo delicadamente e forçar para cima. Ela fitou aqueles olhos grafites contra a vontade.

“Você sabe que eu tenho que ir, Gina… Por favor, não me faça sentir mal por isso…”

Gina sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto quando ele disse aquilo. Tentou sorrir, mas não conseguiu. Só de pensar o quão deprimente seria passar mais um longo tempo longe dele…

- Tom… - disse com a voz embargada, mas ele sacudiu a cabeça devagar, dizendo para não falar.

O que se seguiu depois foi um beijo - um beijo quente e reconfortante, como ela desejava à muito tempo…

- Fica aqui essa noite - pediu ela, a voz fraquinha, segurando a mão eu ele colocara no seu rosto, as faces ainda muito próximas. - Por favor, fica comigo só por mais essa noite, Tom…

Ele beijou-a de novo. Por um momento ela esquecia sua tristeza, percebendo quanta ternura havia naquele ato. Gina se lembrava de repente quanto o amava… Não queria ter que deixá-lo ir, não queria…

- Fico - respondeu ele, num sussurro rápido. - Fico, mas só essa noite, Gina.

Ela deu um sorriso fraco. Então afagou os cabelos dele carinhosamente com a mão e levantou-se.

- Já volto - falou calorosamente, pegando a bandeja e, lançando-lhe mais um olhar, saia do quarto.

Gina não sabia que, enquanto deixava-o sozinho por um momento, ele pensava em ir sem se despedir, para evitar sofrer mais, para terminar logo com isso…

Mas ele não o fez.


No breu da noite, por onde estrava apenas uma claridade emitida pela lua pela vidraça, ela se viu nos seus braços quentes. Sorriu, alisou afetuosamente o peito dele, aconchegou-se. Ouviu-o suspirar cansado.

- É uma pena que eu tenha que ir agora… - disse Tom, sorrindo tristemente. - Geralmente você me faz querer voltar atrás… - falou, ante ao beijo que deu na sua testa.

Gina encolheu-se; deu um suspiro fraco.

- Mas eu volto, garota. Eu volto para te buscar - dizia lentamente, passando a mão pelos seus cabelos -, e então você vai ser minha mulher, de verdade; a gente vai ter muitos outros filhos depois desse e nós vamos viver em paz, finalmente… Só a gente…

Gina deliciava-se com aquelas palavras. Era a vida que ela sempre sonhara, e ele estava ditando para ela. Deu um sorriso melancólico.

- Eu te amo, Tom - disse simplesmente, fechando os olhos.

- Eu também te amo, Gina.

Toda a angústia que ela sentira durante todo o tempo em que ele ficara longe, sem dar notícias foi imediatamente perdoada apenas com o som daquelas palavras. Ele a amava…


IV


Tom acordou, sonolento. Por um momento forçou a memória para se lembrar onde estava. Então recordou-se e sentiu a ausência da garota. Gina deveria estar ali.

Sentou-se. Não havia sinal dela no quarto. Passou as mãos pelos cabelos, desolado - não podia ir embora sem dizer-lhe adeus.

À um canto estavam suas vestes cuidadosamente dobradas e em cima havia o pentagrama, uma varinha e um bilhete, onde era visível a caligrafia geralmente caprichosa dela um pouco tremida.


Pertenceu à Carlinhos. Agora não pertence à mais ninguém. Cuide bem desta.


Vestiu-se, colocou o pentagrama e verificou a varinha. Parecia razoável. Dava para quebrar um galho, embora nada substituiria sua velha varinha mágica. Mas deixou de se amargurar em vão e abanou a cabeça.

Antes de sair, sua imagem no espelho mirou-o com rubros olhos translúcidos, um olhar que até ele mesmo achou incômodo.

Na fim da escada esperava encontrar o caminho livre, mas quase topou com dois jovens gêmeos. Os dois pareciam configurados para fazer tudo igual. Instintivamente pararam e deram um passo para trás, os olhos fixos nele.

Passado um momento de silêncio, um deles perguntou, num tom aborrecido:

- O que foi você fez para ela?

- Quê? - indagou, rapidamente. - Onde ela está?

Os dois rapazes se entreolharam, então o outro apontou para a janela.

Havia uma silhueta solitária recortada contra o sol da manhã, sentada de costas para a casa, sobre um pequeno monte, ao lado de uma árvore. Ele atravessou o pequeno hall e saiu porta afora, indo ao encontro dela.

Chegou silenciosamente pelas suas costas. A vista que ela observava era maravilhosa, com as montanhas ao longe e uma cidadezinha abaixo. As nuvens do imenso céu azul celeste parecia prestes a engoli-los, de tão magníficas.

- Não devia ter vindo, você sabia, não é? - disse ela com a voz fraca.

- Eu não poderia ir sem te ver uma última vez - respondeu. Não tinha idéia de como ela sempre falava antes que ele abrisse a boca, mesmo não estando vendo-o.

Ela limpou os olhos com as costas das mãos, sem sair do lugar, sentada de costas para ele.

- Vai ser pior assim… Devia ter ido logo, antes que eu desse por sua falta… - dizia numa voz baixa e pesada.

- Gina… - disse gentilmente, meio triste por ter que dizer aquilo, mas as palavras não sairam.

Houve um momento de silêncio. Um vento forte e gelado varreu os dois, fustigando seus cabelos, agora compridos, contra os olhos. O vento parecia levar os restos do inverno e trazer vestígios do gélido sofrimento que estava por vir.

Gina levantou-se. Quando virou-se para fitá-lo, Tom viu seus olhos vermelhos e cheios de lágrimas. Ele sentia-se tão responsável por ela que doía-lhe ver que estava sofrendo por sua causa.

- Eu não vou estar em paz enquanto isso não acabar - disse ela, a voz rouca. - O tempo está passando rápido, logo já será verão… Tom, eu quero que meu filho tenha um pai - disse a garota, as lágrimas escorrendo livremente de seus olhos agora.

Ele olhou para o ventre dela, onde agora já era visível o volume, dos sete meses de gravidez. Ajoelhou-se e encostou o ouvido na sua barriga. Ouviu Gina rir nervosamente.

- Não vai ouvir nada daí - disse sua voz, acima de sua cabeça. - É, é um garoto, como você previu que seria.

- Como você sabe? - perguntou, indagando-a com um olhar.

Ela sorriu.

- Não sei. Intuição - respondeu. Ele ouviu a mentira na voz dela, mas não se importava.

Levantou-se e fitou-a nos olhos.

- Prometa-me, Gina, que nenhum de nós dois… morre… até que nos encontremos de novo - pediu à ela. Os olhos castanhos e particularmente fascinante da garota estavam prendendo-o. O fitavam com um misto de medo e de apaixonada confiança.

- Tom…

- Prometa-me! - interveio, com pressa.

Gina deu um fraco sorriso e concordou com a voz rouca.

- Eu prometo.

Então ele desejou sentir o beijo quente dela mais uma vez, antes de partir. Foi o beijo mais cálido que se seguiu, quando os lábios deles se encontraram e Tom pode sentir o gosto dela mais uma vez. Uma última vez antes de…

- Eu volto - prometeu à ela, num sussurro. - Eu vou conseguir a nossa casa de volta… Eu prometo.

Olhou-a uma última vez antes de desaparatar. Sabia que iria guardar aqueles olhos castanhos na memória pelo resto de seus dias…

Não importava quantas promessas tivesse feito. Importava é que iria cumpri-las… ou não se chamava Lord Voldemort.


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