Alô, Malfoy

=^.^= Draco Malfoy & Luna Lovegood =^.^=


Alô, Malfoy.


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-Alô, Malfoy.


-Hã? Ah, sim. Olá.


-Você me parece surpreso.


-E estou. Não me lembro de ter falado com você alguma vez na minha vida.


-Sei. Também não me lembro.


-...


-...


-Então por que está falando comigo? Pelo que eu sei, durante a guerra estivemos de lados opostos.


-Oh, sim, sim. Mas a guerra acabou há algum tempo e este seu olhar tristonho me intriga.


-Não estou tristonho.


-Você chama de outra forma?


-Não existe outra forma- E o que pensa que está fazendo?


-Não penso. Estou apenas me sentando ao seu lado.


-O que eu quis perguntar foi o porquê de você se sentar ao meu lado.


-Por que o banco está vazio e eu também quero assistir o treino de quadribol da Lufa-Lufa.


-Olha, o que eu realmente estou querendo saber é o porquê de você estar se sentando justamente ao meu lado ao invés de procurar se afastar.


-Não sei. Está com alguma doença para que eu tenha que me afastar?


-Deixa pra lá. Parece impossível conversar com você.


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-Ah- Olá, Malfoy.


-O que-? Ah. Você.


-Conseguiu adquirir informações suficientes sobre o time da Lufa-Lufa?


-Eu não estava espionando o treino deles, se é isso que está sugerindo.


-Não sugeri.


-Ah... Ok.


-Mas o que está fazendo agachado atrás deste arbusto? Por que não simplesmente senta no mesmo banco de ontem para assistir a Grifinória?


-Shhh... Eu não estou espionando o time da Grifinória.


-Eu disse que estava?


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-Você está chorando.


-Não, não estou.


-Eu não perguntei para que você me dê uma resposta. Eu sei que está porque tem lágrimas em seus olhos.


-Por acaso tem me vigiado, Lovegood?


-Não.


-Então por que aparece em todo lugar que estou?


-Apareço, é? Não cheguei a notar.


-O que faz aqui, posso saber!?


-É o banheiro feminino.


-É o banheiro feminino interditado.


-Ainda assim é um banheiro. E é feminino.


-Ora. Não é fácil conversar com você.


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-Fico imaginando o significado de seu nome.


-Que conversa é essa agora?


-Draco. É um nome forte. Será que seus pais lhe deram este nome por causa dos diabretes da Cornualha? Em alguns lugares eles são chamados de dracos.


-Diabretes da Cornualha? De onde você tirou isso, Lovegood? Meus pais me deram este nome porque significa "dragão" em latim, obviamente. Qualquer trasgo saberia dizer.


-É mesmo? Seus pais têm um dragão?


-Claro que eles têm. É um Rabo-Cóneo Húngaro que se chama Fofuxo e ele dorme nos pés de minha cama toda noite.


-Curioso. Não sabia que dragões eram tão dóceis assim. Sabia apenas que o fogo que emitem tem poderes curativos.


-Por Merlin, Lovegood. Você é tão inteligente! Não sei como não foi escolhida para a Lufa-Lufa juntamente com Neville Longbottom.


-Oh- é mesmo? Não vejo o porquê de estar na Lufa-Lufa. Você gostaria de estar lá?


-Não, não queria.


-Você soa irritado.


-Jura?


-Juro.


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-Olá de novo, Malfoy!


-AAHH! Você me assustou!


-Desculpe-me. O que está fazendo?


-Estou na biblioteca fazendo carinho nos livros.


-Que coisa estranha. Achei que apenas o livro de Trato das Criaturas Mágicas que era necessário fazer carinho para abrí-los.


-Isso foi uma ironi-. Deixa pra lá.


-Vejo que está escrevendo em seu pergaminho. É alguma lição?


-Não. É o meu diár- Deixe-me em paz, Lovegood.


-Por que não está completando nenhuma frase?


-Por que é inútil falar algo para você.


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-Você está muito bonito.


-O quê? Er... Bem, obrigado.


-Hahaha! Agora você está vermelho.


-Obrigada por avisar, Lovegood.


-De nada. Acho que não ia querer ir para o baile de Halloween desse jeito.


-Hm.


-Você já tem um par?


-Não. Nem preci-


-Ótimo! Nem eu! Vamos juntos então. A banda já vai começar.


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-Acabei de reparar, seus olhos são cinzentos.


-E os seus azulados.


-E nossos cabelos são loiros esbranquiçados, apesar de achar os seus ainda mais claros que os meus.


-Hm.


-Está com alguma coisa na garganta?


-Er... Eu não.


-É que você está muito quieto.


-Só estava pensando...


-Em quê?


-Se gostaria de dançar comigo.


-Ah.


-...


-...


-E então?


-Então o que?


-Quer dançar comigo?


-Ah, sim! Achei que só estivesse pensando.


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-Você também está bonita, Lovegood.


-Ah! É a primeira vez que vejo você falar comigo espontaneamente. E muito obrigada.


-Nada...


-Está vermelho novamente! É a terceira vez esta noite.


-Terceira?


-É. Agora, quando eu disse que estava bonito e também quando me convidou para dançar. Hahahah. Agora é oficialmente a quarta vez.


-Obrigado por ficar contando toda vez que eu enrubesço.


-De nada, Malfoy.


-Ai, Merlin...


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-Fico me perguntando se posso chamá-lo pelo primeiro nome. Draco é um nome tão legal...


-O que? Por que isso de repente?


-Porque quero. Se quiser pode me chamar de Luna. Não me importo.


-Hm... Ok.


-Draco. Sua vez.


-É realmente necessário? ... Ok, ok. L-Luna.


-Oh! Vejo que tem este hábito.


-Que hábito?


-De ficar corando, Draco.


-Ora. Não precisa ficar narrando todas as vezes que eu enrubescer. Isso só me faz ficar mais corado! Além do mais, você nunca se sentiu constrangida?


-Hm... Acho que uma vez.


-Só uma?


-Quando meu pai descobriu que eu estava cuidando de um gatinho que escondia debaixo da minha cama. Seu nome era Jorge.


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-Suas argolas são de rabanetes.


-Gosta?


-Hm. São... diferentes.


-Obrigada.


-Nada.


-Eu gosto de você, Draco.


-V-você o quê?


-Hahaha! Lá vai você de novo corand-


-Ora, eu sei que estou corando. Já não conversamos sobre isso?


-Oh, desculpe. Mas eu só disse que gosto de você. É engraçado.


-Oh. Sim. Ok.


-Quando olho para você, lembro-me de mim.


-Como assim?


-Está sozinho e sem amigos agora. Mas eu sou uma amiga. Pode contar comigo.


-Er... Não sei como dizer... Digo... Sobre isso... É...


-De nada.


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-Oh! Obrigada por me ajudar com Poções, Draco.


-Nada... Luna.


-...


-P-por que fez isso?


-Isso o que?


-Isso!


-Ah! Te beijar na bochecha?


-S-sim!


-Eu quis.


-Tudo pra você é tão simples assim?


-E não seriam?


-Sei lá. Não consigo raciocinar direito com você tão perto. Pode se afastar um pouco?


-Assim está bom?


-Está.


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-Oh. Então isso que é um beijo de verdade.


-Luna, por que você gosta tanto de descrever tudo o que faz?


-Mas eu não fiz. Você fez.


-I-isso não importa. Só pare de ficar dizendo isso e aquilo.


-Mas foi muito bom.


-Ora, sua... Dá pra calar a boca?


-Você está irritado.


-É claro que estou.


-Com o quê?


-Com você!


-É mesmo? O que eu fiz?


-Eu te beijo e ao invés de você ficar quieta, tem que ficar falando pelos cotovelos.


-Entendo.


-Eu só queria que fosse... que fosse...


-Fosse o que?


-Romântico.


-Então me dê outro.


-Com todo prazer.


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-Quer ir para Hogsmeade comigo no fim de semana?


-Não sei porque iria com você. Eu já vou sozinha, mesmo.


-...


-Você parece chocado, Draco.


-E estou!


-Por que deveria?


-Falar com você é cansativo, sabia?


-Não.


-Ora, depois que eu te beijei, você me trata assim.


-O que eu fiz?


-Se negou a sair comigo.


-Apenas disse que seu convite era desnecessário se eu já iria para Hogsmeade de qualquer jeito.


-Luna, presta atenção, eu quero sair somente com você. Como num encontro.


-Ah! Isso significa que estamos namorando, então?


-Acho que sim. Achou que eu ia simplesmente de beijar e deixar as coisas por isso mesmo?


-Não sei. Pensei apenas que foi divertido.


-Oh.


-Agora você parece triste.


-Sim, estou.


-Por quê?


-Você gosta de mim?


-Gosto, Draco.


-Não só gostar como amigo, Luna. Gosta de mim como... namorado.


-Gosto.


-Então venha aqui.


-...


-...


-Você me beijou.


-Volte aqui pra eu te calar novamente, então.


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