Nervosismo de Lílian



Capitulo 1


Nervosismo de Lílian


 


- Lílian, quieta! – gritou Gina da cozinha.


Alvo abriu os olhos e o sol já penetrava em seu quarto. BAC! Outra coisa caiu na cozinha.


- O que está acontecendo aí? – gritou Tiago do quarto ao lado.


- Lílian, se acalma! – bradou Harry da cozinha.


Alvo sentara na cama e já calçara seus chinelos cor azul marinho. O quarto era uma cor misturada de cinza com verde. Havia um armário de só gaveta ao lado da porta e um armário normal na parede oposta da cama de Alvo. Ao lado de sua cama estava seu computador, que era de frente para a janela.


Alvo ouviu Tiago correr para baixo. Ele saiu do quarto e foi andando, para a cozinha para ver o que tava acontecendo. Ele chegou à cozinha e ficou parado ao lado de Tiago. A cozinha era enorme e era misturada com a sala de jantar. O que separava a cozinha da sala era uma “meia” parede. Na cozinha, havia as típicas coisas de uma cozinha: fogão, pia, geladeira e um armário. Já na sala de jantar, tinha a mesa, uma estante com bebidas e uma televisão.


As cadeiras estavam todas no chão e a televisão ligada no máximo. Tinha um copo quebrado no chão, onde Gina catava os cacos.


- O que está acontecendo aqui? – perguntou Tiago indignado.


- Sua irmã está louca! – falou Gina pegando os cacos.


Alvo viu Lílian na varanda com Harry. Ela estava correndo desorientada no quintal. A porta de vidro que separava o quintal e a sala de jantar estava fechada, com certeza era para evitar a garota de entrar lá.


Alvo saiu para o jardim e quando Lílian o viu, correu para um abraço.


- É hoje Al! É hoje! – disse alegre.


O garoto deu um sorriso para a irmã e lançou um olhar de mais ou menos um bom dia ao pai. Harry retribuiu o olhar e pegou Lílian.


- Me solta pai! Já estou grandinha para ser pega no colo! – bradou a garota tentando se desvencilhar dos braços do pai.


Ele a pôs no chão e a mesma continuou a correr pelo quintal como uma demente. Harry foi para o lado de Alvo e ficaram observando a menina correr desorientada no quintal.


- Vocês dois são bem diferentes.


Harry não desviou o olhar da menina, mas Alvo estava olhando fixamente para o pai. Ele estava com seus óculos típicos, sua cicatriz estava mais transparente, o cavanhaque estava maior. Os olhos verdes do pai brilhavam de ver a alegria da menina. Ele estava com uma camisa azul marinho e uma blusa roxa, apesar do calor. Vestia uma calça larga e preta e estava com seus chinelos verdes.


- Como assim? – perguntou Alvo.


- No dia em que você estava prestes a ir para Hogwarts, você não comia, já sua irmã está se divertindo à beça.


Alvo voltou o olhar para a irmã, que não perdia o fôlego correndo em círculos e dando pulos de alegria.


- Mas vamos a Hogwarts só daqui a dois dias! Ainda nem compramos os materiais! – falou Alvo indignado.


- Vamos hoje. – respondeu o pai.


Eles ficaram por uns cinco minutos observando a menina pular e dar berros de alegria enquanto corria em círculos, até que Gina, que estava com um vestido cor de rosa e seus cabelos brilhava com o sol, veio chamar todos para entrarem.


Eles entraram na sala de jantar e seus cafés da manhã preferidos já haviam sido servidos. Lílian correu para sua cadeira típica e comia ferozmente seus biscoitos. Harry abrira o Profeta Diário enquanto se servia de presunto com queijo derretido e café. Alvo estava só no seu cereal com leite. Tiago, que agora voltara do andar de cima, avançou no bacon com ovos e tomando seu suco. Gina tomava apenas um chá.


- Seu comentário ficou perfeito, Gina. – falou Harry depois de dez minutos.


A mulher agradeceu com um aceno com a cabeça e voltou sua atenção para os filhos. Estava tudo parcialmente bem, até que Lílian gritou.


- FALTAM DOIS DIAS PARA EU IR PARA HOGWARTS!


A menina saiu da mesa deixando a cadeira cair e voltou a correr pela casa. Eles ouviram o porta-guarda-chuva cair e os passos da menina subindo correndo as escadas. Gina deitara a cabeça na mesa como alguém que desistira. Harry levantou e foi atrás da filha e Tiago apenas ria.


- Me solta pai! – gritava a menina enquanto desciam as escadas.


Eles viram o pai entrar na cozinha com Lílian nos braços. Ele depositou a garota na cadeira, sacou a varinha e com um movimento, criou correntes que prendeu Lílian na cadeira.


- AH! ME SOLTA! – gritava desesperadamente batendo as pernas.


- Fica quieta, Lili. – pediu Harry.


Lílian continuava a se debater e gritar até que Gina levantou já com a varinha em mãos e murmurou apontando para a filha:


- Silêncio!


A desesperada garota ficou em silêncio, eles viram a boca dela mexer, mas não saia som. Harry soltara um suspiro e Gina voltara a se sentar na cadeira, aliviada. Todos voltaram à atenção ao seu café da manhã.


 


Eram dez horas da manhã quando eles estavam entrando no Caldeirão Furado. Era um barzinho pequeno e feio, que ficava entre grandes bares. Eles passaram pelo bar inteiramente vazio e entraram em uma mini varanda onde havia alguns lixos ali.


Harry sacara a varinha batera uma vez em certos tijolos de uma parede, e então, foi abrindo dali onde ele havia batido com a varinha. Até que abriu um portal onde era possível passar um homem mais ou menos da gordura e altura de Hagrid.


Havia uma rua larga onde tinha milhares de pessoas vindo e indo. Eles estavam agora, no Beco Diagonal. 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.