O testamento de Dumbledore
- O QUE? – perguntou Hermione, que pulou da cama – Você tem certeza?
- Se não acredita vai lá embaixo! – respondeu Fred, um tanto irritado com a desconfiança de Hermione.
TAC
Hermione seguiu o conselho de Fred.
TAC
Os gêmeos também sumiram.
Rony e Harry se olharam. Levantaram e foram correndo até a sala. Ao chegar lá encontraram um grande tumulto. A Sr. Weasley se encontrava em cima da mesa gritando desesperada tentando manter a ordem, até que Moody se irritou e tomou uma atitude, lançou um feitiço no ar que causou um grande barulho, fazendo com que todos se calassem.
- Molly, por favor, leia a carta do Carlinhos. – pediu Moody, que girou seu olho mágico pela sala. – E que ninguém se atreva a abrir a boca enquanto Molly estiver lendo.
- Obrigada Moody, bem, então eu vou começar a ler. – disse Molly, ainda em cima da mesa, onde podia ser vista por todos.
Querida família,
Como estão todos? E o Harry e a Hermione?
Mande ao Harry os meus cumprimentos pelo seu aniversário.
Mais uma vez peço que aproveitem as férias e venham me visitar. Recebi uma carta de recomendação talvez eu seja promovido e vá trabalhar mais perto de casa.
Ando muito ocupado, por isso já vou me despedindo.
Até mais,
Carlinhos Weasley
- Desculpa, mas eu não entendi. O que isso tem a ver com o testamento de Dumbledore? – perguntou Mundungo, ele não era o único que não tinha entendido, mas foi o único que se atreveu a perguntar.
- Bem Mundungo, como você estava muito ocupado em Azkaban quando Dumbledore foi assassinado pelo traidor, você não sabia, mas ficou decidido que quando alguém encontrasse o testamento era pra avisar dizendo que recebeu uma carta de recomendação, para que ninguém desconfiasse. – os olhares de dúvida desapareceram – E também, quando ele quis dizer que fossemos visitar-lo, provavelmente a idéia era que uma guarda fosse buscá-lo, porém, ao tocar no nome de Harry, também quis dizer que ele precisa de proteção. Quando se referiu em estar muito ocupado, queria dizer para irmos até lá o mais rápido possível. – disse Quim, deixando as coisas perfeitamente claras.
- Então eu acho que está na hora de começar a organizar essa bagunça. Primeiro, todos que não são membros da Ordem, favor sumirem daqui. – disse Lupin, olhando para Harry, Hermione, Gina e Rony. – Membros provisórios também podem se retirar. – dessa vez fitava Fred, Jorge e Fleur. – Agora, vão, já sabem demais. – apontou para a escada.
- Acredito que a Fleur possa ficar, afinal como minha noiva ela ficará sabendo. E ela já completou os estudos e é maior de idade. – disse Gui, intervindo a favor da noiva.
- Fleur fica, os outros já para cima! – disse a Professora Minerva, recebendo olhares de aprovação de Moody.
Como sabiam que não adiantaria discutir, Harry, Rony, Hermione, Gina, Fred e Jorge subiram e foram todos para o quarto dos gêmeos, já que era o maior. Ainda nas escadas escutaram Tonks e Quim jogando feitiços de segurança na sala, eliminando qualquer esperança de escutarem a reunião.
Ao entrarem no quarto, Jorge sentou em uma poltrona, Fred em uma cadeira, Ron e Hermione em uma cama, Harry e Gina na outra.
- O que Lupin quis dizer com membros provisórios? – perguntou Harry aos gêmeos.
- Antes de sermos membros oficiais temos que completar os estudos e provar a Ordem que merecemos confiança, o que após a traição de Snape se tornou praticamente impossível. – disse Fred, um pouco desanimado.
- Moody anda ainda mais neurótico com segurança. Sim, isso é possível. – disse Jorge, tão desanimado quanto o irmão.
- Eu só queria saber o que eles estão planejando. – perguntou Gina, que havia se levantado da cama e estava espionando da escada.
- Provavelmente montando uma guarda para ir buscar Carlinhos, e outra para ficar cuidando da gente. – respondeu Hermione.
- De mim você quer dizer, não é? – disse Harry, com um certo tom de ironia.
- Se você precisa de guarda não faz sentido tudo que você tem me falado. – disse Gina, que agora estava encostada na porta.
- Posso? – Harry fitava Rony, como quem pedisse autorização.
- Depende do que você for fazer com ela. – respondeu Rony. Então Harry se virou para os gêmeos.
- Com a porta aberta. – disse Jorge calmamente.
- Vai logo! – disse Fred.
Harry sorriu, levantou da cama e foi com Gina até o quarto dela de Gui, que era logo em frente ao quarto dos gêmeos.
- Vocês já contaram ao Harry que nós já sabemos sobre os Horcruxes? – perguntou Fred, fazendo com que Hermione e Ron trocassem olhares.
- Ainda não tivemos oportunidade. – justificou Rony.
- Deveriam fazer isso logo, é melhor que ele saiba por vocês do que pela Luna por exemplo. – disse Jorge.
- Agente sabe disso, vamos contar no máximo até amanhã. – disse Hermione.
- Quem tanto já está sabendo dessa história? – perguntou Rony um pouco confuso.
- Que eu saiba, nós quatro, a Gina e a Luna. – respondeu Jorge.
- E o Neville. – completou Hermione – e acabou. Mais ninguém pode saber, ou o Harry é capaz de nos matar!
Os Weasley riram.
***
Harry e Gina entraram no quarto de Gui, ao ver que os outros conversavam e que não estavam preocupados com a conversa deles, Harry nem mesmo se importou em lançar feitiços para que não pudessem ser ouvidos. Por alguns instantes ele esperou que Gina falasse alguma coisa, porém ela simplesmente ficou mexendo em alguns livros que estavam na estante.
Harry se aproximou dela, retirou o livro que estava em sua mão e o colocou de volta na estante. Depois guiou Gina até a cama, onde os dois se sentaram e permaneceram mais alguns instantes em silencio apenas se olhando. Harry ainda segurava as mãos dela.
- Olha Harry, se você me trouxe até aqui para ficar olhando pra minha cara eu prefiro voltar para o quarto do Fred e Jorge. – disse Gina, que levantou da cama.
- Não! Espera por favor! – Harry segurou o braço dela, e ela se sentou novamente. – Eu só queria saber se você ainda quer ficar comigo.
- Pra ser sincera Harry eu já não tenho mais tanta certeza. Afinal eu não sou o seu brinquedinho. – então começou a falar com um certo tom de ironia – Hoje eu estou de bom humor, estão vamos ficar com a Gina. Ah, que pena! Hoje estou de péssimo humor, vamos terminar com a Gina!
- Eu nunca te tratei assim! Só terminei com você uma vez porque tive medo de que te acontecesse algo de ruim! Se errei foi por te amar demais! – disse Harry, tentando ao máximo controlar sua voz para não gritar.
Então o silêncio prevaleceu. Ambos queriam dizer muitas coisas, o quanto estavam chateados um com o outro, e ao mesmo tempo queriam gritar que se amavam. Em meio a essa indecisão, Gina virou o rosto, não queria continuar encarando Harry.
Nesse momento ele percebeu que uma lágrima escorria no rosto de Gina, sentiu como se tivesse levado uma facada bem no centro de seu coração, afinal tudo que menos queria era vê-la sofrendo, mas ela estava chorando na frente dele.
- Hey, por favor, não fique assim – enquanto dizia isso, ele passou a mão pelo rosto dela, secando as suas lágrimas – me ajude a recomeçar, a fazer isso certo – ela volta a olhar para ele – eu só queria ver você feliz, não importa onde, com quem, eu apenas quero ter certeza de que você está feliz.
- O que você faria se eu escolhesse ser feliz longe de você?
- Tentaria me conformar, depois voltar a ser seu amigo, e no fim te ajudar a conquistar a felicidade.
- E se eu te disser que quero ficar do seu lado?
- Eu te prometeria nunca mais te magoar, e te daria um beijo.
- Então o que você está esperando?
Harry se aproximou mais dela e a beijou carinhosamente.
***
- Já faz quase duas horas que eles estão tendo aquela reunião. Será que há tanta coisa assim para ser decidida? – perguntou Hermione, que estava quase dormindo deitada na cama de Jorge.
- Acho que sim, afinal precisam decidir como salvar o mundo! – tentou brincar Fred, porém, ele já não tinha mais o mesmo bom humor.
- Errado maninho. Quem precisa decidir como salvar o mundo somos nós! – disse Ron, que também estava quase dormindo.
BUM!
Hermione e Ron acordaram, Harry e Gina voltaram para ver o que havia acontecido, quando viram que os gêmeos estavam rindo entenderam, apenas uma brincadeira para causar barulho.
- Algum problema? – era o Sr. Weasley, que estava parado na porta do quarto.
Todos se olharam e depois começaram a rir, somente o Sr. Weasley continou fitando-os intrigado.
- Pelo visto está tudo bem. Se acomodem todos os garotos aqui, e as meninas no quarto do Gui, onde a Tonks ficará também, os outros quartos serão utilizados pelos membros da Ordem. – Ao dizer isso, o Sr. Weasley simplesmente saiu do quarto e voltou para a reunião.
- Harry, nós temos que te contar uma coisa. – disse Hermione séria.
- O que aconteceu dessa vez? – perguntou Harry preocupado.
Antes que Hermione começasse a contar sobre os Horcruxes, foram interrompidos por Tonks.
- Hemione e Gina, venham comigo, hora de dormir!
- Só mais 20 minutos, por favor! – pediu Rony.
- Nem mais um minuto! – disse Lupin – E tratem de arranjar 3 colchões, pois eu também vou dormir aqui. Hermione e Gina, boa noite. – apontou a porta.
Hermione deu um selinho em Ron, assim como Gina em Harry, se despediram dos gêmeos e foram para o quarto do Gui, onde encontraram Tonks e as camas já arrumadas. Se deitaram e depois de uns 15 minutos estavam as três dormindo.
No quarto dos garotos Lupin ainda tentava acalmar a situação.
- Fred e Jorge tratem de se deitar e calar a boca! – disse Lupin, que já estava um tanto irritado.
- Lupin, pra ser sincero eu não acho que os outros membros da Ordem estejam dormindo aqui. – disse Harry, se deitando em uma cama.
- Boa noite a todos. – disse Lupin, ignorando a pergunta de Harry e deitando em uma cama estrategicamente colocada na porta, impedindo que ela fosse aberta.
- Será que agente poderia... – tentou dizer Fred.
- Boa noite. – disse Lupin, interrompendo Fred e encerrando a questão.
***
No dia seguinte havia uma grande agitação com a chegada de Carlinhos. Os membros da Ordem foram buscá-lo durante a noite, não quiseram explicar o que aconteceu á Harry, Hermione, Ron, Gina e aos gêmeos, porém, Estúrgio estava internado no St. Mungos, e Lupin era quem tentava manter alguma ordem. Todos estavam no jardim da Toca, Tonks segurava o testamento de Dumbledore, que ainda estava lacrado, depois de todos estarem devidamente acomodados, foi decidido que a leitura deveria começar.
- Bem, vamos ao que interessa. – disse Lupin, que pegou o testamento da mãos Tonks, todos se calaram. Lançou um feitiço e abriu o testamento. Começou a ler.
Aqui começa o testamento de Alvo Dumbledore, escrito pelo mesmo no dia da morte de Sirius, já que foi nesse dia em que percebi que a minha hora não deveria tardar. A única testemunha foi a minha querida Fênix Fawkes. Durante o testamento perceberão que faço algumas exigências, devo deixar claro que encantei esse testamento para que só mostre suas palavras quando as exigências forem cumpridas, assim como ele só poderá ler lido por pessoas que demonstraram ser verdadeiramente fieis a mim. Eis que agora lhes mostro a primeira exigência: quero que busquem Fawkes em Hogwarts, e a façam testemunha dessa leitura.
Lupin puxou uma cadeira e se sentou um tanto desanimado.
- Porque Dumbledore iria querer que uma Fênix presenciasse a leitura de seu testamento? – Rony perguntou baixinho a Hermione.
- Talvez porque queria ter certeza de que o testamento não seria lido por nenhum inimigo. – respondeu Hermione.
- Acho que não, como ele mesmo disse, só pode ser lido por pessoas que foram realmente fieis. – disse Gina.
- Ele pareceu prever que alguém o trairia. – disse Harry, que na verdade estava pensando alto, e se lembrando da noite em que Sirius morreu.
***
- Como nova diretora de Hogwarts, eu vou buscar a Fênix. – disse McGonagall decidida.
- Você precisará de uma guarda. – disse Lupin, que parecia estar pegando as manias de segurança de Moody.
- Certo, então Quinm, Tonks, e quem mais? Não sei se confio nos outros membros. – disse McGonagall fitando preocupada um outro grupo de membros da Ordem.
-Acredito que possamos confiar em no Dédalo, e Moody também pode ir. Qualquer problema nos avisem imediatamente. Eu, Elifas, Emelina, Héstia, Carlinhos e Gui, vamos ficar por aqui, para garantir a segurança deles. – Disse Lupin.
McGonagall simplesmente foi até Quim, Moody e Dédalo, lhes explicou o que iriam fazer em Hogwarts e logo em seguida partiram.
***
Sra. Weasley já estava servindo o almoço, quando finalmente McGonagall chegou na Toca com a Fênix. Havia uma grande mesa no quintal, com uma vasta quantidade de comida onde todos estavam sentados.
- Bem, acredito que agora já podemos continuar. – disse Lupin, que se levantou, colocou a Fênix no seu lado, tirou o testamento do bolso e se pos a ler.
Nesse testamento revelarei alguns segredos que mantive oculto por longos anos, e que não são todas as pessoas que devem tomar conhecimento. Peço apenas que confiem em Clementine acima de tudo, confiem nela assim como confiaram em mim, principalmente você Harry. Não a subestimem, pois tudo que sei, ela também sabe. Agora, desejo que Lupin, McGonagall e Moody continuem a leitura, sozinhos.
Lupin parou, respirou fundo. O testamento agora estava em branco.
- Acredito que seja melhor irmos até a cozinha. – disse McGonagall.
Moody se levantou e foi para dentro da casa, seguido por McGonagall e Lupin
- Quem será essa tal de Clementine? – perguntou Ron intrigado.
- Não tenho a menor idéia, para Dumbledore confiar tanto assim nela, deve ser alguém muito importante. – disse Hermione pensativa.
- Mas se ela é tão importante assim, porque nunca ouvimos falar dela? – questionou Harry.
- Se Dumbledore confia tanto assim nela, acho que não temos muita escolha. – disse Hermione.
- Dumbledore também confiava em Snape. – disse Harry.
- Onde está Fawkes? – disse Ron, que só nesse momento havia percebido que a Fênix desaparecera.
- Acredito que foi com McGonagall, Lupin e Moody. – disse Hermione.
- Eu ainda não entendi porque a presença de uma Fênix é tão importante. – disse Harry, com uma ponta de inveja da Fênix.
***
Lupin, McGonagall e Moody demoraram quase três horas lá dentro. Muitos membros da Ordem desistiram de esperar e foram embora. Os outros ainda estavam no jardim, já que não podiam entrar na casa.
Quando eles finalmente voltaram para o jardim estavam acompanhados de uma garota alta, extremamente magra, parecia que não comia há dias, de olhos castanhos que em sua volta continha uma grande quantidade de maquiagem preta, fazendo com que eles passassem a sensação de frieza, tinha os cabelos compridos, cacheados e de uma cor que parecia vermelho queimado, e sua pele era morena. Não devia ter mais do que 18 anos, estava usando roupas de bruxo, uma capa roxa, e em sua mão direita estava o anel de Slytherin.
Lupin voltou para sua cadeira onde estava lendo o testamento, a misteriosa garota se sentou ao seu lado, então ele continuou a leitura para os poucos presentes que restavam.
Essa é Clementine, a pessoa para quem deixo os comandos da Ordem, todos os meus bens pessoais, e todos meus segredos. Mais uma vez, peço que apenas confiem nele.
E aqui se encerra o testamento de Alvo Dumbledore.
Olhares de dúvida e descrença foram lançados na direção da garota, mas novamente somente Mundungo teve coragem de dizer algo.
- Vocês tem certeza de que esse testamento é verdadeiro? Afinal, primeiro ele pede para que uma Fênix participe da leitura, e depois nos diz para confiar em uma garota que nunca vimos? Um tanto estranho não acham? – disse Mundungo com um certo tom de ironia.
- Não acho nada estranho. Esse testamento é verdadeiro, conhecíamos muito bem Dumbledore para termos certeza disso. E a história dessa garota tem sentido, portanto é verdadeira, e eu não vou mais perder o meu tempo com você Mundungo. Você não é obrigado a permanecer aqui, se não confia nela, por favor se retire. – disse McGonagall, muito decidida, fazendo com que Mundungo apenas se sentasse e ficasse quieto.
- Só uma coisa Minerva, meu nome é Clementine, então se for possível, pare de me chamar de “garota”. – disse Clementine que fitava a professora.
- Você está com fome? – disse Molly, que se aproximou de Clementine e fazendo com que a discussão se encerrasse. – Parece tão fraca.
- Não precisa se preocupar comigo, obrigada. – respondeu friamente Clementine, que se levantou e foi para um canto afastado, onde conjurou um pouco de comida.
Por um momento todos pensaram que Moody ia brigar com a garota por ela estar sendo tão grossa, mas ele foi impedido por McGonagall.
Então os membros da Ordem foram partindo, um á um. Até que só restasse os Weasley, Harry, Hermione e Clementine, que para a insatisfação de Molly iria passar a noite por ali, e no dia seguinte ela seguiria para a casa de Dumbledore, que agora era sua.
***
Gina e Hermione estavam no quarto de Harry e Ron, já era de madrugada e todos os outros já dormiam, exceto Clementine que continuava no jardim da Toca. Ron estava deitado em sua cama, quase dormindo, com a cabeça apoiada no colo de Hermione que estava sentada na cama, encostada na parede. Harry estava sentado em uma poltrona e Gina permanecia observando Clementine pela janela.
- Não gostei dessa garota. – disse Harry, quebrando o silêncio.
- Ela é muito grossa, McGonagall deveria ter deixado Moody dar uma bronca nela. – disse Ron, um pouco mais acordado.
- Não falem assim! Vocês nem a conhecesse! – disse Gina, que ainda estava observando pela janela – Ela só parece ter sofrido muito.
- Concordo com a Gina, acho que devemos tentar conhecê-la. Principalmente você Harry! Dumbledore pediu que confiasse nela. – disse Hermione.
- Ele também tinha me pedido que confiasse em Snape. – respondeu Harry, um pouco irritado.
- Será que da pra você para de lembrar disso a cada cinco minutos? – disse Hermione, tão irritada quanto Harry.
- Vocês não vão começar a brigar, certo? – pediu Ron, fazendo com que Hermione e Harry ficassem emburrados.
- Eu estou preocupada com ela, não pode passar a noite lá fora. – disse Gina.
- Realmente, talvez se agente fosse lá... – disse Hermione que havia se levantado e estava ao lado de Gina.
- Não inventa Mione! – disse Harry, impedindo que a amiga terminasse a frase.
- Não se preocupa Harry, não será preciso, parece que Fred e Jorge tiveram a mesma idéia que agente. – disse Gina, que observava os dois irmãos irem até Clementine, sentarem ao lado e começarem a conversar.
- Pra mim chega, eu vou dormir. – disse Hermione, que deu um selinho em Ron, que já dormia e se virou para Harry – Afinal tem gente aqui que reclama que os outros são grossos, mas age da mesma maneira. – se virou para Gina – Boa noite, não demore muito. – e foi saindo do quarto.
- Eu já vou indo também. – disse Gina que esperou Hermione sair do quarto, e então continuou – Ela tem razão Harry. – deu um selinho no namorado e foi saindo. – Boa noite.
- Boa noite. – disse Harry.
Ele esperou Gina sair, fechou a porta do quarto e então foi até a janela. Fred Jorge e Clementine ainda estavam lá, agora pareciam conversar animadamente. Harry não sabia exatamente porque, apenas sentia que não gostava de Clementine e pronto. Se jogou em sua cama, o dia havia sido muito cansativo e decepcionante, espera que Dumbledore lhe dissesse algo melhor do que “confie em Clementine”, uma garota arrogante que ele nunca tinha ouvido falar antes. Pensou nisso até que finalmente dormiu.
***
- Você viu na mão dela? – disse Hermione, deitada na em sua cama.
- Vi, o anel de Slytherin. Só não entendi o que ele fazia lá. – disse Gina, também deitada.
- Eu também não. Acho que Harry não percebeu ou teria comentado.
- Com certeza, afinal o anel era um Horcruxe. Será que ela sabe?
- Pelo que dizia o testamento ela sabe de tudo que Dumbledore sabia, então acredito que sim.
- Falando no Harry e nos Horcruxes, você e o Ron contaram pra ele?
- Ainda não. Pretendíamos falar ontem, mas como você viu Lupin nos expulsou do quarto antes, e hoje com toda essa bagunça do testamento não tivemos tempo.
- Não sei porque, mas acho que isso ainda vai nos causar problemas.
- Não se preocupe Gina, vamos contar á ele, só não sei quando.
Mas Gina não ouviu a última frase de Hermione, afinal já estava dormindo. Então Hermione se levantou, deu uma última olhada pela janela, os gêmeos e Clementine ainda estavam lá. Voltou para sua cama, tentou dormir, mas sua cabeça estava cheia demais para isso.
[[Segundo capítulo, espero que estejam gostando, e que comentem! Bem, eu ainda preciso de um beta reader, quem se interessar é só me procurar!]]
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