O Alinhamento
Na manhã seguinte depois de uma noite bem intranqüila todos os alunos voltaram para seus salões comunais. Sara acabou seu café e estava na sala de sua tia lendo suas anotações.
- Bom dia minha querida... - falou a professora entrando na sala.
- Bom dia... - respondeu a garota.
- Animada com o jogo? Não é sempre que Hogwarts chega a final de uma copa não é?
- Ah... Sim... Bem, tia eu queria saber se encontraram alguma coisa...
- Não, - respondeu a professora decepcionada - não quero que se preocupe, mas tome cuidado, e não saia sozinha está bem?
- Como é que posso sair sozinha se o Pirraça não desgruda do meu pé? - falou a garota sorrindo - Não se preocupe tia, só vou sair daqui com a compania de alguém.
- As vezes tenho impressão de que não sou uma boa diretora... - falou a prof. Deprimida.
- Não diga isso...- disse a garota vendo a expressão de desanimo no rosto - Aposto que nem o prof. Dumbledore saberia o que fazer numa hora dessas... - disse a garota tentando animar a tia.
- Seu padrinho volta hoje... - respondeu a professora - não irá mais sair daqui enquanto estiverem acontecendo esses incidêntes.
- Tia, a senhora sabe por que o irmão do Rony não fala mais com os pais?
- Bem... Eu não sei direito sobre isso, Percy é muito orgulhoso e não admite estar enganadado.. Depois que você-sabe-quem reapareceu a uns dois anos, Percy ficou do lado do Ministério e contra os que acreditavam em Harry. Depois do que aconteceu à dois anos, Cornélio Fudge teve que engolir o orgulho e anunciar que Você-sabe-quem realmente estava vivo.
- Mas.. . Pelo que a Hermione me contou... Percy sempre foi motivo de orgulho para os Weasley, por que será que brigou com eles?
- Eu tentei falar com ele, mas parece que evita falar com as pessoas, e foi por isso que pedi para seu padrinho voltar.
- A senhora não acha que tem alguma coisa errada com ele?
- Não tenho certeza, mas tenho experiência com feitiços e tenho informações de que tem algo errado com o Senhor Weasley. Vejo que você também percebeu... Não esperava que ficasse tão boa em tão pouco tempo.... Devido as circusntâncias...
Sara ficou um tanto preocupada com o comentário da professora, o que ela queria dizer com aquilo?
Uma batida na porta fez a conversa ser interrompida - Deve ser a srta. Granger... - falou a prof.
- Bom dia... - falou Hermione entrando.
- Bom dia... -respondeu as duas.
- Sara... Vamos a biblioteca, preciso que me ajude, estou com um pouco de dúvida em DCAT. Lembra-se conversamos a respeito ontem...
- Ah... Sim... Bom então até mais tarde... - falou Sara se despedindo .
- Sr. Nickolas... Acompanhe as senhoritas até a biblioteca, por favor...
Sara e Hermione foram escoltadas até a biblioteca, onde Nick-quase-sem-cabeça ficou fazendo rondas pelos corredores. Sara encontrou Harry e Rony sentados em uma mesa bem nos fundos da biblioteca.
- Quer dizer que Snape suspeita da mesma coisa que nós? - perguntou Rony sentado próximo a Harry.
- É o que parece... - respondeu o garoto - Ah... Bom dia...
- Bom dia... - respondeu as duas.
- Então quer dizer que Snape suspeita sobre o Percy? -falou Hermione sentando-se ao lado de Rony.
- Pelo contrário... - falou Sara - Conhecendo Snape como conheço, ele tem certeza... Minha tia contou que mandou chamar o prof. Dumbledore para voltar a escola... Eu não sei, mas ela deu a entender que também está suspeitando do comportamento dele.
- Se Snape não tivesse pegado aquele negócio... - falou Rony - talvez pudessemos salvar o Percy.
- Veja pelo lado bom... - falou Hermione - se Snape pegou o frasco e for realmente a poção polissuco, ele já deve estar sabendo que não é o verdadeiro Percy que está aqui.
- E com certeza não é o Percy... - falou Harry - vi quando ele bebeu alguma coisa. Quando Snape chegou perto dele , ouvi ele dizer que era por que estava com problemas no estômago...
- Que burrice... Percy jamais sofreu de problemas no estômago... - falou Rony - a prof. Sprout sabe bem disso. Ela ajudou minha mãe várias vezes com os ataques de doença de Percy, e ele tem o estomago tão bom quanto o de um Trasgo... Aguenta qualquer coisa.
- Então Snape sabe... - respondeu Harry.
- Mas por que ainda não falou?- perguntou Rony.
- Talvez por que queira ter certeza... - respondeu Hermione.
Nesse instante Olívio Wood entra correndo na biblioteca, e começa a gritar freneticamente - Vocês viram o Potter e o Weasley???? Harry!!! Weasley!!!!
- O jogo!!!! - responderam Harry e Rony ao mesmo tempo.
- Até que enfim achei vocês!!! - gritou Wood enfrentando um olhar de reprovação de Madame Pince.
- Desculpa Wood é que.... - começou a falar Harry.
- Vamos logo.... - falou o garoto ao lado de Sara.
- Tá certo... - falou Rony.
- O que estão esperando??? - falou Wood.
Todos saíram da biblioteca e rumaram para o campo, a maioria dos alunos já estava nas arquibancadas.
- Por que tem tão poucos alunos? - dizia Dino Thomas que havia acompanhado Sara e Hermione ao jogo.
- Provavelmente por que estão com medo... - falou Hermione se sentando.
- Olha vão começar... - falou Sara
Os jogadores levantaram vôo em suas vassouras e Víctor Krum deu início. Rony parecia inspirado, todos notavam a raiva que ele demonstrava toda vez que defendia um gol. Ele olhava para a torcida da Sonserina e sentia cada vez mais raiva. Harry notou que ele fazia um movimento com a mão toda vez que defendia um gol. E foi em um desses movimentos que Harry viu o pomo voando no alto de uma das traves. Harry só não entendia por que o apanhador do outro time não o havia seguido. Foi o jogo mais fácil de todos os jogos de Harry, Hogwarts ganhou por 160 pontos a 10. Não foi um vexame para a NorthValley, já que o jogo durou apenas 20 minutos.
- Eu não acredito? - falou Hermione - Nós vencemos???
- Parece que sim... - falou Sara olhando para os jogadores que estavam descendo.
- O que é que aquele idiota está fazendo aqui??? - perguntou Hermione ao ver Percy olhar insistivamente para as duas. Ele olhava para Sara e a garota percebeu que havia algo de errado com ela. Mas o quê? Sara passou a mão pelo seu peito e notou que seu cortão estava aparecendo, então fechou a capa o mais rápido que pode e tentou sair dali. Por algum motivo, sentia que corria perigo.
- Venha vamos cumprimentar os garotos... - falou ela.
Quando estavam passando pelas escadas da arquibancada Percy andou até elas.
- Por favor, senhoritas posso dar uma palavrinha com as Srtas? - perguntou ele pomposo.
- Bem... - falou Sara mas Hermione a puxou pelo braço dizendo que tinham um compromisso inadiável. Percy segurou no outro braço de Sara e o apertou.
- Preciso falar com você agora!!!!
- Solta ela Percy!!! - falou Hermione.
- Não até termos uma conversa... - respondeu ele puxando para perto e tentando abrir sua capa.
- Me solta... - falou Sara esperneando.
- Solte ela Sr. Weasley!!! - falou uma voz vinda do começo das escadas.
- Prof.... Snape... Ele quer levar a Sara... - falou Hermione.
- E posso saber para onde o Senhor quer levá-la? - perguntou Snape o encarando.
- Bem... Vi essa aluna fazendo algo muito grave... É sim.. Foi isso. - respondeu Percy que evitava encarar o Prof.
- Se é tão grave, por que não comunicou a mim ou a diretora da casa a qual ela pertence?
- Achei que gostaria de ver o jogo... - respondeu ele.
- O que está havendo aqui? - perguntou uma voz atrás de Snape.
- Prof. Dumbledore, eu estava.... - começou a falar Percy.
- Sara!!!! - gritou a prof. McGonagall abrindo espaço entre Dumbledore e Snape - o que aconteceu?
- O Sr. Weasley aqui estava levando a Srta para uma conversa... - falou Snape - parece que ela andou fazendo algo muito grave...
- É mentira... - falou Hermione - ela não fez nada!!!
- Vamos até minha sala... - falou o prof. Dumbledore - isso não é algo que se resolva em um lugar com muitos ouvidos.
- Mas prof... - falou Sara
- Venha... - falou a prof. McGonagall a conduzindo.
- Srta Granger... Por favor queira chamar o Sr. Ronald Weasley. Vamos ter uma conversa na minha sala.
Hermione saiu correndo para o campo enquanto Dumbledore acompanhava Sara, prof. McGongall e Snape escoltava Percy de volta para o castelo.
- O que você está dizendo? - perguntou Rony no vestiário - Por que Percy sequestraria a Sara?
- Eu não sei... Só vim dar o recado, vá agora para a sala do Prof. Dumbledore. - falou Hermione nervosa.
- Vou com você... - falou Harry.
- Vamos... - falou Hermione.
Os garotos rumaram para a torre onde ficava a sala do prof. Dumbledore, a prof. McGongall esperava do lado de fora com Sara. Que parecia muito assustada.
- O que foi que aconteceu? - disse Rony - Cadê o Percy?
- Está lá dentro com o prof.Dumbledore e o prof. Snape.
- Você está bem? - perguntou Harry a Sara.
- É estou... - respondeu a garota. - Mas não intendo... O que ele queria comigo?
De repente ouviu-se um grito vindo do interior da sala e Rony reconheceu o grito.
- Mamãe? Essa voz é da minha mãe!!! - falou Rony aflito.
- Espere um minuto Sr. Weasley, já iremos entrar.
Alguns minutos se passaram e a porta finalmente abriu, Snape saiu com um frasco nas mãos e encarou os presentes.
- O que é que você está fazendo aqui, Potter? Achei que havia entendido o recado Granger... Apenas o Sr. Ronald Weasley.
- Ah... Por favor Severo, Potter também tem à ver com isso. Venha, vamos entrar...
A professora empurrou os alunos para dentro da sala e Rony pode ver Sr. E Sra Weasley sentados em uma mesa e Percy deitado no chão.
- Percy!!!! - gritou Rony - Mãe ... Pai... O que aconteceu?
- Por favor Prof. Minerva, mande chamar a Madame Ponfrey, Percyval precisará dela.
A prof. McGonagall se retirou da sala enquanto os alunos ficavam imaginando o que teria acontecido. A Sra. Weasley apertou Harry e Rony no seu imenso corpanzil.
- O que tem o Percy? - falou novamente Rony enquanto os outros Weasley apareciam na sala.
- Vejo que agora posso explicar o que realmente aconteceu.... - falou calmamente o professor - Esse realmente é Percyval Weasley...
- Como assim "é realmente"? - perguntou o Sr. Weasley.
- Não queria alarmá-los Arthur, mas fazia um bom tempo que suspeitava de que Percyval estava sob a maldição Impérius.
- Meu Percy!!!! - exclamou a Sra. Weasley. - Como? Quem teria feito isso com ele?
- Tudo se confirmou ontem, quando o prof. Snape o viu bebendo algo que lhe pareceu estranho. Ele informou a prof. McGonagall que me avisou para vir para Hogwarts.
- Eu sabia.... - falou Rony encarando o prof.
- Todos sabíamos... - respondeu Harry - Gui nos mandou uma carta ontem, pela Fleur, e disse para tomarmos cuidado com Percy.
- E por que ele não nos contou??? - falou Sra. Weasley chorosa.
- Ele não queria preocupar vocês mãe... - falou Rony.
- Então... - falou o prof.calmamente - devo presumir que já imaginavam o que estava acontecendo com Percy, não é Sara?
Essa pergunta deixou Sara bastante assustada, por que seu padrinho perguntaria a ela se fora Harry e Rony que conversaram com Fleur.
- Bem... Eu.. Falei com Fleur e.. Ela me deu a carta para entregar ao Rony... - mentiu a garota.
O professor olhou para ela e Harry percebeu que a garota estava livrando ele de algum problema o qual ele não sabia.
- Mas.. Minha querida... - falou a prof. McGonagall que acabava de entrar na sala a encarando - poderia ser um impostor... Ou conter algum feitiço...
- Isso não vem ao caso... - ralhou o Sr. Weasley - quem foi o bruxo que fez isso com meu filho!!!
O professor olhou para Harry e Rony, os garotos olharam entre si e então Harry tomou a palavra.
- Prof. Achamos que pode ter sido Rabicho...
- Quem??? - Perguntou Sra Weasley perplexa.
- Perebas... - falou Rony.
- O que Rony e Harry estão tentando dizer... - falou Hermione tomando a palavra - é que achamos que pode ter sido Pedro Pettigrew. Parece que Gui o viu na sua última visita a Percy, Sra Weasley. Só não tínhamos certeza...
Quando a garota ia dizer o que haviam visto na noite passada, Hermione viu Sara lhe dizer que não. Snape entrou na sala novamente.
- Levem o Sr. Weasley para a ala-hospitalar... - falou o prof. Dumbledore.
- Mas por que meu Percy??? - perguntou Sra. Weasley - O que eles queriam com ele?
- Talvez espionar a Ordem? - falou Snape.
- Não Severo, tenho certeza de que era a única maneira de Pedro entrar no Ministério e saber sobre o torneio aqui da escola.
- Mas por que ele queria a Sara? - perguntou Harry.
- Sara é filha de dois preciosos membros da Ordem da Fênix, Harry. Assim como seus pais Ronald, todos os membros da Ordem estão correndo perigo.
- Nâo quero meus filhos envolvidos nisso... - falou Sra. Weasley enchugando as lágrimas dos olhos. - Eles são muito jovens...
- Molly... Dumbledore tem razão, temos que previni-los de tudo o que está acontecendo. Talvez eles possam ajudar.
- E o que essas crianças podem fazer??? - retrucou Sra. Weasley.
- Desculpe, Sra. Weasley... Sei o quanto é difícil para a Sra, mas não vou ficar de braços cruzados enquanto pessoas inocentes estão sendo feridas... - falou Sara.
- E o que eu puder fazer para ajudar eu faço... - falou Harry.
- Isso vale para mim também... - falou Rony estufando o peito.
Sr. E Sra. Weasley encararam os filhos com ternura e então o prof. Dumbledore pediu para que Snape os levasse para a ala-Hospitalar. Depois que eles saíram, ficaram apenas, Rony, Gina, Sara, Harry, Hermione e Prof. McGongall no interior da sala.
- Bem... Como vimos, esse não era Pedro Pettigrew, e sim Percyval Weasley. Sendo assim, Pedro ainda está a solta pelo castelo. Tenho certeza de que ao ver a desconfiança do Prof. Severo, tenha subistituido a poção pelo verdadeiro Percyval.
- Então quer dizer que Rabicho continua a solta? - falou Rony.
- Sim... - respondeu o professor - O ministério foi informado sobre a presença de Pedro no castelo. E estão mandando ajuda.
- Não acho certo mandarem dementadores depois do que eles fizeram ... - falou a prof. McGonagall puxando a sobrinha para perto.
- Acho que eles não estão mais disponíveis, prof. McGonagall. Não podemos contar mais com a ajuda dos Dementadores, o que me alegra.
- Prof. Dumbledore... - falou Hermione - Gui contou na carta que Percy andava falando sozinho e estava bastante interessado no alinhamento dos planetas... O senhor sabe o que ele queria com isso?
- Esse alinhamento marca uma nova era para o mundo dos bruxos, e muitos de nós acreditam que exerce influências sobre alguns feitiços... eu acho que esses bruxos poderiam ocupar-se de uma coisa muito mais proveitosa.
- Mas o que isso quer dizer? Que alguém irá se aproveitar desse tal alinhamento pra tentar conquistar o mundo? - falou
- Alguém não... - falou Harry - Voldemort....
Harry percebeu que todos torceram o nariz, menos Sara e seus professores.
- Você quer parar de pronunciar o nome desse aí? - falou Rony.
- Pronunciar esse nome, Sr. Weasley, não é questão de burrice, e sim de coragem. Você e o Sr. Potter passaram por muitas aprovações nesses últimos anos e as enfrentou com coragem e sabedoria. Não entendo o motivo de não pronunciar apenas um nome.
Rony ficou com as orelhas vermelhas e Gina acabou tomando coragem para dizer o nome em alto e bom tom.
- Sempre achei isso uma burrice... - comentou Gina - Não sei por que todos tem medo desse nome... Voldemort... Não é tão difícil.
- Fico feliz por todos concordarem em pronunciar esse nome... - falou o professor sorrindo - Agora, espero que vocês colaborem com tudo o que precisarmos.
Depois de toda a ação os alunos voltaram para a torre da Grifinória, Hermione, Harry e Rony acompanharam Sara até a sala da prof. McGonagall enquanto a prof. Ficava na sala conversando com o prof. Dumbledore.
- Alvo, você não está pensando que...
- Temos um problema sério em nossas mãos Minerva. E pelo que estou sentindo, não está muito longe.
Na manhã seguinte Hogwarts parecia um verdadeiro campo de batalha, Sonserinos contra o resto da escola. Malfoy estava mais pálido do que de costume mas mesmo não parecendo estar bem de saúde não perdia a chance para importunar os outros alunos.
- O que é que ele está tentando fazer? - perguntava Gina ao resto do time que tomava café da manhã.
- Talvez convencer os outros alunos para que torçam pelo instituto... - falou Neville enfiando um pedaço enorme de bolo na boca - ele tentou convencer meu amigo da Lufa-Lufa, não lembro o nome dele... É .... É...
- E quando é que você lembra de alguma coisa Neville? - falou Dino Thomas vendo o rosto de Neville ficar escarlate.
Harry estava com um embrulho enorme no estômago, ele tinha o pressentimento de que alguma coisa estava para acontecer.
- Hei!!! Harry acorda!!! - falou Rony passando a mão na frente do seu rosto.
- O que você tem? Não vai me dizer que está doente? - falou Wood que estava sentado com o seu time na mesa da Grifinória.
- Não... - respondeu ele. Harry não sabia o que estava sentindo nem o porque de estar sentindo aquela apreensão toda. Depois que tomaram café, Rony e Harry foram para o campo de quadribol com o Wood enquanto Hermione seguia com a prof. McGonagall até sua sala.
- Prof. Posso lhe fazer uma pergunta?
- Se tiver ao meu alcance responder... - falou a professora.
- O que é exatamente esse alinhamento?
- Os bruxos acreditam que quando ocorre esse tipo de fenômeno pode-se ter um aumento na força de certos feitiços.
- Então quer dizer que os feitiços ficam mais fortes quando ocorre esse tipo de fenômeno?
- Eu não acredito nesse tipo de influência que a prof. Sibília ensina aos alunos, mas existem bruxos que dizem terem superado vários adversários com simples feitiços que usamos todos os dias. Bem... Avise minha sobrinha que mandarei um dos fantasmas escoltá-las até o campo de quadribol daqui a uma hora.
- Está bem prof. - falou Hermione entrando na sala.
Quando a garota entrou Sara estava ao lado de uma pilha de livros.
- Olá... - falou Sara olhando a garota entrando.
- Bom dia, sua tia me pediu para avisar que daqui uma hora vai mandar um dos fantasmas para nos levar até o campo.
- Estou me sentindo uma presidiária, sabia? Não posso nem ao menos ir ao banheiro sem ter a Dama Cinzenta ou a Murta me enchendo. E olha que a Murta sempre me dá um banho toda vez que vou ao banheiro.
- Ela está com ciúmes do Harry... Sabe, ela tem uma queda por ele desde do nosso segundo ano. - falou Hermione sentando-se na cadeira na frente da garota.
- Me fala alguma coisa que eu não saiba.... - falou Sara sorrindo.
- Harry gosta de você... - falou Hermione sorrindo ao ver a cara de espanto de Sara. - Não vai me dizer que não notou nada?
Sara levantou-se e andou até a janela onde conseguia ver o movimento dos alunos indo ao jogo de quadribol
- Não me respondeu... - falou Hermione.
- Deixa disso... - respondeu Sara. - Você não devia estar no campo? Tem um namorado esperando por um beijo de boa sorte.
- Não é só o Rony que espera um beijo de boa Sorte... - Disse Hermione sarcastica - e além disso tinha que falar com você sobre uma coisa primeiro...
- O quê?- Respondeu Sara ruborizada
- Sabe, não sei se estou certa, mas acho que aquele livro que Malfoy tem andado pra cima e pra baixo... Tem alguma coisa a ver com o que está acontecendo... acho que eles estão esperando para fazer o trabalho final.
- Como assim? - Perguntou Sara - Você acha que eles podem usar o livro?
- Os planetas estão se alinhando, hoje ao meio dia, o sol vai ser incoberto por um eclipse e os planetas estaram todos alinhados. Li a respeito disso hoje no Profeta diário e fui investigar nos meus livros de História. Esse fenômeno aconteceu a 16 anos atrás, quando você-sabe-quem desapareceu.
- Então quer dizer que ele pode tentar fazer alguma coisa na hora do jogo?
- Se já não estiver tentando... - falou Hermione.
- Temos que avisar todos...
- Não.. Sara, eu não tenho certeza, pode ser apenas coincidência.
- E se não for? - perguntou a garota.
Nesse instante Nick-quase-sem-cabeça atravessou a parede - Srtas, a prof. Minerva pediu para que as acompanhe até o campo de quadribol.
Harry estava ainda mais nervoso do que de costume, sentia novamente um embrulho no seu estomago e isso o deixava enjoado. E podia notar que todo o time estava assim, Alícia ia a toda a hora no banheiro, Simas e Rony pareciam ter comido algo estragado. O caso mais grave que Harry percebeu era o de Olívio Wood, ele era o técnico do time mas parecia muito mais um dos jogadores.
- Galera... Sem preção... Mas temos que vencer o jogo...
- E ele diz que não está precionando... - falou Rony a Harry enquanto Wood passava os planos de jogadas.
- Senhoras e senhores... Vamos receber o time adversário. Instituto Bexley.... - Harry podia ouvir os gritos dos espectadores de dentro do vestiário.
- Ok... Galera... Vamos arrasar... - falou Olivio enjetando ânimo no grupo.
Depois de um grito para aliviar a tenção, os garotos entraram em campo em meio a gritos e aplausos. Harry sentiu o vento fresco da manhã de maio, era quase verão e faltavam apenas algumas semanas para prestar os exames e seria um fim perfeito para o ano letivo. A única coisa que queria era pegar o pomo e vencer o campeonato, e tinha certeza de que era isso que todos os outros que estavam em campo também queriam. Um apito foi ouvido e a goles foi lançada, Gina Weasley pegou-a e vôou em direção ao gol de Bexley e Hogwarts marca os 10 primeiros pontos.
- GOOOOOOLLLL!!!! - gritou Lino Jordan pulando na arquibancada. Com essa euforia nem mesmo a recatada prof. McGonagall conseguiu segurar a alegria.
- Prestem atenção no jogo!!!!! - gritava Wood desesperado vendo o grupo ir ao encontro de Gina.
Mas nem todos estavam tão desligados assim, Simas rebateu um balaço que acabou acertando um dos alunos do time adversário o impedindo de chegar até o gol de Rony.
- Valeu Simas!!!!! - berrou Wood novamente.
- O jogo está equilibrado... Uma diferença de 10 pontos separa Bexley de Hogwarts mas Alícia está indo em diração ao gol.... Vai Alícia!!!! - gritava Lino Jordan.
Sara e Hermione estavam ao lado de Hagrid que estava muito eufórico com o jogo.
- Será que Malfoy pode tentar fazer alguma coisa? - perguntou ela a Sara.
- Não acredito que seria capaz... Veja... - falou Sara lhe dando os unióculos - são do Ministério da Magia, eles cercaram as arquibancadas de feitiços, nenhum aluno vai se meter a besta dessa vez...
- Fico mais tranqüila...
- Você acha que vão tentar fazer alguma coisa? - perguntou Sara a encarando. - são quase 10:00 horas.
- Acho melhor acabar de uma vez com esse jogo... - falou Hermione - não aguento mais essa espera.
Harry procurava o pomo em todas as direções, voava em todo o campo mas não via sinal algum. Hogwarts acabava de empatar o jogo que para ele não era um jogo anormal, mas também não era um jogo com brigas ou coisa assim. O time de Bexley era bastante educado, muito diferente do time da Sonserina que sempre procurava atingir os jogadores do que as vassouras. Harry deu mais algumas voltas e então estava lá, um pontinho dourado voando sobre o centro do campo. Harry vôou o mais depressa possível para pegá-lo. Estava voando em direção a ele e então o apanhador do time adversário, Andy como ele ouvira chamar também o havia visto.
- Vai lá Harry!!!! - gritou Simas Finigan tentando acertar um balaço que iria acertá-lo.
Harry desviou de um outro que tentava acertá-lo e debrussou-se na sua Firebolt para ganhar mais velocidade. Não conseguia mais ver o que se passava ao seu redor, só tinha uma coisa em mente, o Pomo de Ouro que dançava como se quisesse provocá-lo.
- Fique aí... - pensava o garoto. - .... Anda... Vamos acabar logo com isso....
Harry sentia o vento forte bater no seu rosto e ao seu redor via apenas borrões devido a velocidade que atingira com a Firebolt. O garoto teve a nítida impressão de que o Pomo de ouro ao perceber que estava prestes a ser pego começou a voar para longe de suas mãos. Harry não se intimidou com a súbita recuperação de Andy, o apanhador do time adversário. Ele queria pegar o pomo, e queria ver a cara de Malfoy com isso.
- Anda Harry... - disse Hermione o acompanhando com o unióculos.
- Vold... Digo, Você-sabe-quem não iria se arriscar a atacar Harry aqui... - disse Sara.
- Porque tem tanta certeza? - disse Mione
- Dumbledore... Ele não seria tão burro de aparecer em meio a um campeonato onde todos, inclusive o Ministério está presente - Disse Sara a Hermione.- Ou seria?
- Não sei... Da última vez ele atraíu Harry até ele...- respondeu a garota.
- Quem atraíu quem? - respondeu Dino fazendo um gesto de indignação ao ver o batedor do time adversário bater com tudo em Alícia Spinett.
- Nada... - disse Sara - Eu sei... Mas ele não conseguiria ler a mente de Harry de novo, e além disso, tem uma coisa que me intriga, por que é que Percy tentou me pegar no último jogo?
- Talvez por que seja filha dos McGonagall - completou Hermione.
- Não sei.... Mas eu acho que não é só isso... - disse Sara.
- O que é que está acontecendo? - perguntou Hermione olhando para os lados - O dia não está tão úmido para termos um nevoeiro no meio da manhã...
Harry sobrevoou o campo com Stuart no seu encalço, mas o garoto parecia mais preocupado com a neblina do que com o jogo. Harry concordava que seria mais difícil ver o pomo naquelas condições mas não era um caso para preocupações.
- E o jogo continua empatado!!! - Harry conseguia ouvir Lino Jordan anunciar - Pelo menos é o que eu acho... Não consigo ver nada!!!
Harry decidiu aproveitar o nevoeiro e tentar despistar Stuart, vôou em direção ao solo e começou a procurar o pomo.
- Cuidado Harry!!! - gritou Wood.
Harry mais que depressa se desvia de um balaço errante que passou raspando por sua cabeça. Como Wood viu o balaço, Harry não soube mas agradeceu ele por ter lhe avisado ou estaria na ala-hospitalar. Que aquele nevoeiro não parecia normal isso ele já tinha certeza, mas tentava ao máximo procurar o pomo. Por vezes Víctor Krum teve que parar a partida por não saberem a pontuação.
- Minha nossa!!! - Reclamava Lino - Como é que eu vou narrar um jogo sem saber com quem está a goles? Por favor Prof. McGonagalll não tem um jeito de me ajudar aqui?
A professora gentilmente pegou a varinha e lançou um feitiço sobre a goles para exclamar o nome do time toda vez que fizesse gol. Já com o Pomo de ouro, aí era mais difícil encontrá-lo. Mas quando Harry sobrevoava o gol do time do Instituto Bexley, viu algo brilhando bem no centro do campo, mais que depressa empinou a sua vassoura e voôu o mais rápido que pode para lá. Tentou ver onde estava o apanhador do time adversário, mas não conseguia vê-lo, então saiu em disparada para ganhar o campeonato. Quanto mais rápido ele voava, mais próximo ele ouvia Lino Jordan gritando seu nome como um Herói. Muitas coisas se passavam por sua cabeça enquanto voava, a cara de Draco quando eles erguessem a taça era motivo mais que suficiente para ele tentar agarrar o pomo, mas na verdade ele queria outra coisa. No seu íntimo, ele queria ser considerado tão bom como o seu pai, e com certeza tanto Rony como Hermione se orgulhariam dele. Mas naquele mínimo de tempo a imagem que lhe veio a cabeça foi de ver Sara sorrindo e lhe cumprimentando. Era isso o que ele queria, ser especial pra ela. Não por ser aquele garoto ao qual todos admiravam por ter sobrevivido a muitos ataques de Voldemort, mas por ser realmente bom em alguma coisa. Foi com esse pensamento que levantou a mão e agarrou o pomo. Ao contrário do que ele imaginava, ninguém gritou ou aplaudiu.
- O que é que está acontecendo??? - Falava indignado Dino Thomas.
- Não dá pra ver nada... - falava outro aluno da Corvinal.
- Afinal... Quem é que está ganhando? - perguntou Hermione a Sara enquanto a garota procurava o unióculos para tentar ver alguma coisa.
- Isso aqui não tem nenhuma visão noturna ou algo parecido? - dizia ela apertando os botões do objeto.
Hermione apenas sorriu, mas tinha que concordar que era estranho todo aquela escuridão e neblina. De repente um grito de Gol de Hogwarts fez a garota levar um susto. Em uma das tentativas de ver o que estava acontecendo, Sara focou o chão do campo e viu uma figura estranha lá embaixo.
- O que é aquilo? - disse a garota apontando para o vulto negro andando no campo.
- Me empresta... - disse a garota quase estrangulando Neville. - Essa não... - disse Hermione apontando para baixo - Dementadores!!!!
Uma enorme mancha negra começou a cobrir o chão do campo. E uma algazarra se tomou conta de todo o campo.
Quando Harry puxou a varinha para conjurar o patrono, uma força estranha lhe empurrou para fora da vassoura. Sara puxou a varinha e conjurou seu patrono, uma fênix enorme bateu as asas tentando afasta-los do campo até que conseguissem tirar todos dali. Ao se virar viu Harry descendo flutuando até Dumbledore e gritou por ele, mas não obteve resposta, havia várias pessoas gritando e ao mesmo tempo muitas figuras prateadas saltitando e atacando os dementadores. Dumbledore e McGonagall por fim lançaram um feitiço juntos que os fez desaparecer assim como apareceram.
- Alunos... Por favor voltem para o castelo - vosiferou Dumbledore para todos os alunos.
Em meio a gritos e reclamações, um a um dos alunos voltou para a escola.
- Ele está bem? - perguntou Rony ao lado da cama de Harry.
- Sim Senhor Weasley, ele está.... - dizia madame Ponfrey colocando várias barras de chocolate sobre a cabeceira de Harry.
Harry abriu os olhos, todos estavam ao seu redor. Menos quem ele queria ver.
- Até que enfim está acordando.... - Disse Hermione sorrindo, pensamos que tivesse sido mais grave.
- Estou bem.... Onde está a Sara? - perguntou ele rapidamente.
- Com o prof. Dumbledore... - disse Rony um pouco surpreso pela pergunta do garoto.
Harry deitou-se e deu um suspiro profundo, Hermione entendendo disse - Olha Harry, tenho certeza de que se Sara pudesse ela estaria aqui. Mas a tia dela você conhece, não iria deixar ela em paz até que contasse tudo o que sabe....
Nesse momento a garota entra na porta da enfermaria e Harry se levanta bruscamente.
- Você está maluco? - disse ela correndo até ele e forçando o garoto a se deitar - você despencou de uma altura de mais de 15 metros...
- Eu estou bem... - disse ele segurando em suas mãos a impedindo de ficar em pé.
Sara ficou a poucos centimetros do rosto de Harry, e seus olhos não conseguiam deixar de se olhar.
- Hum!!! - fez madame Ponfrey entrando enquanto Hermione e Rony seguravam-se para não rir da cara dos dois. - Sr. Potter, o senhor tem que descaçar....
- Er... Bem... Hum... - disse Sara tirando delicadamente as mãos do peito de Harry - madame ponfrey tem.. Hum.. Razão... Foi um acidente muito grave... É melhor a gente...
Quando Sara ia sair, Harry pegou em sua mão a segurando com força. Ela não entendeu no início e sentiu um arrepio imenso percorrer seu corpo quando viu os olhos dele a encarando.
-Andem... Vamos,..... Ele logo estará de volta e vocês poderam conversar... - disse Madame Ponfrey praticamente colocando Sara e os outros pra fora.
- Eu ainda não acredito - dizia Rony incrédulo - tinha que ser exatamente no dia da final contra a Eton?
- E dementadores por um acaso se importam em marcar horário para ataques Rony! - ralhou Hermione - O problema é qual era a intenção.... ah... Sara vem até aqui...
A garota se dirigiu até a mesa onde se encontravam seus amigos e sentou-se jogando sobre a mesa seu livro de DCAT.
- Já que não se pode andar pelo castelo... - disse ela folheando as páginas - então "faça os deveres Sara"...
- Te obrigaram? - perguntou Rony.
- Esse é o preço por ser sobrinha da vice-diretora... - respondeu a garota - mas não me importo... gosto de estudar DCAT....
- Ihhh você tem andado muito com Hermione...Ai! - disse Rony massageando as costas doloridas pela cotovelada de Mione.
- Você podia pelo menos tentar prestar mais atenção nas aulas.... Assim não precisaria ter que estudar....
- Ah.. Mione... dá um tempo... estou muito zangado pra que alguma coisa me entre na cachola sabia... - respondeu Rony.
- Bem... então pelo menos termina a redação da prof. Dimort... - disse Hermione
severa e Rony olhou pra Sara em busca de auxílio.
Sara sorriu pra ele e fez sinal para que ele fingisse estar fazendo, pelo menos para
a garota parar de se preocupar.
- OK.... Ok.. se isso vai fazer você parar de pegar no meu pé... já vai ser um bom começo...
Rony pegou a redação e começou a escrever, enquanto Hermione dava-lhe um olhar de reprovação.
Sara segurou-se para não rir mas acabou notando que já se passava praticamente duas horas desde que Harry fora atendido na Ala-Hospitalar.
- Cadê o Harry? - perguntou ela olhando para Hermione.
- Está com a professora Dirmot, não sei porque ela mandou lhe chamar... - disse Rony.
- Talvez para saber se ele estará bem para a aula de amanhã... - respondeu Hermione. - Por que está perguntando Sara?
- Não... por nada... - disse a garota, mas na verdade ela estava era sentindo algo muito estranho, um pressentimento ruim a respeito do garoto e começava a ficar inquieta.
Depois de medicado, Harry recebeu um recado da sua professora de DCAT para que fosse até sua sala.
- Mas por que eu tenho que ir até lá... Dumbledore disse pra ...
- Eu sei o que ele disse Sr. Potter, porém sua professora me apresentou argumentos suficientes para libera-lo. O prof. Dumbledore pediu pessoalmente para que ela o levasse até a sala dele.
Harry sentindo um imenso embrulho no estômago se levantou da cama e olhou para a porta, sua prof. já o estava esperando.
- Olá querido... venha... vamos até a sala do Prof. Dumbledore. - Disse ela colocando a mão no ombro do garoto. - Você me parece não ter se machucado.. e isso me alegra muito...
O garoto seguiu a professora por vários andares, e corredores, não sabia ao certo onde ela queria ir com aquela conversa parecia estranha e muito nervosa.
- Posso pedir um favor meu querido... - disse ela com a voz trêmula - Me acompanha até minha sala, preciso pegar uns livros que confisquei de alguns alunos e levá-los para o diretor.
Harry ficou receoso no início, mas a seguiu, ela parecia tão assustada que o garoto jamais pensou que ela pudesse fazer-lhe alguma coisa como Sara o tivera prevenido.
Assim que entraram nas masmorras, ele sentiu um arrepio horrível em sua nuca, como se um vento gélido soprasse congelando. Tudo estava parecendo escuro dentro da sala de sua professora.
- Harry querido... pode pegar aqueles livros para mim? - disse a professora lhe mostrando alguns livros sobre sua mesa. - vou até o meu armário ali pegar os outros que apreendi hoje cedo.
A professora se dirigiu até uma porta nos fundos da sala e Harry foi até a mesa, não sabia o porque mas não estava gostando de estar ali, e muito menos de pensar em acompanhar sua professora. Ao tocar nos livros sentiu uma sensação muito familiar, sentiu que estava sendo sugado pelo objeto e quando deu por si, estava na antiga câmara Secreta de Slytherim.
Depois de algum tempo, Sara já não conseguia mais se segurar, tinha alguma coisa errada mas ela não conseguia saber o que era.
- O que foi? - perguntou Hermione ao ver Sara ficar pálida de repente.
- Não sei... mas... tive a sensação de que aconteceu alguma coisa... - disse ela respirando fundo.
- Deve ser só impressão... afinal.. acabamos de sair de um ataque de dementadores... - disse Gina.
- Talvez... - disse ela mas de repente sentiu uma dor de cabeça tão forte que pareceu que alguém havia entrado no seu cérebro - Ahhh!!
- O que foi Sara? - perguntaram todos e Hermione correu para ver o que tinha acontecido.
- Minha cabeça.. parece que... - Sara começou a ver o diretor Dumbledore ainda sentado conversando com seus professores e então algo lhe chamou a atenção. O professor falava sobre Elisabeth Hopes, a sua professora. a garota teve a sensação de que aquilo era um aviso, mas um aviso de quê?
Apertou as mãos nos olhos e de repente a imagem de Hermione começou a entrar novamente em foco.
- Preciso falar com o Harry... - disse Sara se levantando.
- Vocês viram o Potter... preciso falar com ele... - dizia Wood entrando no salão.
- Ele não saiu com a professora Dirmot.... - disse Rony agora levantando a sua redação ele havia escrito Bella Egnarstsal tão grande que quando levantou o pergaminho Sara viu uma palavra um tanto conhecida refletida pela luz da janela atrás de Rony.
- Lastrange... - disse ela confusa - esse nome não me é estranho..
- Que nome? - perguntou Hermione olhando para Sara enquanto Rony conversava com Wood.
- Lastrange... tenho certeza de que já ouvi esse nome... - respondeu a menina.
- O que foi que disse?.. - respondeu Hermione dando um pulo da cadeira - Lastrange... É o nome da Bellatrix....mas como você lembrou desse nome...
- Rony escreveu no pergaminho... - disse ela mostrando o pedaço de papel a garota.
- Eu? - disse ele incrédulo - não.. eu só escrevi o nome da professora Egnartsal...
Não deu tempo para ele parar de falar, Hermione já tinha pegado o pergaminho e Sara o colocou contra a luz. -
- Olha... lastrangE alleB... - as duas ficaram pálidas e então Sara teve coragem pra dizer - Venha... temos que achar o Harry de qualquer jeito...
- Mas por que? - disse Gina um tanto aflita - O que é que está acontecendo?
- Olha Gina... não dá tempo para explicar agora... mas corra o mais que puder e avise minha tia e o professor Dumbledore que Harry corre perigo...
- Vocês estão querendo dizer que.... - falou Rony com os olhos arregalados.
- Que a nossa prof. Dimort é Tom Ridlle... Rony... - disse Sara aflita - vamos depressa...
- Pra onde? Ela não seria imbecil de levar ele pra sua Sala... - disse Rony.
- Acho que sei onde está... - disse Sara - Rápido Gina... vai logo chamar minha tia e o professor Dumbledore, tenho certeza de que estão na camara secreta...
- E como sabe? - disse rony.
- Eu sei Rony só isso.- disse ela correndo para o banheiro da murta que geme. enquanto Gina corria para a sala dos professores.
- Ora, Ora... pelo que vejo meus dementadores não foram de grande valia... - disse uma voz nazalada vinda de trás de uma das estátuas de serpente.
Harry virou-se assustado, a voz era conhecida, mas ele não se recordava de onde ele tinha ouvido. Não era a voz altiva de Voldemort, e tão pouco uma voz dos Malfoy. Tentou ver quem era mas não conseguia. De repente algo invisível o atacou fazendo-o cair de costas no chão.
- Não é tão bom quanto pensei que fosse.... - falou a voz parecendo mais próxima - vamos reaja Potter!!!
Harry sentia os golpes como se fosse atacado por uma força a qual ele não conseguia ver, como poderia se defender disso?
- Não tem coragem para aparecer... pq não luta como um bruxo ao invés de se esconder atrás de uma capa de invisibilidade!
- Oh... muito bem... - disse a voz tirando a capa e mostrando uma mulher de cabelos negros e olhar penetrante. - nos encontramos novamente não é Potter!
- Não.. não pode... você.. - tentava Harry dizer que ela estava morta, pois vira a notícia no Profeta.
- Ahahahahaha - riu ela provocando ecos no salão - Bellatrix Lastrange morta por meros oficiais do Ministério, que piada. Se não fui morta por dementadores não iria ser idiotas de uniforme que me matariam.... E confesso que pensei que fosse mais inteligente... Egnartsa.... Bela Egnartsal... Qualquer um saberia que se trataria do meu nome!
Harry não sabia o que fazer nem tinha se dado conta que já estava com a varinha em punho, lembrou-se de ver a cena onde Belatrix matava seu padrinho e isso começou a deixa-lo com raiva. - E o que você pensa que irá fazer comigo? Vai me levar ao seu mestre pra se redimir por ter quebrado a profecia?
O sorriso amarelo de Belatrix desapareceu do seu rosto, um olhar demoníaco tomou conta da mulher de cabelos negros fazendo Harry sentir a fúria com que ela o olhava.
- Não sabe o quanto tive que sofrer por sua causa moleque!! - voziferou Bellatrix. - Fui castigada, humilhada perante todos da minha Ordem!
- Você merecia muito mais do que simplesmente ser humilhada! - gritou Harry - Voldemort deve gostar muito de você para não tela matado!
- Ah... o mestre jamais me mataria.... - disse Bellatrix com um sorriso cínico no rosto - sou sua mais fiel servidora...
- Se fosse jamais teria perdido a chance de me matar! - respondeu Harry.
- Mas você só está vivo por uma única razão Potter! - disse outra voz vinda de trás de Bellatrix Lúcius Malfoy, apareceu com seu ar de superioridade apontando a varinha para Harry e sucessivamente seu Filho Malfoy, ainda mais pálido do que de costume e mostrando uma fisionomia estranha estava ao seu lado.
- Porque não acabam de vez com isso! Vamos... era isso que queriam.. me matar! - disse Harry perdendo a calma. Estava encurralado por três comensais da Morte, que certamente queriam vingança.
- Não sem antes você falar onde está a pedra! - disse Draco com uma voz estranha.
Harry os encarava sem compreender nada, de que pedra estavam falando? Ele não tinha nada de valor ou que lembrasse uma pedra.
- Não tenho nenhuma pedra... e se tivesse não daria a vocês!! - disse ele.
- Vamos logo com isso Potter!!! - gritou Lúcius com a varinha em punho andando até Bellatrix - Prometo ter piedade e lhe matar sem fazer você sentir dor, ande logo.. me dê a pedra!
- Já disse... Não sei do que é que estão falando!! - Harry gritou por não entender o que é que estava acontecendo..
- Nós queremos a pedra Potter!! A pedra que pertenceu a Merlin e que seu Pai roubou!!! - gritou Lúcius perdendo a calma.
- É mentira!!! Meu pai jamais roubaria alguma coisa principalmente se fosse obra de Voldemort! - Harry já não sabia mais o que fazer, não sabia o que é que estava acontecendo ou por que seu pai estava sendo acusado.
- CRUCCIO!!! - gritou Bellatrix apontando a varinha para Harry - Quero ver se agora você não abre a boca.
Harry sentia uma dor horrivel como se todo seu corpo fosse esmagado, sua cabeça fervilhando e seus membros todos parecendo quebrados ele mal conseguia ver o rosto de Draco ou Lúcius.
- Está gostando Potter??? - perguntou Draco sorrindo cínicamente.
- Diga onde está essa maldita pedra Potter!!!! - disse Bellatrix já sem um pingo de paciência - eu posso fazer enlouquecer de tanta dor!!!
- Vamos logo Potter... e então farei com que morra rapidamente... - disse Lucius apontando a varinha para Harry. - Os planetas estão quase se alinhando...
- Já disse que não sei de nada.... - disse Harry agora recuperando-se - não sei de que maldita pedra estão falando.
De súbito uma lembrança veio a sua mente, o colar que a prof. McGonagall havia dado a ele, o que pertencera a sua mãe. Mas não estava com ele estava...
- Sara... - murmurou ele e um medo horrível tomou conta dele mas antes tivesse ficado de boca fechada.
- Está com a sobrinha da McGonagall!! - disse Draco.
A voz que saia da boca de Malfoy não parecia ser a dele, Harry sabia pq já conhecia a voz de Voldemort muito bem. Mas não podia acreditar que o lord da Trevas estaria no corpo de um garoto.
- Então era Por isso que vivia perseguindo a Sara... Voldemort a quer! - disse Harry.
- Como ousa chamar o mestre pelo nome! - disse Belatrix agora enfurecida - Aquela idiotinha metida não vai conseguir impedir-nos de pegar aquela pedra... e sermos poderosos.
- Ele não a quer garoto insolente! - disse Lúcius - Ele quer a pedra que ela possui! E já que não tem mais serventia, terei prazer em acabar com você!
Lúcius lançou um raio verde-azulado para Harry que se jogou no chão fazendo com que o raio acertasse a enorme estátua de Cobra atrás, a tornando em pó.
Em meio a neblina causada pela explosão, Harry teve tempo de pegar sua varinha e arrastar-se para um local mais seguro, se é que havia um ali.
- Está perdendo a prática, Lúcius... - disse Bellatrix sarcástica.
- Só estou apenas começando... - sorriu ele a mulher que agora empunhava a varinha e se separavam para emboscar o garoto.
- Apareça, vamos! - gritava Bellatrix e o som de sua voz causava repetidos sons estranhos na câmara. - Prometo uma morte rápida e sem dor... como a do seu estúpido padrinho.
Ao ouvir a mensão do seu Padrinho, Harry empunhou a varinha e lançou um feitiço que ricocheteou em uma das pedras acertando a mão de Lúcius. Um raio esverdeado novamente tentou acertar Harry que se protegeu atrás dos restos da estátua.
Lúcius já recuperado e com a varinha em punho novamente praticamente esplodiu os entulhos a procura de Harry enquanto Bellatrix procurava o encurralar pelo outro lado.
Em segundos o garoto se via cercado por duas varinhas apontadas pra ele que engoliu em seco mas encarou os olhos malígnos dos dois comensais, apenas esperando que eles acabassem com ele de uma vez por todas.. Mas algo estranho aconteceu, uma porção de pessoas encapuzadas apareceram e os cercaram, Draco estava em pé no alto da Câmara como que invocando alguma coisa. Aquilo só podia ser os alunos que ele estava convocando junto com aquela figura encapuzada.
- Isso meus queridos ... - disse Belatrix orgulhosa - Matem o Potter!
Mas não foi bem isso o que aconteceu, os garotos tiraram suas capas e apareceram os membros da Ordem e empregados do ministério todos empunhando varinhas. Porém Belatrix parecia prever isso, e mesmo com cercada pelos membros do Ministério e o bando de Aurores da Ordem, ela conseguiu chamar alguns dos alunos os quais ela controlava. Pelo que Harry pode notar a maioria era membro da Sonserina que havia tomado as benditas aulas com Egnartsal que na verdade era Belatrix Lastrange.
Em meio a confusão Harry correu novamente e Bellatrix foi ao seu encalço. Enquanto corria foi atingido por um feitiço lançado por Bellatrix que o arremessou contra a parede de pedra o deixando tonto.
Com o corpo dolorido e a visão embaçada pela súbita dor em sua cicatriz, o garoto pode perceber que Voldemort estava naquela câmara.
Não em sua forma normal, ele estava em Malfoy! Ele era Draco Malfoy! Mesmo não enchergando bem, Harry se mostrou firme e limpou seus olhos que agora podiam ver além de Draco uma figura alta, franzina e com olhos amarelos. Então era por isso que Sara via Voldemort toda vez que olhava nos olhos de Draco, ela o via por que lia os pensamentos de Malfoy, mesmo sem saber via que ele era controlado por Voldemort.
- Muito bem... Agora quero que me diga onde ela está! - disse Voldemort olhando fixamente para o garoto enquanto uma chuva de raios passava e tomava conta do lugar.
- Você nunca irá pegá-la... - disse Harry entre os dentes.
- E quem irá me pedir... Você? - disse ele com uma risada um tanto debochada - Estou com você arruinando meus planos a anos, não vai estragá-lo novamente.
Agora estavam apenas os dois, cara à cara novamente. Harry sentia tanta raiva por estar sem sua varinha e sem poder ver realmente o que estava acontecendo em volta. Ouviu a voz de Voldemort gritando a maldição Avada Kedavra e já sentia o raio verde o aingindo, mas isso não aconteceu.
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