Algo quente e revigorante

Algo quente e revigorante



Capitulo


Algo quente e revigorante


 


Logo que eu cheguei ao dormitório elas adentraram conversando animadamente sobre as suas férias, me senti uma intrusa eu seus domínios, mas as cumprimentei com uma reverencia.


- Muito prazer, Aya Nanami. Estou aos seus cuidados. – elas levantaram as sobrancelhas interrogativamente, a frase soava um pouco estranha em inglês.


- Eu sou Lilian Evans. – ela repetiu minha reverencia – Essa aqui é Alice Griffths, Morgan Cooper e Eva Bennet.


- Gostei do seu cabelo, é natural? – olhei para o cabelo ruivo da Evans com curiosidade, era um tom muito bonito.


- Sim, minha avó era escocesa.


Eu abri meu malão e retirei 3 travesseiros, um que era do tamanho de 2 juntos, esses eram as únicas coisas que não pude deixar para trás e o porta retrato duplo.


- Quem são esses? – Evans olhou para as fotos que coloquei na minha estante.


- Meus pais e meu amigo de infância.


- Bonito esse seu amigo. – Griffths olhou para Shin com um sorriso maroto.


- Se comporta guria, você é comprometida. – ralhou Cooper – Por outro lado eu estou disponível. – ela riu alto


- O de cabelo prata, parece uma boneca de porcelana. – Evans pegou o porta retrato e prestou atenção nas ações. Eu gostava dessa foto, eles estavam me dando um beijo na bochecha.


- Também acho. Muitas vezes confundido com uma mulher. – essa fotografia era uma das poucas devido ao status


Elas eram garotas simples, gostei do modo de pensar delas, principalmente de Lilian Evans, na hora que olhei para ela soube que nos daríamos bem.


A vista que eu tinha aqui em Hogwarts era tão bonita quanto à da sede da Akatsuki, mas aqui as pessoas não precisavam se preocupar com constantes ataques, um porto seguro, mas fora dos portões eu conseguia sentir a constante força das trevas se alastrando lentamente. Aqui os Comensais da morte eram cautelosos, fazendo pequenos ataques, principalmente a trouxas.


- Não vai dormir Nanami? - olhei pra trás e vi a cara sonolenta de Evans.


- Desculpe por acordá-la Evans, ainda não me acostumei ao fuzo horário. - dei um sorrisinho forçado. - Vou descer para a sala comunal, assim não atrapalharei o seu sono.


Coloquei um robe lilás por cima da minha camisola branca e desci para a sala comunal, eram 4 horas da manhã.


- Vejo que não sou a única sem sono, minha desculpa é o fuzo horário, qual é a sua? - sentei-me na poltrona ao lado da de Lupin.


- Nenhum, apenas sem sono. - ele deu um sorrisinho forçado, mas eu percebi que ele estava preocupado com algo bem sério. - Ansiosa para sua primeira aula em Hogwarts?


- Um pouco, meu inglês não é o dos melhores, mas daqui a uma semana estou mais adaptada. – conversar com alguém era melhor que ficar divagando olhando para o nada.


- Se precisar de alguma ajuda estou à disposição, estou acostumado a ajudar Peter nas aulas. - ele deu uma risada gostosa, provavelmente se lembrou de alguma sena.


- Olha que vou me aproveitar dessa sua boa vontade.


Nós conversamos por um tempo, eu estava acostumada a poucas horas de sono devido às múltiplas missões que fazia constantemente, mas percebi que Lupin ficava cada vez mais cansado a cada hora minuto que passava, então lhe perguntei onde ficava a cozinha.


- Não é permitido ir à cozinha, mas como Thiago e Sirius dizem "Quebre as regras enquanto ainda pode". Mas precisamos ser cautelosos para que Filch não nos pegue.


- Nessa questão não se preocupe, sou em me esgueirar sem ninguém perceber. - dei uma piscadinha e saímos pelo buraco da sala comunal da Grifinória. O retrato da mulher gorda ainda dormia profundamente.


- Me siga. - Lupin tomou a frente.


Nós descemos até o subsolo, bem quietos, mal respirando, de vez em quando nós tínhamos que nos esconder entre as armaduras e tapeçarias. Para entrar na cozinha vi Lupin fazer cocegas em uma pera, achei engraçado, mas na hora q a passagem se abriu e aquela quantidade de elfos domésticos congelei, qual é o problema dos ingleses com duendes e elfos domésticos. Mas não dava para deixar de perceber que ali embaixo havia outro Salão Principal.


- Lupin... - ele sentiu meu desconforto ao ver tantos elfos domésticos.


- Não se preocupem, eles estão acostumados a ver eu, Potter e Black por aqui que nos deixam mexer em qualquer coisa. - ele se sentou à mesa mais próxima dos fogões e ficou me olhando. - Estou esperando sua bebida milagrosa.


- Você vai ver, estará novinho em folha. - como não era a minha cozinha eu demorei um pouco mais para fazer a bebida, além de ter que modificar alguns ingredientes. Peguei duas xicaras e me sentei com ele. - Talvez o gosto não lhe agrade, é um pouco forte para o paladar dos ocidentais.


- Quem tem que julgar é eu. - ele assoprou a bebida e tomou o primeiro gole.


- E... - fiquei angustiada com o silencio dele. Depois de mais três goles ele começou a falar.


- Você precisa me ensinar a fazer, com apenas dois goles parece que o cansaço e o sono foram embora. - ele deu outro gole e eu sorri.


- Segredo de família, sinto muito. Se Yuki sabe que eu contei como fazer ele me mata.


- Seu pai deve ser bem rígido.


- Que nada, quando diz respeito a mim é um guerreiro de coração mole , vive dizendo que eu sou a coisa mais importante na vida dele, claro que Jin também é, mas filho é diferente do amor. – apesar de homossexualidade ser considerado uma anormalidade em qualquer lugar eu sentia que com Lupin era diferente, que preconceito não era uma coisa existente nele.


 - Gostaria de conhecê-los algum dia. - Eu dei um sorrisinho por trás da xícara pensando que eles já haviam se encontrado.


- Talvez um dia. – às vezes eu sentia aquela ansiedade infantil de querer mostra-los ao mundo, dizer que fui criada por duas pessoas fantásticas, sentia tanto orgulho deles.


- Enquanto terminamos nossas bebidas posso lhe fazer algumas perguntas? – Lupin tinha os olhos de uma criança cheia de curiosidade.


- Perguntas você pode fazer, mas não posso lhe prometer que irei ou saberei respondê-las.


- É que tenho paixão por outras culturas, e a cultura Japonesa bruxa é uma das mais reclusas. É difícil encontrar algum arquivo sobre qualquer coisa relacionado ao país. – Ele tomou um gole da bebida.


- Yuki me contou que a reclusão do Japão é devido a suas heranças culturais. – Lupin prestava atenção em mim como um de meus alunos na Akatsuki – Pense comigo, quantos países perderam boa parte de sua cultura devido ao avanço de outros países, para nós a cultura é a chave da alma.


- Mas escrever livros sobre o país não o deixaria mais fraco, deixaria?!


- Conforme os anciões, que são responsáveis pelo mundo bruxo e trouxa, ao fazer isto levaria o país a ruina. Há quem conteste isso dizendo ao contrario, que livros ou qualquer outro meio de divulgação do país ajudaria a nos fortalecer e a criar laços com os outros países, mas quem o faz é considerado herege e destinado à morte. – respirei fundo lembrando-me do principal motivo da Akatsuki ter sido criada, a destruição do conselho de anciões.


- Ser considerado herege é extremo demais.


- Também o acho. – olhei Lupin dentro dos olhos e senti algo estranho, como se ele pudesse ver minha alma também.


- Você mencionou que os anciões são responsáveis pelo mundo bruxo e trouxa. Isso quer dizer que os trouxas vivem em total conhecimento de nós?


- Não exatamente. Apenas aqueles responsáveis pela coordenação do país como o imperador e pessoas do governo. São cargos de fachada por que quem na verdade comanda é o Conselho, aqueles velhos repugnantes. – coloquei a mão na boca rapidamente e olhei assustada para Lupin.


- Não se preocupe tudo que você me disse morre comigo. – ele sorriu, tomou o ultimo gole da bebida e se levantou – acho que devemos ir nos trocar para o café da manhã, eles já estão ficando furiosos que ainda não saímos daqui para  prepararem o café.


Olhei em volta e vi os elfos domésticos de braços cruzados nos olhando sérios, atrás deles tinha um relógio marcando quinze para as sete.


- Acho que falei demais.


Quando chegamos a sala comunal Black pulou em cima de Lupin passando o braço por seus ombros.


- Aluado meu chapa, não sabia que você quebrava as regras tão facilmente sem a minha influência.


 


- Bisbilhotar a vida alheia não é algo muito ético, Almofadinhas. – ele retirou o braço de Black de cima de si e foi para o dormitório.


- Minha cara Srta. Nanami eu creio que foi a senhorita que o levou para o mau caminho. – ele fez o mesmo gesto para cima de mim, mas o detive.


- Gostaria que mantivesse uma distância razoável de mim, por favor. Ainda a muito para trilhar para que eu o considere confiável para agir tão intimamente comigo. – passei por ele e dei bom dia para Evans que estava sentada na mesa conversando com Potter.


- Nanami... – Virei-me no primeiro degrau que levava ao dormitório feminino. – Já tomou café da manhã?


- Ainda não. Por quê?


- Gostaria de ir junto comigo? – ela sorriu acanhada.


Não desistir de conversar comigo mesmo eu tendo sido meio rude, definitivamente iriamos no dar muito bem. – Claro, vou me trocar e buscar meu material. – acho que ela não tinha reparado em minha roupa, pois me olhou dos pés a cabeça e abafou o riso.


- Acho que é complicado ir de pijama para a aula.


Quando entrei no quarto vi Griffths saindo correndo do banheiro, com os cabelos molhados.


- Ai que droga, Frank vai me matar – ela abriu seu malão no pé da cama com tanta violência que a tampa voltou em sua cabeça. – Aiiii.


- Ainda são sete horas Griffths, esse relógio está adiantado. – Griffths olha para o relógio da parede, que marcava oito e meia, enfurecida.


- Morgan sua coisa, cresça. – ela massageava a cabeça rapidamente.


Cooper começa a rir descontroladamente quando abre as cortinas da cama.


- Posso usar o banheiro? – perguntei tirando meu uniforme, minha toalha e minha nessecer do meu malão.


- Claro.


Entrei no banheiro e me olhei no espelho, a trança embutida que havia feito no cabelo estava desmanchando, tirei as roupas e entrei no chuveiro. Tomei apenas uma ducha, apenas para refrescar o corpo.


- Nanami? – Ouvi a voz de Evans no aposento.


- Já estou saindo. – sai ajeitando a gravata, esse uniforme realmente precisa de uma reforma, é tão sem graça.


- Vamos?


- Só um momento. – abri meu malão, tirando minha mochila com os livros e coloquei a tiara que havia ganhado de Shin.


- Gostei do toque. – Evans sorriu para mim, e como de costume analisei sua expressão e vi sua sinceridade.


Pensei que iria tomar café apenas com a Evans, mas Griffths estava nos esperando junto com um guri, o que deduzir ser Frank Longbottom.


- Nanami esse é meu namorado, Frank. – ele sorriu.


- Sua cabeça está doendo ainda? – perguntei olhando o vermelho em sua testa.


- Tranquilo. Morgan está sempre pregando peças em nós, digamos que ela é um maroto de saia.


- Maroto? – achei engraçado o nome.


- É como eles se intitulam. “Marotos”. Particularmente adoro o nome. – Alice riu docemente.


Era estranho andar com pessoas da minha idade me tratando como um deles. Quando me sentei à mesa da Grifinória para tomar café da manhã, Lupin passou entregando os horários das aulas.


- Se ta brincando né Remus, Poções como primeiro período. – Black reclamou cuspindo a comida.


- Não sou eu que faço os horários, se quer reclamar vá falar com a professora McGonagall.


- Por que ele tá ranzinza do nada? Se fez alguma coisa com ele Nanami? – Black me olhou inquisitivo.


- Não Black, até a hora que eu estava com ele estava tudo bem. – olhei para Lupin, seus olhos estavam preocupados.


- Deve ser aquilo. – Potter tomou seu suco de abobora.


- É. Só pode ser. – concordou Black. Olhei para os dois intrigada, seus olhos eram claros, eles estavam falando do segredo que os uniam.


- E o que seria “aquilo”? – sabia que a minha pergunta não seria respondida, mas decidi arriscar.


- Nada de mais Nanami. – Potter foi seco, e sua aura mudou, estava preocupado e seu corpo tenso.


A sala de poções me lembrava dos nossos calabouços, úmida, fria, e sem luz solar.


- Nanami, desculpe, mas eu sempre faço par com a Alice. – Evans me pediu desculpas varias vezes antes de ir se sentar com a Griffths.


- Não tem problema Evans. – Fui para a primeira classe da sala, pelo que percebi evitada por todos, pois era o único lugar vazio.


- Ela está doida sentando lá na frente, o Slughorn vai pegar no pé dela. – os comentários de Black chegaram até mim.


- Acho que posso aguentar Black, poções não é uma matéria que preciso ter medo, digamos que tenho certa facilidade. – falei alto para ele ouvir lá do fundo da sala.


- Não diga que não lhe avisamos. – falou ele de volta.


- Então a aluna transferida tem facilidade com poções? – olhei pra frente e vi o professor me encarando desafiadoramente.


- Sim senhor. Fui instruída em poções por um dos melhores do mundo. Sei fazer todas as poções existentes e até criei umas. – acho que Yuki não ia ficar chateado por eu estar contando isso.


- E quem seria esse melhor do mundo? – vi sua expressão, ele gostava de “colecionar” pessoas talentosas.


- Temo que o senhor não conheça, ele é o medico da minha família, ninguém além da família o conhece. – Hoshizuki- sensei deve estar espirrando agora.


- Bom, então temos mais uma mente brilhante na Grifinória. Importa-se de eu fazer um teste com a senhorita para confirmar? – Eu balancei a cabeça dizendo não e Slughorn agitou a varinha e um frasco veio para sua mão. – Sabe me dizer o que é isso?


Acho que ao pegar aquele frasco ele queria me testar, aquela poção de cor purpura não era usada na Ásia pelo seu alto índice de efeitos colaterais. – Sim senhor, é uma poção utilizada em inquéritos, criada anteriormente ao veritaserum, não muito recomendada pelos altos índices de efeitos colaterais. No Japão nós ha chamamos de Shinjitsu, aqui, se não me engano é chamada de Blacktongue, nome dado por um dos sintomas colateral mais comum.


- E quais seriam os ingredientes? – ele sorriu me testando novamente. Bem que avisaram que quem senta na primeira classe sofre, mas Hoshizuki me ensinou muito bem, então lhe disse todos os ingredientes até me atrevi a dizer quais poderiam ser trocados por outras plantas acarretando no mesmo efeito.


- Brilhante Srta. Nanami, após o jantar gostaria de trocar uma palavra rápida com a senhorita. – ele guardou a poção na estante novamente e todos os alunos me olharam chocados. Apenas Lilian e Lupin sorriam. 


- Capitulo 01, página 20, os ingredientes estão nessa mesa, peguem o necessário e comecem a fazer a poção. – o Professor Slughorn me colocou com um aluno da Lufa-lufa, a cada pouco ele passava para ver o andamento.


Era uma poção simples para esquecimento, de uso comum na Akatsuki, mas com efeito de curto prazo, digamos que a pessoa que toma esquece apenas algumas horas. Mas se diminuir um dos ingredientes e adicionar penas de um tengu[1] o efeito é de esquecimento de uma semana a um mês conforme a quantidade de penas colocadas.


Tentei fazer a poção o mais devagar possível, pois tentava acompanhar o ritmo da minha dupla, mas se existe uma coisa que não suporto é gente lerda.


-Olha, não querendo me achar, mas está muito lerdo, então você fica mexendo o caldeirão enquanto eu faço o resto. - falei apenas para ele ouvir


Ele não gostou muito, mas assim consegui terminar a poção rapidamente, pois sabia boa parte dela decor. Meu estomago fazia barulhos estranhos quando saímos da sala de aula.


- Acho que vamos ter mais um membro do Clube Slugue.  – Potter caminhava ao lado de Evans, reparei que ele tentava ficar o mais próximo possível dela enquanto andávamos.


- Clube Slugue? – ajeitei a mochila no meu ombro.


- A Lily é membro desde o segundo ano. – Griffths se sentia orgulhosa por ter uma amiga tão inteligente. – Ela é a melhor.


- Não exagera Alice, eu apenas me esforço. – Evans estava corada.


O salão principal já estava lotado quando chegamos, mas o almoço não havia sido servido. Conforme Evans, ele aparecia ao meio dia em ponto.


- O que você tem a tarde Lily? – Potter olhou com os olhinhos brilhando de expectativa.


- Dois de Transfiguração. – ela se serviu de suco de abobora. O que esse pessoal tem com suco de abobora, é horrível, seria bom um suco de laranja. Olhei para minha frente e o copo se preencheu de um liquido amarelo ouro.


- Teremos aula juntos então. – os dois coraram levemente.


- Como assim, os cronogramas são diferentes? – retirei o meu da mochila.


- As aulas é conforme a profissão que desejamos seguir depois de formados e é claro depende das notas do N.O.M.’s. – Lupin começou a me explicar. – Por exemplo, nós quatro estamos comparecendo nas aulas necessárias para nos tornar-nos aurores. Já Lilian está almejando ser uma medibruxa.


- E esse N.O.M.’s funciona como? – estava curiosa com o modo de ensino deles, pois não tive tempo de estudar sobre Hogwarts, já que precisava ver quais seriam meus substitutos nas tarefas da Akatsuki.


- Niveis Ordinarios em Magia é um exame teórico e prático realizado no final do quinto ano, que nos dizem que matérias poderemos continuar a cursar para o N.I.E.M.’s, Niveis Incrivelmente Exaustivos em Magia.


- Como sou uma aluna transferida acho que não o realizarei. – fiquei feliz, odeio exames, fico muito nervosa quando essa palavra é posta em uma frase.


- Não creio, é um sistema do Ministério da Magia. – Evans me olhou séria – Provavelmente vão fazê-la realizar os N.O.M.’s de algum modo.


Tirando a noticia de que provavelmente teria que estudar feito uma louca o almoço correu tranquilo.  Black me contou um pouco sobre sua família e seus parentes que estavam na mesa da Sonserina, o irmãozinho dele era muito fofo.


Quando entramos na sala de transfigurações a professora McGonagall me entregou uma carta e pediu que a lê-se posteriormente a aula.


Dessa vez Evans sentou ao meu lado. A professora não estava na aula, mas no quadro já estava escrito o capitulo que iriamos começar estudando, transfiguração humana avançada. Apesar de eu ser uma animaga desde os 12 anos, essa matéria não era meu ponto forte, era difícil eu conseguir transfigurar coisas vivas.


- Esse capítulo é fácil de entender. – Evans falou empolgada me mostrando a imagem do livro, onde se transformava um coelho em um gato, engoli em seco, decidi trocar a língua do meu livro.


Tirei-o da mochila e apontei a varinha, o fazendo mudar de inglês para japonês. Black viu isso e veio correndo arrancar o livro de minhas mãos.


- Como é que você entende isso? – ele foleava com um uma expressão de interrogação na cara.


- Eu fui criada com essa língua. – fui ríspida.


- Estou mais interessado no feitiço que você utilizou. Não a ouvi conjura-lo. – Lupin sentou-se ao meu lado.


- É um feitiço não verbal, o utilizo há tempos, para traduzir livros para varias línguas. – a conversa não pode continuar porque a professora McGonagall entrou na sala e automaticamente todos se calaram.


Evans perguntou se eu queria companhia para as masmorras, mas disse que não precisa. Esbarrei em alguns sonserinos enquanto descia.


O professor Slughorn estava sentado em uma enorme poltrona com um copo de um liquido dourado.


- Estou grato que tenha aparecido Srta. Nanami. Sente-se, por favor. – ele me indicou a poltrona em diagonal a sua. – Gostaria de algo para beber?


- Não obrigada. – olhei em volta e reparei uma estante com varias fotografias, Evans estava lá.


- Eu vou direto ao ponto então. – ele largou o copo na mesinha de canto – Eu gosto de manter as pessoas com mentes brilhantes próximas a mim, e hoje a senhorita se manifestou ter uma mente brilhante.


Achei engraçado, se ele gostava de manter as pessoas com mente brilhante por perto, porque Lupin não estava junto na prateleira.


- Então eu gostaria que a senhorita fizesse parte do Clube do Slugue, onde a senhorita manterá contato e formará laços com pessoas com uma mente brilhante como a sua.


- Creio que não haja empecilho algum de participar.


Ele agarrou minha mão para cumprimentar, não gostei nem um pouco de seu ato brusco, ele sabia que de onde eu venho não se fecha um “contrato” dessa maneira. Assinei um tipo de contrato e fui dispensada.


Todos me esperavam curiosos na sala comunal.


- Sou o membro mais novo do Clube do Slugue.


- Estou feliz, agora não vou ser a única da grifinória. – Evans deu um suspiro aliviada, Thiago estava com a cabeça em seu colo dormindo.


- Bom eu vou me deitar, tenho que ir falar com a professora McGonagall antes da primeira aula sobre os N.O.M’s


- Boa sorte. Responderam eles ao mesmo tempo.


Quando entrei no escritório de McGonagall ela olhava pra mim preocupada, me indicou a cadeira em frente e começou a falar.


- Srta. Nanami, a sua transferência é algo novo para nós...


- O Remus Lupin me explicou rapidamente para mim que eles realizaram um exame chamado N.O.M.s e que para eu realizar o exame no final desse ano teria que fazer o anterior.


- Exatamente. Os N.O.M.’s é um exame aplicado por alguém do Ministério da Magia para que os alunos possam saber no que são melhores e assim facilitar a escolha da profissão. – ela deu uma pausa e me trouxe umas folhas. – Aqui está a maioria das profissões.


Olhei a lista varias vezes como se estivesse vendo qual profissão eu gostaria de escolher. Era engraçado Yuki apenas ter contado apenas a Dumbledore sobre meu verdadeiro eu, a professora McGonagall era a vice-diretora, era o mais sensato ela saber já que possui a responsabilidade de nos coordenar também.


- Creio que me encaixaria melhor na profissão de auror. – larguei os papeis em cima da mesa dela.


- Então a senhorita irá realizar o exame daqui a três semanas. Eu vi anteriormente o seu cronograma de aulas, e se tudo correr bem no exame a senhorita continuará com a mesma grade. Pode ir agora.


- Tenho três semanas até as provas do N.O.M.’s – Evans me trouxe uma torrada para comer, pois tínhamos que ir até as estufas e era uma longa caminhada. – e não poderei escrever nada em japonês. – dei uma mordida na torrada furiosa.


 




[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Tengu

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