Starbucks



N.A.: Foi mal, na verdade, péssimo! Eu esqueci completamente daqui! E aconteceram tantas coisas neste intervalo de tempo... Desculpem! 

 
...



– Então... Fez uma boa prova? - ele perguntou.


– Acho que sim... Não sei, estava bastante nervosa.


– Quando sai o resultado?


– Em dois meses. - respondeu derrotada.


– Não desanime, tenho certeza de que foi bem. - ela sorriu ao ouvi-lo falar.


– Obrigada. - era estranho ter alguém assim tão confiante. Um estranho conhecido.


Conversavam sobre as provas que Hermione fizera mais cedo.


– Tenho que desligar, preciso dormir cedo. Será um dia cheio na parte da manha, e depois preciso pegar meu iPod de volta! - falou rindo.


– Certo, certo. Até amanha?


– Até! – desligaram no mesmo momento. - Ansiedade é uma merda! - lutava contra o próprio corpo para se acalmar. Sempre ficava assim em dias considerados importantes.


Não dormiu direito, acordava de três em três horas. Na outra manha parecia nem ter dormido.


– Você parece um zumbi. - Gina brincou. - Dormiu não?


– É meio óbvio! - disse de mau-humor.


– Não desconte em mim seu nervosismo querida. Vá se arrumar, nós temos que sair, eu preciso comprar aquela calça. É dia de liquidação!


Ela tomou um banho demorado, e levou muito tempo escolhendo a roupa. Passariam a manha toda e mais um pouco da tarde no shopping comprando roupas. Como disse Gina, era dia de liquidação e aproveitariam para renovar o guarda-roupas.


Blusas, calças, shorts, saias, sapatos, várias peças, compridas, curtas, de diversas cores e estilos. Também almoçaram por lá, cheias de sacolas das inúmeras lojas.


Enquanto Hermione optou por uma comida leve, já que ainda estava nervosa. Não queria correr o risco de colocar tudo para fora. Seu estômago dava voltas dentro de sua barriga. Gina quis comer hambúrguer.


– Eu não entendo as pessoas. Elas dizem que hambúrguer não é saudável, mas nele tem alface, tomate, carne e pão. O que eles consideram saudável contém a mesma coisa.


– É porque a carne é frita. É diferente. O que se considera saudável não traz fritura.


– Para mim é a mesma coisa. - Gina deu de ombros dando uma mordida no seulanchinho.


Gina comia como alguém que acabara de sair da prisão, ou como quem nunca vira comida na vida, mas mesmo assim continuava sendo magra como uma manequim.


Finalizaram as compras comprando casacos e sorvete. Chegaram em casa exaustas, Gina foi direto deitar no quarto, e Hermione tomar outro banho para sair. Com a ajuda da amiga ruiva escolheu para vestir: um short jeans que chega na metade das coxas, uma blusa branca de alças, um casaquinho branco por cima da blusa e uma sapatilha.


– Nem parece aquela Hermione que acordou de cara amassada hoje!


– Se isso foi um elogio, obrigada... Eu acho... - questão de vaidade feminina ou não, Hermione tinha se arrumado mais que o normal. Nem um pouco acostumada a se maquiar foi quase forçada por Gina. Seu cabelo naturalmente cacheado e comprido caia perfeitamente sobre os ombros, lhe deixando com um rosto angelical.


– Você está linda amiga! Vai arrasar!


– Mas... E se ele tiver namorada?


– Acredite, quando um homem tem namorada não fica conversando com outra assim. Nós mulheres somos ciumentas. Você acha que eu deixo o Harry ficar conversando com alguma mulherzinha? Esse é irmão deste. - disse indicando os olhos. - Olhos bem abertos para o meu homem.


– Bom, eu vou indo, se não chegarei atrasada.


– Certo, boa sorte!


[...]


Rony tinha chegado vinte minutos adiantado e sentado justamente de costas para a porta, o que fora um erro. Seria desconfortante ficar virando toda hora para ver se ela chegava. Tamborilou os dedos no tampo da mesa. Esperar era torturante. A garçonete do local veio duas vezes a sua mesa perguntar se não queria algo, e ele respondia a mesma coisa:


– Depois, estou esperando alguém, obrigado. - ela não parecia acreditar muito já que passara muito tempo desde sua chegada.


Não se sentia tão nervoso desde o primeiro encontro que teve com sua namorada, Lavender. Aquele nervosismo todo parecia em vão, considerando as circunstâncias atuais. Eram três e dez quando escutou uma doce voz...


– Esperando alguém? - era ela, mais bonita pessoalmente.


Apressou-se a levantar. Quase se abraçaram, talvez o nervosismo não tivesse deixado e se contentaram com um simples e modesto aperto de mão. - Você não me parece um maníaco. - disse Hermione colocando a pequena bolsa que trouxera no colo.


– Eu disse que não era. - riu nervoso.


– Vão pedir alguma coisa? - a garçonete retornou, crente que agora teria um pedido a cumprir.


– Um frappuccino! - disseram os dois.


– Dois frappuccinos. - ela anotou.


Ficaram alguns minutos em silêncio, encarando os dedos da mãos, não sabendo o que dizer.


– Então... - ele começou. - Como conseguiu saber que era eu?


– Só tem você de ruivo aqui. - eles olharam o local a procura de outra pessoa.


– Somos uma "raça" meio extinta. - brincou. - Cursa psicologia? - perguntou mudando de assunto.


– Sim... E você arquitetura?


– Na verdade já terminei. Trabalho em uma empresa revisando desenhos de plantas.


– Isto parece ser bom. Ouvi falar tanto de prédios caindo por maus cálculos. Seu trabalho é importante.


– Acho que sim. Eu recebo bem para isso. - aquela altura suas bebidas chegaram.


– Eu adoro o frappuccino daqui. São os melhores, mas não posso beber sempre.


– Por quê?


– Tempo, não tenho muito. - arranjaram uma desculpa para o silêncio: suas bebidas.


Agora que não estavam em uma festa, com roupas um tanto esquisitas e máscaras, Hermione pode ver o homem bonito que estava por trás daqueles olhos azuis. A cabeleira extremamente vermelha se destacava de tudo.


– Não quero ser indelicado nem nada, tem mulheres que se ofendem com essa pergunta, mas quantos anos você tem?


– Vinte e três.


– Há, eu tenho vinte e quatro, ganhei! - falou a fazendo rir.


– Faço aniversário em alguns meses, grande coisa! Por que eu gostaria de ser velha? Não obrigada, estou muito bem assim! - essa foi a vez dele rir. - Bom, acho que você já pode entregar meu iPod. Enrolou-me demais.


Rony mal conseguia raciocinar direito, a única coisa que via era o rosto angelical da moça sentada a sua frente. Sua risada era gostosa de ouvir, e contagiante. Só entendeu o que ela quis dizer quase dois minutos depois. Dando-se conta agora percebeu que...


– Opa... - ele fez uma cara de culpado.


– Diz que não é o que estou pensando.


– É isso mesmo. Eu acho que esqueci em casa.


– Acha?


– Eu posso ter deixado cair na rua.


– Não! - ela apavorou-se. Tantas informações dentro do objeto


– Não, estou brincando, não deixei cair. Posso ser destrambelhado, mas nem tanto. - ele tirou a carteira do bolso. - Deixa que eu pago!


– Não, que isso...


– Eu quem digo. Mulheres que estão comigo não pagam.


– Você é mulherengo? Sai com quantas mulheres por dia?


– Me deixa contar... Você é a segunda do mês. Um progresso, considerando que a primeira é minha irmã!


– Você é engraçado. Eu gosto de pessoas engraçadas. Faz-me sentir bem. - admitiu enquanto seu rosto ganhava uma coloração avermelhada.


– Que tal irmos a minha casa buscar seu iPod? Já provei que não sou um maníaco, e ela não fica tão longe daqui. A não ser que você tenha vindo de carro teremos de andar.


– Ainda bem que eu vim de sapatilha.


A casa de Rony estava localizada apenas a alguns quarteirões dali...


– Não repare na bagunça, é o melhor que pode fazer! - pediu Rony ao abrir a porta do apartamento. - Primeiro as damas.


Hermione entrou receosa. Geralmente quando lhe dizia não repare na bagunça, era porque o lugar estava de cabeça para baixo, mas até que não estava tão desarrumado seu apartamento.


Algumas camisas espalhadas pela sala, papéis e lápis. Nada demais, talvez muito arrumado para a casa de um homem solteiro.


– Nem tem como reparar!


– Certo, então fique a vontade. Pode sentar se quiser. Eu já volto com seu iPod. - ela se sentava no sofá enquanto ele sumia pelo corredor.


Até que estava bem arrumado para casa de homem. Os lares masculinos que já tinha frequentado, como o quarto de Vitor - Krum o infeliz - era semelhante a um lixão. Peças de roupas e mais peças de roupas empilhadas no chão e cantinhos. Como alguém conseguia morar ali? E a casa daquele cidadão? Bem, comparada ao lixão era o lugar mais limpo da cidade.


Cansada de ficar sentada, a garota levantou-se e começou a vagar pela sala. As paredes estavam pintadas de tom azul agradável. Desde que fosse azul agradaria Hermione. Quadros e porta-retratos a cobriam. Hermione parou para observá-los. Todos, ou a maioria, trazia fotos de crianças. Contara seis garotos e uma garotinha em um dos retratos, todos ruivos. Deduziu ser a família daquele cara. Eram todos fofos e bonitos, não que ele não fosse bonito, mas quando criança...


Andando mais um pouco, reparou um aparador junto a parede no canto com milhares de porta-retratos. Hermione tentava decidir qual pegar primeiro. Estava curiosa, e ele disse para ela se sentir a vontade, em casa. Pegou o mais perto. Dois garotos ruivos, idênticos, e outro menor, pareciam brincar na areia, e os gêmeos deviam ter feito algo errado para o irmãozinho, pois o anterior chorava. Era uma cena cômica, ela teve de se segurar para não rir. Trocou para outra. Nela estavam novamente os três irmãos e, agora, duas garotas, uma ruiva e a outra castanha, quase morena. Não sabia por que, mas aquilo lhe era familiar. Todos apareciam abraçados e sorrindo.


– Encontrei! - ele retornou com o objeto entre as mãos. Hermione, sem soltar o retrato, pegou-o e abraçou, sentindo falta. - Deve ser muito importante para você.


– Muito mesmo! É meu bebê.


– Então...


– Ah... Eu estava olhando suas fotos, espero que não se incomode.


– De forma alguma.


– São todos seus irmãos? - perguntou indicando a moldura na parede.


– Sim. Meus pais parecem a versão humana dos coelhos. - falou fazendo os dois rirem.


– Eu peguei essa foto ali. Achei interessante. Ela não é sua irmã, né?


– Não. - ele ficou um tempo em silêncio, pensando. Hermione não queria o forçar a continuar, então esperou pacientemente. - Ela foi uma namorada, eu acho. Quer dizer, agíamos como um casal, mas não nos beijamos, nem nada disto. Foi uma promessa. - ele riu. - Eu gostava dela, foi minha primeira paixão.


– Vocês se falam hoje em dia?


– Não, infelizmente.


– Por quê?


– Eu tive que sair do país. Canadá.


– Canadá? - sua ficha ia caindo a cada palavra. Quantas crianças ruivas, de seis irmãos, teriam uma namorada com uma promessa dessas?


– Sim, foi um erro, mas meus pais quiseram. Eu adoraria saber onde ela está.


– Como se chama? Ainda lembra?


– Nunca esqueci. Hermione. Seus pais se mudaram para o bairro em que eu morava, e eu era cara de pau, fui perguntar se ela queria brincar comigo.


Hermione quase deixou o retrato cair das mãos. Impossível isso. Ele lembrava, cada detalhe...


– E nós fizemos tantas promessas, mas não se cumpriram.


– Como ficar juntos para sempre?


– Sim.


– Nunca beijar porque é nojento? - a essa altura seus olhos começavam a marejar. Rony contemplava a janela, longe, distante.


– Sim.


– Comemorar o dia dos namorados com bombons e flores?


– É... Ei, espera... - ele a encarou um pouco assustado. - Como você...?


– O mesmo Rony de sempre. Pensei que você fosse ficar mais esperto com o tempo.


Rony precisava de um tempo para compreender tudo. Muita coisa para ele...

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Comentários (1)

  • Jassiane Mauro

    haaaaaaaaa AMEIIIIIIII PARABENSSSSSSSSSSS.MUITO BOM,SERIO PARABENSEU QUERIA TE DAR UM CRUCIO PELA DEMORA MAS DEPOIS DESTE CAPITULO NAO TENHO CORAGEM RSRSRSR PARABENS AMEIIIII,PARABENS,PARABENS,PARABENSQUE LINDOOOO OD DOIS,ELA PERGUNTANDO E ELE RESPONDENDO...TA VC VAI ME CHAMAR DE IDIOTA MAS EU LEIO A SUA FINC E NAO SEI PARECE QUE ME VEM UM FILME NA MINHA CABECA ONDE EU VEJO A CENA E IDIOTISSE EU SEI MAS BOM E ASSIM QUE ACONTECE QUANDO LEIO UM CAPITULO SEU.NAO DEMORA MAISSSSS POR FAVOR SE NAO EU VOU ESQUECER DO SEU CAPITULO E VOU TE DAR UM CRUCIO HEIN RSRSRPARABENSSS VOCE DEVIA TENTAR ESCREVER UM LIVRO TENHO CERTEZA QUE VOCE IA VENDER MUITO.ParabensNao demora a postar hein 

    2013-01-25
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