Desembarcando

Os olhos de Alvo brilharam, assim que estavam se aproximando de Hogwarts.
- Está vendo Al ? Tudo isso ? – Perguntou Thiago, olhando para o irmão menor
- Estou... Uau... É só o que posso dizer. Uau.
- Esse castelo bonito, todo iluminado. Essas torres, os terrenos...
Nisso, o trem parou. Alvo Severo deu uma última olhada pela janela da cabine, e, tremendo de nervoso, pegou suas coisas. Thiago o seguiu, até desembarcarem.
- O lago... Aiai, esse lago é bonito né ?
- É perfeito – disse, enquanto alguns alunos entravam nos barcos para atravessá-lo.
- Pena que guarda uma maldição – Disse Thiago, se contorcendo de vontade de rir.
- M-m-maldição ?? – Perguntou, olhando para o lago, receoso
- Pois é... Dentro desse lago, existe um monstro marinho gigaaaaante, mais de 5O metros, com as garras venenosas e de efeito paralisante. Eu tenho pena do garoto que caiu aí ano passado. Tadinho, nunca mais voltou...
Alvo, aterrorizado, instintivamente deu um passo para trás, o que ocasionou um tropeço.
Alguma massa grande e pezada o segurou por trás. Tinha as barbas longas e espessas, e olhava para os meninos com uma cara severa.
- Não acredite em o que seu irmão diz, garoto – Disse Hagrid, enquanto Thiago se acabava de rir – você faz bem juz ao seu nome e sobrenome, rapaz. E você – disse, apontando para Alvo – Não tenha medo. Não há nenhuma criatura mortífera nesse lago, só uma lula-gigante. E eu te juro, ela não faz absolutamente nada, e é super amigável.
Alvo continuou parado, olhando para o meio gigante Hagrid, que lhe deu um sorriso confortador.
- Seja bem vindo, Alvo. Você é igualzinho a seu pai, é sim. Sou Hagrid, professor de Trato de Criaturas mágicas.
Estendeu sua mão grande e cheia de calos, e Alvo sorriu e apertou sua mão também. Logo depois, Hagrid se virou para os alunos, e gritou.
- Muito bem, monitores, por aqui, e auxiliem os alunos do primeiro ano... Vamos, láa... Não temos a noite inteira !
Na hora de Alvo entrar no barco, hesitou. Olhou para as águas negras do lago, e imaginou enormes tentáculos saindo dali.
- Vamos, entre Alvo. Não tenha medo, estou aqui – Disse uma voz doce e tranqüilizadora, que o garoto reconheceu instantaneamente como a de Rosa.
- E-e-eu não estou com medo – Disse, estufando o peito. – Estava apenas olhando o lago.
- Sei... Agora vem logo, está atrasando todo mundo.

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