i'm gonna be alright



Pouco depois de uma hora e meia dentro do carro de James, o carro parou em uma casa enorme.


- Chegamos! – James disse.


- Sério? – Eu perguntei para Lily. – Essa é a casa de campo?


- Sério. – Lily respondeu. – Essa é a casa de Campo dos Potter.


Descemos do carro e, eu, Remus e Sirius, estávamos um pouco assustados com a dimensão da casa.


- James, você não disse que era rico. – Sirius falou.


- Eu não sou. – James respondeu.  Meus pais são.


- Isso é exatamente o que pessoas ricas dizem. – Eu cochichei para Sirius e Remus.


- O que ela disse? – James perguntou.


- Nada. – Respondi.


Então James deu um pequeno tour pela mansão dele. No primeiro andar estavam a cozinha, uma sala de jantar, uma sala de televisão, e uma biblioteca, além da sala principal. No segundo andar estavam os inúmeros quartos.


- Aqui é lindo, James! - Eu falei.


- Melhor que a pousada do Manny? - James perguntou.


- Muito. - Eu respondi.


- Bem, Mac, pode ficar com esse quarto. - James me indicou. - Lily, você pode ficar no quarto que você sempre fica e Dorcas, no quarto do lado. Eu vou mostrar o quarto desses dois aqui enquanto vocês se acomodam.


Sorri em resposta e entrei no quarto que James havia me indicado. Eu apenas joguei minha mala em um canto e me deitei na cama. No criado-mudo havia um controle que ligava o ar condicionado do quarto. Liguei o ar, fechei os olhos e tentei escrever mentalmente tudo que eu deveria dizer para o meu pai biológico. Infelizmente “Olá, aqui é a garota que te expulsou da porta da casa dela, também conhecida como sua filha” não era um bom jeito de começar um e-mail. Então alguém bateu na porta.


- Quem é? – Perguntei.


- Richard Gere. – A voz de Sirius me respondeu.


- Quando você abrir essa porta, Sirius Black, você vai ver uma garota muito decepcionada. – Eu disse.


Então Sirius abriu a porta e entrou no quarto.


- Por algum motivo James me disse para te entregar isso. – Ele estendeu a mão.


- O que é isso? – Eu perguntei sem entender.


- Um biquíni muito pequeno. – Sirius me respondeu sorrindo.


- Qual é seu problema, Black? – Eu peguei o biquíni da mão dele. – Nós somos amigos, para de dar essa risadinha safada sua.


- Você ainda é uma garota. – Sirius me respondeu saindo do quarto.


Eu senti minha bochecha queimar, joguei o biquíni na cama e me deitei novamente, dessa vez com a cara enfiada no travesseiro. Eu não podia evitar pensar no que Sirius quis dizer com aquilo. Depois de cinco minutos eu resolvi que não adiantava eu me aborrecer com coisas que eu jamais entenderia, me levantei e avaliei o tamanho do biquíni. E o biquíni ainda estava com etiqueta, o que me fez constatar mais uma vez o quão rico ele era. Tranquei a porta e vesti o biquíni, fui até o banheiro do meu quarto e vesti um roupão que estava lá.


Ponderei se eu preferia descer e ficar com os meus amigos a ficar naquele quarto pensando coisas que eu não encontraria respostas. Achei que, para o bem do meu psicológico, a primeira opção era melhor.


Então eu desci as escadas, e segui os risos de Lily e Dorcas.


Sorte a minha que eu não tinha nenhuma intenção de chamar a atenção de alguém com meus atributos físicos, porque Dorcas tem, definitivamente, o corpo mais perfeito do mundo. E Lily não ficava muito atrás. Só eu, com meus inúmeros roxos e cicatrizes, me sentiria desconfortável o suficiente para não tirar meu roupão.


- Eu te entendo. – Remus se sentou ao meu lado.


- Não, você é magro. – Eu ri.


- Ah, eu não sei nadar. – Remus falou.


- Você sabe que a piscina não é tão funda, não é? – Perguntei rindo.


- Eu sei, mas meu medo vai além da possibilidade de me afogar, o que aconteceu mais de uma vez. – Remus me explicou. – Portando eu não entro nem em banheiras.


- Muito corajoso da sua parte. –Eu falei.


- Obrigado. – Remus respondeu.


Então nós ficamos lá, conversando sobre Star Wars, Star Trek e “O Guia do Mochileiro das Galáxias” e comendo as inúmeras coisas calóricas que eram trazidos até nós, até que o sol foi embora e nós fomos obrigados a entrar na mega mansão de James e cada um foi para o seu quarto no intuito de tomarmos banho.


Depois de um longo e demorado banho, deitei-me na cama e comecei a pensar em Luke e no passado não muito distante em que minha vida era tão entrelaçada na dele. Comecei a pensar no que, além da distância, havia nos feito abrir mão do companheirismo que nós dois tínhamos um com o outro. E só uma resposta me veio à mente: Maggie.


Então eu peguei meu celular e liguei para ele.


- Eu encontrei meu pai. – Eu disse assim que Luke atendeu ao telefone.


- Oh. – Ele me respondeu. – Quando? Como?


- Ele estava na porta da minha casa um dia... Ele nunca fugiu, minha mãe fugiu. – Eu expliquei. – Eu sei que havíamos combinado de quando eu chegar a gente se encontrar para conversar, mas eu estava pensando... Você era uma parte tão importante da minha vida e apesar de nós não sermos mais melhores amigos como antes você me ouvir reclamar mil vezes de como seria o meu pai se eu tivesse um...


- Lene, respire entre as frases. – Ele me recomendou.


- Desculpe.


- Eu não consigo imaginar a quantidade de coisas que estão ecoando na sua cabeça. – Luke me acalmou. – Mas eu vou ficar muito feliz de te ajudar a colocá-las no lugar.


- Obrigada. – Eu disse aliviada.


- Eu tenho que ir agora, mas a gente se fala.


- Boa noite. – Eu disse antes de desligar o telefone.


Eu permaneci deitada na minha cama por um tempo. Eu me sentia mais leve depois de contar Para Luke todo o drama sobre meu pai, mas alguma coisa ainda me inquietava. Então me levantei e fui até o quarto que vi Sirius entrando e bati na porta do quarto.


- Quem é? – A voz rouca de Sirius.


- Megan Fox. – Respondi.


Então ouvi a risada dele, e conclui que eu podia entrar.


- Lamento, gêmea engraçada é o máximo que você vai conseguir hoje. – Eu falei entrando no quarto.


- Eu merecia mais, mas... – Sirius respondeu.


Ele estava deitado no chão, olhando para o teto.


- O que nós estamos fazendo? – Eu me deitei ao lado dele.


- Pensando. – Ele me respondeu.


- No que especificamente? – Perguntei.


- Em como nossas vidas são um saco.


- Você está certo. – Eu falei.


Então ficamos em silêncio.


- Você está com medo de alguma coisa? – Eu perguntei.


- Nunca fui do tipo que sentia medo de mudanças. – Sirius me respondeu. – Essa é a primeira vez.


- Qual mudança? – Perguntei.


- Meu namoro.


- Ex-namoro. – Reforcei.


- Ex-namoro. – Sirius disse. – Isso é ao menos uma palavra?


- Você pode patentear. – Respondi sorrindo. – Mas o que aconteceu?


- Desde o começo? – Ele me perguntou.


- De preferência.


- Nós namorávamos. Então eu percebi que o relacionamento dela com um dos meus amigos não era normal.


- Ela te traiu?


- Não. Pelo menos não até onde eu sei. Mas nós terminamos várias vezes no tempo que estivemos juntos. – Sirius disse. – E em uma delas...


- Entendi. – Falei. – Que vadia.


- Não que eu tivesse sido um santo antes de nós dois namorarmos, mas durante eu era até um bom namorado. – Eu falei.


- Porque vocês dois terminaram? Se eu posso perguntar...


- Ela não gostou muito de eu ter preferido ficar de sua babá a ir com ela em uma festa. A gente brigou e terminou.


- Na verdade você me usou de desculpas para não ir à festa, não é? - Perguntei.


- Se eu prefiro comer a comida da sua casa do que ir a uma festa com música ruim? Sim. Mas eu estava preocupado com você.


- Sirius, você se preocupa demais comigo. Quer dizer, eu estou passando provavelmente pela pior fase da minha vida, mas eu vou ficar bem. Eu sou durona.


- Eu sei que você é, mas sei lá Mac, eu me importo com você. - Sirius disse.


Ficamos em silêncio durante um tempo.


- Que bonitinho. - Falei. – Você anda muito bonitinho ultimamente.


- Para com isso.


- É sério. É bonitinho. Não imaginava você se preocupando com ninguém além de Régulos. - Eu falei. - E falando nele...


- Eu acho que meu irmão está apaixonado por você. - Sirius me respondeu sorrindo.


- Eu sou uma garota de sorte. - Respondi rindo.


- Mas o pobrezinho não... Vai ter que competir com aquele cara que rola com você pela grama ou com o Remus.


- Remus? - Perguntei.


- É, você acha que eu não percebi vocês a tarde toda conversando...


- Ele não sabe nadar, eu não queria ficar de biquíni. – Eu expliquei. – E além disso, quem é que olharia para mim enquanto a Dorcas está lá, parecendo uma modelo da Victoria’s Secret?


- Verdade. – Sirius debochou de mim. – Mas ainda tem o outro cara...


- Ainda essa história? – Eu perguntei um pouco nervosa.


- Toda essa baboseira de “eu sou apenas amiga dele” não me convence. – Sirius insistiu.


- Não foi nada: Ele ia me jogar na piscina, eu consegui escapar dele, ele me perseguiu, nós dois caímos e rolamos juntos, nossos rostos estavam próximos, você apareceu e nós fomos limpar o vômito de James. Fim.


- Foi só isso?


- Nós crescemos juntos. O que você quer que eu fale? – Perguntei.


- Eu quero que você admita que ele não é apenas isso que você está me dizendo. – Sirius falou. – Não vou parar de insistir enquanto você não admitir.


- Eu tinha uma queda por ele. – Respondi. – Mas num passado muito distante.


- E ele preferiu sua irmã. Bem mais explicado. – Sirius finalmente se calou.


Ficamos então os dois calados por um tempo, até que minha barriga pediu por comida.


- Eu preciso comer. – Falei me levantando e estendendo a mão para Sirius se levantar também.


- Eu também. – Ele falou.


Nós então descemos para a sala de jantar. James, Lily, Dorcas e Remus já estavam lá.


- Onde vocês estavam? – Lily me perguntou.


- No quarto do Sirius o ouvindo reclamar da ex-namorada dele. – Respondi.


- Ah, claro, porque eu sou o único com problemas amorosos aqui. – Sirius disse.


- Oh, lasanha! – Eu disse vendo a enorme lasanha na mesa.


- James tem problemas também. – Lily disse.


- É, bem, o que nós aprendemos a respeito disso? – Perguntei depois de dar a primeira garfada na lasanha. – Nunca namore Emmeline Vance.


- Oh, obrigada por isso. – James falou.


- James, conselho de amiga? Não há nenhum tipo de relacionamento que seja aceitável ter com Vance se você tem amor próprio...


- James não tem amor próprio perto dela. – Lily me interrompeu.


- Explica muita coisa. – Sirius zombou.


- Ah, falou o cara que terminou com a namorada... – James ia dizer algo sobre Sirius.


- Pelo menos Hillary foi uma vadia comigo depois...


- Nojo! – Eu gritei. – Eu estou comendo.


Continuamos nos ofendendo e, portando, dando motivos para as outras pessoas da mesa rir. Depois do jantar nós fomos para uma das salas, onde cada um de nós se ajeitou no sofá ou nas poltronas.


- James, será que não tem nada para nós bebermos? – Sirius sugeriu.


- Claro. – James disse. – O que vocês querem?


- Cerveja. – Lily disse.


- Pra mim também. – Sirius pediu. – Mac vai beber cerveja também.


- Tudo bem. – Respondi, afinal, não tinha nada a perder.


- Remus? – James perguntou.


- Cerveja. – Remus respondeu, surpreendendo todo mundo. – Eu estudo muito, ás vezes eu preciso beber uma cerveja. – Ele explicou.


- Tanto trabalho e nenhuma diversão... – Eu disse.


- O Iluminado. – Sirius disse. – Tem tempo que eu não vejo.


- Eu tenho em DVD, a gente podia combinar um dia... – Eu ia dizendo.


- É sobre o que? – Dorcas perguntou.


- Você nunca viu O Iluminado? – Perguntei perplexa.


- Dorcas, o que você vai beber? – Lily perguntou, tentando desconversar.


- Pode ser cerveja também. – Dorcas respondeu.


Lily e James foram até a cozinha enquanto eu ainda revirava os olhos, fazendo uma lista mental dos vários filmes que eu teria de obrigar Dorcas a ver.  Depois de um tempo apenas Lily voltou, carregando quatro long necks, que ela entregou para mim, Dorcas e Remus, bebendo a última.


- E eu? – Sirius perguntou.


- Eu preciso mais. – Lily respondeu.


Sirius revirou os olhos e foi até a cozinha e, quando voltou, trazendo sua cerveja.


- Onde está James? – Perguntei.


- No telefone com o que parece ser sua melhor amiga. – Ele me respondeu.


- Emmeline? – Perguntei. – Ela tem coragem de ligar?


- Pior, ela tem coragem de perguntar por que ela não está aqui e porque você está. – Lily disse nervosa.


- Eu acho que nós devíamos fazer uma intervenção. – Sugeri.


- Como quando alguém está com problemas de drogas? – Sirius perguntou.


- Basicamente. – Falei. – É o mesmo princípio, ele está viciado,  Emmeline não presta...


- Concordo. – Remus disse.


- Porque você odeia tanto ela? – Sirius perguntou.


- Ela costumava dizer coisas sobre mim. – Remus explicou. – E eu tento passar extremamente despercebido.


- É, ela não perdoa isso. – Falei. – Ela acha que como ela todas as pessoas tem segredos e que quem tenta ficar muito quieto é porque tem os piores segredos.


- Como você sabe? – Dorcas perguntou.


- Ela era minha amiga. Ou pelo menos freqüentava minha casa com freqüência suficiente para eu aprender coisas sobre ela. – Expliquei.


Então James entrou na sala, e ele parecia chateado o suficiente para a gente conseguir convencê-lo de que estar apaixonado por Emmeline Vance era uma péssima idéia.


-James, nós precisamos conversar. – Dorcas disse.


- O que? – Ele perguntou chateado.


Então todas as pessoas da sala me olharam, como se eu fosse a pessoa ideal para tratar daquele assunto. Logo eu.


- Cara, você tem que sair dessa. – Sirius disse.


- “Cara, você tem que sair dessa”?- Perguntei. – Que tipo de assunto começa assim?


- Mac, sério, eu estou tentando ajudar... – Sirius disse.


- O que é que vocês dois estão falando? – James perguntou.


 - James, sério. – Eu procurei em minha mente uma maneira de explicar para ele. – Um relacionamento é como um tubarão, ou vai sempre para frente ou morre. E o que você e Emmeline tem, meu caro, é um tubarão morto.


- Annie Hall. – Sirius disse. – Bom exemplo.


-Obrigada. – Respondi.


- Típico. – Lily riu de mim.


- O que? – Sirius perguntou.


- Esse exemplo, vindo do casal mais depressivo que eu conheço. – Lily disse.


- Woody Allen e Soon-Yi? – Perguntei.


- Você e Sirius. – Lily disse e sorriu.


- Não vou discordar. – Ele disse.


- Nem eu. – E então nós dois brindamos as garrafas de cerveja.


- Por sinal, estou muito orgulhoso de você estar bebendo cerveja. – Sirius disse.


- Annie Hall? – Dorcas perguntou para Lily. – Outro filme?


- Sério Dorcas? Sério? – Eu perguntei antes de Sirius tampar minha boca com a mão.


- Enfim, James, sério, sai dessa. – Remus interviu.


- Ela não presta. Você merece mais. – Dorcas disse.


- Não se preocupem. – James começou a dizer. – Eu não quero nem ver ela.


- Você quer falar sobre isso? – Eu perguntei.


- Não, está tudo bem. – James respondeu com um sorriso.


Então todos nós ficamos em silêncio por um tempo, conversamos algumas besteiras e bebemos mais algumas garrafas de cerveja.


- Nós precisamos de música. – Sirius sugeriu.


- Acho que tem alguns vinis aqui. – Lily disse.


Então Sirius e eu fomos procurar os vinis e CDs, nós encontramos um enorme número de raridades. Nossa primeira escolha foi “Johnny B. Good”, uma versão do Elton John. Dorcas se levantou e começou a dançar, logo obrigando eu e Lily a fazermos o mesmo. Logo, de uma maneira inexplicável, Dorcas havia feito Remus e James se juntar a nós. Só Sirius que resistiu bravamente, e estava ocupado demais escolhendo as músicas. Depois de mais de dez músicas nós já estávamos cansados, então cada um se sentou em algum lugar.


- Olhe só para nós... – Eu comecei dizendo. – Nós somos um “Breakfast Club” atualizado.


- Você precisa parar de classificar as pessoas por personagens. – Lily sugeriu.


- Ela está em uma fase John Huges. – Sirius explicou.


- Remus é o nerd, James o atleta, Sirius o cara chato, Dorcas é a Molly Ringwald...


- Você é a Molly Ringwald. – Sirius discordou.


- Pare de escolher meu personagem de acordo com o que eu designei para você. – Briguei com ele.


- E eu por acaso sou a mentirosa compulsiva? – Lily perguntou.


- Na verdade Mac pode ser a mentirosa compulsiva também. – Sirius me provocou de novo.


- Tudo bem, nós não somos uma versão moderna de The Breakfast Club. – Resmunguei. -Vocês me decepcionam.


- Nunca assisti esse filme. – Dorcas falou.


- Dorcas, sério? – Eu já comecei a ficar brava.


- Pare de contar para ela que você não viu filmes. – Lily brigou com Dorcas. – É a mesma discussão toda vez que você diz “Nunca assisti esse filme” e ela surta...


- E foi essa mesma discussão com Star Wars no carro, com Annie Hall, O Iluminado e The Breakfast Club desde depois do jantar. -


- Mas eu prometo que eu vou tentar assistir a alguns desses, Mac. – Dorcas disse.


- Fazer ou não fazer. Não há tentar. – Citei Yoda.


Sirius revirou os olhos e Remus riu.


- Cara, dá um crédito, ela é a única garota que eu conheço que sabe citar o Yoda. – Remus me defendeu.


- Você precisa conhecer minha prima. – Sirius respondeu Remus. – Ela é quase pior que a Mac.


- “Quase” sendo a palavra chave. – Falei. – Ninguém é mais geek que a gente Remus.


- Geek e losers. – Sirius provocou.


- E com orgulho disso. – Remus me apoiou.


- Ainda estou brava porque eu sou a mentirosa compulsiva. – Lily disse para James.


- Ah, ela termina com o atleta. – James provocou Lily.


- É, Emilio Estevez. – Lily disse. – Não você.


- Você o acha bonito? – Perguntei assustada.


- Melhor que James. – Ela me disse.


- Ei! – James protestou.


- Você é bonitinho, James. Ela só está dizendo isso para te irritar. - Então James piscou para mim. - Mas você não é meu tipo de cara.


- Todos nós sabemos qual é seu tipo de cara. – Dorcas disse.


- Claro que sabem, nunca fiz questão de esconder de vocês meu amor pelo Han Solo. – Falei olhando fixamente para Dorcas, com medo de que o álcool estivesse falando por ela.


- Han Solo é um personagem de Star Wars. – Remus explicou.


- Eu preciso de uma cerveja. – Sirius disse. – Alguém mais?


- Eu. – James disse se levantando.


Lily caminhou em minha direção e se sentou ao meu lado e me abraçou.


- Acho que a gente devia buscar cerveja também. – Ela disse, apontando para Dorcas e Remus, que conversavam.


- Vamos lá. – Eu disse sorrindo.


Estávamos caminhando para a cozinha quando Sirius voltava.


- Onde está James? – Lily perguntou.


- Celular. – Sirius respondeu.


- Emmeline? – Ela perguntou e Sirius confirmou com a cabeça.


Lily revirou os olhos e adentrou a cozinha. Sirius me entregou uma cerveja e estava pronto para voltar para a sala.


- Não. – Protestei. – Remus e Dorcas...


- Sério? – Sirius perguntou. – Não imaginei que ela pudesse dar uma chance para ele...


- Nem todas as garotas gostam de rebeldes como você, Sirius. – Provoquei.


- Falou a menina que tem uma queda pelo Han Solo. – Ele me provocou de volta.


- Harrison Ford. – Retruquei.


- Você disse Solo.


- Eu estou bêbada. – Foi minha única resposta.


Então começamos a rir.


- Não acho que a cozinha seja uma boa idéia. – Sirius disse. – Lily deve estar brava.


- Eu acho que vou para o meu quarto. – Falei.


- Você já vai dormir?


- Muito álcool e romance e brigas me cercando. – Expliquei. – Não é bom para a minha autoestima.


Sirius sorriu.


- Quer deitar no ar condicionado e falar sobre livros e músicas e filmes? – Ele me perguntou.


- Claro. – Respondi com o mesmo sorriso.


Então subimos a escada, claro que ele me ajudando, porque se sóbria eu sou desastrada, bêbada, mesmo que pouco, eu sou pior. Fomos para o meu quarto, que era mais próximo e nos deitamos na cama. Ficamos em silêncio por um bom tempo.


- Sirius? – Perguntei.


- Hm.


- Você está dormindo?


- Não. – Ele respondeu. – O que foi?


- Nada. – Respondi.


- O que foi? – Ele insistiu.


- Você gostava mesmo da Hilary? – Perguntei.


- Sim. – Ele respondeu seco.


- Você não quer falar disso, né? Deixa para lá...


- Não é isso... Pode perguntar.


- Você a amava? – Perguntei.


Ele ficou mais um tempo em silêncio.


- Não sei. – Ele finalmente respondeu. – Porque você está perguntando isso?


- Sei lá. – Menti.


- Você ama aquele cara? – Sirius perguntou.


- Não! – Respondi rapidamente. – Quer dizer, acho que não. Nunca amei ninguém no sentido romântico, e imagino que se eu o amasse eu soubesse. Eu só gosto dele.


- Você mais que gosta dele. – Sirius disse.


- Se eu não sei você não sabe. – Eu resmunguei.


- Ás vezes nós somos os últimos a perceber as coisas que nós sentimos. – Sirius me falou.  


- Você realmente acredita nisso? – Perguntei.


- Eu sinto que preciso acreditar. – Ele falou.


- Pela Hilary?


- Por mim. – Ele me respondeu.


Ficamos mais um tempo em silêncio.


- Tenho ouvido muito Morrissey ultimamente. – Sirius mudou de assunto.


- Carreira solo?


- Aham.


- Ele é bom de qualquer jeito, não é?


Continuamos conversando sobre música até que eu peguei no sono.
_____________________________________
 
*Queridos leitores,
Espero que a demora tenha valido a pena, tentei dar uma caprichada nesse capítulo! Vou continuar tentando atualizar com mais frequência a fic, prometo! E por favor, continuem comentando e votando na fic! 
xoxo 

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Comentários (3)

  • Natti Black

    Aaaaah , a fic está muuuiiito boaa, quero mais !!!!! 

    2011-11-29
  • Bia_Black

    Eu to adorando a sua fic ela é perfeita!! Eu sou meio geek então eu nn fico mto perdida.Eu amo Star Wars!!!! Meu sonho é encontrar o George Lucas.Espero q vc continue postando. X.oX.o  

    2011-11-16
  • Naylla

    Ta ok! Se eu te falar uma coisa você não me mata! Eu NUNCA assisti star wars, nem o iluminado, nem anne hill, nem the breakfast club e eu fiquei procurando todos os nemoes que apareceram na história!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Tradução: eu sou a dorcas! kkkkkkkkkk! a fic ta maravilhosa! bjbjbjPANDA!

    2011-11-13
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