Na estação...

Capítulo 10: Na estação...

Harry deu um passo para trás.

Continuava assombrado com aquilo que via. Não entendia o porque daquelas imagens espelhadas nos olhos de Melissa. Virou para trás... tudo na sala lhe parecia imóvel, mas todos continham um movimento estático, como varinhas em punho, mãos crispadas e olhos abertos – em uma expressão de terror profundo.

Barulhos de duelos e feitiços sendo lançados em uma área próxima não parecia perturbar aqueles cinco personagens que continuavam parados em direção ao corpo pendurado pelo teto.

Harry tomou coragem e voltou-se para Melissa, se aproximando sorrateiramente. Podia sentir a energia proveniente de seu corpo, mas não era aquele calor aconchegante que sentira naquela tarde na sala da casa dos Dursley, e quando mais andava mais frio sentia, como se saísse de casa em uma noite escura de lua nova.

Ele ainda podia escutar os gritos de socorro da garota, e, mesmo ela estando a menos de meio metro a sua frente não percebia qualquer sinal de vida, nada além daquela energia estranha que a envolvia...

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- Onde está Harry? – perguntou Tonks, olhando em volta.

- Ele estava aqui durante o duelo – disse um dos aurores do grupo de Shacklebolt, apontando para o vão onde o garoto se escondera, mas novamente não foi encontrado.

- Onde ele foi parar? – perguntou um Lupin preocupado. – Deve ter saído daqui sem que percebêssemos!

- Remo, temos que achá-lo rápido! Esse lugar está cheio de comensais, não podemos deixá-lo sozinho...Meu Deus, disse para deixarmos ele no Ministério!!! – Tonks passou a mão pelos cabelos, visivelmente perturbada.

Lupin se aproximou da amiga. Ela estava ainda muito machucada, com pequenos cortes por todo o corpo. Ele a abraçou, enquanto ordenava um grupo de busca para encontrar Harry.

- Ele deve estar com Melissa, ou muito próximo dela. Não podemos nos separar tanto, se encontrarmos um encontraremos o outro, não se preocupe. Eles estão bem, precisamos acreditar nisso.

XXXXX

Harry estendeu a mão.

Queria encostar nela, mas tinha medo. Medo de constatar que a tinha perdido, medo de conhecer alguma coisa ruim, medo de seus olhos...


Depois de alguns segundos de indecisão, Harry levou sua mão a mão inerte da garota. Com um solavanco a assolar-lhe o coração sentiu que ela gritava de dor, de alguma forma todo aquele esforço lhe machucava a alma. Harry queria tirá-la de lá, ela já sofrera demais, podia ver claramente que Melissa era como ele.

Abrindo os olhos, Harry retirou a varinha do bolso interno das vestes. Com um movimento cortou as correntes que a pendiam do teto, abrindo os braços para apará-la. Sentou-se no chão com a garota no colo, mas a mudança de posição não afetara em nada seu comportamento: continuava parada, sem nada sentir, e os olhos ainda apresentavam aqueles vultos tortuosos. Com cuidado Harry retirou as correias que prendiam os pulsos da menina, e, como previra, eles estavam muito machucados, chegando a carne viva. Olhou para ela; devia ter recebido castigos terríveis, pois todo o corpo apresentava escoriações e cortes, alguns profundos, principalmente nos braços e nas pernas.

Harry olhou em volta, procurando ajuda, mas só via os comensais paralisados na sala. Nem os barulhos de duelo podiam ser ouvidos, só a respiração ofegante do garoto. Voltando-se para Melissa a abraçou ternamente, como se o calor de seu corpo pudesse esquentar aquela pele fria. Fechou os olhos, enterrando o rosto no densos cabelos negros da menina, podia sentir sua textura, seu cheiro...

O cheiro. Lembrava-se bem dele, da primeira vez que o sentira passando rápido pela porta da padaria perto da casa dos Dursley’s. Harry sorriu com a lembrança... Mundungo, ele e Melissa, no dia do seu aniversário, o melhor que já tivera... queria que ela voltasse, mesmo a conhecendo a tão pouco tempo. Com um suspiro a abraçou mais forte, desejando que ela voltasse para ele, queria protegê-la, tirar-lhe a dor.

De repente, sentiu-se afundar. Abriu os olhos e ao longe podia vê-la, tinha os braços abertos como se estivesse fazendo uma prece. Os olhos fechados fortemente, e a seus pés cinco vultos se contorcendo perante as palavras proclamadas pela garota. Só então Harry percebeu o que estava acontecendo, e mesmo assim não acreditava que alguém era capaz de coisa parecida.

Pelo que parecia, eles estavam aprisionados na mente de Melissa. Ela os invocara e os prendera com algum tipo de encantamento que Harry desconhecia, mas ela os manipulava com o som de sua voz. O garoto se aproximou, a mesma aura que envolvia o corpo de Melissa tomava todo o espaço onde estavam, mas essa começava a se dissolver e a menina parecia fraca e cansada. Assustado Harry correu até ela, a envolvendo nos braços e murmurando: “Se acalme Mel, eu cheguei, você não está mais sozinha, precisamos sair daqui o mais rápido possível! Os outros estão nos esperando… venha comigo…”

Suavemente a menina retribuiu seu abraço e o sonho se desmanchou frente a seus olhos.

XXXXX

Harry sentiu o calor voltando ao corpo nos seus braços. Respirando profundamente Melissa abriu os olhos.

- Você veio…

- Não te deixaria sozinha nunca! – respondeu o garoto sorrindo, mas um movimento a suas costas o assustou. Havia esquecido dos comensais, eles também deveriam ter voltado, assim como os garotos.

Levantando com a varinha em punho Harry se virou para os cinco homens, mas eles, um a um, caiam no chão, com olhos febris e proferindo maldições contra Melissa. A garota se levantou desajeitadamente, gemendo baixinho de dor, segurou no braço de Harry e começou a andar em direção à porta, enquanto o garoto ainda olhava para os comensais.

- Vamos Harry! Daqui a pouco eles voltam a si e nos matam em questão de segundos!!! Precisamos fugir logo, você veio sozinho? – perguntou enquanto caminhava para fora do quarto.

- Não. Os aurores estão aqui também, mas durante o duelo saí para te procurar e não sei para onde foram. Temos que sair e procurar alguém, não é seguro ficarmos mais tempo aqui. – dizendo isso o garoto passou a frente, erguendo a varinha e olhando pelo corredor para ter certeza de que podiam sair.Colocou a menina nas costas para que fossem mais rápido e saiu pela galeria.

- Harry, eu sei andar! Me deixe no chão agora.

- Eu sei que você sabe andar, mas não está em condições nem de ficar em pé, quem dirá correr de comensais! Agora fique quieta, preciso me concentrar, não lembro como cheguei aqui...

- ¡Mierda! - Melissa bufou. Era teimosa e não queria ser tratada como doente. Era forte e demonstrara isso, mas o “grande” Harry Potter continuava a tratando como uma menininha. Ela se sentia fraca demais para brigar com ele, e tinha medo de perguntar o que ele vira e como entrara em sua mente, “Será que ele é legilimente? Como passou por minhas barreiras e me tirou de lá? Será que ele é mais forte que eu? Não... isso é impossível... ele não tem meu treinamento, não capaz de fazer isso. Nem druida ele é!” – pensava enquanto iam avançando às cegas por túneis e mais túneis.

XXXXX

Barulho de passos. Harry e Melissa se entreolharam nervosamente. A menina puxou o braço de Harry, fazendo com que ele entrasse de qualquer forma por um vão que existia entre canos de gás enferrujados da velha estação, a uns 40 centímetros abaixo do chão. Melissa foi segundos depois, caindo bem encima do garoto.

- Me descu… – mas ela se calou, olhando para cima, os passos agora mais próximos.

Alguns murmúrios abafados acompanhavam os passos apressados. Parecia que os comensais tinham finalmente se recuperado e estavam atrás dos garotos. Mais passos a frente. Eles prenderam a respiração quando os passos passaram pelo túnel onde estavam.

- Quem está aí? – perguntou uma voz abafada de homem.

- Somos nós Macnair. – respondeu o outro de forma grosseira. – Você não encontrou os pivetes?

- Não.

- Então eles pegaram outra saída, porque já revistamos tudo e deixamos vigias.

- Vamos então para o túnel do Norte, deixaremos um vigia na entrada, para o caso de algum deles se perder. – Macnair soltou uma risadinha e saiu apressado pelo caminho que viera, com os outros em seu encalço.

Melissa respirava curta e rapidamente. Harry a enlaçou pela cintura, para que ela pudesse se apoiar nele melhor. Ela sorriu agradecida, ainda arfando. Seus olhos se encontraram. Eles estavam muito próximos, as respirações pesadas se misturavam e condensavam, fazendo com que Harry enxergasse apenas o brilho intenso dos olhos da garota.

Harry moveu seu braço direito silenciosamente, tocando a face esquerda de Melissa, onde um feio corte sangrava. Ela gemeu baixinho, segurando a mão do garoto. Harry se assuntou, havia esquecido tudo que ela passara naquela noite, estava muito machucada, mas não reclamara um só instante de dor. A garota era muito forte, isso Harry tinha que admitir. Mas agora ela estava ali, em seu braços…

Ele sorriu e levou sua mão para os sedosos cabelos de Melissa, que parecia um véu que os envolvia e afastava o terror daquele lugar, e para surpresa de Harry a garota retribuiu o carinho. Docemente levou seus delicados dedos para o rosto do garoto e passeou por toda sua extensão, parando nos lábios. Harry a apertou contra sua cintura, cingindo-a bem, para que ela não pudesse escapar… um desejo queimando-lhe o peito.

Ele posou sua mão levemente sobre a nuca dela, e sentiu quando um arrepio percorreu o corpo de Melissa. Fez uma leve pressão com a mão direita, para que ela se aproximasse mais, o desejo se tornando incontrolável. Ela resistiu um pouco, o brilho dos olhos se intensificando. Harry podia jurar que Melissa sorria.

Suavemente ela se abaixou, afundando os dedos pelos cabelos fartos de Harry. Ele sorriu ligeiramente e fechou os olhos. O contato dos lábios foi, por um instante, leve. Lentamente o beijo foi se aprofundando, como se um testasse o outro. Harry tinha o coração disparado e sentia que a menina também estava assim. Apreciava, sublime, cada segundo o hálito doce da garota, que intensificava o beijo ao acariciar os cabelos, o rosto e pescoço de Harry. Ele a abraçava pela cintura enquanto fazia voltas envolventes com os dedos pelas costas e nuca da garota.

De repente ele interrompeu o beijo e percorreu, com lábios úmidos, a linha do pescoço alvo dela. Melissa inclinou levemente a cabeça, aceitando a carícia com um leve suspiro.

Mas eles acordaram do transe quando escutaram novos passos se aproximando:

- Vamos logo Tonks! Não é seguro você ficar aqui nessas condições!!!

- Mas nós temos que encontrar Harry e Melissa, Remo! – dizia a mulher com voz embargada.

- Eles só podem ter vindo por aqui, as outras saídas já foram monitoradas e os comensais também os estão procurando, acalme-se, eles estão bem!

Melissa e Harry se entreolharam, lívidos. Harry não sabia como reagir… ele não queria reagir… nesse instante odiava Lupin e Tonks por os ter interrompido. O garoto via confusão nos olhos da garota, e antes que pudesse fazer algo ela se pos de pé, e olhou por uma fresta as pessoas que se aproximavam. Quando teve certeza de quem eram chamou baixinho e foi escutada pela mulher, que parou de andar e olhou ao redor, conjurando luz com a varinha, os achando nos canos.

- Mel! – exclamou Tonks, parecendo extremamente aliviada e indo de encontro aos garotos. – Vocês estão bem? Como conseguiram fugir?

- Depois te contamos, só nos ajude a sair daqui – sussurrou Melissa.

Correndo eles saíram de lá. Harry não entendia bem tudo o que tinha acontecido, só sabia que agora seria difícil olhar para Melissa e não desejar tê-la de novo nos braços.

N/A: Aeeeeeeeeeeeeeeeee...... FINALMENTE!!!!!!!!!!!!! Para quem tinha dúvida de qual era o shipper da fic, taí a resposta... hehehehehe... mas se vcs acham que sou boazinha pra deixar eles juntos facilmente vão tirando o cavalinho da chuva pq naum é bem assim! A fic está só no começo.... uahuahuhaa (risada maligna!)!!!!! Desculpa a demora, mas espero q tenha recompensado vcs com isso... naum tinha planejado o beijo para agora mas resolvi q vcs mereciam “ação”!!!! Rs... olha, se alguém está achando pesada as descrições tanto das lutas, dos sofrimentos ou até da cenas de love (!!!), me perdoem mas pedirei para olharem a classificação dessa fic, que é “desaconselhável para crianças” e isso não diz a respeito apenas às ceninhas de amor, mas de violência tb...

Não sou boa em escrever coisas como esse beijo que aconteceu, mas espero que vcs gostem! Sei que estou demorando para terminar essa parte da fic e ir logo para Hogwarts, mas preciso dar todas as dicas possíveis agora pois pretendo ser mais rápida e, conseqüentemente, menos argumentativa na segunda metade da fic para ter mais ação! Espero q vcs estejam entendendo alguma coisa, mas se não esperem os próximos caps... hauhauahauhauhaua (risada maligna maior!!!). Bjos e obrigada por lerem e comentarem... MAS PRECISO DE VOTOS!!!!!!!!!!!!!!!!!! Hehehehe...

***Agradecendo comments*** XDDD

Lele: Escrevi o final desse cap pensando em vc!!! Espero que tenha gostado... e espero realmente q vc tenha entendido algo!!!!!!!!!! Hehehehe...brigado mesmo pelos comments!!!!!!!! Vc eh d+++++... continue me apoiando tah? Bjinhos, XD.

Tati: Taí o cap 10! Espero q tenha gostado!!!!!!! Vou dar uma passadinha na sua fic assim q der, mas obrigada mesmo por ler e comentar! Bjos e até o próximo...

Tammy: Nooooooooó! Vc por aki? Minina, adoooooooro sua fic!!!!!!! Hehehehe... vc jah leu a minha? Uhuhuh.. espero q goste! Comenta mais pra saber se vc está gostando tah? E dê comentários sempre!!! Rs... XD

Theodor Marchinson (noooooooossa! Como seu nome eh legal!!!!!!!): Vc eh novo por aki... hehehe... fico muito feliz q tenha gostado!!!!!!!! Espero q goste ainda mais desse cap... e estou esperando os comments e os votos, não se esqueça tah? Bjos...

Gi: Minha amigona do coração... obrigada mesmo pelo commentário!!!! Vc eh d+++++++ mesmo... comenta mais tah? E como está sua fic??? Escreve logo... bjaum, Lice XD

Nessa: SAUDADE!!!!! Rs... até parece q tem esse tempo todo! Não acredito q vc vai ler!!!!!!!!!!! To tão feliz!!!!!!!!!!!! Hehehehe... comenta e vota sempre tah? Vou cobrar... Bjinhos lindinha, txamuuuuu d+!

Pra quem leu agradeço de coração e peço encarecidamente q poste comments pra mim saber se está bom, tah? Bjos pra todos e espero escrever o mais rápido possível o próximo, mas não prometo... heheehehhe... t+!

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