CAPÍTULO 8



Era meio difícil passar por aquela mansão sem parar para olhá-la. A música tocava alto, muitas pessoas saltavam de suas carruagens, atravessavam um grande jardim e entravam na casa.

Harry se mexeu um pouco nervoso e o fato de estar se sentindo desconfortável com aquela roupa não ajudava em nada. Pela quinta vez mexeu no lenço que estava no seu pescoço. Ele nunca iria se acostumar com aquele tipo de roupa.

Quando Willian mostrou qual roupa teria que usar, Harry pensou que ele estava brincadeira, mas agora ele sabia que quando o irmão mais novo dizia alguma coisa, era verdade.

Harry se encontrava usando um fraque marrom escuro, que realçava os seus olhos claros. Um lenço preto amarrado no pescoço, luvas brancas, uma cartola na cabeça e na mão carregava uma máscara. Particularmente Harry achava que estava ridículo, mas Willian disse que as roupas eram assim mesmo.

- Brigando com o lenço novamente? – perguntou Willian achando graça da cena.

- Ainda não me acostumei... – explicou Harry – Você acha que ninguém vai perceber?

- Decerto que se você proceder do jeito que eu te expliquei, tudo vai ficar bem! – disse sorrindo. Harry apressou o passo para acompanhá-lo.

- Porque viemos a pé mesmo? – perguntou irritado após ter tropeçado.

- Porque você não gosta de andar de carruagem – explicou – Você costuma dizer que tem pernas para andar!

- Sério? – perguntou surpreso – Eu digo isso? Pois bem, retiro o que eu disse! Não é agradável andar nessa rua, cheia de paralelepípedos!

- Vamos entrar – falou segurando o riso – Agora faça o que eu fizer!

- Está bem – concordou Harry a contragosto.


Harry seguiu Willian de perto, pois não queria perder o garoto de vista. Eles cumprimentaram algumas pessoas durante o caminho até a mansão e seguiram.

Quando entraram na casa, Harry parou embasbacado. A sala era enorme e apesar de ter mais de cem pessoas ali, pelas contas de Harry, ele ainda podia ver os detalhes do cômodo, que esbanjava luxo e requinte.

Pelo menos cinco grandes lustres chamavam a atenção no teto. Uma escada colossal ficava no meio da sala e vários corredores levavam para o resto da casa.

Harry desviou o olhar para as pessoas e descobriu que achar Hermione não ia ser uma tarefa tão fácil. Para piorar sua situação, o baile era de máscaras!
Procurou Willian, mas não o encontrou. Harry dependia agora apenas de si!
Botou a máscara, pois não queria correr o risco de alguém o reconhecer. Seguiu para a escada, subiu alguns degraus e ficou a procura de Willian ou Hermione. Percebeu que algumas mulheres se aproximavam, então saiu dali, antes que alguém viesse falar com ele.

Foi andando por um dos corredores e acabou saindo num grande jardim. Tinha muito mais pessoas ali do que lá dentro, o que era um problema e um alívio ao mesmo tempo, pois poderia ter mais pessoas que o conhecessem e porque seria mais fácil se misturar entre as pessoas.

Ficou passando entre as pessoas. Às vezes tinha a impressão que ia ser reconhecido por alguém e por isso quase saia correndo em direção contrária a pessoa.

Algum tempo depois, parou de andar e ficou apenas olhando para os convidados. Tinha se dado conta que, se quisesse fingir que fazia parte daquela sociedade, tinha que agir como eles.
Escolheu um homem, que devia ter a mesma idade que Harry e começou a observá-lo. Notou que ele era cometido e discreto. Aos poucos percebeu que todos agiam da mesma forma, com requinte e sem chamar a atenção.

Escutou muitas conversas e descobriu que aquele baile era em comemoração ao aniversário do filho mais velho de Milligan, que era de uma família tradicional e bem relacionada.

Harry estava quase desistindo do plano e voltar para casa, pois se deu conta que seria quase impossível achar Hermione ou Willian no meio de tantas pessoas. Se pelo menos ele pudesse usar magia...

Sentiu alguém o puxando por atrás. Virou-se já pensando numa desculpa de escapar da pessoa, mas ficou feliz em ver que era Willian.

- Onde você se meteu? – perguntou aliviado.

- Eu pensei que você estava atrás de mim – explicou o garoto – Mas quando eu me virei você tinha sumido!

- Eu estava olhando a casa! Não é todo dia que você volta dois séculos! – explicou se defendendo.

- Não vamos discutir. Mamãe está perguntando por você!

Harry engoliu em seco. Nunca teve uma mãe, não sabia como agir ao lado da mulher.

- Boas notícias – disse Willian começando a andar – Hermione chegou!

- E onde ela está? – perguntou olhando ao redor.

- Espere, tudo ao seu tempo. Primeiro, vamos falar com nossos pais, depois procuramos Hermione – disse autoritário. Harry olhou para o garoto na sua frente. Willian podia ser jovem, mas era bastante responsável e maduro. Harry deu um meio sorriso. Não poderia pedir irmão melhor!






O senhor Edward Milligan era um nobre muito conhecido na região. Herdeiro de uma grande fortuna viveu uma juventude desregrada, gastando dinheiro em jogos, bebidas e mulheres. Por causa de suas irresponsabilidades, acumulou uma grande quantia em dívidas que eram cobradas a seu pai. O velho Milligan pagava todas, mas fazia vista grossa para o comportamento inadequado do filho. Quando a mais rentável das fazendas da família pegou fogo, pondo a perder toda a plantação, o velho senhor tentou equilibrar os gastos para que o nível de vida nem a quantidade de empregados sofressem alterações. Infelizmente todo o esforço fora em vão. Quando Edward tinha cerca de vinte e três anos, seu velho pai faleceu. Com as finanças da família em colapso, o coração do velho Milligan, que há muito dava sinais de cansaço, não agüentou. Então ele teve que ocupar o posto de homem da família e cuidar das duas irmãs e a mãe. Começou a trabalhar duro e recuperar o dinheiro perdido. Agora, casado e com um único filho, via o mesmo pesadelo prestes a acontecer devido a baixa no comércio de café, o qual ele tinha investido uma quantia exorbitante. Mas ele não deixaria! Tinha tudo planejado: seu filho cortejaria a herdeira dos Granger’s, família tradicional e uma das mais ricas da região, perdendo somente para os Potter’s, e com ela casaria. A fortuna dela impediria que novamente a família Milligan vivesse na desonra.

Parou na escada e se pôs a observar o salão. Para que os dois jovens se conhecessem, resolveu dar uma festa com a desculpa de comemorar a volta do filho de uma viagem de navio a Índia. Esperava que a jovem senhorita Granger simpatizasse com seu filho que era um rapaz calmo, mas muito carismático e inteligente. E Milligan torcia para que isso fosse suficiente.

Voltou a fitar o salão e encontrou quem queria na companhia de quem o atrapalharia. A jovem Granger estava conversando com o filho mais velho de James Potter. Era de conhecimento geral, que os dois eram bastantes amigos desde a infância, mas questionamentos sobre o nível de amizade de ambos eram freqüentes, já que Harry era notadamente super protetor em relação a Hermione, que parecia não se importar ser protegida. Milligan tinha plena consciência que Potter poderia pôr tudo a perder se quisesse. Hermione com certeza escutaria a opinião do amigo com seriedade e era de grande importância que seu filho ficasse amigo do moreno.

Desceu as escadas e tentou se aproximar da senhorita Granger e do senhor Potter o mais rápido que pôde, mas o jovem moreno se afastou da amiga antes que chegasse até eles. Embora contrariado, se convenceu que era melhor apresentar a garota ao filho longe dos olhos de Harry.

- Boa noite, senhorita Granger! – falou enquanto tomava sua mão e o levava de encontro aos lábios.

- Boa noite! – respondeu Hermione sorrindo nervosa.

- Espero que esteja gostando da festa! – puxou conversa enquanto olhava ao redor procurando o filho.

- Oh! Claro que sim! Está magnífica! - respondeu Hermione distraída tentando achar Harry.

- Gostaria que a senhorita conhecesse uma pessoa, mas não o estou encontrando.

- Entendo perfeitamente o que o senhor quer dizer! – ela não parava de fitar o salão.

- Ah! Ele está ali!

Hermione virou para a direção que o Sr. Milligan olhava. Então viu ele. Um rapaz alto, loiro e de olhos castanhos claros que caminhava com segurança e lançava sorrisos quando o cumprimentavam. Um lindo sorriso por sinal. O rapaz se aproximou do pai e saudou com sua voz grossa.

- Boa noite!

- Boa noite! - responderam Hermione e o senhor Milligan.

- Meu filho, quero lhe apresentar a moça mais encantadora de nossa cidade, a senhorita Hermione Granger! Hermione, este é meu filho Joshua Milligan.

Hermione fez um reverencia enquanto o jovem Milligan segurava sua mão e a beijava levemente.

- Prazer em conhecê-la senhorita Granger! – falou lhe oferecendo um dos seus lindos sorrisos, o qual a morena retribuiu.

- O prazer é todo meu, senhor Joshua – falou gentil.

- Por favor, me chame de Josh – falou encarando a morena.

- Tudo bem... Josh. Então quero que me trate por Hermione – sorriu para ele.

- Ótimo! Às vezes acho que existe muito formalismo e pouco companheirismo nos tratamentos que a nossa sociedade impõe – ele comentou.

- Concordo plenamente. Acho que o respeito se deve as atitudes de uma pessoa. Se ela fizer por onde, não necessita se preocupar com tratamentos pré-concebidos socialmente para se impor.

- Exato! – ele riu – Creio que vamos nos dar muito bem, Hermione.

- Espero que sim, Josh – a morena respondeu animada.





Harry entrou na enorme casa e se dedicou a olhar as pessoas que lotavam o salão. Todas estavam bem elegantes e ele percebeu que os rapazes se vestiam igual a ele e Willian e isso o deixou mais calmo. Queria chamar a menor atenção possível, então caminhou pelos convidados sendo seguido do irmão.

Mal tinha dado alguns passos, sentiu Willian segurar seu ombro. Quando olhou o irmão a procura de explicação, o viu fazer sinal para frente. Foi então que os viu. Pensou ser um sonho, como tantos outros que tivera com eles. Mas desta vez, era real. Os dois estavam a poucos passos deles, dançando uma linda valsa enquanto sorriam um para o outro, alegres. Era tão bom vê-los bem, que Harry não conseguia se mover. Na verdade, ele não queria mais sai dali. A única coisa que queria era ficar observando as duas pessoas na sua frente para sempre.

- Harry? – a voz de Willian chegou a seus ouvidos, mas ele não deu atenção – Harry! Você está bem?

- Will... são eles... estão bem! Não posso acreditar... - o moreno falava sem parar, mas sem desviar os olhos do casal. Willian o olhava, confuso.

- Não estou entendendo...

A valsa acabou e depois de parar algumas vezes para conversar, o casal viu os dois rapazes e caminharam na direção deles. Harry prendeu a respiração, ainda incrédulo de que aquilo estava acontecendo.

- Meus amores! Demoraram a chegar, estavam aprontando algo? – indagou uma senhora muito bonita, de cabelos vermelhos e olhos verdes esmeralda que estava de braço dados com um homem parecidíssimo com Harry, exceto pelos olhos.

- Ah, querida! Eles deviam estar cortejando alguma dama, não é mesmo garotos? – falou o homem sorrindo para eles. Willian sorriu, mas Harry permanecia boquiaberto chamando atenção do homem – Algum problema meu filho?

“Meu filho”. As palavras pareciam ecoar na mente de Harry. Por quanto tempo desejou e sonhou com um momento como aquele, onde escutaria James Potter, o olhar nos olhos e falar com carinho.

- Querido? Não se sente bem? – perguntou Lílian estranhando o silêncio do filho.

O moreno moveu os olhos lentamente em direção da mãe e focou seu rosto. Não tinha palavras para explicar o quanto era mágico escutar sua voz e detectar a preocupação contida dela, assim como não conseguia expor toda a alegria que sentia nem exprimir a paz que o envolveu ao escutar e ver os pais.

- Harry? – chamou Willian balançando seu ombro. O moreno se obrigou a sair do torpor que o dominava.

- Hãn...

- Você está bem? Quer voltar para casa? – lhe perguntou James.

- Não... Pai! – ele sorriu ao dizer a palavra – Estou perfeitamente bem! Nunca estive melhor na vida!

- E o que foi que aconteceu para você estar tão feliz assim? – perguntou Lílian, curiosa.

- Nada. Só estou satisfeito por estar com vocês – ele alargou o sorriso. A senhora ruiva o olhou com carinho e se aproximou dele, abraçando-o.

- Eu também estou muito feliz por estarmos reunidos! Agradeço aos céus por ter uma família tão unida.

- Ah, mãe! Não vai chorar não é? – falou Willian.

- Deixe sua mãe Will! Ela está feliz, então todos estamos – assegurou James e Willian sorriu – Então garotos, estão precisando de algo?

- Estou com minha família, o que mais poderia querer? – respondeu Harry que sorriu ao sentir a mão de James pousar sobre seu ombro e exibindo um sorriso de cumplicidade.

- Que tal dançar com Hermione? – disse Will na tentativa de lembrar o irmão o motivo deles estarem ali.

- É mesmo! – falou Harry voltando a ficar preocupado com a amiga – Onde será que ela está?

- Mas vocês dois realmente não se desgrudam! Filho será que não está na hora de vocês conversarem e decidir o que realmente querem um do outro? – falou James encarando Harry, que ficou muito corado.

- Eu... nós... – gaguejou ele.

- Eu concordo. Adoraria ter Hermione como minha nora! Seria fantástico! – animou-se Lílian.

- Pai! Mãe! O Harry ta ficando sem graça! Será que vocês podem parar com isso pelo menos hoje? – reclamou Will.

- Sim, podemos parar... Por hora – sorriu James.

- Ótimo. Vemos-nos depois. Harry, vamos – falou puxando o irmão que se limitou a acompanhá-lo. James e Lílian ficaram observando os dois filhos se afastarem.

- Quando será que Harry vai entender? – indagou James.

- Não sei – suspirou Lílian, observando Harry se aproximando de uma jovem de cabelos castanhos - Mas espero que ele não demore a perceber o que todos nós já sabemos.



Impossível não olhá-la e achar a pessoa mais incrível e bonita da festa. Não sabia exatamente o porquê, sempre a achara bonita e interresante, mas parece que tudo ficara incrivelmente mais ativo e perfeito. O jeito como ela falava com as pessoas, o sorriso que sempre era sincero e eletrizante, o jeito como mexia nos cabelos, era como se um mero fio a incomoda-se ou deixa-se sua verdadeira identidade a mostra. Era como se tudo que havia nela ficasse perfeito e extremamente maravilhoso. Mas o que estava pensando, Hermione era mais que amiga uma irmã, ou pelo menos era antes de brigarem, mas isso não permitia misturar os sentimentos. Sentimentos? Não! Seria a coisa mais absurda. O que ele sentia por Hermione não passaria de uma grande amizade, mas talvez tenha dado conta do quanto ela faz falta quando percebeu que estava a ponto de perdê-la.

Harry sacudiu a cabeça rapidamente assim como fechou os olhos fortemente, tinha que pensar em concertar a burrada que tinha feito depois. Deveria falar logo com ela para que pudessem sair daquele lugar rapidamente.

Ele andou em passos rápidos e ao mesmo tempo despercebidos entre a multidão.

A cada passo, seu coração parecia perder a calma, assim como sua respiração. Era estranho, nunca tinha se sentindo assim, era apenas uma conversa com ela.

Olhou para o lado e viu um arranjo de rosas em uma mesa toda enfeitada. Com delicadeza, o moreno puxou uma rosa vermelha, enquanto olhava as pessoas com quem Hermione conversava indo embora para o outro lado do salão. “O melhor momento”

Aproximou e parou atrás da morena. Sorrindo passou a flor para frente dela, a surpreendendo, e não deixou de perceber o sorriso supresso dela.

- Você fica mais bonita e encantadora com essas roupas, diria uma princesa de contos de fadas.

Impossível não reconhecer aquele voz, simplesmente pelo fato de que sonhava com ela quase todas as noites. Harry! Era tão bom saber que ele estava ali, no meio de tantas pessoas estranhas e ao mesmo tempo conhecidas. Era como se todo o amor que sentisse por ele, ficasse mais forte e impossível de esconder, mas mesmo com tudo aqui a magoa ainda era forte a frieza era inevitável, por mais difícil que fosse e por tão grande o amor que ela sentia.

- Harry, como você me achou? Como estão os outros? – ela disse com indiferença e sem olhá-lo e nem aceitar a flor que ele tinha na mão.

- Você poderia ao menos aceitar a rosa... – ele disse magoado e ao mesmo tempo ansioso.

Hermione respirou fundo e virou para fitá-lo. Toda a sua frieza fora embora quando encontro o moreno a fitando seriamente e ao mesmo tempo com um singelo sorriso que não passava despercebido por um coração apaixonado, mesmo ele não sendo de felicidade.

Ela pegou delicadamente a rosa, deixando sem querer a mão do moreno tocando na sua, causando um arrepio pelo corpo dos dois. Levou a rosa até a face para que pudesse sentir o cheiro refrescante da flor.

- Uma bela tática, eu sabia que você adorava rosas vermelhas... E isso poderia ajudar a começar uma conversa amigável entre nós dois. – Harry disse meio sem jeito.

- Não precisa de flores para conversar comigo Harry.

Harry sorriu, a voz doce e encantadora voltara sair naturalmente da boca da morena.

- Claro que não, mais um agrado pode involuntariamente afastar a frieza de sua voz, para que eu posso ouvir novamente a voz suave e doce que me faz sentir tão bem. – “Potter, o que está fazendo?” o moreno sorria encantadoramente vendo o rosto dela corar violentamente. – E respondendo sua pergunta, eu te achei com uma pequena ajudazinha se bem que foi meio fácil te achar no meio de tanta gente.

- É? – Hermione o olhou, confusa.

- Sim... Basta apenas procurar pela mais bonita e encantadora, e pronto! Acharemos Hermione Granger. – “Potter, idiota, o que esta fazendo? Cantando sua amiga?”

Hermione sentiu seu coração saltar. O que fora aquilo? Ele estava a cantando? Não, claro que não. Se tratando de Harry estava apenas em uma tática para eles fazerem as pazes.

- Agora respondendo sua segunda pergunta. – o moreno tornou a falar. – Os outros estão em um local seguro, e é pra onde pretendo levar você. – o moreno fez um sinal de reverencia para o casal que acabara de passar por eles.

- Aonde aprendeu a ser tão educado assim, claro que não estou te chamando de mal educado, apenas... – Hermione olhou para os lados. – Por que todos estão olhando para nós dois?

Pela primeira vez, Harry viu uma Hermione totalmente confusa e furiosa por estar confusa.

- Nunca pensei que um dia fosse te ver confusa Mione, mas voltando a sua questão, é estranho para a época, ver duas pessoas de sexos opostos, sozinhas conversando olhando diretamente nos olhos, mesmo que essas pessoas formem o casal mais esperado pela vila. – Harry disse a rodando, deixando a morena ainda mais confusa e furiosa.

- Tinha me esquecido por um tempo em que época estamos... Como assim “o casal mais esperado pela vila”? – ela disse confusa fitando seriamente para o moreno.

- Depois te explico. Fique atenta, quando eu der o sinal, siga até o jardim e nos encontramos lá.

Hermione tentou argumentar, mas quando viu o moreno já tinha se perdido entre a multidão.

O que fora aquilo? Harry estava tão diferente e encantador, era como se por um minuto ele estivesse a cortejando. “Harry, o que você esta planejando? Assim fica cada vez mais difícil te esquecer.”



Draco estava andando de um lado para o outro. Não gostava de depender de ninguém e por isso, neste momento desejava com toda a sua alma não estar nas mãos de Harry e Hermione.

Queria ter ido ao tal baile com Harry, com os outros o tinham convencido do contrário. Todos agora se encontravam quietos e em silêncio, cada um com seus próprios pensamentos.

- Não agüento mais esse silêncio – declarou Luna chamando a atenção de todos – Sei que estamos com problemas, mas não precisamos ficar nesse clima de velório!

- Também acho – concordou Neville – Não adianta ficarmos agitados ou preocupados. A única coisa que podemos fazer é esperar Harry e Hermione voltarem!

- E o que você propõem? Que joguemos cartas? – respondeu Draco irônico. Ele deu as costas para os outros e ficou olhando para a janela. Fazia duas horas que Harry tinha saído com Willian.

- Neville tem razão Draco – Gina se aproximou do namorado e o abraçou de lado – Você tem que relaxar! Estamos todos juntos nessa e não podemos esquentar a cabeça com qualquer coisa.

Draco olhou para namorada. Esta permaneceu o encarando. Draco se deu por vencido e beijando Gina virou-se e se juntou aos demais.

- Então, alguém tem alguma idéia do que podemos fazer? – perguntou Gina.

- Podíamos explorar esta casa! – sugeriu Luna – Se formos fingir que somos desde século, temos que descobrir como as pessoas agem.

- Concordo – Draco se pronunciou – Mas levem suas varinhas! Provavelmente deve ter empregados nesta casa, qualquer coisa, apaguem a memória deles!

- Então vamos – Neville saiu na frente, abrindo a porta. Luna estava saindo quando sentiu seu braço sendo puxado. Rony a abraçava e a mirava. Draco e Gina passaram pelos dois e fecharam a porta.

- Não gosto quando ficamos desse jeito.

- Que jeito? – perguntou Luna desviando os olhos.

- Não se faça de desentendida, Luna.

- Também não gosto quando discutimos – se rendeu.

Rony a apertou mais contra si. Luna virou o rosto e olhou para o ruivo.

- Eu te amo, Luna.

- Eu também te amo – respondeu. Antes que eles se separassem, Luna o beijou.

- Essa é a única parte boa das nossas discussões – disse Rony sorrindo, abrindo a porta, mas segurando a mão da namorada – As reconciliações! Pena que a gente não esteja em casa – olhou malicioso para a loira.

Luna riu e bateu de leve em seu ombro.

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Hermione já estava cansada de ficar escutando aquelas pessoas ao seu lado falando sempre do mesmo assunto, o filho do senhor Milligan. O rapaz realmente era muito agradável, mas aquelas pessoas estavam exagerando. Olhou para os lados a procura de qualquer sinal de Harry. O moreno simplesmente sumiu depois que falara com ela, o que era muito estranho, já que ele apenas veio para confundi-la mais ainda. Bufou de tédio e passou novamente a observar as pessoas ao lado. Como elas eram patéticas, seus sorrisos eram falsos assim como toda a sua cordialidade. Quanto mais rápido fosse embora daquele lugar, mais feliz seu ego gritaria de ter saído desse salão de belos sorrisos.

Sem se importar com as pessoas que estava em sua volta, a morena virou-se rapidamente para trás, trombando com um corpo forte.

A olhando divertido, Harry lhe propôs o único sorriso sincero da noite.

- A senhorita esta pronta para deixar essa magnífica festa? – ele perguntou com desdém e humor, ao notar a cara de tédio que a morena exibia.

Com certeza ele deveria estar a observando de longe. Deveria ter notado seu falso sorriso que escondia o mais puro tédio em sua face. E também a inquietude de seus lábios que faziam questão de serem sempre mordido pelos dentes superiores.

- Você demorou demais. – ela disse cansada e respirando fundo.

- Desculpe. – ele sorriu. – Certo, vá o mais rápido possível até a porta que dá acesso ao jardim, mas cuidado, não levante suspeitas e evite pessoas no meio do caminho. Mas, o mais importante, é não dar que elas percebam ou sintam a sua falta na festa. – ele a olhava seriamente.

O que era aquilo? Uma troca de papéis? Não seria Hermione falando seriamente com um Harry e não ao contrario?

- Dando uma de Hermione, Potter? – ela disse divertida, percebendo o sorriso logo sendo formado no rosto do moreno.

Como era bom ouvir aquelas cinco letras saindo da boca dela sem frieza ou hostilidade. Sentira tanta falta da voz que, mesmo tempo fosse de desdém, trazia conforto, o carinho que toda a amizade deles tinham de melhor. Era como se tudo voltasse a ser como antes, apenas por um segundo.

- É! Faz bem de vez em quando. – ele disse divertido e saiu andando em direção a porta.

Hermione não pode deixar de sorrir, ele era encantador ate vestido com aquelas roupas de época, aliás, o que o deixara ainda mais charmoso.

Olhou à frente e viu o quanto difícil seria passar por todas aquelas pessoas sem chama a mínima atenção. Tinha que optar por um caminho menos movimentado. Pelo banheiro seria a melhor opção, já que perto dele havia uma sacada que dava diretamente acesso à porta que ligava o jardim. “Ótima idéia Hermione!”

Em passos rápidos e ao mesmo tempo despercebidos, Hermione alcançou a porta em questão de segundos, sempre olhando para trás para ver se alguém a vigiava. Olhou para o jardim profundamente e pode constatar Harry parado embaixo de uma arvore. Desajeitadamente segurou o vestido a fim de levantar eles para poder andar um pouco mais rápido. Quando chegou olhou e viu o moreno a olhando divertido.

Hermione tinha a aparência cansada, diferente da Hermione de sempre, parecia que estava preste a gritar por socorro.

- Esse espartilho está me matando. – ela disse ajeitando o vestido tentando soltar ele um pouco mais.

- Se quiser senhorita, posso me livrar dele em questão e segundos. – Harry disse marotamente, arrancando um olhar de desaprovação do jovem que se aproximava.

Hermione fitou o moreno com desdém.

- Cale-se Harry! – então ela olhou para o lado e pode perceber um jovem parado ao lado de seu amigo, que a olhava amavelmente como se a conhecesse há anos. – Quem é você? – ela virou para fitar Harry furiosamente. – Quem é ele, Potter?

Harry a olhou relutante.

- Bem Mione... Quero que conheça o meu irmão, Willian Potter.

- Irmão?


( CONTINUA..)

N/A (Binks) : Hey guys!
Nem acredito que consegui escrever minhas partes desse capitulo! Fiquei a semana toda em provas e quem diria que depois de 14 provas eu estaria aqui ainda disposta para escrever?!? Me surpreendo comigo mesmo as vezes... rsrsrs
Baile de máscaras é tudo de bom! A-D-O-R-O!!! Queria ir a mais festas como essa, só fui uma fez! É bem legal!
E ai? Conseguem imaginar HP e Cia. no século XIX? É tão divertido e diferente visualizar essa fic, imaginem escrever!
Vou parando por aqui, senão minha N/A vai ficar maior que o cap!
Para os que comentam e votam, adoro vocês! Para os preguiçosos, também adoro vocês, mas adoraria mais se vocês comentassem! XD
Kisses

p.s – Um aviso para quem acompanha minhas fics: Estava sem tempo de escrever por causa das provas e porque estava fazendo hora extra no trabalho, mas agora que acabou as provas e não tem mais HE, então em breve devo postar alguma fic. Espero que ninguém esteja irritado comigo ou chateado. Um beijo em especial a Andréa, que sempre comenta, apesar de eu ter ficado desleixada em relação as minhas outras fics. E beijos para todos!



N/A (Nick) : Olá pessoal! Capítulo novo na área! O Harry encontrou com os pais! Imagina a emoção dele! Creio que ele vai aproveitar bastante essa segunda chance! O Josh é bem interresante né? Vai dar dor de cabeça ao Harry... Mas pode trazer um pouco de felicidade para a Mione, quem sabe...

Ah, ia esquecendo! As três escreveram o capítulo e creio que isso vai acontecer constantemente de agora em diante!

O que vocês acharam do capítulo? Queremos comentários ta?

Beijãoooo!!!!


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