Indecisão Cruel
- Bom dia, Tom.
- Bom dia, professora. A senhora quer beber alguma coisa?
- Não, obrigada. Vou ao Beco Diagonal comprar um traje para o Baile de Formatura. Aliás, saiu alguma coisa no Profeta Diário, sobre aquele homem procurado pelo ministério?
- Não saiu nada diferente do que nós já sabemos, professora. Apenas que a cabeça dele está valendo 1.500 galeões.
- Nossa, ele deve ter feito alguma coisa muito grave. Eu vou indo, Tom.
- Está bem, professora.
Ela saiu em direção a um muro de tijolos. Pegou sua varinha e bateu em 5 tijolos diferentes. Passou para o Beco Diagonal pela passagem aberta na parede e foi em direção ao “Madame Malkins”.
Ao entrar na loja, procurou por uma pessoa. Ao encontrar tal, pediu algo.
- Claro, são dois trajes de gala, uma pra você e outra pra...
- Sim, para ele. Você sabe, mais ou menos as medidas dele?
- Claro que sei. No dia em que eu não souber de alguém, pode mandar dementadores me levarem para Azkaban.
As duas mulheres riram do que acabara de ser dito.
Após as roupas serem feitas, uma das mulheres perguntou baixinho.
- Você quer que eu embrulhe?
- Sim, por favor.
- Então está certo. Aqui está. – disse entregando um embrulho cor verde esmeralda.
-Muito obrigada e até mais ver.
-Até.
**********
O café da manhã estava esquisito. Nenhum alimento estragado, como se isso fosse possível em Hogwarts. Mas faltava alguém muito importante naquele dia.
Hermione tomava seu suco de abóbora tranqüilamente ao lado de seus dois melhores amigos, quando corujas adentravam o Salão Principal. Uma pousou em sua frente. Ela trazia mais um Profeta Diário.
A garota pegou-o e depositou um nuque na carteira que a coruja carregava, em seguida esta partiu.
Ela folheou o jornal. Desapontada, tornou a beber seu suco.
- Alguma coisa interessante? – perguntou Rony, com a boca cheia de torrada.
- Não, mas um bruxo chamado Paul Scorrell está sendo procurado. A recompensa pra quem encontra-lo e levá-lo, vivo ou morto, ao Ministério, é de 1.500 galeões.
- Caramba, então eu vou começar a procurar esse cara agora. – disse Rony.
- Sem comentários. – retorquiu Hermione, impressionada com a baboseira que saíra da boca de seu amigo.
Mais uma coruja, porém desta vez veio em direção a Harry.
- Nossa, o que é isso?
- Abre logo e vê o que é!
Harry abriu o embrulho. Ficou deslumbrado com a beleza daquele traje. Mostrou aos amigos.
- Harry, combina com seus olhos. Que lindo! – exclamou Hermione, impressionada.
- Quem te mandou?
- No cartão diz: Nem seus pais, nem seu padrinho, sua professora Minerva. (Aproveite!)
- Eu não disse que ela tinha com gosto!
- É, Rony, pela primeira vez você acertou alguma coisa, e muito bom gosto, eu diria.
- Mione, não enche, vai. – disse Rony, emburrado. - Ah, então é ela que não está na mesa dos professores. Ela foi comprar sua roupa para o Baile, Harry.
- Vou guardar. Vocês vêm comigo?
- Não vai dar, prometi a Luna que iria ficar com ela até começar a aula de Poções.
- Eu tenho aula agora, mocinho. Tenho que ir.
- Está bem.
E ele subiu as escadas em direção a Torre da Grifinória.
**********
Uma semana já havia se passado. E que semana! Os testes foram feitos com tranqüilidade, principalmente o de DCAT. Os resultados não viriam nas férias e sim antes do Baile, que faltava uma semana para acontecer.
Hermione remoia em seus pensamentos quem iria escolher para seu acompanhante: Harry ou Draco?
Sua mãe aproveitara para ir á Paris, comprar seu vestido. Por carta, ela disse que era muito mais bonito do que o útimo. Mandaria também um par de brincos, combinando com o colar. Desta vez, como disse sua mãe, “ela iria arrasar corações”, se já não estava.
**********
Harry foi até a sala de Lupin, que voltara a ser professor de DCAT, assim como Snape, voltara a ser professor de Poções. Depois que todos que tinha como parentes se foram, ele considerava Lupin um padrinho ou até mesmo um pai. Foi até sua sala desabafar.
Bateu na porta e ouviu um “entre”. E ele entrou.
- Oi Harry. Gostou de sua roupa?
- Gostei sim. Hermione disse que...
- Combinava com seus olhos, eu sei. Fui eu que dei a idéia á professora Minerva. E sua amiga, já respondeu o bilhete?
- Ainda não. E isso me deixa tão envergonhado, por que eu gosto dela, mas o fato dela estar prestes a me dar um fora me deixa envergonhado.
- Que isso, Harry? Por que ela não gostaria de você?
- Não sei, mas devem ser tantos os garotos que acham a Hermione bonita, inteligente, legal e tudo o mais que ela deve ter recebido um monte de convites para o baile...
- Nossa, Harry, como a sua autoconfiança está lá embaixo. Um garoto como você deveria confiar mais no seu poder de sedução. – Lupin ri do que acabara e de falar e ao mesmo tempo tem uma idéia brilhante. - Tente dar alguma coisa importante para ela, para demonstrar que você gosta realmente dela , como flores. Tenho certeza de que ela vai gostar!
- Está bem, mas não posso ir até Hogsmeade.
- Deixe comigo, eu comprarei ainda hoje. Só me diga uma coisa: qual é a cor preferida dela?
- Cor-de-rosa. Por quê?
- Vou comprar flores nessa cor. Eu fiz isso no meu primeiro encontro com a Tonks. E hoje nós estamos casados. – disse o professor com um sorriso maroto no rosto.
- Está bem, eu vou voltar para a sala Comunal. Até logo professor.
- Até, Harry.
**********
A roupa de Hermione chegara naquela tarde, mas ela não quis abrir. Iria ser uma surpresa para seus amigos e para ela também. Estava no jardim, observando o lago e pensando no quanto sentiria saudades daquele lugar. Lugar que a acolhera, em que ela crescera, no qual criara duas fortes amizades, que aprendera várias coisas e que quebrara algumas regras. Porém, o mais importante era que ali fora o local onde se apaixonara pela primeira vez. Tudo bem que ela não sabia com exatidão por quem ela estava apaixonada, mas isso não importava naquela hora.
Também pensava em qual dos dois iria querer como seu acompanhante. Ainda não tinha decidido. Se escolhesse Harry, mesmo gostando muito dele, sentiria um peso no coração por deixar Draco, que mesmo . Se escolhesse Draco, sentiria-se mal por não ter escolhido Harry, que desde sempre fora seu amigo. Ela queria escolher os dois, mas infelizmente isso seria impossível, ou talvez não.
Estava entretida em seus pensamentos quando uma coruja que não lhe era estanha pousou em seu colo. Ela notou um embrulho no bico da ave. Ela pegou-o e a ave partiu. Assim que viu a letra em que “Para Mione” estava escrita e o apelido usado (só seus dois melhores amigos a chamavam assim), teve a certeza de quem era o dono daquela coruja tão familiar. Abriu o pedaço de pergaminho e começou a ler entusiasmada:
“ Mione,
Tudo bem? Espero que sim. Também espero que goste das flores.
Beijos
Harry”
Hermione abria o embrulho e se deparou com lindas rosas. Não imaginava que Harry fosse tão romântico a ponto de lhe dar flores, e ainda em sua cor predileta. Agora sim estava confusa.
Alguém se aproximava. Hermione tomou um susto, mas quando viu aquele sujeito dos cabelos louros, se tranqüilizou.
- Granger, o que você faz aqui, sozinha, sem os seus “amiguinhos”?
- Malfoy, o que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta.
- Nossa, você está nervosinha. O que aconteceu?
- Não estou nervosinha, Malfoy!
Enquanto ela falava, ele avistou o buquê no colo da garota. Uma sensação estranha lhe invadiu naquele momento. Ele estava com ciúmes.
- Quem te deu essas flores?
- Pra sua informação, Malfoy, eu, ao contrário de você, sou cercada de gente que gosta de mim, e não pelos meus capangas.
Draco viu um bilhete e pegou. A garota tentou impedir, porém ele fora mais ágil.
- Foi o Potter. Só podia ser. Que ótimo!
O garoto saiu correndo, com o rosto vermelho de ódio. Enquanto andava, ele pensava “Mas isso! Agora eu tenho um rival. Que bom... E só podia ser aquele Potter maldito!” As lágrimas começaram a escorrer de seu rosto. Alguém corria atrás dele. Era Hermione. Ele não se preocupou em que ela o visse chorando. Dane-se.
- Draco! Espera Draco!
Até que ela o alcançou. Os dois pararam.
- Draco, o que aconteceu? – Hermione falava enquanto enxugava o rosto de Draco com delicadeza.
- O que você acha que aconteceu? Por certo ele também te convidou pro Baile. E é por isso que você não me respondeu. Porque você quer ir com ele, o seu grande amigo!
- O quê? Não seja idiota, Malfoy. Pro seu governo, eu ainda não escolhi com quem eu irei para o Baile. E você sabe o porquê? Porque eu gosto de você e do Harry! E a minha intenção não é magoar nenhum dos dois!
Quando ela terminou de falar, viu Draco olhando para o chão.
- Me desculpe. Eu... – era um dos únicos pedidos de desculpa que ele dissera em sua vida.
- Tudo bem. Eu só não queria que você ficasse pensando que o Harry é mais importante que você. Vocês dois são especiais pra mim por razões diferentes.
Hermione levantou o rosto do garoto e beijou-lhe o rosto com carinho. Ela sussurrou:
- Você é uma pessoa maravilhosa, Draco. Boa noite.
Ele sorriu e colocou a mão no lugar onde Hermione acabara de beijar. Naquela noite, ele dormiria mais feliz.
N/A: Gente, até que enfim o cap 4 saiu do forno... e tah quentinho, terminei essa tarde... Eu ainda tô trabalhando na surpresa que eu mencionei, mas como eu fiz algumas mudanças no enredo, o cap 6 (fé em Merlim!!) vai ser sobre o Baile, entom, virah recheado com um bela surpresa... E se o meu amigo Gui responder a minha MP, a fic vai ganhar uma capa novinha...
Bjooos
Divirtam-se com a leitura! =D
Comentários (1)
Leitora nova!Estou gostando muito da sua fic, e espero que você não deixe a Mione com o Harry!Eu amo Dramione!!!!BeijosssE parabén pela história.^^
2011-06-05