Agora lute!
Estava eu lá, deitada em uma cama não muito confortável. Estava morrendo de dor, não sabia onde me encontrava não me lembrava de nada. Uma garota veio falar comigo ,o nome dela era Alana.
-Qual seu nome? Perguntou Alana
-Bruna. Respondi meio tímida
-Onde nós estamos? Perguntei curiosa
-Nós estamos em um convento, fomos sequestradas para trabalharmos aqui.
Eu congelei na hora, não sabia o que fazer. Eu ia ficar a vida toda trabalhando forçada??
-Vem comigo quero te mostrar minhas amigas. Disse Alana
-Essas são: Letícia ,Marina e Gabi.
-Humm ,vejo que viraram amiguinhas. Disse Gabi com um ar de deboche e sarcasmo
-Eu só estou ajudando ela. Disse Alana
Eu saí de lá, não estava me sentindo bem. Corri para o quarto.
-Coitada,eu tenho pena dela. Disse Letícia
-Você tem pena de todo mundo Letícia,se lembra quando chegou aqui? Ninguém teve pena de você. Disse gabi num tom rude.
Não sei,mas acho que a Gabi não foi muito com a minha cara.
Alana correu atrás de mim e me viu chorando no quarto, logo enxuguei as lágrimas.
Eu falei à ela que não ia ficar no convento por muito tempo, disse que ia fugir e ser livre novamente. Ela riu de mim e disse que as únicas garotas que tentaram fugir acabaram mortas. Então pensei em um plano, mas nada veio na minha mente. Cansei e fui dormir. Eu tive um sonho maravilhoso e o melhor , era um plano de fuga para eu ser livre novamente. O sonho era um homem,velho,cabelos brancos e muitas rugas me dizendo umas instruções para fugir.
- O que você quer minha jovem? Perguntou
- Eu..Queria..
- Deixe-me perguntar de outra forma,DO QUE VOCÊ PRECISA? Me interrompeu
- Eu acho que preciso de uma saída
-Acha? Perguntou
- Não..eu tenho certeza. Respondi
-Liberdade,não foi tão difícil encontrar não é?!
- Você vai precisar de 5 itens para essa missão; Um mapa, uma faca, um fogo e uma chave..
- você disse 5 itens. Interrompi ,ainda falta
- A 5ª coisa é um mistério,a razão. E só você pode descobrir o que é.
Foi aí que eu acordei,com uma dúvida cruel. O que será essa 5 coisa?
-É verdade que você vai fugir? Perguntou Marina
-sim,respondi ofegante
-Posso ir junto?
-Ah,eu também posso? Letícia interrompeu
-Claro que podem. Respondi com um sorriso
-Sabe que pode contar comigo pra tudo. Respondeu Alana
eu deixei uma gota de lágrima escapar.
-Isso é loucura,você não vai Alana,não vai colocar todo o esforço que eu fiz em vão participando desse plano suicida.
-Você nem ouviu o plano. Falei
-Não importa,nós não vamos.
-Fale por você,eu vou. Disse Alana
-Não acredito que depois de todo esse tempo,depois de tudo que eu fiz por nós,você vai prefirir uma estranha do que a mim. Gabi saiu
Alana foi atrás dela e a convenceu,não sei o que ela disse,mas tinha a ver com os pais. A mãe em especial.
-Ok,qual seu plano? Disse Gabi
Todas sorriram!
-Tudo bem. Vamos precisar de um mapa para vermos onde as saídas estão. Fogo,para uma distração,faca para caso algum problema aparecer e uma chave que eu não sei muito bem como é.
-Deve ser A chave que a irmã Maria usa em volta do pescoço. Disse Letícia
- Que porta ela abre? Perguntei
-Todas,é uma chave mestre. Ela respondeu com um sorriso
-É simplesmente perfeito. Disse Marina
-Para tudo,isso é arriscado de mais. Vamos morrer. Disse Gabi
-É só ter cuidado. Disse Alana
-Tudo bem,eu topo,mas se a coisa piorar e eu disse acabou.. acabou. Ok?
-SIM. Respondemos todas juntas
-Na sala da Irmã Maria tem um mapa. Eu vou pegar
Gabi era muito esperta sabia como ser discreta,ela foi até a sala da irmã Maria e pegou o mapa. Mas para que niguém percebesse ela tirou uma cópia do mapa e colocou a original em seu devido lugar. Foi fácil,um item já estava em nossas mãos. Ela chegou no quarto com o mapa nas mãos,já estávamos aflitas,nervosas.
Mas enfim,o mapa era nosso. Nós guardamos ele na gaveta onde ninguém acharia,só nós.
Estávamos bem,felizes,fomos atrás do fogo. Letícia disse que poderia conseguir o esqueiro que a Irmã Elizabeth usava. Então ela foi atrás,a irmã Elizabeth tinha entrado no banheiro e Letícia foi atrás dela. Quando a irmã foi tomar banho,Letícia esperou o momento certo para pegar o isqueiro que estava na bolsa da irmã. Ela foi sorrateiramente abrir a bolsa,ela tentava ser o mais silenciosa possível,tinha prendido a respiração. Todas nós sabíamos que a Letícia era abalada emocionalmente,talvez pelos pais dela que a abandonaram. Então,tudo que ela fazia,ela fazia bem feito,tentava se superar pra mostrar que não era uma qualquer,uma ninguém.
Ela abriu a bolsa e tirou o esqueiro mas deixou o mesmo cair,fez um barulho estrondoso e ela rapidamente fechou a bolsa e saiu correndo com medo que fosse pega. A irmã sabia que alguém havia entrado no banheiro,mas não sabia quem. Por sorte ela conseguiu fugir. Ela nos trouxe o isqueiro super orgulhosa de si própria. Ela havia conseguido. Peguei o isqueiro e guardei junto com o mapa.
- viu? Eu sabia que conseguiria. Disse a ela.
2 itens já haviam sido pegos,só faltavam mais 2 e o mistério.
Estávamos comemorando.
- um brinde à nós.
-“tim tim” repetimos juntas
-“tim tim” Ouvimos do lado de fora. Sim,era a irmã Maria.
Congelamos ,não sabíamos o que fazer.
A irmã saiu nos rodeando e analisando.
-qual o motivo da comemoração? Perguntou num tom bruto e severo
-hoje é o aniversário da Alana. Disse Marina
-Vocês devem achar que eu sou burra,não é? Perguntou a irmã aos berros.
-Vocês não acham que eu percebi que alguém entrou na minha sala? Vocês acham que eu já não fui comunicada sobre sumiços de pequenos objetos? Ela perguntava aos berros;
-Eu não sei o que vocês estão tramando,MAS EU QUERO QUE TUDO VOLTE AO NORMAL,AGORA! Ela berrou mais uma vez
-talvez eu precise mostrar que não estou brincando. Murmurou a irmã Maria
Ela foi em direção à Letícia e a puxou pelos cabelos.
-eu realmente não sei o que vocês estão tramando..mas tudo precisa volra,entendem? Perguntou num tom sarcástico
Todas nós estávamos chorando.
-acabou,acabou por aqui .disse Gabi
-o que? Não acabou nada. Vamos continuar. Disse Letícia
-não da mais..ela já sabe que estamos tramando,temos que parar. Por que da próxima vez não vai ser um simples:”irmã Maria,me perdooe,por favor” não vai haver outra chance,da próxima vez ela vais nos matar. Disse Gabi
-mas não podemos para agora,já estamos quase lá.Disse Marina
-ACABOU,nós fizemos um acordo. Disse Gabi pausadamente
-Eu vou continuar,todas nós vamos. Disse Alana
-Então não conte comigo pra isso. Retrucou Gabi
Ela bateu a porta e saiu. Tínhamos que continuar,não podíamos parar na metade do caminho. Eu irei até o fim para sair daqui, custe o que custar.
Tínhamos que ir atrás da faca,fomos todas até a cozinha. O cozinheiro era um homem grande e gordo,não podíamos com ele. Tínhamos que pensar em um plano. Enquanto pensávamos,Gabi apareceu.
-você veio nos ajudar. Disse Alana
-não,vim evitar que vocês morressem. Disse Gabi num tom de sarcasmo
Já sabíamos o que fazer. Vamos distrair o cozinheiro enquanto as outras pegam a faca.
- Eu vou dançar para ele enquanto vocês pegam,ok? Eu perguntei
-ok! Todas responderam.
Eu liguei o rádio para caso alguém fizesse barulho, ele achasse que fosse a música ou algo similar. Comecei a dançar, tentando fazer como que ele direcionasse toda a atenção a mim. As meninas já estavam a postos, andavam sorrateiramente tentando evitar barulhos. A música ainda estava tocando. De repente o fio do rádio se soltou e as meninas estavam com a faca na mão. Ele percebeu a presença delas. O cozinheiro deu um tapa na cara da Letícia, empurrou a Alana, tirou a faca das mãos dela e foi em direção à Gabi. Eu vi tudo em câmera lenta. Aquele cozinheiro levando a faca até o peito da Gabi, uma lágrima desceu.
-quero que você me prometa duas coisas. Alana gritou
-o que? Fala logo, ele já está vindo. Falou Gabi aos berros
-primeira coisa: não fique brava comigo por causa disto. Pediu Alana
-Disso o que? Gritou Gabi
do nada, Alana se jogou na frente de e acabou levando a facada que deveria ter acertado Gabi. Alana salvou Gabi. Nós ficamos sem reação. Estávamos sem chão. Alana se atirou e acabou levando a facada.
-A segunda coisa é: Quando sair desse inferno, quando chegar em Casa, quando for livre. Diga a mamãe que eu à amo. Alana ,fechou os olhos e aceitou a morte.
Gabi gritou e chorou bastante. Letícia pegou a faca e levouá para a sala onde escondíamos as coisas. A irmã Maria mais as outras haviam chegado na cozinha e visto toda aquele confusão. Ela mandou os guardas prenderem a Gabi e levarem Marina,Letícia e eu à uma sala vazia. Chegando lá ela disse que queria ter uma conversa séria conosco.
-Chegaram aos meus ouvidos que vocês estão planejando fugir e,sabe quem me contou querida? Marina! Ela mesma. Sua amiguinha disse a irmã
Não estava acreditando que Marina havia nos entregado.
-ela me procurou e falou do plano de vocês,ela estava preocupada e pensou que me contando iria salvar vocês.HAHAHAHA,menina tola. Quer dizer alguma coisa? Perguntou à marina
-Não. Marina respondeu friamente
Ela disparou um tiro em Marina, nessa hora entramos em pânico. Ela ia nos matar. O sonho havia acabado,o sonho de ser livre.
-Letícia,gostaria de dizer alguma coisa? Perguntou a irmã num tom frio
-eu..eu..eu sinto muito
Ela disparou contra Letícia,não aguentei ,meu corpo não me aguentava mais. Tantas perdas,minhas amigas. Ela me deixou por último. Me agarrou e me jogou contra a mesinha.
-Você deve se achar a especial,a melhor,a líder. Mas aqui você não é nada. Sua imunda. Disse a irmã
Dei um tapa nela e ela me jogou com mais força ainda. Foi aí que eu percebi que a faca estava embaixo da mesa. Então segurei-a de uma forma que a irmã Maria não visse.
-é só isso que você tem? O que foi? Ã? perdeu a vontade de lutar? Perguntou
-não...acabei de achar. Respondi rindo
Enfiei a faca no ombro dela. Ela caiu no chão. Vi a chave em seu pescoço e arranquei.
Corri para libertar a Gabi.
-cadê as outras? Perguntou Gabi
-somos só nós duas. Respondi com tristeza
Eu a ajudei a sair daquela sala imunda onde ela estava. Pegamos os outros itens. Pegamos o isqueiro e começamos um incêndio. Vimos todas as saídas no mapa e achamos a mais segura. Abrimos todas as portas trancadas com aquela chave mestre... e finalmente,chegamos na parte de fora. Foi uma sensação ótima sentir o ar, balançando meus cabelos. Mas tinha bastante gente na saída. Não podíamos sair.
-droga,nós fizemos tudo certo. O que falta? Perguntou Gabi indignada
-um mapa, uma faca, um fogo ,uma chave e mais uma coisa. A razão. Fiquei pensando comigo mesma.
-é claro! Sou eu.
-o quê? Perguntou Gabi
-olha me escuta. Eu vou até lá e os distraio enquanto você foge.
-não, não vou deixar. Deve haver outro jeito
-não há. É assim que tem que ser. Deixa, é melhor assim. Vá pra casa, diga a sua mãe o que Alana disse. Faça ela feliz. Eu quero que você saia o mais rápido possível e encontre a rodoviária, Lá você vai saber o que fazer. Essa história nunca foi a minha, é a sua! Não estraga tudo.
Entreguei a chave à ela, respirei fundo e fui em direção aos homens. Eles me pararam e eu chutei um deles. Gabi havia saído. Nos olhamos pela última vez. Ela provavelmente voltou pra casa e disse o que Alana havia pedido. Eu tive que passar o resto da minha vida trabalhando no convento. Mas pelo menos, fiz o que deveria ter feito. Se você não morreria por uma causa, então você não tem nenhuma causa para viver. Ela voltou um dia pra me buscar. Mas era tarde de mais. Podemos negar que nossos anjos existam. Dizer a nós mesmos que eles não podem ser reais. Mas eles aparecem de qualquer maneira... Em lugares estranhos... Em tempos estranhos ...Eles podem ser qualquer personagem que possamos imaginar. Serão verdadeiros demônios se precisarem. Nos chamando ...Nos desafiando a lutar... Para os corajosos, a vida tem um gosto que aqueles que se protegem jamais provaram. Se não lutarem por alguma coisa, serão vencidos por qualquer coisa. Quem honra aqueles que amamos pela vida que vivemos? Quem envia monstros para nos matar? e, ao mesmo tempo, canções que nunca vão morrer. Quem nos ensina o que é real e como rir das mentiras? Quem decide quem vai morrer ou viver defendendo? Quem nos acorrenta? E quem tem a chave para nos libertar? É você. Você tem todas as armas que precisa. Agora lute!
Comentários (1)
adorei sua fic,principalmente a ultima frase,espero que escreva mais fic's
2011-09-21