Partida para a Nova Toca



No dia seguinte, Harry abriu os olhos um pouco sonolento. Seu braço estava dormente e um peso sobre ele o fez perceber que não estava em seu quarto. Tateou ao seu redor para ver se encontrava seus óculos e os encontrou sobre o sofá.

Quando os o colocou viu Sara deitada ao seu lado e recordou-se do que havia acontecido na noite anterior. Sentira sua cicatriz arder e ficara tonto. Sara arrumou uma cama no chão da sala e ficaram ali assistindo filmes para distrair-se e procurar não pensar na maldade que Voldemort poderia ter feito.

Levantou sua cabeça para ver se Lupin havia chegado, mas parecia tudo igual. Sara se mexeu tirando o peso do braço do garoto e ele delicadamente conseguiu livrar seu braço. Olhou para a sua namorada que parecia dormir tranqüila, por alguns instantes pensou em andar pela casa pra ver se estava tudo normal mesmo, Mas sentiu novamente uma fisgada na cabeça e deitou-se novamente. Conseguia sentir o perfume da garota ao seu lado e algo estranho‚passou por seu corpo. Sentia o gosto dos seus beijos, o perfume e o calor da pele da garota.
Instintivamente ele apoiou-se em um dos braços e inclinou seu corpo sobre o da garota. Foi passando os lábios sobre o ombro de Sara até chegar em seu pescoço. Viu a garota estremecer e continuou a beijar-lhe de leve a nuca até sentir a garota se virando para vê-lo.

- Bom dia... – disse ele a olhando.

- Bom dia... – respondeu ela sorrindo, mas ainda um pouco sonolenta. – está melhor?

- Tenho um pouco de dor de cabeça, mas... Estou bem... – disse ele abaixando-se para dar-lhe um beijo.

Sara sentiu os lábios quentes do garoto, e ao mesmo tempo um tremor ao notar a forma com que ele lhe beijava. Sentia que Harry explorava sua boca com malícia, algo que nunca havia sentido antes. Seu corpo todo correspondia às insinuações de Harry aos seus carinhos e aos beijos que eram cada vez mais ousados e cheio de desejo. A respiração de ambos começava a ficar ofegante já não se importavam com o que estava acontecendo ao redor deles. Só existia os dois, seus carinhos e seu amor.

- Nunca me senti assim antes... - disse Sara entre os lábios de Harry.

- Nem eu... – respondeu ele agora a encarando. – Não sei o que está havendo comigo... Sa...

- Não se preocupe... – disse ela olhando aqueles olhos verdes esmeralda. - Às vezes sinto algo que não sei bem como explicar... Só... Quero ficar assim... Olhando pra você...

- Você é a única coisa que importa... – disse ele sorrindo – Não sabe o quanto me arrependo de não ter lhe dito antes o quanto era apaixonado por você...

- Nunca ouviu aquele ditado... Antes tarde do que nunca? – respondeu ela sorrindo.

- Eu sei‚ Só sinto a gente ter perdido tanto tempo discutindo... Poderíamos ter aproveitado melhor esse tempo não é? – disse ele abrindo um enorme sorriso.

- Então me diga como poderíamos ter aproveitado o tempo? – disse ela olhando os olhos verdes e brilhantes de Harry.

- Tenho algumas idéias... Mas...- disse ele deitando sobre o corpo de Sara, rapidamente sentiu algo passando pelo seu corpo que não soube como explicar. Beijou os lábios de Sara delicadamente ousando umas mordidinhas marotas enquanto acariciava o rosto da garota. Sara sentia algo diferente, não sabia como descrever, mas queria que o tempo parasse naquele exato momento e então olhou para o relógio que estava no algo da sala e viu que eram 10 horas da manhã.

- Ai... Por Merlin... - disse Sara parecendo se lembrar de algo. - Lupin!!! Ele já deve ter chegado... E temos que ver o que decidiram... A lua cheia é depois de amanhã. – disse ela se levantando.

- Você não podia ter se lembrado alguns minutos depois?- respondeu ele sentando-se no sofá carrancudo.

Sara virou-se pra ele e sorriu, andou até a poltrona onde ele estava e apoiou-se em seus joelhos inclinando o corpo sobre ele. - Prometo que depois a gente continua... Está bem?

A garota deu-lhe um beijo provocante enquanto passava as unhas delicadamente nas cochas do garoto.

- Olha que eu vou cobrar... – disse ele espantado com a reação da garota.

Sara sorriu e deu mais um beijo em Harry, dando algumas mordidinhas maliciosas em seus lábios – eu espero que cobre mesmo... Agora‚ vou ver se o Prof. Lupin já chegou... – disse ela se levantando.

- Sim‚ já estou aqui... - disse Lupin aparecendo na escada com um semblante sério.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntou Sara enquanto Harry levantava-se de um salto.

- Iremos para a Toca hoje... - respondeu Lupin – por isso Harry, quero que volte a casa de seus tios e arrume suas coisas

- Não antes de me contar o que aconteceu... - respondeu Harry – tenho certeza de que aconteceu alguma coisa.

- Vá e arrume suas coisas Harry... Passaremos a noite para pegarmos você... - disse Lupin ainda mais sério.

Harry até tentou protestar, mas Sara pegou em sua mão e o encarou como se dissesse para não discutir e fazer o que lupin queria. O garoto a olhou e ela sorriu.

- Vamos Harry... - disse Sara o levando até a porta dos fundos.

- Algo grave aconteceu... - disse ele saindo para o jardim e olhando para ver se seus tios estavam por perto.

- Eu sei... - disse Sara pegando em uma de suas mãos e a colocando em sua cintura - mas vamos ficar sabendo de um jeito ou outro... Agora vá...

Harry a puxou para bem junto de seu corpo e com a mão livre pegou em sua nuca e encontrou novamente os lábios da garota. - te vejo mais tarde...

- Está bem... – respondeu ela entre os lábios do garoto.

- Te amo... - disse ele novamente dando um beijinho e mordendo de leve os lábios de Sara.

- Eu também... - respondeu ela com um sorriso sincero nos lábios.

Harry atravessou‚ o jardim e pulou a cerca, teria que inventar uma boa desculpa por não ter passado a noite em casa. Olhou bem e via tia Petúnia na cozinha provavelmente fazendo o almoço. Sorrateiramente quando a viu ir para a área de serviço, ele pulou a janela da sala e subiu para o quarto.

Sabia que Duda estaria lá, mas por um grande motivo e felicidade de Harry, ele não estava. Harry colocou um casaco antigo de Duda por cima das roupas novas e tirou rapidamente a calça e colocou no malão, vestiu outra velha para que pelo menos pensassem que ele não havia saído e começou a arrumar seu malão. Sabia que havia alguma coisa errada, mas não podia simplesmente obrigar o seu professor a falar. Mas os momentos que passou ao lado de Sara foram os melhores que já tivera.

O dia se arrastou como se o tempo estivesse parado, Harry passou a maior parte da tarde arrumando suas coisas e esperando Edwiges voltar de seu passeio costumeiro. Pegou seus livros que sempre guardava sob uma tábua solta perto da cama e começou a guardá-los dentro do malão, nunca estivera tão feliz nesses anos que estivera na rua dos Alfeneiros número 4 apesar de alguma coisa lhe dizer que esses momentos felizes não durariam muito. Até achou que poderia estar começando a ter uma relação amistosa com os Dursleys, mas isso tinha as mesmas chances de acontecer como de Harry ser milionário algum dia. Naquela noite, Harry mal desceu para o jantar e percebeu que aquela trégua que haviam feito no dia em que seus tios vieram pegá-lo na estação havia acabado. No que se sentou a mesa seu tio Valter começou a enche-lo com insinuações. Parecia que Duda realmente havia lhe contado sobre a humilhação que Sara o tinha feito passar.

- Não se preocupe filho... As mulheres depois de um tempo sabem o que é melhor pra elas... – disse tio Valter dando um olhar para Harry. – Mas uma forma de conquista infalível é a persuasão, tem que pegá-la a força. Por mais que elas digam que não... Elas gostam de ver quem realmente manda...

Harry respirou fundo, agora ele sabia de onde é que seu primo tinha tirado aquela idéia de “Não quer dizer Sim”, procurou algo para distrair-se, tinha certeza de que seu tio fazia aquilo para importuná-lo e não iria ceder.

- Quer dizer que meu Dudinha está apaixonado? – dizia tia Petúnia – Que lindo vou ter que ir visitar os Carter para conhecer a namoradinha de Duda...

- ELA NÃO É A NAMORADA DELE!! - gritou Harry se levantando de súbito. - Sara nem se quer olha pra ele...

- Como ousa falar nesse tom na minha casa? – disse tia Petúnia com ar de superioridade – Não ligue não filhinho, tem gente que tem inveja da sua popularidade...

- Esse moleque está gostando da vizinha... Por isso fala assim‚ além disso, sabe que não tem nenhuma chance competindo com você. - Harry ouviu a voz de Tio Valter

- COMPETINDO COM ISSO?? - disse Harry apontando para Duda e dando um sorriso sarcástico - Ele é quem não teria chance... Qualquer um teria mais chance com Sara do que isso que vocês chamam de filho...

- CALE A BOCA MOLEQUE!!! Vá para o seu quarto antes que eu e Duda lhe mostremos quem é melhor...- vociferou tio Valter.

- Até parece... - disse Harry saindo da cozinha.

- E... Ainda..

O garoto acabou subindo as escadas sem ouvir o resto da frase, mas sabia que tio Valter não o deixaria em paz depois do que dissera. Por um milésimo de segundo não contou que estava namorando Sara há dois meses. Harry entrou no quarto e trancou a Porta, não iria deixar Duda usar seu quarto para espionar a sua namorada. Estava tão furioso que era capaz de socar seu primo se ele pensasse em Sara. Jogou-se na cama e pensou no rosto de sua namorada, e logo pareceu ouvir sua voz lhe dizendo para controlar-se.

- Isso Harry... – murmurou ele de olhos fechados – você não pode perder a calma assim...

Ouviu um barulho e olhou para a janela, Edwiges acabava de chegar e ele levantou-se.

- Até que enfim... Vamos pra casa do Rony hoje... – disse ele indo até a janela. Por alguns segundos foi a janela e viu Sara saindo sozinha e teve uma sensação ruim. E se Duda a seguisse e fizesse o que seu pai havia lhe dito no jantar? Mais que depressa saiu em disparada do quarto.

- Onde pensa que vai? - disse Tio Valter furioso.

- Onde está Duda? - perguntou Harry sem cerimônia.

- Foi dar uma volta... - disse tio Valter com um sorriso de satisfação.

- Sara... - murmurou Harry já correndo em direção a porta.

- Nem pense em...

Antes de terminar a frase Harry já estava do lado de fora vendo Duda segurando Sara com força. A garota parecia não estar com medo, mas Harry não pensou nisso quando partiu pra cima do Primo com um soco.

- Harry!!!- disse Sara indo ao seu encontro enquanto Duda se recuperava e cambaleando se levantou.

- Você está bem? – disse ele fazendo um carinho em seu rosto, mas Tio Valter o pegou pelo braço.

- Solte ele!! - gritou Sara tentando livrar Harry das mãos do tio, mas era inútil sem sua varinha.

- Vou te mostrar a não se meter com a garota do meu filho... – disse Tio Valter, mas de repente Lupin apareceu.

- Solte o garoto Dursley!

- E quem vai me obrigar? Ele é minha responsabilidade e tenho que coloca -lo nos eixos... - Gritou Tio Valter com o rosto completamente vermelho.

- Se for preciso eu... - disse Lupin arregaçando as mangas – Estou farto de aturar suas críticas e seu estúpido preconceito por ele ser o que é!

- Prof... - começou a dizer Sara - Pai...

- Não se preocupe... – disse ele olhando ela e lhe dando um sorriso – Eu disse pra soltar Harry... Agora!

A voz de Lupin saiu como uma estrondo, fazendo tio Valter e quem estivesse por perto estremecer.

Harry acabou se soltando e Sara correu até ele e o abraçou.

Eram quase sete horas da noite e a maioria dos vizinhos estava do lado de fora vendo os gritos e desaforos que Tio Valter chamava Lupin e Harry.

Tia Petúnia segurava o marido enquanto dizia em alto e bom som que eles estavam apenas encenando uma peça.

- Vá e pegue suas coisas Harry... - disse Lupin - Espere os outros em minha casa.

Sara olhou para Lupin assustada, sabia que se os Dursleys partissem contra ele, Lupin era capaz de matar. Devido à força por causa de ser um lobisomem.

Ao ouvir a voz poderosa de Lupin Duda escondeu-se atrás de sua mãe enquanto Valter cerrava os punhos olhando para os três a sua frente.

- Vamos Harry... - disse Sara pegando em seu braço e o levando para dentro da casa.

- Como ousa entrar na minha casa sem ser convidada... - disse tia Petúnia correndo atrás dos dois.

- Entre na casa Dursley.. - disse Lupin com um ar perigoso.

Um a um foram entrando na casa dos tios de Harry ao entrarem, o garoto já estava com todo o seu material no malão e só esperava.

- Está tudo pronto... - disse Sara colocando a gaiola de Edwiges sobre o malão do garoto.

- Então vamos... - disse Lupin agora puxando o Malão para a saída da cozinha, Harry levou a coruja em uma das mãos e a outra segurava a mão de Sara.

- O que pensam que estão fazendo? Ele não pode sair daqui... – dizia Valter enquanto Lupin e Harry colocavam o malão por cima da cerca.

- É o que você pensa... – respondeu Lupin.

Depois de pular, Lupin ajudou Sara a passar pela cerca e Harry a pulou logo em seguida. Quando foi abraçar a garota ela se contorseu como se estivesse machucada.

- O que foi? - perguntou Harry a encarando.

- Não... Nada... – disse ela massageando o braço dolorido.

Harry olhou para o braço dela e havia marcas roxas, e voltou a olhar para o primo com raiva.

- Que foi? – perguntou Duda com um ar de arrogância – Ela não reclamou...

- Escuta aqui projeto de baleia, não sei quem foi o estrupício que lhe ensinou como tratar uma garota, mas elas não gostam de ser agarradas à força‚ ta entendendo?

- E se ficar sabendo que você tocou novamente na minha namorada... Eu acabo com você, e vai ser no muque... sem magia... - disse Harry pegando na mão de Sara e se preparando pra sair.

- Vamos Duda... – disse Petúnia – Nunca gostei dessa gente e agora sei porque... Meu faro nunca se engana...

Os Dursleys entraram na casa e Sara entrou com Harry na cozinha onde Lupin os esperava.

- Arrumou suas coisas Sara? - perguntou Lupin.

- Só falta alguma coisa Prof... - disse Sara - Já vou indo terminar...

- Ah que horas vamos? - perguntou Harry.

- Mais ou menos daqui a 2 horas, temos que esperar até escurecer... - disse Lupin. - Vou até o porão dar um jeito no estoque de poções de lá... Vejo vocês depois...

- Venha Harry... Vamos até meu quarto... - disse Sara.

O garoto subiu as escadas seguindo Sara até chegar ao seu quarto. Havia o malão pronto do lado da cama e a gaiola de Edward coberta por uma capa. Provavelmente para Edward dormir melhor. A janela estava aberta e por isso notava-se alguém no quarto da frente se retorcendo para enxergá-los.

- Aquele balofo não tem jeito... - disse Harry quando o viu na janela.

- Quer saber de uma coisa? - disse Sara indo de encontro ao garoto e passando os braços por seu pescoço - Estou a fim de dar o troco a ele...

- Dar o troco? – disse ele colocando as suas mãos na cintura de Sara e a puxando para bem junto de seu corpo.

- Que pena que não posso usar magia ainda... Iria transformá-lo em uma garota só pra ver como se sentiria sendo atacado pelos próprios amigos.... – disse Sara passando a ponta dos dedos na nuca de Harry.

- Seria muito engraçado ver Duda vestido como uma garota...-respondeu ele sorrindo e lhe dando um selinho.- se bem... Que ficaria horrível...

- A minha idéia era transformá-lo em uma bela garota... – respondeu Sara – mas isso seria dificílimo...Principalmente com o corpanzil todo dele...

- Exigiria não só um pouco, mas um caldeirão todo de poção... - disse Harry rindo.

- É... Eu iria perder muitos ingredientes‚ E tia Minerva me mataria se soubesse... – respondeu ela.

- Duvido‚ nunca vi a McGonagall ficar tão mole com alguém como ela fica com você... – disse ele sorrindo enquanto a abraçava.

- Para com isso, ela não me dá moleza... Ao contrário...é mais exigente comigo do que com os outros sabia? - disse Sara agora séria.

Harry sorriu e lhe abraçou forte, desde que conhecera Sara, sua vida havia mudado drasticamente. Sentia-se como se fossem as únicas pessoas no mundo, ela tinha o poder de fazê-lo esquecer de suas preocupações, de suas angústias e principalmente de Voldemort. Não que o tivesse feito esquecer completamente, mas não pensava mais tanto quanto os últimos anos é claro sem contar o que tinha acontecido no dia anterior.

O garoto foi se aproximando dos lábios de Sara e lhe beijou de uma maneira que a garota sentiu rapidamente algo se agitando dentro dela. Era uma sensação completamente nova para ela e sentia que Harry também havia sentido. Pois ao terminar de beijá-la ficou a encara-la de um modo estranho e nem se quer piscava.

- Por que está me olhando assim? - disse ela olhando para o garoto.

- Não sei... - disse ele a apertando mais contra seu corpo - Nunca me senti tão feliz como sou agora... E... Você é responsável por isso...

- Se existe alguém que mereça ser feliz... Esse alguém é você... - disse ela sorrindo - E se depender de mim... Continuará sendo a pessoa mais feliz do mundo... – mas uma leve sombra passou pela face do garoto e a garota percebeu - O que você tem? - perguntou o encarando.

O garoto sentou-se, tentara esconder o que havia visto quando sua cicatriz doeu na noite passada, mas definitivamente‚ sabia que não conseguiria enganar Sara. Essa sensibilidade que ela tinha de ver as coisas, de percebe-las às vezes o irritava.

- Não tenho nada... - disse ele andando até a janela e fechando as cortinas do quarto.

- Ah ta... - disse Sara sentando-se na cama - te conheço muito bem Harry Potter‚ Anda... Desembucha...

- Não é nada... – disse ele dando um falso sorriso.

Harry a encarou enquanto ela encostava-se à cama, sentia cada vez mais o amor em seu coração então, ela o chamou pra que viesse e sentasse ao seu lado. Ele engatinhou pela cama e antes de sentar-se beijou ela mais uma vez.

- No que está pensando? - perguntou Sara ao ver Harry se sentando silenciosamente ao seu lado.

- O que irei fazer depois de Hogwarts... - disse Harry encarando algum ponto da sala - É o nosso último ano... eu sei que você vai continuar com sua tia, mas ... eu praticamente não tenho ninguém‚ e não queria ter que voltar a Londres isso significaria ficar sem ver você...

- Por que não vem morar em Hogsmade conosco? Você pode tentar trabalhar no Ministério ou algo assim... Você seria um ótimo auror...

O garoto sorriu para ela enquanto ela alisava seus cabelos.

- Eu não ia conseguir ficar sem você... - disse ela dando-lhe um beijinho no rosto.

Harry pegou em sua mão e começou a brincar com os dedos dela - E... se a gente se casasse...

- Como? - disse ela sorrindo - temos só 17 anos... nem terminamos o colégio..

- Eu sei... - respondeu ele - Mas amo muito você, Sá. O que sinto é muito forte e isso aconteceu desde o primeiro segundo que vi você no castelo. Imagina... tenho como manter a gente por um bom tempo... sem falar que posso falar com o Sr. Weasley e como você disse... ele pode me arranjar alguma coisa no Ministério... a gente pode comprar uma casa perto da casa dos Weasley...

- Você‚tem certeza? De que não tinha planejado? - disse Sara sorrindo.

- Bem... eu tenho tido muito tempo pra pensar nisso... - disse ele encabulado, seus olhos encararam os de Sara. - Mas se achar que é precipitado...

Sara o abraçou forte e depois lhe deu um beijo em seus lábios. - Eu adoraria me casar com você.

- A qualquer hora? - disse Harry virando o corpo para poder vê-la.

- Até agora mesmo... se você quisesse... - disse ela sorrindo.

- Eu não estou brincando... - disse ele sério - Quero mesmo passar o resto da minha vida com você.

- Eu também não estou brincando... - disse ela o encarando.

- Então... Assim que chegarmos na nova Toca... Vou falar com sua Tia... Ela está lá não é?

- Não sei... Provavelmente esteja em Hogwarts...- respondeu a garota o olhando e lhe fez um carinho no rosto - Você tem certeza absoluta... Que é isso que você quer?

- Nunca tive tanta certeza... – disse ele a abraçando - Você é tudo... O que eu quero‚ sei que sua tia é meio durona quando se trata da única sobrinha... Mas...Enfrento tudo pra ficar com você...

- Minha tia não é tão difícil de dobrar, Só vai ficar surpresa de você pedir minha mão em casamento se nem me pedir em namoro você pediu... - disse ela apoiando sua cabeça no ombro do garoto.- E pra quem enfrentou a morte várias vezes...

- É... - respondeu ele ficando sério - Tenho medo que Voldemort possa fazer algo contra você só pra me atingir...

- Ouça bem Harry James Potter... - disse Sara ficando de joelhos e o encarando séria - Não venha com essa história, está bem‚ vi muita coisa acontecer nesses últimos anos, não quero que me proteja e deixe de ser feliz...

- Por que está dizendo isso? - disse ele sério - Eu já disse que amo você... e não vou abrir mão disso...

- Por isso que eu disse Harry, não quero abrir mão de você por nada no mundo... e não vou fazer isso...- disse Sara o encarando - Conheço você e sei que seria capaz de tentar me afastar pra me proteger... mas não vou aceitar isso está bem... Aja o que houver, e seja o que for, vamos enfrentar tudo juntos‚ está me ouvindo?

- Estou... E... Confesso que a idéia de te proteger‚ já tinha passado pela minha cabeça... - respondeu ele.

- Não preciso desse tipo de proteção... Voldemort sente o que você sente, mesmo a gente não estando juntos ele iria saber o que sente por mim... Então‚ pra que sofrermos? – Sara o abraçou forte – Me prometa que sempre irá me dizer à verdade, está bem?

- Eu juro... – disse ele a abraçando. – E... Mudando de assunto’ acho melhor pedir você em namoro antes de tocar no assunto de casamento...

- Bem pensado’ pelo menos ela não vai nos chamar de crianças... Irresponsáveis... E... Você conhece o discurso da Dona McGonagall...

- Pior é ter que ouvir o discurso da Sra.Weasley... Quando souber... – disse ele sorrindo.

De repente ouve-se barulho de chicotadas na sala e vozes vindas do andar de baixo.

- Acho que a comitiva já chegou... – disse Sara.

- Então... Vamos a Toca... – disse ele sorrindo pegando na mão de Sara e saindo do quarto.



***
A viagem não fora tão longa quanto esperado, já que agora Harry podia aparatar onde quer que fosse, mas mesmo assim, decidiram aparatar somente quando estivessem próximos a Nova Toca. Quando apareceram na cozinha, a Sra. Weasley já os esperava para um enorme abraço.

- Que bom que vieram...- dizia ela se afastando de Harry e os chamando para a cozinha. - Andem, querem comer alguma coisa? Posso preparar algo..

- Não obrigado Molly... - disse Lupin - Creio que tanto Sara quanto Harry estejam cansados... visto a agitação que tiveram...

- Que agitação? – perguntou Rony olhando para Harry.

- Sara, querida... você vai ficar com Hermione e Gina está bem? – disse Sra. Weasley sorrindo – Rony ajude Harry a colocar as coisas no seu quarto... Sara venha comigo que a levo para o seu Hermione não parou de falar em você...

- Está bem Sra. Weasley... vejo vocês mas tarde... - disse Sara sorrindo e seguindo Sra. Weasley.

Rony e Harry subiram para o andar do quarto dos garotos apesar de estar um tanto sonolento Harry ainda teve tempo para dar uma escapada até o quarto das garotas com Rony.

- Claro... eu e Mione sempre damos um jeito de nos comunicarmos antes pra ver se mamãe não está por perto. Gina dorme como uma pedra, mas não liga se eu der pelo menos um beijo de boa Noite...

- E sua mãe nunca pegou vocês? - perguntou Harry.

- Hermione diz que ela já sabe, mas finge não saber... – respondeu Rony com as orelhas vermelhas.- Mione sabe como colocar o Feitiço Imperturbável e ninguém consegue ouvir nada do que conversamos lá dentro, Agora vamos... temos muita coisa pra conversar...

Foi questão de minutos para que aparecessem no quarto de Gina, Sara estava sentada no chão sobre várias cobertas e Mione sentada na cama. Levaram um susto quando dois estampidos como chicote ecoaram pelo quarto.

- Não sei por que, mas ainda não consigo me acostumar com isso... – disse Hermione colocando a mão sobre o peito.

- Desculpe... mas é a única forma de podermos vir sem sermos notados... – disse Rony sentando-se na cama enquanto Harry sentava-se no chão ao lado de Sara.

- Onde está Gina? – disse Rony dando um beijinho em Mione.

- Foi pedir uns conselhos para sua mãe sobre como passar o tempo tricotando... – disse Hermione sorrindo – Você sabe que sua mãe pode passar horas contando sobre isso...

Harry passou o braço por trás de Sara inclinando a cabeça para lhe dar um beijo no seu pescoço.

- Estava com saudades... – sussurrou ele no ouvido da garota que o olhou sorrindo e lhe deu um beijo.

- Você não acha que Harry voltou até de bom humor dessas férias, Mione? – disse Rony sorrindo e recostando-se na cabeceira da cama.

- É e não fui só eu que notei não... mais gente aqui percebeu... – respondeu ela sorrindo -... a Sra Weasley perguntou o que havia acontecido pra Harry ter chegado sorridente‚ sendo que sempre que voltava das férias tinha um humor de Dragão...‚

- Acho que descobrimos um "calmante" para os dragões do Gui... – disse Rony sorrindo.

- Vocês querem parar... - disse Sara - Se tivessem tido o desprazer de conhecer os Dursleys com certeza ficariam de mau humor...

- E o único Dragão que a Sara acalma sou eu, ouviu Rony? – disse Harry a abraçando e trazendo para mais perto.

- Vocês não têm receio que a Sra Weasley perceba que vocês não estão no quarto? - perguntou Sara.

- Weasley Clone... – disse Rony sorrindo – pelo menos uma coisa que Fred e Jorge inventaram que tem sua utilidade...

- Bem... Alguém sabe por que Lupin está tão estranho? - disse Harry encarando Hermione e Rony.

- Olha‚ Harry a lua cheia é amanhã e ele tem que tomar o maior cuidado possível... – disse Hermione parecendo estar escondendo algo.

Sara olhou para Harry e este correspondeu ao olhar dela sabiam que Mione estava escondendo algo ela era uma péssima mentirosa. Pelo menos para quem a conhecia.

- Mione‚sabemos que tem alguma coisa errada... - disse Sara olhando pra Harry e lhe fazendo um carinho no rosto - Harry passou mal ontem...

- Como assim passou mal? – perguntou Rony de um salto - O que aconteceu?

- Minha cicatriz ardeu como nunca tinha doido antes... - disse ele passando a mão como se ela estivesse ardendo novamente enquanto se lembrava. – Ele parecia feliz... Talvez por achar algo ou alguém ter tido êxito na loucura que ele mandou...

Hermione e Rony se entre olharam, Sara sentiu algo estranho com a cena, e Harry já estava sentado ereto os encarando desconfiado. – Vocês querem me dizer o que foi que aconteceu?

- Bem... – disse Hermione tentando fazer a voz sair - Aconteceu uma coisa no Ministério...

- Deixa de rodeios Hermione‚ fala logo... - disse Sara.

- O ministro foi assassinado... – disse Rony diretamente – Alguém entrou no gabinete dele e o azarou...

- Alguém matou o Fudge? - disse Sara praticamente como se estivesse levado um susto.

- E já foi tarde... - retrucou Harry se recostando na cama - era um imbecil...

- Que ele era um imbecil e um Péssimo ministro‚ a gente já sabia... - disse Sara - mas‚ ele sempre foi um homem fácil de se manipular seria uma peça chave para os que trabalham para Volde... - então ela olhou para Rony e este torceu o nariz. - Ok‚ vocês me entenderam, a questão é... por que matar o ministro se ele não era ameaça alguma‚ a não ser‚ pra ele mesmo?

- Foi o que pensei... – disse Hermione - Fudge fez muitas besteiras, mas era praticamente inofensivo...

- E quem é o novo Ministro? - pediu Harry.

- Papai... – disse Rony preocupado.

- Seu pai? - perguntaram Harry e Sara juntos.

- Bem... Digamos que o intimaram a entrar como ministro... – disse Rony – Você conhece papai e sabe que ele detesta esse tipo de coisa, mas o problema não é esse... Ele está sofrendo um processo de investigação...

- E por quê? - perguntou Harry.

- Bem... Parece que Narcisa Malfoy assumiu os negócios de Lúcio, com a ajuda do Fudge... e como papai foi indicado pelos membros do Ministério‚ e teve uma discussão com Fudge duas semanas antes na frente de todos...

- Está querendo me dizer que seu pai está sendo acusado de ter matado Fudge? Perguntou Harry.

- Bem... É... – disse Hermione sentando mais perto de Rony para conforta-lo – ninguém tem provas...

- A não ser o monte de bruxos que viram meu pai dizer que "Fudge estava acabado" – disse Rony suspirando fundo

- Mas seu pai não faria uma coisa dessas... Ele não é do tipo homem que faz ameaças... - disse Harry.

- Não foi tecnicamente uma ameaça... – disse Hermione - o Sr. Weasley só revidou a ameaça que sofreu de Fudge...

Harry deu um assovio e Sara o olhou.

- Bem – disse Hermione novamente – Tudo está de cabeça pra baixo no Ministério, Sr. Weasley está sob investigação e o pior é que não podemos fazer nada...

- Tenho certeza de que foi Narcisa Malfoy quem matou Fudge!!! – disse Rony num tom assustador que fez todos olharem para ele. - Aposto que Fudge deve ter ameaçado ela de ir pra prisão... Fez chantagem e acabou levando a pior...

- Calma Ron... – disse Hermione lhe fazendo carinho – não pode perder a cabeça assim... E nem sair acusando Narcisa Malfoy sem ter provas... Você sabe que ela pode tentar fazer alguma coisa...

- Hermione está certa - disse Sara - Os Malfoy são poderosos... Já vimos do que são capazes e se realmente foi Narcisa quem matou Fudge... Ela não vai se importar em acabar com um adolescente...

- Quer dizer que vou ter que ver meu pai ir para Azkaban sendo inocente e não posso fazer nada? – disse ele.

- E o que você vai poder fazer... - disse Harry o encarando - o máximo que vai conseguir‚ é piorar as coisas, vamos com calma e descobriremos.

- Você pedindo calma? – disse Hermione espantada – Você está muito diferente...

Nesse instante ouve-se um barulho na porta e os garotos ficam um tanto assustados, porém a voz de Gina acaba os tranqüilizando.

- Que susto Gina... – disse Hermione ao ver a garota entrando - Pensamos que fosse sua mãe...

- Ela já foi se deitar... – disse Gina pegando um cobertor e seu travesseiro.

- E aonde você vai? – perguntou Rony desconfiado.

- Vou dormir no quarto do Fred com a Fleur, temos umas coisinhas para acertar... – disse ela voltando para a porta - Não se preocupem, mamãe me deixou ir conversar com ela... e a Sra. Molly já está dormindo há horas... Noite...

Depois que ela saiu‚ Sara olhou com uma certa dúvida a Hermione.

- Gina está entusiasmada com o filho do chefe de Fleur... – disse ela olhando rapidamente para Ron.

Sara estava olhando para os dois e sorrindo, e de repente notou algo diferente e olhou para Harry, ele estava a encarando de um modo diferente que ela não sabia descrever. Hermione logo olhou para os dois.

- Rony... – disse ela - que tal darmos um tempo, vou até o seu quarto para ajudar você a esquecer os problemas...

Rony deu-lhe um beijo e desaparatou, provavelmente ia ver se a barra estava limpa. Depois de alguns minutos ele voltou e disse para Hermione ir com ele. Antes de sair, a garota apontou a varinha para a porta do quarto e pronunciou‚ alguma coisa.

- Feitiço ilusório... – disse ela sorrindo para Sara e desaparatando em seguida.

- O que ela quis dizer com isso? - disse Sara voltando a olhar para Harry.

- Não sei... – disse ele – mas acho que não vou poder voltar pro quarto de Ron por um bom tempo...

O tempo passou e Sara deitou-se na cama improvisada com Harry ao seu lado, tinha alguma coisa errada e Harry sabia, não entendia como Narcisa Malfoy poderia ter feito algo assim. No entanto, Sara parecia estar inquieta.

- O que foi? - perguntou Harry a encarando.

- Hermione está demorando muito... - disse Sara preocupada – Não acredito que ela tenha mudado tanto a ponto de desobedecer a regras... Se a Sra. Weasley acordar...

- Duvido, se todos dormirem como Rony... Pode cair uma bomba que não acordam... – respondeu ele sorrindo. - Mas o que você tem? Parece que está com medo de ficar sozinha comigo?

- Não é isso‚ Só estou preocupada com que Hermione disse... -respondeu Sara o encarando – Essa acusação do Sr. Weasley, a dor que sentiu em sua cicatriz... Tem algo a mais nessa história Harry...

- Eu sei... Também achei isso... – respondeu ele sério. – Tive essa impressão quando falei com a Sra. Weasley e quando vi Tonks. Tem alguma coisa estranha acontecendo e eles não estão querendo nos contar.

- Mas se somos membros da Ordem... Teríamos o direito de saber não é? - disse Sara apoiando-se em um dos braços pra poder encarar o garoto que agora olhava para o teto pensativo.

- É isso que eu me pergunto... Se realmente fazemos parte da Ordem... – disse ele estendendo o braço e fazendo com que Sara deitasse no seu ombro. – Dumbledore nos disse que seriamos membros da Ordem, mas... Não fizemos nada... Não sabemos de nada do que está acontecendo... Como podemos fazer parte de uma organização que nem se quer nos considera membros?

- Vou falar com meu padrinho... Fawkes deve estar bem grandinha para enviar recados... - disse Sara - mas o que realmente está me preocupando... É você...

Harry a encarou e em seus olhos podia ver que Sara estava realmente sentindo algo estranho. Ela geralmente tinha esse dom de quando as pessoas que amava não estavam bem ela sabia, e ele estava sentindo algo diferente desde que sua cicatriz ardera na noite de seu aniversário.

- ... Sei que você está tentando esconder... Mas... Você me prometeu que sempre me diria a verdade... Sua cicatriz lhe mostrou algo... Fez você ver qual era a alegria de Voldemort... E não me venha com essa de que era o sucesso em matar Fudge que isso é um motivo fraco pra ele se alegrar...‚

O Garoto sentou-se rapidamente tentando evitar olhar para Sara, por mais que tentasse não conseguia engana-la.

- Fudge era insignificante... – disse ela sentando-se também e tocando no rosto do garoto - Se não quiser contar pra Rony ou Hermione... Eu entendo... Mas você pode contar pra mim...

Harry voltou a encarar Sara, a garota podia ver um brilho estranho nos olhos verdes de Harry. A garota o abraçou com força, era como se tentasse passar um pouco de esperança para o namorado e tranqüiliza-lo.

- Eu não vi... Mas sei que... Ele encontrou algo que estava a muito tempo perdido... – disse ele encarando a porta do quarto – Senti toda a perversidade e consegui ouvir sua risada medonha na minha cabeça e depois tudo ficou escuro... E só vi seu rosto depois disso...

Harry sorriu a puxando para mais junto de si, a beijou apaixonadamente. Seus olhos vidrados nos olhos de Sara enquanto sentia seu calor e seu perfume.

- Mesmo que minha boca diga alguma coisa... Você consegue ver realmente o que quero dizer só em olhar pra mim... – respondeu ele acariciando o rosto de Sara – não tenho como dizer algo se meus olhos me denunciam...‚

- Conheço você melhor do que você mesmo... – disse ela sorrindo - ... Não pode me enganar como faz com Rony ou Hermione‚E se pensar em algum dia mentir... Estará muito encrencado...

- Nem te poupar desse tipo de preocupação... - disse ele lhe dando um beijo

- É bom que aprenda... Quando olhar diretamente nos olhos... Ninguém mais lhe enganará... - disse Sara sorrindo – Meu padrinho sempre diz que... Os olhos são o reflexo da alma... Por isso... Mesmo que tente... Você jamais vai me enganar...

Novamente Harry a puxou para junto de si, infelizmente não via como poderia ficar sem ela. Deu-lhe mais um beijo delicado.

- Bem... Se... Somos namorados... Acho que não devemos esconder nada um do outro... Sei onde estava me metendo quando me apaixonei por você... E olha que tia Minerva tentou me poupar e proibir de me meter em suas aventuras... - disse Sara deitando-se nos lençóis e arrumando o travesseiro -... Mas isso não impediu meu coração, nem mesmo todo o seu mau humor me afastou...

- Você é quem brigava comigo... – disse ele sorrindo deitando-se ao lado da garota – está certo que... Você sendo da Sonserina era um motivo a mais pra brigarmos... Mas...Desde a primeira vez que a vi soube que era diferente...

- Ah é? E como sabia disso? - perguntou Sara.

- Um verdadeiro sonserino jamais pediria desculpas a um aluno da Grifinória... – respondeu ele lhe dando um beijo.

- O que...- Não pode continuar a frase, sentiu os lábios do garoto tocarem os seus e já estava sentindo um tremor passando pelo corpo.

Sara sentiu sua boca ser invadida por Harry com desejo, era algo novo e não sabia como descrever. Aos poucos foi sentindo seu corpo deitando-se e sobre ele o peso e o calor do corpo de Harry. Um turbilhão de coisas passou por sua cabeça naquele instante e se pudesse pararia o tempo ali.

Harry parou de beija-la por alguns instantes e apenas a admirava, não sabia o que estava sentindo, eram tantas sensações e todas ao mesmo tempo em que era difícil para ele conseguir dizer.

- Eu... Acho que... melhor pararmos por aqui antes que sejamos surpreendidos por alguém... – disse ela após um longo e demorado beijo. - Hermione pode voltar a qualquer momento...

- Eu sei... Mas não me culpe por não conseguir ficar longe de você... - disse ele agora se deitando ao seu lado. – Posso ficar aqui... Com você?

- Você sabe que se a Senhora Weasley te pegar aqui, Já viu... - disse Sara virando-se pra ele.

- Te amo... – disse ele a poucos milímetros dos lábios da garota.

- Eu sei... Mas isso não vai convencer a Sra Weasley...- respondeu Sara lhe dando um beijo e sorrindo.




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