A Seleção
Disclaimer: Harry Potter pertence à titia J.K., minha amicíssima. Eu possuo Daniel e Evanna apenas. xD
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Last Chapter:
- Aaní, Lívia
A Seleção começara.
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Uma menina do meio do grupo dos 1º anistas se adiantou, e foi guiada por Mcgonagall até o banquinho na frente da mesa dos professores. Haviam alguns que Albus e Rosie não reconheciam, mas haviam aqueles que eram amigos de seus pais. A menina sentou-se no banquinho, enquanto a profª Mcgonagall colocava o chapéu até a altura dos olhos. O salão mergulhou em um silêncio profundo enquanto a menina apenas esperava, sem nada ver. Não demorou até:
- LUFA LUFA! - o Chapéu gritou para todo o salão.
O nó na garganta de Albus aumentou, enquanto a mesa à direita-centro começou a aplaudir. E se fosse selecionado em Lufa lufa? Com certeza seus pais não se importariam, afinal, eles mantinham boas relações com a Grifinória. Seu medo estava relacionado à atitude de James, que provavelmente o odiaria. James já dissera que Lufa lufas são covardes e panacas, então...
Quando McGonagall chamou o próximo aluno ao banquinho, Abílio Abalis, Albus tremeu. Seu medo era tão transparente que tinha certeza que iria para Lufa lufa.
Scorpius estava encarando Albus. Ele podia ver que o menino estava abalado por toda esta situação, e notou o espasmo de dor que surgiu no rosto dele quando Abílio fora selecionado em Sonserina. Será que Albus deixaria de ser amigo de Scorp se ele fosse para Sonserina? Não havia como negar que Scorp tinha gostado de Albus, Evanna, Rosie e até de Daniel, apesar do seu jeito calado. No fundo, Scorp torcia para não perder a amizade deles.
Daniel encarava a seleção com um profundo desgosto no rosto. Ele não esperava que um chapéu idiota fosse capaz de selecioná-lo. Sua mãe fora Corvinal, e antes de ele viajar, ela lhe dissera as qualidades de cada pessoa das respectivas casas. Corvinais eram inteligentes. Lufa Lufas leais. Grifinórios, corajosos. Sonserinos, astutos. O que ele seria, então? Até onde ele sabia, ele era um tanto inteligente, leal, corajoso e astuto. Seria um meio termo? Podendo escolher sua própria casa? Escolheria Grifinória, então... Não, Sonserina... Melhor, Corvinal... Enfim, ele decidiria na hora...
- Boucal, Diego - Minerva chamou.
Um menino grande e gordo adiantou-se, sentando no banquinho. O chapéu mal tocara em sua cabeça e já gritara: LUFA LUFA! O garoto adiantou-se e sentou ao lado de Lívia, a primeira a ser selecionada. Minerva checou o pergaminho de novo e disse:
- Chonyl, Evanna.
Evanna estava entediada. Ela achava que não era necessária sua seleção. Mas, quando a professora a chamou, ela simplesmente caminhou até o banquinho e sentou-se, colocando o chapéu até a altura dos olhos, mas não sem antes espiar toda aquela multidão em sua frente, olhando-a. Subitamente, ela se sentiu nervosa.
- Olá, Senhorita Chonyl... - Evanna teve que se controlar para não gritar. O chapéu falara dentro de sua cabeça! - Para onde você quer ir?
- Hum... Imagino que eu vá para... a mesma casa que meus pais, certo? - Evanna pensou. Será que ela estava ficando louca?
- Não, a senhorita não está ficando louca... - O chapéu disse, mas, sem esperar uma resposta, continuou - Sei que seus pais foram Lufa Lufa... Agora, quero saber onde você acha que você se encaixaria melhor...
Evanna refletiu a respeito da pergunta enquanto decidia o que responder. Sabia que as pessoas deviam estar esperando uma resposta. - Eu... Sinceramente, não sei...
- Você pode ser grande, Evanna... Só preciso decidir o que te fará maior... Você é uma pessoa difícil de classificar, sabia?
- Obrigada... Eu acho... Como são os outros alunos, chapéu? - Evanna não pôde deixar de perguntar. Sua curiosidade era grande demais, e sabia que não iria demorar até o chapéu concordar que a sua casa realmente seria a Lufa Lufa.
- Hum... Gosto muito do que faço... mas, as vezes, pego algumas "mentes-poluídas" - Evanna não pôde deixar de rir da piada, mas ao mesmo tempo, lembrou-se da multidão de alunos e professores olhando para ela, e terminou por soltar um grunhido. - Acho que sua curiosidade indica que você seré bem-vinda em... CORVINAL!
O chapéu gritou a última palavra, deixando Evanna em completo estado de choque. Ela seria uma Corvinal? Como? Sua família toda fora Lufa Lufa! Evanna nem notou que a mesa esquerda-centro aplaudia, nem o caminho que tomou até a mesa, nem ao menos as pessoas que a cumprimentavam quando ela se sentou, totalmente aturdida. Foi necessário um tempo até ela digerir o resultado.
Albus não conseguia mais se concentrar. Vira a seleção de Evanna, depois um menino... uma menina... outra menina... De repente, sua atenção voltou-se à um nome que Profª McGonagall chamou:
- Dursley, Válter! - E observou enquanto um menino gordo adiantou-se. Rosie cutucou-o e perguntou:
- Não é parente do seu pai? - Claro! Papai tinha um primo que se chamava "Duda" Dursley! Albus se lembrava da vez em que, quando tinha 7 anos, James tinha 8 e Lilly tinha 5, foram visitar tio Duda. Ainda não controlavam seus poderes, e acabaram quebrando a mesa da cozinha no meio, quebrando um espelho grande da sala e colocando fogo na peruca do pai de Duda, cujo nome Albus não lembrava. Fora a última vez que vira os Dursley.
- É... Deve ser filho do primo do papai... - Albus encarou o menino, sentado com o chapéu até os olhos. De acordo com o pai, Válter era a cópia do pai, Duda, ou algo assim. O chapéu finalmente gritou: LUFA LUFA! O menino dirigiu-se à mesa citada. Albus olhou para trás e viu James encarando o garoto. Albus já sabia que James tinha encontrado um alvo para suas brincadeiras...
A seleção seguiu depois de Válter. Ellen Elegant se tornou Corvinal e Vivian Facquir se tornou Sonserina, enquanto Joaquim Finch-Fletchley ia para Lufa Lufa. Enfim, chegou a vez de Daniel.
- Forstar, Daniel. - Diretor Flitwick deu um gritinho, satisfeito. Daniel avançou e sentou no banquinho, colocando o chapéu. Rosie ouviu algumas meninas supirarem, não só aos seus lados, como atrás, onde ficavam as meninas de outros anos. Por Favor!, ela pensou. Mas também não podia negar, Daniel era um, como diziam mamãe e tia Gina quando papai e tio Harry não estavam por perto, "pão".
E agora, o que acontece?, Daniel pensou.
- Eu devo indicar a sua casa, senhor Forstar. - Daniel quase teve um enfarto. A droga do chapéu falava? Que merda era aquela? Seu impulso foi levantar, tirar o chapéu e tocar fogo nele, ou algo assim. - O senhor não é inglês, é, senhor Forstar... Ou deveria dizer Förstår? (N/ Autora: Significa entender em sueco, a pronúncia é mais ou menos Fôshhh-tôrrrr)
- N...Não... Sou sueco...
- Que bom que decidiu juntar-se a nós... Sei que o senhor é muito inteligente, senhor Forstar, muito mesmo, e isso é uma característica Corvinal... Mas sei que você tem emoções que superam esta inteligência... Você, hoje, vai para GRIFINÓRIA!
Até que não demorou muito... Daniel tirou o chapéu e caminhou até a mesa a extrema esquerda, que aplaudia. Notou. também, que algumas meninas realmente estavam fazendo um estardalhaço. Por que será?
A Seleção continuou calma. Scorpius esperava pacientemente pela sua vez. Gay, Joana se tornou Grifinória, assim como Glaciu, Gil tornou-se Corvinal. Goyle, George se tornou Sonserino. Hannabera, Olivia tornou-se Grifinória, e Inmenta, Rafael foi para Corvinal. Jackson, Turner foi para Sonserina, e Kimberly, Jones para Lufa Lufa. Lois, Hanna foi para Grifinória, junto de Mcconaughey, Matt. Finalmente chegara sua vez.
- Malfoy, Scorpius. - Profª Minerva chamou, seus olhos estreitando. Scorpius sentiu o rosto corar enquanto se dirigia até o fatídico banquinho. Sentou-se. Colocou o chapéu. E esperou.
- Mais um Malfoy, ãh?... Mas... o que é isso que vejo aqui? - Scorp não conseguiu entender o que aquele chapéu louco estava falando... Será que havia algo estranho em sua cabeça? - Você têm características comuns de Sonserinos, senhor Malfoy... Mas... Sinto algo... Um sentimento, para ser específico, dentro de você... Alguns incomuns para um Malfoy, mas também... Algo novo, tanto para mim, que selecionei gerações e gerações de Malfoys, como para você...
- O senhor pode me falar o que é? - Scorp agora estava nervoso. Que diacho...?
- Um desses sentimentos incomuns, senhor Malfoy, o senhor expressou agora. Respeito. Mas o que eu digo, é outra coisa. É... acredite, também é difícil pra mim aceitar... Amizade! - Scorpius indignou-se
- Hey! Meu pai também tinha amigos! E meu avôs! Todos tiveram amigos! Isso não é incomum, quanto menos novo!
- É sim senhor Malfoy... Nunca, em seus antepassados, eu havia sentido um sentimento de amizade tão forte, e tão genuína, em tão tenra idade! E você sabe que casa representa este sentimento, não sabe, senhor Malfoy?
- Eu... n... não... - Scorp parou para pensar, até a ficha finalmente cair. - Não! Você não pod-
- GRIFINÓRIA!
...
O Salão parou. Nem as cigarras ousaram fazer qualquer barulho. Malfoy, um MALFOY na Grifinória? Scorp tirou o chapéu e olhou, atordoado, de Minerva para Albus e Rosie, que o encaravam, com absoluto terror no rosto. Exceto Albus, que deixava um quê de surpresa e contentamento no rosto. E isso foi suficiente para Scorp, que levantou-se e guiou-se até a mesa da Grifinória. Ninguém aplaudiu, ninguém o cumprimentou. Ele simplesmente sentou-se e sentiu todos os olhares voltados para ele.
Diretor Flitwick pigarreou e olhou para profa. McGonagall, que parecia ter levado um tapa. Ao ouvir o pigarro, ela voltou-se, aturdida, para o pergaminho, e levou uns vinte segundos para achar onde tinha parado, enquanto começou a correr um zunzunzum por todo o salão. Finalmente, ela achou o próximo nome e a seleção continuou.
Mimsy, Mitsey se tornou Corvinal e Nott, Blake tornou-se Sonserino. Albus perdera a capacidade de se concentrar. Viu mais uma menina e dois meninos subindo no banquinho, mas não ouviu seus nomes ou casas. Poctillery, Fred foi para Lufa Lufa e, finalmente:
- Potter, Albus. - Profª McGonagall chamou, já olhando para Albus.
Suas pernas pareciam terem sidos enfeitiçadas para serem de manteiga. Sentindo-se cansado e enjoado, Albus dirigiu-se ao banquinho. Na mesa dos professores, Hagrid acenou e o lançou um sorrizinho, encorajando-o. Albus sentou-se e um frio passou por sua espinha no momento em que seus olhos foram cobertos pelo velho chapéu.
- Olá, senhor Potter... - O chapéu falou. Albus não pôde deixar de estremecer.
- Sonserina não, Sonserina não...
- Seu pai me disse a mesma coisa, senhor Potter. E eu lembro de ter aceitado o pedido dele... - A aba do chapéu apertou a parte de cima da cabeça de Albus. - Agora, me pergunto se devo ouvi-lo...
- Por favor, me mande para Grifinória... Por favor... - Albus sentia o rosto corar: Estava prestes a chorar na frente de toda a escola.
- Mas senhor Potter... A principal característica de Grifinória é a coragem... E o senhor há de convir comigo que coragem não é uma característica que o senhor está demonstrando ter...
- Eu quero ir para Grifinória! Grifinória! Grifinória, e não Sonserina!
- Senhor Potter... Eu vou atender seu pedido... - O coração de Albus deu um salto - Mas devo alertá-lo... O senhor nunca será grande em Grifinória. Seu destino era, obviamente outro. GRIFINÓRIA!
Ao retirar o chapéu da cabeça, Albus viu a festa que estava sendo criada por seu irmão e seus primos. Mas Albus ainda estava preso nas palavras do chapéu. "Seu destino era outro". Albus não chegou a ver que Rose o abraçou, e, ao chegar na mesa da Grifinória e sentar entre James e Daniel, todos estavam apertando sua mão e congratulando-o. Sentia-se aliviado, sim... mas uma nova preocupação tomava o espaço deixado pelo medo de ir para Sonserina.
- Não se deixe preocupar por nada. - Albus virou-se e olhou para James, que tinha se curvado para falar com ele sem ser ouvido. - O primeiro jantar tem que ser inesquecível. - Voltando-se para a seleção, James deixou Albus refletindo. É, talvez perder a noite não falha a pena.
Agora só faltavam três pessoas serem selecionadas, e Rosie era uma delas. Profª McGonagall chamou Vincent, Gustav, que se tornou Lufa lufa, e, enfim, Rosie. Rosie adiantou-se e sentou no banquinho. O chapéu cubriu seus olhos.
- Seu medo é compreensível... Vejo que teme ser mandada para Corvinal, longe de seus amigos, certo? - Antes que Rosie pudesse dar alguma palavra, o chapéu gritou: GRIFINÓRIA!
Rosie tirou o chapéu e seguiu seu caminho até a mesa da Grifinória, sorrindo. Sentou-se entre um amigo de James e Scorp, de frente para Albus. Tudo saira bem, no fim.
O jantar fora um dos mais fartos que Albus já participara. Montanhas de coxas de galinha, rosbife e batatas. Daniel se mostrou grande fã de batatas, ao experimentar todos os tipos de batatas que tinha na mesa. Albus não pode deixa de rir ao vê-lo comendo 11 batatas fritas de uma só vez. Daniel olhou para ele e deu uma piscadela travessa.
- Depois de hoje, vou ficar na biblioteca até aprender um feitiço de emagrecimento. - Ele disse.
Na frente de Albus, Rosie estava reclamando da demora da seleção para os amigos de James, chamados Collin e Jeoff.
- Ao fim, eu já dava meu fígado para não me chamar Weasley, e sim Easley. - Os garotos riam muito das piadas de Rosie. Albus sorriu. Rosie sempre fora uma pessoa extremamente sociável. James comia como um porco ao seu lado. Na verdade, Albus nunca vira James comendo tanto, afinal, sua mãe provavelmente o estrangularia se o visse comendo daquele jeito.
Os olhos de Albus percorreram a mesa até acharem a pessoa que ele procurava. Victoire estava sentada sozinha escrevendo em um pergaminho que obviamente era enorme. Será que ela já estaria estudando? Sua mãe dissera que os bruxos tinham que prestar um exame ao terminar Hogwarts, chamado Neim, ou Niem, ou algo assim. Ou talvez ela só estivesse mandando uma carta. Albus não se surpreendeu pela solidão da prima, afinal, suas melhores amiga eram da Corvinal, e não haveria como ela se sentar na mesa da Corvinal hoje.
Olhando para o outro lado, Albus viu Daniel ao seu lado(Comendo um tantão de batatas) e Scorp na frente de Daniel. Scorp encarava os nós dos dedos e tinha o prato limpo. Não tinha comido nada a festa inteira. Pegando um pedaço de pergaminho e uma engenhoca trouxa que Harry chamava de "canecta" (Ou algo assim), porque, de acordo com seu pai, essas eram muito mais fáceis de escrever, ele escreveu um bilhete para Scorp.
Por que você está com esta cara de preocupado?
Scorp recebeu o pergaminho e a canecta (coisa essa que ele ficou olhando por um tempo, sem saber o que era) e leu o recado. Usando a canecta de uma forma meio pomposa e deitada, como se duvidasse que aquilo escrevesse, Scorp rabiscou e devolveu o pergaminho à Albus.
Que geringonça é essa? E eu não estou preocupado com nada.
Albus leu a resposta de Scorp e escreveu furtivamente uma mensagem de volta, passando o pergaminho mais uma vez para o loiro.
Mentira! Dá pra ver que tem algo te preocupando! Diz logo, quem sabe eu posso te ajudar...
Scorp leu a frase, levantou uma sobrancelha e simplesmente ignorou Albus, recusando-se a olhar na direção do moreno. James, ao lado de Albus, olhava para o irmão de cara feia. Ao perceber que Albus tinha notado, James curvou-se para frente para falar ao ouvido do irmão.
- Pára de passar mensagens para esse... Malfoy, ou você vai se arrepender. - Albus empalideceu ao ver o olhar maligno de James. O que seu irmão poderia fazer se ele fosse amigo de Scorp? Albus sentiu-se tentado a chorar, mas achou melhor seguir o conselho do próprio irmão, e não deixou que nada o aborrecesse.
Depois de se empanturrar de batatas, Daniel decidiu que estava com sono, e começou a "encher o saco" de todos ali porque queria ir embora. No fundo, Albus também sentia-se tentado a ir para cama. Passado o que pareceu um século, Diretor Flitwick levantou, sobre a cadeira. Rosie cochichou algo sobre não ter feito diferença alguma, e Albus precisou beber um pouco de suco para parar de rir. O diretor andou até uma espécie de escada quetinha à frente da mesa e subiu, olhando para o salão.
- Desejo a todos vocês... - Ele falou, com sua vozinha esganiçada, olhando para o salão de um lado para o outro. - ...um ótimo ano letivo, e uma boa noite de sono!
Muitos alunos se levantaram de uma vez, empurrando o banco em que Albus e os outros estavam. Um monitor chamou os alunos do primeiro ano e pediu para que o seguissem. Albus sentia-se farto e um tanto cansado depois de comer tanto. Albus acompanhou Daniel e Rosie, que queriam ir logo, mas notaram que Scorp vinha devagar, por isso, pararam e esperaram pelo amigo, que ficara para trás. Por isso, eles fechavam a fila de primeiranistas grifinórios do salão.
Ao passarem da porta, porém, foram impedidos de continuar. Albus olhou por cima do ombro de Daniel e viu uma fila de quatro sonserinos, três meninos e uma menina, parados na frente da passagem da segunda sala, já fora do salão. Rosie decidiu pedir passagem.
- Vocês podem nos deixar...
- Quieta, traidora do sangue. - Um rapaz um tanto baixo e negro cortou-a, rispidamente. Albus fechou os olhos, mas Rosie continuou a observar, sem aparentar ter ouvido a grosseria - Malfoy! O que você acha que está fazendo, indo parar nessa Grifinória nojenta? - O mesmo rapaz virou-se para Scorp, que simplesmente devolveu o olhar, frio.
- Como se eu tivesse escolha, Nott! - Malfoy replicou. Afinal, este era Black Nott. Todos viram que ele havia se tornado sonserino.
- Você tem escolha, Malfoy. Aquele chapéu idiota leva sua opinião em conta. - A única menina do grupo falou, olhando também para Scorp. Daniel moveu-se irritado. Era óbvio que os outros grifinórios estavam sendo ignorados, e era óbvio também que Daniel estava morto de sono, e ficar ali conversando não era bem o que ele queria estar fazendo. Scorp ignorou a menina.
- Seu pai vai ficar extremamente feliz quando descobrir que você se tornou essa estória de Grifinória. - Deste menino gordo Daniel lembrava, afinal, fora um dos próximos a serem selecionados, logo após dele. O menino se chamava George Goyle. - Quanto tempo deve levar até ele descobrir que você vai se tornar um traidorzinho imundo?
- Mais tempo que leva para você formular uma sentença, Goyle, se você quer saber... Digo, para que você entenda: Mais tempo que leva para você criar uma frase - Scorp revidou, com os olhos semi cerrados. Rosie não pode deixar de admirar a capacidade de ser cortante quando queria. Só desejava que aquilo não se voltasse contra eles.
- Tem certeza que vai ficar contra nós, Malfoy? - Nott perguntou, venenoso.
- Se vocês não me aceitarem como eu sou, vou ficar sim! - Malfoy rebateu.
- Ótimo! Se você diz que você é um grifinório merdinha, então está ótimo. - Goyle tinha nada mais que ódio em seus olhos - Mas lembre-se: você está perdido! Vamos, galera! - E o grupinho de sonserinos deram meia volta e sairam do salão.
Albus subitamente entendeu o porque de Scorpius estar tão apreensivo: Estava com medo da reação de seu pai quanto a sua seleção. Seu pai dissera que os Malfoy faziam parte de uma longa linhagem de Sonserinos orgulhosos pelo próprio sangue, que eles consideravam "nobre" e "puro", por só terem casado entre primos para manter a linhagem de bruxos puros.
- Não ligue para eles, Scorp, eles só estão com raiva por terem sido escolhidos para aquela sonserina nojenta, e... - Rosie parou, ao ver a cara que Daniel fazia em direção a ela. Realmente, Rosie herdara a falta de tato de seu pai. Era óbvio que Scorp pensava que seria selecionado para a Sonserina, assim como sua família toda tinha sido. Scorp simplesmente balançou a cabeça.
- Vamos dormir... Amanhã eu me preocupo com isso. - Ele disse, por fim.
Mas, a virarem-se de volta a porta, ele logo notaram que tinham perdido a fila de aluno da grifinória.
- Agora, onde fica essa tal "sala comunal"? - Daniel perguntou, ainda com cara de sono.
- Ãhn... - Albus e Rosie ficaram emudecidos. Obviamente, Daniel e Scorp pensavam que eles sabiam onde a sala comunal da grifinória ficava, mas nenhum dos dois haviam se preocupado em perguntar aos pais. Daniel subitamente entendeu o silêncio dos dois.
- VOCÊS NÃO SABEM ONDE FICA??? - Seu grito foi mais de desespero do que de raiva, e Rosie, Albus e Scorp entendiam o porque de todo esse desespero: Hogwarts tinha mas de cem escadas, que não paravam de se mover e trocar de lugar, milhares de andares, torres e torrinhas, e milhões de salas. Todos chegaram a conclusão de que procurar a sala da grifinória sozinhos seria como procurar uma agulha num palheiro de palhar prateadas.
- Vamos ter que encontrar alguém da grifinória. - Scorp virou-se. Talvez voltar ao Salão poderia ajudá-los.
- No Salão não tinha mais ninguém - disse Rosie, pressentindo a idéia de Scorp.
- Eu juro a vocês que, se eu sair dessa, vou ler Hogwarts, uma história sem fim, como um cristão lê a Bíblia. - Daniel replicou. Rosie não pôde deixar de sorrir: Sua mãe havia escrito o livro, acrescentando suas descobertas à um livro já existente a respeito de Hogwarts. Sua mãe havia tentado faze-la ler o livro, mas Rosie acabou não lendo. Não que Rosie não gostasse de ler, mas simplesmente se interessava mais por literatura trouxa, como Marian Keyes, sua escritora favorita, e Meg Cabot, sua segunda escritora favorita (Para desgosto de Rony. "Isso é para trouxas, Rosinha!", ele dizia. Uma vez, ele ficou super irritado ao ler uma cena excepcionalmente quente e sexual de Melância. "Isso não é coisa para uma menina de 10 anos, Hermione!)
Por fim, eles decidiram procurar, juntos, por algum aluno da grifinória. Andando pela escola, subindo e descendo as escadas. Após o que parece uma hora inteira, eles acharam a biblioteca, a enfermaria, a sala de feitiços e as masmorras (todas vazias) e decidiram parar um pouco, na frente da sala de feitiços.
- Ora, ora, parece que eu peguei algumas criancinhas fora da cama depois da hora de dormir! - Todos se assustaram ao ver um fantasma passando pela porta. Rosie, Scorp e Albus automaticamente reconheceram, mas Daniel relaxou e perguntou:
- Muito obrigado por aparecer! Poderia nos dizer onde fica a sala comunal da grifinória?
A cara de espanto de Pirraça foi extrema. Obviamente ninguém nunca o tinha tratado com tanta educação, nem, muito menos, gratidão. Sua cara foi suficiente para Daniel entender, e desviar de um objeto que Pirraça jogou, com uma risada desagradável.
- Poltergeist! - Daniel virou irritado para Scorp, Rosie e Albus. Albus deu um passo a frente e disse:
- Não queremos confusão, Pirraça. Estamos perdidos. Se puder nos dizer o caminho, nós agradecemos. Se não, é melhor sair daqui.
A resposta de Pirraça foi tentar jogar uma armadura em Albus, errando por pouco. O barulho, entretanto, foi suficiente para assustar o castelo inteiro, incluindo os garotos, que tinham combinado não fazerem barulho para não serem pegos fora da cama. Daniel passou na frente de Albus, baixando o braço, com a varinha na mão.
- Ora, me dá licença... Skurge! - Ele disse, apontando a varinha para Pirraça, e desenhando uma espécie de flor de três pétalas no ar. Primeiramente, Pirraça parou sua risada escandalosa, como se tivesse engasgado, e começou a ficar verde. Depois, passou para um roxo muito escuro, para, por fim, ser lançado, xingando, contra a parede, a toda velocidade. Tudo aconteceu muito rápido.
- Genial! - Scorp exclamou, enquanto corriam para o mais longe possível do lugar do barulho. Quando puderam identificar, já estavam de volta ao Salão Principal. Entraram e fecharam a porta. Arfando, eles se viraram para encarar o Salão vazio.
Mas o salão não estava vazio. Uma sombra moveu-se no escuro, e, de repente, uma luz acendeu na cara deles. Todos prenderam a respiração. Haviam sido pegos, afinal... Mas...
- Albus! Rosie! O que vocês estão fazendo aqui?! - Era Neville, amigo de seus pais! isso significava que eles não estavam perdidos! Muito pelo contrário, tinham se achado! Rosie explicou, rapidamente, todo o ocorrido para o professor, que acabou por levá-los até a sala da Grifinória, sem dar a eles nenhum tipo de bronca ou repreensão. (Exceto no caso de Scorp. Albus podia jurar que o professor fora frio com o colega.)
- Este... - Neville disse, apontando para um quadro de uma mulher adormecida. Ela era bonita, mas obviamente estava acima do peso. - ...é o quadro da MULHER GORDA! - O professor deu um berro, acordando a pobre mulher gorda, assutada. - Ela guarda a entrada da torre da grifinória. E a senha é... - Neville deu uma piscadela travessa para Albus - ...Harry Potter!
O quadro abriu, revelando uma espaçosa câmara, toda vermelha e, por ora, vazia e praticamente toda escura. O único som audível era o de chamas quase extintas a se apagar na lareira. Albus jurou ter visto algo se mover, e chegou a conclusão que era um elfo doméstico.
Com uma despedida silênciosa, Rosie dirigiu-se para a escada que Neville tinha dito ser o caminho para o dormitório das meninas, e os meninos subiram as escadas para seu dormitório, que era o último de um longo corredor.
Segundo Ano, Terceiro Ano e Sexto ano do lado direito, e, do lado esquerdo, Quinto Ano(de frente a escada), Sétimo Ano, Quarto Ano e, por fim, Primeiro Ano.
Cada um deitou em sua própria cama, facilmente identificável pelos malões aos lados. Todos, depois de tanta comida e aventura, dormiram quase instantaneamente.
Alguns Recadinhos:
- Sim, vou demorar um pouco até chegar ao ponto do Prólogo -.-'
- Já comecei o cap 3
- Fanfic feita pra Dhanni =**
Beijos e mais beijos, e, como sempre, continuo viciada em comentários =*
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