Capítulo Único



-- Estou devolvendo a varinha das varinhas – comunicou ele a Dumbledore, que o contemplava com enorme afeição e admiração – ao lugar de onde veio. Ela pode continuar lá. Se eu morrer de morte natural, como Ignoto, o seu poder será rompido, não é? O senhor


anterior nunca foi vencido. E será o fim dela.

Dumbledore assentiu. Eles sorriram um para o outro.

-- Você tem certeza? – Perguntou Rony. Havia um levíssimo vestígio de desejo em sua voz ao olhar para a varinha das varinhas.

-- Acho que Harry está certo – disse Hermione em voz baixa.

-- A varinha não vale a confusão que provoca – respondeu Harry. – Sinceramente – deu as costas aos retratos, pensando na cama de

dossel à sua espera na torre da Grifinória, e imaginando se Monstro lhe levaria um sanduiche lá em cima -, já tive problemas suficientes

para a vida inteira.

 

Ele seguiu até a janela e. Com a própria varinha, fez a outra flutuar até o tumulo do ex-diretor. Sorriu para o

quadro uma ultima vez e saiu da sala, sendo seguido pelos amigos. Caminharam em silêncio pelo corredor,

pensativos. Sem que percebesse, Rony tomou a mãe de Hermione na sua, fazendo-a corar.

-- E então... Vamos para onde?

-- Acho que Gina vai querer vê-lo, Harry. – quem disse fora Rony, causando estranheza a todos. – Deve estar

aflita.

Então juntos os três foram ao salão comunal, agora um misto total de alegrias e tristezas. Alguns sorriam e

cantavam alegremente, se abraçando; outros, a maioria, chorava diante dos corpos de amigos e familiares ou

curavam os feridos. Não foi difícil encontrar os Weasley. Todos estavam sentados chorosos em trono do corpo

de Fred, Tonks e Lupin. Harry não conseguiu olhar para o casal sem lembrar-se da conversa que tivera com

Remo na floresta.

Teddy Lupin, com apenas três dias de nascido era órfão de pai e mãe, assim como ele ficara com um ano. Mas

diferente de Harry, Teddy poderia ser criado pelo lado bruxo da família, seria criado com amor e respeito e

poderia conviver com o padrinho, que lhe daria amor e carinho. Teria sido assim, caso... Caso ele não fosse ele.

Harry caminhou em direção a Gina, que tinha a cabeça apoiada no ombro de Fleur, enquanto Rony e Hermione

se juntavam aos Weasley, abraçando a todos. As duas choravam silenciosamente frente ao corpo de Fred.

Quando viu o moreno se aproximar, Fleur levantou-se, sorrindo para ele e foi se juntar ao marido. A ruiva o

encarou.

-- Sinto muito. – Foi o que ele conseguiu falar. – Ele partiu como um herói. Assim como todos que estão

mortos.

Gina o abraçou forte, soluçando e chorando descompensadamente. Era doloroso ver a ruiva assim, vulnerável e

fraca, logo ela que parecia tão forte e incapaz de chorar na frente dos outros. Ele apenas a consolou por alguns

minutos, até que ela se afastou e o encarou novamente.

-- E agora? Acabou tudo? De verdade?

-- Sim. Ele se foi para sempre. Não tem volta...

-- E nós...?

Ele não conseguiu reprimir o sorriso. Tirou uma mecha de cabelo que caia sobre seu rosto e selou os lábios.

Agora eles estavam livres para serem felizes por toda a vida. Eles se separaram e novamente Gina o abraçou.

-- Não me deixe mais. Nunca mais.

-- Nunca. Eu amo você. – ele retribuiu o abraço, enquanto Rony e Hermione se aproximavam.

A morena tinha os olhos levemente inchados e Rony tinha a ponta das orelhas vermelhas e o braço sobre o

ombro de Hermione.

-- Vocês estão bem? – perguntou Gina, se afastando do namorado.

-- Sinto muito, Gi. – Hermione a abraço enquanto Rony olhava desfocado para o horizonte.

-- Hey, cara. Ele foi um herói. Ele... – Mas não conseguiu terminar, tamanho o nó em sua garganta.

Logo os quatro estavam unidos em um abraço só, chorando. Demoraram um tempo até se acalmarem e

conseguirem se recompor. Harry e Gina se juntaram ao resto dos Weasley, deixando morena e ruivo a sós.

-- E então...? – Hermione quebrou o gelo, sem olhar nos olhos do ruivo – Namorada, hein...?

Se era possível, Rony ficou mais vermelho do que já estava e também desviou o olhar.

-- Eu achei que... Hmm... Você sabe... Achei que fôssemos morrer e acabei falando isso, mas...

-- Quer dizer que só falou isso porque achou que íamos morrer? – reclamou a morena, zangando-se – Não sei

porque você ainda me surpreende, Ronald.

A morena fez menção de sair, mas ele a segurou pelo pulso.

-- Mione...

-- Não Rony. Eu já tive a resposta que eu queria... Sou uma idiota.

-- Não... Não Mione não é. Eu quem sou.

-- Ah... Grande novidade.

-- Falo sério – ele a forçou a olhá-lo – Mais uma vez eu fui um grande idiota.

-- Me solta, Rony.

-- Ouve, ok? Só... Escuta. – ela olhou em seus olhos, captando a dor que havia neles. – Sou um frouxo, idiota e

imaturo. Mesmo depois de ter certeza dos meus sentimentos não tive coragem para falar. A guerra só... Só me

fez tomar coragem. Foi a parte boa de tudo isso. – Ele olhou de relance o corpo de Fred ainda estendido no

chão, e soltou o aperto em seu pulso, vendo que era seguro deixá-la livre.

-- Está me falando que realmente gosta de... De mim?

-- Amo.

-- E que quando me chamou de namorada, estava falando a verdade...?

-- Digamos que, se nesse momento eu me olhasse no espelho de Ojesed, me veria com você. Só com você.

-- Ah Rony! Não sabe quanto tempo passei desejando esse momento! – ela foi em sua direção e jogou seus

braços em torno de seu pescoço – Roanld Weasley, meu namorado. – ela sorriu

-- Eu te amo, namorada.

Ele tomou seus lábios sem urgência, apenas com carinho. Fora o suficiente para chamar atenção de alguns

presentes. Harry e Gina olharam animados e se aproximaram para parabenizar o novo casal. Até Molly

conseguira sorrir em meio as lágrimas pela perda do filho.

-- Quer dizer então, que agora, somos oficialmente todos Weasleys? – perguntou Harry, abraçando Gina, ainda

chorosa, pela cintura.

-- Esse cabeça dura enfim ouviu a voz da razão? – perguntou a ruiva.

-- Pois é, estamos namorando. – Ele fez questão de sublinhar a ultima palavra, fazendo todos sorrirem.

Os quatro se viraram para sair do saguão, mas quando estavam prestes a sair, ouviram uma voz dizer.

-- Um minuto, Potter.

Harry girou nos calcanhares, instintivamente sua mão procurou a varinha, enquanto a outra empurrava Gina

para trás de si.

-- Algum problema, Malfoy?

Eles se encaram por alguns segundos. Lucio e Narcisa estavam mais atrás, observando os demais, parecendo

assustados.

-- Algum problema, Malfoy? – Repetiu Rony, indo juntar-se ao amigo.

-- Weasley, eu não estava falando com você.

-- Acho que você está corajoso demais pra quem parecia um ratinho acuado agora a pouco.

-- Ora, seu...

-- Draco! – chamou a mãe. – Não os provoque, eles estão certos. Diga o que tem a falar e vamos.

-- Meus sentimentos, Potter, pela morte do Weasley. – o moreno permaneceu em silêncio, sem acreditar no

que ouvia – E gostaria de agradecer por ter me salvado na sala precisa. Eu... Não teria conseguido sair de lá

sozinho. Serei eternamente... grato.

As palavras pareciam doer ao sair de sua boca, e sem esperar que os demais respondessem, Draco saiu do

salão, em direção aos portões, com seu pai logo atrás.

Narcisa ficara para trás, olhando para Harry, sem saber o que falar.

-- Sra Malfoy... – começou o moreno

-- Fiz isso pelo meu filho, Harry Potter. Nada mais teria me convencido a trair o Lorde das trevas.

-- Mesmo assim a senhora me salvou. Poderia ter me entregue após eu confirmar.

-- E ver a guerra recomeçar? Eu precisava ver Draco vivo, precisava saber se... – ela engoliu a seco – Te

agradeço novamente, Potter.

-- Se eu pudesse fazer algo para recompensar a senhora eu fi...

-- Você já fez o suficiente. Não quero ter mais uma dívida para com você.

-- Mas...

-- Apenas tente não cruzar mais o caminho da minha família, Potter.

E, assim como o filho e marido, saiu sem ouvir resposta.

O trio caminhou para a torre da Grifinória, onde encontraram monstro com sanduiches e sucos, suas camas

prontas e quatro copos de poção do sono, para uma noite tranquila, sem sonhos...
 

Tudo ficaria bem.







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Quero agradecer a todos que leram, e pedir encarecidamente que comentem!
É raro eu postar fanfic aqui, porque nem todos gostam de comentar e assim eu fico sem saber se vocês gostam ou não.
Por isso: Votem, comentem, critiquem, me mandem mensagens, sigam no twitter e no face, não me importo, o importante é vocês aparecerem!!
Quem quiser ler outras fanfics escritas por mim, é só ver no meu perfil, e também tenho uma comunidade com elas: 
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=108625657&tid=5631764944986875257&start=1
Aguardo vocês lá!! 

Grande beijo, Gi Pontas ;D 

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Comentários (2)

  • Mariana Berlese Rodrigues

    SIMPLISMENTE P-E-R-F-E-I-T-O ESSE CAP. A-M-E-I *.* #MORRI  A-M-E-I <3 <3 <3  MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.* CHOREI E RI MUITO AQUI :)

    2013-02-26
  • Andye

    Amei essa FIC. Encontrei a Floreios e Borrões nesses dias e estou começando a ler e essa foi uma das que mais gostei até agora! Imagino que tenha sido realmente assim, principalmente a parte do Draco.

    2012-02-23
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