Pergaminhos de Liz

O homem ergueu a varinha como um guerreiro a brandir espadas. Ao elevá-la todo o anoitecer passou pelos seus olhos e aquele outrora verde das folhas agora repousava no negro pétreo do medo e do desalento. Ele exibia uma capa vermelha que adornava seus farrapos escuros e arfava como um velho cansado, arqueado sobre si mesmo. O olhar comprimido focava a mulher loira, que não cedia uma contração de temor sequer diante da figura cadavérica que a enfrentava. A treva escorria pelos troncos das árvores que espreitavam em sua aquiescência noturna e silenciosa. Mas o silêncio desvaneceu.

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