Caindo na Real
-Alícia? Está tudo bem? – perguntou Remo, se aproximando bem devagarzinho e sentando-se ao lado da garota.
-Eu não sei se está tudo bem... – ela levantou seu rosto e Aluado viu que uma lágrima silenciosa passava pela sua bela face.
-Por que você está chorando, Alícia? – perguntou Remo, morrendo de pena da menina, e limpando as lágrimas dela com a mão.
-Eu não sei porque, mas eu não queria que as coisas acontecessem assim. Eu vim para cá feliz, não queria tantas confusões... Eu não agüento mais tudo isso – soluçou Alícia, com mais lágrimas caindo pelo rosto. – Sabe, eu só queria que o Sirius parasse de fazer tudo isso, e me deixar assim. Aonde eu vou, as pessoas querem me fazer mal, primeiro aquele tal de Malfoy, depois o Black...
-Alícia, o Sirius não quer te fazer mal, o problema é que você pegou nos pontos fracos dele: garotas e o orgulho. – explicou ele, então pegou nas mãos de Alícia – Quanto ao Malfoy, não se preocupe, se você não transformá-lo em sapo, eu cuido dele para ti. – disse ele sorrindo, a menina também deu um sorriso.
-Você é tão diferente dos seus amigos Remo, não sei como conseguem conviver juntos...
-Sabe que eu escuto muito isso? – falou Remo – Mas é que eles são como a minha família, e são os únicos que me aceitam do jeito que sou... diferente. – disse ele, ficando um pouco triste.
-Remo, diferente como? Como eu já disse uma vez, você é especial... A não ser que você tenha um lado maligno que eu não conheça – disse ela rindo e Remo teve um arrrepio. – Mas mesmo assim, só do seu jeito de ser, qualquer um te aceitaria.
-Posso ver o seu braço? – perguntou ele, mudando o rumo da conversa. Ela estendeu o braço e Remo o examinou, estava vermelho, onde Sirius a segurara.
-É, hoje o Sirius passou dos limites... – comentou ele.
-Nem me fale, e espero que a mordida que eu dei nos lábios dele, tenha doído bastante – falou sonhadora.
-Não se preocupe, vou falar com o Sirius, fazer ele ver a burrice que está fazendo. – falou Lupin.
-Obrigada Remo, você é um amigo muito especial, e não quero perder a sua amizade, nunca... – ela disse sincera, Alícia olhou para Aluado com aqueles olhos que o encantavam.
Eles já estavam sentados um do lado do outro, mas na hora que se olharam nos olhos, foram se aproximando ainda mais, só que quando seus rostos já estavam quase colados um no outro tocou um sinal bem longe. Eles se afastaram rapidamente, muito encabulados e um pouco envergonhados.
-Ah, é melhor nós irmos, esta na hora da aula... – falou a menina quebrando o silêncio e se levantando, seguida de Remo.
-Então, tchau Alícia – despediu-se Remo.
-Tchau Remo – ela aproximou-se de Aluado e lhe deu dois beijos nas bochechas, e foi embora.
Lupin ficou muito vermelho, sabia que aquilo havia sido um beijo de amigos e de agradecimento, mas não podia deixar de ficar muito feliz. Afinal, um beijo... aquilo era um grande avanço; ele foi caminhando para a sala de aula meio que aéreo, para sua aula de transfiguração separada da corvinal, com a lufa lufa.
Quando chegou, os marotos o olharam com um cara muito estranha, quase que de decepção. A aula passou muito rápida e Remo quase não prestou atenção no que a professora Macgonagall disse. Ao final dela, Remo saiu em silêncio com os marotos.
Eles só pronunciaram uma palavra quando já estavam todos sentados na sala comunal da grifinória.
-Então – começou Sirius, parecendo muito solene – Remo, porque você atrapalhou meu lance com a Alícia?
-Atrapalhar? Sirius, será que você ainda percebeu a besteira que você fez? – perguntou Remo incrédulo – você perseguiu a garota, Almofadinhas, e ela não estava achando graça; depois, ainda FORÇOU a Alícia a te beijar!
-Eu não fiz nada que o Tiago não faça com a Lílian...
-Opa! – falou Tiago – Eu não vou tão longe com Lílian, eu nunca a forcei a nada, eu soa chamo de Lily, é muito diferente, eu não persigo ela!
-Eu não estava perseguindo a Alícia, não foi nada sério, só uma brincadeira...
-Brincadeira da qual ela não gostou! Sabe o que ela fez quando foi embora?
-Não... – falou ele meio sem graça.
-Ela chorou Sirius, chorou! Alícia está achando que você quer fazer mal a ela, te comparou com o Malfoy; e se você parar pra pensar, vai ver que vocês se comportaram igualmente mal com a Alícia... – falou Remo indignado.
-Ela chorou, chorou mesmo Remo? – falou Sirius, num tom arrependido.
-Chorou, Almofadinhas. E disse exatamente assim “Queria que o Sirius parasse de fazer tudo isso”. – repetiu Aluado.
-Eu fui tão burro assim? – perguntou Sirius para os outros.
Remo e Tiago balançaram a cabeça afirmativamente. Sirius colocou as mãos no rosto e ficou algum tempo pensando. Enquanto os outros marotos só esperavam uma reação positiva do amigo.
-Eu me resolvi então, – falou Sirius – vou pedir desculpas a ela.
-Que bom – falaram os outros em coro. – Agora? – perguntou Remo.
-Não, se eu for agora ela vai me estuporar, provavelmente. Olha só o que ela fez a minha boca – Sirius mostrou, sua boca, que tinha um corte bem feio, Remo supôs que fora a mordida de Alícia – é melhor eu dar um tempo para ela se acalmar e perder a vontade de arrancar meus olhos.
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Passaram-se alguns dias, e Sirius continuava a não falar com Alícia, sobre o pretexto de que queria esperar um pouco mais, até ela ficar sozinha, já que a garota vivia acompanhada. Alícia nem olhava na cara de Sirius na aula, e escolhera ignorá-lo.
A chance veio numa terça-feira, quando Alícia ia sozinha para o jardim, os outros murmuraram “Vai agora, e não faça besteiras!”. Sirius a seguiu, e parou bem perto dela à beira do lago.
-A-Alícia? – falou ele bem devagarinho.
A menina se assustou, e ficou branca quando viu Sirius vindo assim, devagar e sozinho.
-O que foi Black? – perguntou ela pegando sua varinha.
-Eu não quero te fazer nada alícia, não se preocupe. Eu só quero lhe pedir desculpas...
-E porque você quer isso? – perguntou a menina.
-É que eu conversei com os outros, e especialmente Remo, eles me fizeram ver que eu fui um idiota. Eu não queria fazer nenhum mal para você, nem queria te fazer chorar, fui muito burro, e se fosse possível, eu vim pedir, se for possível, que você me perdoe.
-Eu não sei Black, até agora você não me mostrou nada que te fizesse legal.
-è que o meu lado imbecil se tornou mas forte quando você me esnobou, e meu lado galinha ficou mais forte ainda quando eu te vi. Mas no fundo disso tudo tem um Sirius legal, eu te garanto – ele chegou mais perto do lago – então, você me desculpa?
-Eu não sei se você está falando a verdade, não tem como me provar que não é mentira – ela disse.
-Tem sim, – Sirius deu um mergulho no lago e apareceu na água – está vendo? Eu pulo até no lago pra você me desculpar e sermos amigos...
-Ah Sirius, só você mesmo, com essa cara de pau enorme me fazer rir. – disse ela rindo e ajudando-o a voltar para a terra.
-Então, estou desculpado? – perguntou ele, enquanto Alícia exclamava um feitiço eu o secou.
-Está sim, contando que faça o Sirius legal aparecer mais.
-Eu vou fazer, mas antes de banir o Sirius chato, eu posso fazer uma pergunta, que representa o meu orgulho? – perguntou Sirius.
-Pode – falou ela calma.
-Porque no começo, quando eu comecei a falar com você, na aula de transfiguração, naquele dia e nos outros, voe me esnobou?
-É porque eu já gostava de outra pessoa... Mas eu não sei se confio em você o bastante para te falar isso Sirius, nem para a Lily eu contei...
-Tudo bem, é que eu realmente fiquei curioso...
-Mas se bem – disse ela pensativa – que você poderia me ajudar.
-Eu? Ajudar-te como? – perguntou ele intrigado.
-É que você conhece a pessoa, e poderia me ajudar a aproximar-me mais dele...
-E quem é então? – disse Sirius, se corroendo de curiosidades.
-É... é o Remo. – com essa frase Alícia corou furiosamente, e Sirius ficou perplexo.
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N/A: oi pessoal! Td bm? Esse capitulo foi meio chatinho, mas eh o 1° clima da Alícia e do Remo, logo vcs vão ver o próximo rival do remo, e..,. surpresa!
Comentem, OK? Bjks, glaucia...
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