Obrigada



No dia seguinte Melissa desceu as escadas do dormitório feminino com seu texto todo na ponta da língua, esperava encontrar Sirius antes de descer para o Salão Principal, mas os marotos tinham acordado cedo para dar “bom-dia” á Filch. Quando desceu, sem esperar por Amy, os três davam altas gargalhadas.
- Sirius. . .
- Oi, Melissa – disse ele surpreso.
- Eu quero falar com você.
- Opa! – disse ele se levantando.
Eles foram até um canto do Salão, Sirius cruzou os braços.
- Não é nada demais, é só que eu queria agradecer por sábado, sabe. Eu tava triste e você me animou, eu queria ir ao festival e você me levou. Eu nunca pensei em dizer isso, mas você foi bem legal. Obrigada!
- Que é isso, Melissa. . . Era o mínimo, né? E nada á ver a gente morar na mesma casa e viver brigando, ia ficar um clima chato.
- É. . . Mas de qualquer maneira, valeu mesmo.
- De nada.
- Eu vou tomar café – disse Melissa ao ver Amy entrar para tomar café.
E foi saindo ao encontro de sua melhor amiga.
- Que é que ela queria? – perguntou James quando Sirius se sentou ao lado dele
- Só agradecer.
- Pelo quê? – perguntou Remo, tirando os olhos do Profeta Diário pela primeira vez desde que chegaram ao Salão.
- Uma coisa aí. . . Que é que você tanto lê nesse jornal? – mudou de assunto Sirius.
- Você-sabe-quem voltou á atacar. – suspirou Remo dobrando o jornal e comendo um pedaço de bolo.
- É, parece que ele tinha tirado umas férias. – disse Sirius bebendo suco de abóbora.
- Sabem no que eu tenho pensado muito ultimamente – disse James pensativo
- Em que? – responderam Sirius e Remo em coro.
- Em ser Auror.
- Mas você não pensava nisso desde o 5° ano? – estranhou Remo
- É, mas era uma idéia distante. Agora parece cada dia mais forte.
- Eu tenho a mesma idéia. – revelou Remo
- E eu. – concordou Sirius.
Enquanto os marotos decidiam seu futuro, do outro lado da mesa da Grifinória Amy Horan estava quase tendo um enfarte.
- Como assim você teve um encontro com o “Dog” Black?
- Fala baixo! – pediu Melissa – Não foi um encontro, a gente só foi á um festival.
- E quase se beijaram. . .
- Que nada, eu desviei o rosto.
- É, mas se não fosse isso. . .
- Para com isso ta, Amy? Eu não fiquei com o “Dog” Black e nunca vou ficar.
Amy revirou os olhos enquanto mordia uma banana caramelada.
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Algumas semanas se passaram, e a primeira visita á Hogsmeade se aproximava. Nada aconteceu entre o nosso casal, mas um certo rapaz chamado Charles Walters andava incomodando bastante á Melissa.
- Não, Charles! Quantas vezes eu vou ter que dizer? Eu não quero ir á Hogsmeade com você.
- E o que é que eu faço pra você querer? – disse ele encostando ela na parede.
- Nada, não adianta nada! Eu não quero e pronto. – disse ela tentando sair, mas ele a segurava contra a parede.
- E com quem é que você vai? – disse ele segurando-a mais forte.
- Com ninguém. . . Dá pra me soltar? Ta me machucando. – disse ela fazendo esforço para sair, mas ele era mais forte.
- Então diz que vai comigo!
- Eu não vou com você!
- Ai é? Accio varinha – disse Charles e a varinha de Melissa rodopiou no ar até as mãos dele.
Ele soltou-a e se afastou.
- E agora vai com quem? – perguntou ele com um sorriso de deboche.
- Com você é que não é! – disse Melissa e saiu correndo.
Ela não sabia direito para onde ir, mas quando viu estava chegando nas janelas do segundo andar. E quem estava no parapeito de uma delas, sozinho e pensativo?
- Black! – gritou Melissa quando viu Sirius.
Ele olhou e se levantou ao ver ela correr ofegante em sua direção.
- O que foi? – perguntou ele quando ela o abraçou
Mas ela nem precisou responder, Charles vinha correndo logo atrás. Quando viu os dois, parou e começou á rir.
- Achou alguém pra te salvar foi?
- O que é que você quer? – gritou Sirius passando a frente de Melissa.
- Sair com a Mel, só isso. Mas vê se não se mete, ta?
- Não deu pra perceber que ela não quer, otário?
- Otário é a mãe. – disse Charles levantando sua varinha.
- Ele está com a minha varinha. – disse Melissa atrás de Sirius.
- Devolve a varinha dela. – ordenou Sirius.
- Vem buscar – desafiou Charles.
Tudo aconteceu em alguns segundos, Sirius lançou o feitiço e a varinha de Melissa veio direto para sua mão.
- Eu ainda pego você, Potter. – disse Charles e saiu furioso.
Sirius se virou e perguntou:
- Está tudo bem?
- Agora está.
- Que, mané! Não sabe levar um fora.
- É, ainda bem que você estava aqui pra me salvar.
- Pura coincidência.
- Sorte, isso sim! Obrigada, de novo. Você sempre aqui quando eu preciso, né?
- E vou estar sempre.
Melissa abaixou a cabeça, pegou sua varinha e foi saindo.
- Ah. . . – começou ela olhando pra trás – não conta nada pro meu irmão ta? Primeiro ele ia rir da minha cara e depois querer dar uma surra no Charles. Sabe como ele é...
- Mas você quer que ele fique impune?
- Você já deu uma lição nele! Obrigada, de novo.
- Disponha.
Melissa sorriu e foi para a sala comunal da Grifinória, pensando em certa pessoa.

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