O anel de diamante
“Draco!!!” ele escutou uma voz estridente muito ao longe, preferiu ignorar, porém, a voz não cessou “Draco!!” ele piscou os olhos devagar e respirou fundo, odiava ser interrompido. “O que você esta fazendo?” a voz falou novamente.
“Vá embora Parkinson!” ele respondeu friamente. Brena se afastou dele e as mãos de Draco escorregaram entre os cabelos dela. Ela o olhou com os olhos brilhantes e tristes, olhou para Pansy com vigor e virou-se de costas.
“E aonde você vai sua vadia?” Pansy gritou.
Brena parou, virando para trás, calmamente. “Como?”
“Você escutou...” Pansy cruzou os braços.
“Eu sou uma vadia? E como você se denomina?” Brena cruzou os braços. Pansy avançou o dedo para o rosto de Brena, movendo a boca para responder.
“Eu não pedi uma resposta. Eu posso responder melhor que você.” Brena a interrompeu bruscamente. “Você é um cachorro. Fica rodeando o pobre menino e não vê que ele não te suporta...”
“Você não sabe nada sobre mim e o Draco!”
Draco rolou os olhos e cruzou os braços também.
“Existe um Draco e você? Existiu algum dia?”
Pansy arregalou os olhos. “Quem você acha que é? Uma qualquer que alguém acolheu por pena. Draco e eu temos a mesma linhagem, a mesma criação e pertencemos ao mesmo mundo!”
“Linhagem...? Você realmente incorpora o aspecto cachorro da sua personalidade...”
“Você jamais compreenderia sua sangue ruim. Uma trouxa que resolveu ir para um mundo que não lhe pertence. Almejar algo que não pode ter...”
“O que você quer dizer com isso...?” Brena mudou o tom de voz, desconfiada. Olhando no fundo dos olhos de Pansy.
Draco encostou no ombro dela e falou calmamente. “Nada. Eu resolvo.”, virou para Pansy. “O que você pensa que esta fazendo?”
“O que você queria que eu fizesse? Te vejo com essazinha quase se...” Ele não conseguia mais distinguir as palavras que ela soltava. Pansy às vezes chegava a um nível tão frenético que compreender o que ela dizia era impossível... no mínimo insuportável. Draco pegou sua varinha no bolso e soltou o feitiço placidamente. “Silencio...”, como era de praxe.
Pansy colocou as mãos no pescoço, enquanto ainda tentava soltar algumas palavras.
“Não tente...” Draco falou impacientemente. “é ridículo...”
Pansy encheu os olhos de lágrimas... ele em resposta apenas bufou e virou os olhos olhando para trás e a Blair não estava mais lá. Draco chegou a fechar os punhos de raiva. Não perdeu tempo olhando para Pansy, só queria sumir para não correr o risco de matar alguém...
‘Quase’... seus pés davam passos frenéticos automáticos... ‘quase’... era tudo o que conseguia pensar. Em sua mente só passava a imagem do momento surreal que acabara de acontecer... precisava de um outro momento daquele, mas um no qual ele não seria interrompido.
Tentou lembrar-se o que ele estava fazendo antes... roupas... ele pensou entediado. ‘Isso! Roupas! Vou dar de presente para a Brena alguma roupa!’ ergueu a cabeça com um brilho no olhar. ‘Não...’ pensou novamente, dar roupas para Brena não era aconselhável, mulheres são sempre frescas com roupas. ‘Jóias’... este era um presente irrefutável, Brena não citaria outros ‘pares’ se ele lhe surpreendesse com uma jóia quando à chamasse para ir ao baile com ele.
Draco coçou a cabeça. Quando exatamente ele tinha decidido chamar Brena para o baile de dia das bruxas? Ele não decidiu nada... apenas parecia a única decisão possível.
Ele deu as voltas que precisava dar. Contornou Hogsmeade inteira em busca de algo fosse bom o suficiente. Infelizmente o exigente gosto de Draco Malfoy não permitiu que ele comprasse nada. Os seus pés já estavam doendo e o dia escurecia. Provavelmente todos os alunos já haviam partido e na verdade ele nem tinha como voltar. Portanto não custava nada procurar mais um pouco.
Entrou em uma última loja de jóias. Totalmente desesperançado de encontrar qualquer coisa. O lugar parecia vazio. Ele se aproximou da bancada tocando a campainha algumas vezes. Olhou impacientemente para os lados. Ninguém.
Bateu os dedos na bancada diversas vezes. “Alguém?”. Esperou mais alguns segundos e nada. “Acho que não...”
Afastou-se da bancada, virou de costas e encontrou parado à sua frente um velhinho de óculos fundos e rosto enrugado. No susto, Draco quase caiu para trás.
“Procura algo meu jovem?” O velhinho tinha uma voz carismática de pessoa idosa simpática.
Draco pretendia reclamar da demora mas, pareceu um pouco descontextualizado. “Eu estou procurando uma jóia.”
O velhinho foi para trás do balcão. “Algo específico?”
“Não...”
“Humm... um colar talvez?”
“Pode ser.” Draco colocou o cotovelo na bancada apoiando o rosto na mão.
“Que tal este?” o velhinho lhe mostrou uma correntinha prateada.
Draco olhou para a correntinha em seguida para o senhor que estava parado à sua frente, com um olhar de incredulidade. Repetiu o movimento mais umas duas vezes. “Você não pode estar falando sério. Esta correntinha? Eu disse um colar. Algo mais... bem mais significativo.”
“Você” pontuou seriamente o senhor. “não disse nada e esta correntinha tem muito significado.”
“Esta é a sua opinião” Draco não se importou de ser grosso agora. “Por favor algo mais... vejamos... caro.”
“Caro... porque algo caro?”
Malfoy ficou ainda mais perplexo. “Como assim?”
“Achei que quisesse dar algo com significado. Isto sim você disse.”
“Eu quero.”
“Então não precisa ser caro.”
Draco foi se sentindo pressionado. “Não mas, precisa ser bonito.”
“Então porque você falou que queria algo caro?” o velhinho nem mais encarava Draco, estava de costas mexendo em algumas prateleiras.
“Porque... porque coisas caras sempre são bonitas.”
“Não... nem sempre...”
“O que você esta olhando ai?” Esta discussão sobre nada era completamente dispensável.
“Algo que siga as suas especificações.”
“Que especificações?” Draco simplesmente não encontrava lógica nenhuma no que aquele sujeito dizia. Mal sabia porque ainda permanecia na loja. Quando começou a pensar seriamente em sair dali o velhinho lhe estendeu uma caixa.
“O que acha deste?”
Draco pegou a caixa e abriu. Viu lá um anel de diamante. No dia ele tinha visto milhares de anéis de diamantes, colares de diamantes mas... Aquele lhe pareceu único.
“Diferente não é?” O velhinho falou calmamente.
“Realmente...” Draco falou enquanto analisava o anel contra a luz praticamente inexistente do lugar. “Por que?”
“Não sei...”
“Não sabe?” Draco deu uma risada sarcástica, guardando o anel na caixa.
“Eu não. Ele veio no estoque com todos os outros, porém, sempre o achei mais bonito.”
Draco não gostou muito de saber que o seu presente tendia ao ordinário mas, não via outra opção a não ser levar o anel mesmo. “Quanto é?” Ele já colocava as mãos nos bolsos.
“Ah...” o velhinho parou um tempo pensativo. “nada não.”
“Como assim nada?”
“Pode levar.”
“Este anel é de vidro?” Draco não via outra possibilidade.
“Não. É um diamante muito bem trabalhado.”
“E você vai me dar de graça?”
Ele apenas sorriu. “Eu sinto que é por uma boa causa.” Pegou a caixinha e começou a embrulhá-la.
Draco rolou os olhos. “Você pode achar que é por uma boa causa e cobrar um bom preço!”
“Rapaz, estou te dando o anel.” O velhinho estendeu uma caixinha azul marinha com bordados prateados nas laterais. “Faça bom proveito.”
Malfoy pegou a caixinha de reflexo. Olhou para ela e em seguido para o senhor. “Que seja...” falou sem animo na voz. “É o seu prejuízo.”
Draco olhou para trás algumas vezes antes de sair pela porta. Talvez aquele senhor caísse em si, mas isso não aconteceu. Olhou para fora, já havia escurecido. As ruas estavam razoavelmente movimentadas e o vento uivava fortemente, carregando folhas molhadas pelo ar. Tinha chovido? Engraçado...
Foi até a estação, desacreditado de encontrar o trem. Não se importava muito, perdido no som das batidas de seu sapato contra o chão molhado. Sempre com as mãos no bolso do seu sobretudo, ele caminhava calmamente. Quem diria, o trem ainda estava ali.
Draco se aproximou procurando por qualquer pessoa que pudesse lhe informar o que estava acontecendo. Ou ele perdeu completamente a noção de tempo e não estava tão tarde assim ou aquele trem já deveria ter partido há muito tempo.
Achou Pansy. Ele suspirou friamente. Fazer o que... “Pansy...”
“Draco?” ela perguntou com um tom aliviado. Pulou em seus braços. “Ainda bem!” e passou os dedos pelos fios de cabelo dele. ‘Estava tão preocupada!’
“Por que?”
“Você sumiu e...”
‘Não importa.’ A interrompeu sem peso na consciência soltando-se do abraço. ‘Porque o trem ainda não partiu?’
Pansy olhou para ele um pouco incrédula e permaneceu em silêncio.
“É para responder...”
“Bom... porque caiu uma tempestade?”
“Caiu?”
“Você não viu?” Ela gritou. “Aonde você estava?’
Draco não precisou responder, um sino começou a tocar chamando os alunos para embarcar. “Um trilho estragou ou algo assim?” Ele perguntou de curiosidade.
“Bem...não... mas uma ponte caiu.” Ela disse sarcasticamente.
“Humm... foi feio de verdade não é mesmo?”
“Sim.”
“Nós não embarcamos até agora porque estavam consertando a ponte?”
“Sim.” Pansy olhou para baixo por um segundo. “Vamos entrar?”
Draco podia não morrer de amores por Pansy mas a conhecia bem e com certeza ela estava escondendo algo. Sempre olhava para baixo e mudava de assunto quando preferia omitir alguma coisa.
“Pansy...”
“Eu...” ela diz com uma voz mansa. Este tom de voz não deixava dúvidas: ela estava escondendo algo.
“Pode falar.”
“Como você sempre?” Ela falou com uma indignação infantil.
“Tempo de convivência. Sei lá... o que importa? Fala de uma vez.”
“Sua amiguinha...”
“Brena?”
“Agora é Brena?”
“Fala!”
“Ela sumiu...” Pansy falou quase que com um prazer interno.
“Defina sumiu.”
“Ah... ninguém sabe aonde ela esta?” novamente ela deu uma conotação bem sarcástica.
“Sua estúpida.” Draco geralmente não se importava com Pansy porém neste momento ele fez questão de ser cruel. “Quando foi vista pela última vez?”
Pansy encheu os olhos de lágrimas, olhou no fundo dos olhos dele. “Sabe de uma coisa...?” a voz dela ecoava praticamente apenas para si mesma. “Eu não mereço isso...” Pansy piscou os olhos, soltando as lágrimas que se prendiam.
Draco não esperou a dramática cena se completar, apenas constatou que estava perdendo tempo. “Agora não Pansy.” E virou de costas. Sempre essas mesmas crises, insuportável...
Ele procurou concentrar-se. Se ele soubesse aonde Brena estava levando ele naquela hora. Talvez ela tenha ido sozinha ou algo assim. Talvez com algum outro homem... uma voz falou no fundo da sua mente. ‘Não é hora de ciúme...’ ele disse para si mesmo.
O jeito era andar por Hogsmeade perguntando por ela. Era uma metodologia patética mas ele não conseguia pensar friamente, não agora. Draco se misturou a multidão, tentando lutar contra a massa que se amontoava para entrar no trem.
“Aposto que ela que quebrou a ponte” ele ouviu um garoto dizer. “Depois da performace no jogo...”
“Mas caiu uma tempestade!” Respondeu uma menina com mais senso crítico.
Malfoy não tinha tempo para prestar atenção nestas conversas.
“Olha ela lá!” o garoto sem noção disse apontando o dedo para algum lugar.
Para esta frase ele parou e olhou para aonde o dedo do menino apontava. Realmente ela estava lá, coberta com uma capa preta. Brena estava absolutamente ensopada e bem suja. Onde raios ela estava?
Ele tentou se aproximar mas a massa de pessoas não permitiu. Sinos tocavam, anunciando enfaticamente que os alunos deveriam entrar. Empurrado pela corrente de pessoas ele não teve opção. Ao entrar no trem ajustou o seu sobretudo e passou a mão pelos cabelos.
Dirigiu-se a sua cabine. Não que as cabines fossem marcadas, mas existia uma regra social implícita que se encarregava de demarcar rigorosamente aonde cada um sentava. Olhou algumas vezes para trás para ver se encontrava Brena entrando, só para ter certeza que ela entraria.
Pensamentos correram mais uma vez a sua mente, o indagando e criticando. Ele realmente não deveria pensar nisso, porém existem coisas que não são opcionais... este aperto no coração que o preenchia por exemplo. Um sentimento sem nenhuma razão, provavelmente ela chegaria bem em Hogwarts.
Suspirou alto e decidiu apenas entrar na sua cabine. Sob uma ligeira luz que vinha da janela ela estava sentada lá, na sua melhor pose, deixando propositalmente o cabelo cair no seu rosto de forma graciosa. Pansy calculava precisamente cada movimento. Somente um homem muito inocente, alguém que não a conhece-se como ele conhece seria capaz de genuinamente acreditar naquele olhar doce e puro.
Em todos esses anos ela nunca desistiu dele. Todos sabiam que qualquer homem que ela quisesse cairía em seus pés querendo ou não. Ela tinha um magnetismo, um jeito de jogar os cabelos para trás. Tolos os que se deixavam levar pela falsa inocência do seu doce channel e os ferventes, cálidos e suaves olhares que ela lançava. Pansy não movia um dedo sem um objetivo predefinido, ela sabia o que queria e buscava até o fim. Draco até hoje imaginava se ela realmente queria ficar com ele porque gostava dele ou porque só lhe restava gostar dele, era a única coisa que parecia intangível.
Ela não era necessariamente uma pessoa ruim. Apenas era psicoticamente obstinada, extremamente inconseqüente e egoísta, um tanto quanto manipuladora mas, só isso. No fim era uma boa pessoa que não sabia direito o que fazer e muito menos o que verdadeiramente queria, igual a qualquer outra pessoa.
Pansy ainda o olhava e Draco estava parado na porta deixando estes pensamentos correrem a sua mente, quando resolveu olhar para ela novamente percebeu que ela não ostentava o mesmo olhar. Lhe o olhava um tanto quanto intrigada, surpreendentemente meio perdida, sem saber o que fazer. Ele olhou para trás procurando o que poderia ter intrigado Pansy e não viu nada. Deu de ombros, fechou a porta e sentou-se na frente dela.
“Tudo bem?” Ele perguntou casualmente.
Pansy mexeu nas mechas de seu cabelo algumas vezes, o olhou em por um breve instante. Abriu a boca para falar umas três vezes. Draco só conseguia pensar que não era exatamente uma pergunta complicada...
Ela riu, uma risada pura, que ele nunca tinha escutado antes. “Você me olhou de um jeito...”
Draco rolou os olhos. “Pansy... para...” Antes que ela pensasse em algo ele já cortou de uma vez. “Desiste Pansy...”
“Nunca.” Ela respondeu olhando no fundo dos seus olhos.
Draco respondeu com um olhar cansado e entediado. “Por favor?”
“Nunca.” Impressionante a convicção com que ela falava. Como convence-la? Ele já tinha tentado de tudo, ser grosso, ignora-la. Ela chorava, resmungava, gritava, mas desistir? Nunca. Infelizmente nunca.
“Eu desisto.” Draco levantou as mãos no ar e se rendeu.
“Então...” ela começou com os lábios trêmulos e o olhar molhado.
“Não! Desisto de te convencer de desistir, afinal o problema é seu. Não me importo mais.”
“Então você se importava!”
“Não”
“Mas você acabou de falar que não vai se importar mais”
“Pansy.” Ele cruzou os dedos, apoiou os cotovelos nos joelhos e respirou fundo. “Para. Jogar as minhas palavras contra mim não vão fazer com que eu goste de você.”
Ela forçou um sorriso, engolindo lágrimas secas. “Verdade.” Piscou de leve, forçando outro sorriso. “Eu vou tentar outras coisas.”
Draco riu. “Que seja.”
Ela provavelmente notou que aquele assunto não iria render mais nada. “E então, como vão os preparativos para o jogo?”
Draco fechou os olhos, enrugando a testa. “Jogo?”
“O jogo da sonserina contra a lufa-lufa? Aonde esta a sua cabeça?”
Ele preferiu ignorar a última pergunta. De fato ultimamente ele só ficava sabendo das coisas repentinamente. Antigamente fazia questão de saber de tudo para se organizar. “Que dia que é este jogo?”
“Semana que vem.” Ela falou em meio a risadas.
“Espera... contra quem mesmo?”
“Lufa-lufa.”
Lufa-lufa igual à Brena Blair. Um momento... este era O jogo. Aquele que teoricamente ele estava treinando para, se preparando e principalmente ansiando terrivelmente por ele. Inevitavelmente lembranças preencheram a sua mente... de um certo vôo numa bela tarde. Agora até que lhe parecia divertida a idéia de jogar contra ela.
“Draco?” Pansy interrompeu os seus pensamentos.
“Sim?” Ele respondeu um pouco impaciente, eram bons pensamentos.
“Você esta me escutando?” ela começou com a voz histérica.
“Não. Você estava falando?”
“Sim!” a voz dela ficou ainda mais estridente e ela começou a falar um monte de coisas que ele fez questão de ignorar.
“Para!” Draco disse enfim. “Me deixa em paz!”
Ela se calou e o encarou indignada.
“Por favor?” ele insistiu, infelizmente ela não se moveu. “Eu não quero te expulsar daqui a força então por favor saia.” Sua voz sempre tinha um tom de impaciência profunda, como a de um pai que não agüenta mais estudar a choradeira de um filho mimado.
Pansy acenou com a cabeça relutantemente e se levantou, mexendo os cabelos, fazendo os olhares, enfim, o teatro de sempre. Estava sozinho. Deu um longo suspiro de alívio, apoiou a sua cabeça no vidro observando a paisagem passar vagarosamente em sua mente.
Era inevitável lembrar-se do encontro que teve a pouco com o seu pai, melhor dizendo, Lucius. O velho tolo ainda acreditava em algum tipo de insurreição dos antigos seguidores de Voldemort. Os pobres tinham a arrogância de achar que poderiam tomar o poder logo agora que tudo tinha finalmente se estabilizado. O ministério com certeza já esta a postos para qualquer tentativa deste gênero, eles não são tolos, sabem que existem muitos idiotas psicopatas falidos soltos por ai. Afinal, sempre tema uma pessoa que não tem nada a perder e Lucius nunca teve a nada a perder, assim como todos os outros ex-comensais.
Outro suspiro, desta vez um mais pesado. Às vezes ele só queria que o seu pai morresse... como era errado pensar isso mas... só queria um pouco de paz e não parecia haver outra forma. Por isso que fez o que fez, apunhalou seu pai pelas costas e até hoje o velho homem não sabe disso. Potter sempre o indaga porque ele tinha o salvado, mal sabe ele que não houve nenhum gesto nobre e que ter salvo a vida dele foi apenas um acidente.
O pior de tudo é que ele traiu seu pai e não se arrepende. Ou traia seu pai ou a si mesmo... e ele sempre foi egoísta. Egoísta, narcisista, fraco, covarde, as palavras ecoavam em sua mente como trovoadas ensurdecedoras. Passou a mão pelos cabelos tirando um pouco de suor. Parece que nada pode ficar pior.
Informações em geral no blog -> http://elenhelwa.blogspot.com/
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