Encontros e Desencontros



Enquanto se passavam os dias entre um livro, anotações e feitiços que praticavam, Harry estava encontrando muita dificuldade em gravar o conteúdo e recebia vários puxões de orelha de Hermione.

- Você tem que se concentrar mais se quiser conseguir fazer essa poção Harry... – ouvia ela dizer quando voltavam de uma das aulas do grupo de NIEMs. Os horários estavam bem apertados e as aulas do Grupo de Poções era a primeira que ele teve que comparecer na Segunda feira.

- Dá um tempo Hermione... – ouviu Rony resmungar – Duas horas com Snape em uma segunda feira não é nem um pouco animador...

Hermione fechou a cara e olhou para os dois os recriminando, pegou no braço de Sara que estava ao seu lado e levou-a para o banheiro das garotas quando percorriam o corredor do segundo andar.

- Por que as garotas vivem indo ao banheiro em grupos?

Harry deu de ombros e continuou seu caminho com Rony, os acontecimentos passando rápido por sua cabeça como se ela fosse um vídeo cassete. O que tinha acontecido no grupo de estudos ainda estava na sua cabeça. Por que Malfoy e Pansy pareciam ter tanta certeza de que Dumbledore estava com os dias contados? E o quê Malfoy quis dizer com “você está atrasado Potter”...

- Ei Harry... – ouviu Rony lhe chamando para dentro da passagem – O que deu em você?

- Malfoy... – disse ele enquanto subiam para a torre, não demorou muito e as garotas os alcançaram em frente ao retrato da mulher gorda, e Sara estava com os cabelos molhados.

- O que aconteceu? – Harry ouviu Rony perguntar e então olhou para Sara.

- O que você acha? – perguntou Sara torcendo parte da saia encharcando o piso – Murta...

- Digamos que ela ainda não aceita o fato de Harry estar namorando alguém... mais sólida... – disse Hermione se segurando para não rir.

- Aí, arrasando corações... – disse Rony cutucando Harry e caindo na gargalhada.

- Você está bem? – perguntou ele vendo Sara com a varinha apontada para si secando os cabelos. – Além da água ela não te fez nada ou fez?

- Não, mas me lembre de mesmo que esteja precisando de um banheiro, não usar o do segundo andar... – disse Sara agora lhe olhando com um sorriso.

- Vocês vem ou não? – ouviram Rony gritar do meio do túnel e os dois entraram.

Percorreram todo o túnel até entrarem na sala circular, Sara e Mione se sentaram à mesa ao fundo do salão comunal enquanto o resto dos alunos, ainda comentava sobre o fim de semana.

- Você ainda está preocupado com aquele idiota? – perguntou Rony já imaginando a causa do silêncio repentino do amigo, se sentando ao lado de Harry. – Malfoy é caso perdido...

- Harry tem razão em estar preocupado... – disse Sara finalmente – Malfoy é filho de comensais da morte, deve conhecer bem toda e qualquer coisa sobre Arte das trevas. Se quisesse poderia ele mesmo trucidar qualquer um em seu caminho... e como Shackelbolt nos preveniu para ficarmos de olhos bem abertos...

- Ta eu sei, mas... – disse Rony – Malfoy mais fala do que faz...

- Então por que ele tem tanta certeza de que Dumbledore irá desaparecer... – disse Harry – Não é a primeira vez que ele diz que Dumbledore não vai durar... não sei ainda, mas... ele até pode não fazer, mas eu acho que ele sabe de alguma coisa...

- Vocês não acham que Voldemort iria tentar algo contra Dumbledore... acham? - perguntou Hermione preocupada. Rony se aproximou mais da garota e lhe abraçou tentando consolar.

- Dumbledore é muito esperto para eles... – disse Rony afagando os cabelos lanzudos de Hermione.

Sara levantou-se da cadeira e foi em direção a janela, Harry notou e foi até ela. Sabia que essa suspeita sobre Dumbledore não era tão impossível assim. Tinha visto o pavor de Voldemort quando viu Dumbledore e McGonagall no ano anterior. Ele temia tanto Dumbledore quanto Harry temia os Dementadores. Tocou o ombro de Sara e então a abraçou. Sendo afilhada do antigo diretor da escola, era perfeitamente normal que ela estivesse preocupada.

- Não tenho tanta certeza de que meu padrinho seria capaz de conseguir fugir de Voldemort do jeito que ele está agora... – respondeu a garota. – Mas o que Malfoy disse, Harry... é praticamente o mesmo que “aposentar” o professor Dumbledore.

Harry a abraçou ainda mais forte, vira o professor Dumbledore depois da última batalha com Voldemort e também quando ele fora até Hogwarts para conversar sobre o aparecimento dos trouxas no castelo. Ele não estava com uma aparência muito boa e parecia uns 20 anos mais velho além de parecer estar doente.

- Dumbledore é um dos bruxos mais poderosos que eu já conheci... – disse ele encarando Sara – eu vi ou melhor, senti o medo que Voldemort tem quando vê ele...

- Não sei não Harry... Voldemort conseguiu entrar no castelo no ano passado e escapar sem nenhum arranhão... – disse Sara – mas pensando bem... não acho que ele fosse se arriscar outra vez, principalmente sabendo que meu padrinho estaria aqui se alguma coisa estranha acontecesse...

A garota ficou calada novamente e Harry a encarou outra vez.

- E o que mais? – perguntou ele.

- Só estava me perguntando... o que será que o professor Dumbledore queria com o professor Mesmero? Lembra?

- Nada está fazendo sentido... – disse Hermione voltando-se a eles – Esta certo que Dumbledore é o único que Voldemort teme, mas o que Dumbledore tem que ele possa querer?

- Talvez ele ache que tirando Dumbledore do caminho... – começou Rony apreensivo – todos os outros se rendam a ele... digo, o mesmo quando Voldemort perdeu os poderes e aquele bando de Comensais mentiu dizendo que estava sobre a maldição Imperius.

Por uma fração de segundos a imagem da invasão do Ministério voltou a cabeça de Harry, Voldemort se arriscara para a saber sobre a profecia que a professora Trelawney havia feito sobre ele e o Lord das Trevas.

- Isso pode ser uma alternativa... – disse Hermione concordando com Rony – Mas como Malfoy saberia disso tudo se ele nunca sai do castelo e as visitas a Hogsmade só irão acontecer no próximo fim de semana...

- A única explicação que eu tenho.. é de que tem alguém dando com a língua nos dentes... como Harry nos contou... – disse Sara.

Harry ouviu aquela frase com certa apreensão. Provavelmente Sara estava certa, Draco era a coisa mais próxima de um informante em Hogwarts que Voldemort já tivera antes, e este não tinha como ser proibido pois no ano anterior dissera que tinha sido seqüestrado e colocado sobre a Maldição Impérius (A desculpa mais usada por comensais) pensou Harry.

- Duvido que Draco e algum daqueles imbecis da Sonserina voltem ao grupo de estudos da Tonks... – disse Hermione contrariada – E não posso culpar Tonks se não quiser mais dar essas aulas...

- Mas ela tem que dar... – respondeu Harry. – Shacklebolt disse que ela está aqui por causa da suspeita de Dumbledore, se tem alguém praticando artes das trevas... ela não vai parar de dar aulas, e mesmo assim... quem disse que iremos parar se o conselho não lhe deixar mais dar aulas? E pode ter certeza de que ela já tem um suspeito... – disse Harry com convicção.

- Harry tem razão... temos o AD para ajudar não?- respondeu Rony sorridente – Mas acho melhor colocarmos só pessoas de confiança, Malfoy não pode nem sonhar que estamos na cola dele.

- Está bem... – disse Hermione desanimada - eu já tinha deixado eles de sobre aviso quando o grupo de estudos começou...

- Espero que não todos, temos que ter cautela... – disse Harry olhando para eles – Vamos falar com a professora Minerva, podemos dizer que é só umas aulas extras... ou algo assim, nós quatro, Gina, Neville...

- Luna... – respondeu Hermione – Tony Goldstein, Abbot e McMillan e Bones...

- Vamos com calma Hermione... – respondeu Sara – Primeiro temos que ter certeza de que podemos confiar neles, Luna é meio doida mas, é de confiança, Gina e Neville também. Eu acrescentaria Dino e Simas a lista... mas por enquanto, não acho legal informarmos as outras casas...

- Sara tem razão... – respondeu Harry sério - ... só os que confiamos...

- E desde quando Dino e Simas são de confiança... lembra o que Simas aprontou quando você disse que Voldemort tinha voltado? – perguntou Rony

- Mas ele estava no primeiro AD não é? – retrucou Hermione – E para pelo amor de Deus de implicar com o Dino, não vamos ignora-lo só porque você não o atura... quanto mais olhos tivermos, mais rápido acharemos esse “seguidor”...

Hermione estremeceu ao dizer essa ultima palavra e Rony não teve outra alternativa se não concordar.

Harry olhou para Sara e esta lhe sorriu confiante, agora já não era questão de acharem alguns bruxos capazes de ajudar Sr. Weasley, agora era pessoal, mostrar que eles eram capazes de destruir bruxos das trevas e proteger Hogwarts dos súditos de Voldemort.


Os jogos de quadribol finalmente começaram, Harry e o time da Grifinória passaram fácil pelo time da Corvinal, ganhando de 230 a 60. Harry pegara o pomo depois de voar baixo e fazer pela primeira vez com perfeição a Finta de Wroski. Sara por sua vez foi a salvação de Rony, já que impedira várias vezes que tanto Fawcett quanto Turpin, as artilheiras mais perigosas da Corvinal chegassem ao gol. Gina fizera manobras muito boas e acabara fazendo a maior parte dos gols. Simas o antigo artilheiro e Natalia também se saíram muito bem, Colin ainda estava aprendendo mas fizera um bom trabalho. E no final de semana seguinte, Grifinória pegaria o novo time da Lufa-Lufa. Harry não estava muito preocupado já que tinha coisas piores com que pensar. Com os exames de fim de ano letivo chegando não tinha muito tempo livre. Contudo, naquela manhã de quarta, Harry levantou-se cedo até para os padrões de Hermione (que estava levantando exatamente as cinco da manhã para ter mais tempo para rever anotações) o salão estava completamente deserto, e a lareira ainda tinha sinais de que o fogo tinha se extinguido fazia pouco tempo. Sentou-se de fronte a lareira e ficara ali parado mirando a pouca luz que tinha nas brasas. Havia uma sensação de vazio em seu peito, sentia falta de Sírius e agora mais do que tudo, sentia falta de ter seus pais. Embora não os conhecesse Harry sentia que eles o amavam muito, assim como Sírius demonstrara e lhe contara. Já estava com quase 18 anos, e ainda assim seu destino era incerto. Não conseguia ficar deitado com uma sensação daquelas. Recostou a cabeça na poltrona e ficou mirando o escuro.

As formas difusas que se formavam diante de seus olhos, às vezes o fazia lembrar-se de seu patrono. Os dementadores agora estavam passeando pelos bairros trouxas, os próprios decidiram aparecer para uma visitinha e sem mencionar que algumas sensações que ele a muito não sentia, de cansaço estava voltando.

- O que faz aqui? – ouviu a voz de Sara e o garoto levantou-se de sobressalto.

- O que você está fazendo acordada... – respondeu ele endireitando-se e vendo o semblante de Sara em frente à janela que a luz da lua iluminava timidamente.

- Senti uma coisa estranha... – disse Sara andando até a janela enquanto via Harry se aproximar - ... não sei muito bem o que era, mas senti um vazio de repente...mas não se preocupe... acho que foi só saudades... só não sei de quem...

- De mim? – respondeu Harry com um sorriso maroto.

A garota sorriu e virou para encara-lo – Na verdade, acho que esse sentimento não é exatamente meu...

Harry a encarou sério, ela não poderia estar sentindo o que ele estava sentindo ou poderia?

- Eu sabia que estava aqui... – respondeu ela como se soubesse o que ele estava se perguntando - ... Sente falta do Sírius não é?

- Ele era a única coisa próxima dos meus pais... sinto falta – respondeu Harry agora se apoiando no parapeito da janela e encarando a lua do lado de fora ainda com algo batutando na sua mente - ... quem vê essa calma toda... nem imagina o inferno que estamos vivendo... e só temos uma única saída, acabar com Voldemort...

- Eu sei... – Ouviu a voz da garota e então sentiu ela tocando em seu braço e apoiando-se no parapeito – Mas tudo vai dar certo... temos que ter esperança de que Dumbledore com nossa ajuda poderá vencer Voldemort...

Harry lhe encarou, e ela olhava para as poltronas enquanto dava um suspiro, Harry jamais tinha tocado no assunto de que Voldemort não iria morrer pelas mãos de Dumbledore. E um peso horrível caiu no seu estômago.

- Dumbledore jamais poderá matar Voldemort... – disse Harry abaixando a cabeça e encarando a lua do lado de fora – Só eu posso mata-lo... – e então ele olhou para a garota – ou ele me matar...

- Por que está me dizendo isso... – respondeu Sara o encarando.

Harry se aproximou da garota e lhe olhou nos olhos, ele não poderia dar-lhe esperanças de que seriam felizes, a sombra de Voldemort o perseguia e ele estava no seu destino.

- Eu não... Nós... - era difícil, os olhos de Sara o encaravam e ele tinha certeza de que ela já sabia o que ele estava tentando dizer.

- Você está ... – começou ela mas Harry a interrompeu.

- Eu não posso deixar que faça planos... eu não sei o que vai acontecer quando eu e Voldemort nos encontrarmos... – disse ele e sentiu uma dor horrível dentro do peito ao dizer isso – Não posso prender você Sara, eu não sei...

- Vamos vencer Harry... – disse ela mas Harry demonstrava em seus olhos que não tinha certeza disso.

- E se não vencermos? – perguntou ele agora segurando os ombros da garota – Sara, eu não posso lhe dizer para esperar que eu saia vivo disso...

- Você vai sair... – respondeu a garota com lágrimas nos olhos - ... Você já o venceu tantas vezes...

- Eu sinto que a hora está chegando... – respondeu ele - Não quero que você pense...

- Não vou deixar você sair da minha vida assim... – Harry ouviu Sara dizer decidida e então a encarou - ... Não me importa o que irá acontecer, não me importo com o futuro... eu me importo com você...

- Você não entende? O meu futuro é matar ou morrer... não quero que você... – Nesse ponto Harry não conseguiu terminar a frase e Sara o interrompeu.

- Eu sei disso e ouça bem... seja qual for o seu futuro Harry... eu vou estar lá com você... – disse ela – Você querendo ou não... eu vou estar lá , e nada do que você disser ou fizer vai mudar isso.

O garoto sentiu uma lágrima correr por seu rosto quando ouviu as palavras de Sara, e não soube o que dizer. Queria poder poupa-la de todo o sofrimento que poderia lhe causar mas, ela parecia não querer aceitar sua proteção, e no fundo Harry lhe agradecia por isso. Passou seus braços pela cintura da garota e lhe abraçou com força, e sentiu novamente um calor no peito. Seus olhos encontraram os olhos de Sara e ela sorriu apesar dos seus olhos estarem marejados, sentiu os lábios de Sara tocando os seus e isso injetou uma nova força no seu coração, seu amor era mais forte, eles eram mais forte. Harry se sentia forte porque tinha alguém por quem lutar.


O final de semana chegou rápido e a festa do dia dos namorados também. Tinham saído vitoriosos de uma partida contra a Corvinal e no fim de semana seguinte, depois do baile, pegariam a Lufa-lufa. Embora Harry recordasse cada palavra dita por Sara naquela noite ela parecia não ter contado a ninguém o que havia acontecido. E tentava ao máximo não deixa-lo sozinho.

- E aí... esta pronto? – perguntou Rony enquanto Harry acordava naquele sábado..

- Já vou descer... – respondeu ele ainda bocejando – por que tem tanta pressa?

- Hogsmade... – respondeu Rony incrédulo – Eu não acredito que você não se lembra? Hoje é nossa primeira visita a Hogsmade desde que foi fechada em outubro...

- Mas por que é que você quer que eu vá com você? – perguntou Harry agora colocando a jaqueta Jeans por sobre uma camisa – Você não vai com Hermione?

- É claro... – respondeu Rony – Mas você não acha que eu vá ficar com ela percorrendo todas as lojas de livros, acha?

- Imaginava que sim... – respondeu Harry - ... eu vou passar a maior parte do tempo que eu conseguir com a Sara...

- Ih... já vi que vai ser um ótimo passeio... – respondeu Rony seguindo Harry para fora do dormitório.

Quando encontraram Sara e Hermione no meio do salão principal, a agitação era enorme. Todos estavam felizes por poder finalmente provar os doces da Dedos de Mel ou como Simas e Dino estavam a gritar, ver as novidades da Gemialidades Weasley que pelo alarde todo parecia estar superando o sucesso da Zonco’s. Claro que a visita seria supervisionada com o máximo de professores que Minerva McGonagall conseguisse mandar como segurança, mas mesmo assim Hermione já os prevenia de que tinham membros do Ministério por todo o lado.

- E quem vai ser os guarda costas? – perguntou Rony terminando de beber seu copo de suco.

- Provavelmente os mesmos de sempre... – disse ela ajeitando sua touca, apesar de ser fevereiro, ainda estava um tanto frio nos arredores da escola e a neve nessa época estava começando a descongelar. – É melhor irmos logo antes que Filch decida que não podemos ir...

Harry acompanhou Sara enquanto Rony e Hermione vinham em seguida, Filch estava no jardim de inverno verificando se não havia falsificações nas permissões e fez cara feia quando Harry e Sara disseram que eles as tinham. Ele ainda verificou umas dez vezes até ter certeza.

- Eu já disse que estamos nessa lista... – repetia Sara com os braços cruzados - ...quer que eu chame a professora Minerva para confirmar?

- Estão com problemas crianças? – ouviram o professor Mesmero que se aproximava.

- Filch não acredita na listagem... – disse Hermione.

- E com qual razão? – perguntou o professor passando seus olhos escuros pela lista que tinha acabado de tirar da mão do zelador.

- O Senhor sabe, tenho que ser rigoroso... – argumentava Filch.

- Se seus nomes estão na lista... – disse Mesmero lhe devolvendo a prancheta – como vi que estão... não tem por que razão os segura-los mais...

- Era o que eu ia fazer Professor... – respondeu Filch – O que estão esperando... vão!

- O senhor não vai visitar o vilarejo professor? – perguntou Hermione vendo ele se dirigir para a porta de carvalho.

- Oh, não Srta. Granger... – disse ele com um tom simpático - ... tenho muitos afazeres em Hogwarts... deveres para corrigir, e muitas coisas a fazer...

- Vamos logo Hermione... – Rony já a puxava para longe de Filch - antes que Filch decida mudar de idéia.

Quando chegaram ao vilarejo, Harry ficou imaginando como é que os professores iriam “montar Guardas” com todos os alunos praticamente disparando em todas as direções. Zonkos estava abarrotada de gente mas Harry pode notar que a loja dos Weasley tinha muito mais clientes.

- Que tal irmos dar um alô para Fred e Jorge? – perguntou Gina a eles enquanto caminhavam pela rua lamacenta por causa da neve que começava a derreter. Ela vinha atrás deles apoiada em Dino para não escorregar – Quero saber se tem alguma notícia de Papai...

Rony não gostou muito da idéia de ter que aceitar a sugestão e acompanhar Dino já que ainda não havia aceitado o namoro de Gina com o colega, mas Hermione praticamente o arrastou para lá.

- Alô!!! – disse Fred saindo de trás do balcão quando os viu entrar na loja.

- Um pouquinho lotado isso não? – disse Dino com um sorriso.

- Já estamos pensando em aumentar a loja... – disse Fred conseguindo finalmente alcança-los - ... obrigado meu querido cunhado... a idéia de colocar uma filial da Gemialidades Weasley foi a melhor coisa que você sugeriu...

Harry percebeu que Rony não gostara nenhum pouco da aceitação do seu irmão com relação a Dino, mas não disse uma só palavra, principalmente por que Gina lançou um olhar de superioridade para Rony que o fez ficar com as orelhas vermelhas.

- Dino sempre teve ótimas idéias... – disse ela fazendo Rony tentar mudar de assunto.

- Onde está Jorge? – perguntou ele bruscamente.

- Em Londres... não podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo, então... temos que nos dividir... – respondeu Fred.

- Fred... onde eu coloco isso?

Todos olharam e viram Angelina, a antiga capitã do time da Grifinória saindo de uma sala nos fundos da loja.

- O que a Angelina faz aqui? – perguntou Gina espantada.

- Veja lá como fala com sua futura cunhada... – disse Fred passando a mão pelo ombro da bela morena.

- Vai sonhando Fred... – respondeu ela tirando a mão dele dos seus ombros – só vim dar uma ajuda ao meu pai com essas entregas...

Angelina saiu e Fred se escorou no balcão e falou em um tom sonhador – Ela detesta admitir que me ama...

- É... vimos o quanto é grande esse amor... – disse Rony - ... ficou sabendo alguma coisa sobre Mamãe ou sobre papai?

- Tudo o que sei é o mesmo que vocês... – respondeu Fred – Mamãe, Gui e Carlinhos visitaram o beco não faz muito tempo, você conhece a Dona Molly, chora toda vez que tocam no nome do papai. Tanto que Fleur já nem sai mais da toca só para evitar que mamãe pegue alguém e o estupore... acredita que ela estuporou o pobre Helmer que vinha lhe entregar o pão? Ela ainda não se conformou por não poder visitar papai mais vezes...

- E aquele roubo no Museu... – disse Hermione - ... ela disse que tinham que ir até lá por isso Gina não iria para o natal... mas não nos contou nada...

Fred deu de ombros e continuou – Gui e Carlinhos é quem devem saber realmente o que houve, mas não dizem nada... e como eu disse antes, mamãe só tem ficado no beco e de vez em quando fala com papai... a última notícia que fiquei sabendo é que Dumbledore foi visitá-lo já que não pode receber visitas... mas pelo menos está bem... não tem que se preocupar com os dementadores e muito menos com os idiotas do Ministério, Dumbledore colocou pessoas que ele confia como guardadores... e papai, pelo que soubemos, tem regalias... ele não está tão mal... E como está a grifinória? Ganhando o campeonato?

- Ganhamos a primeira partida contra a Corvinal... – disse Rony - ... pegamos a Lufa-Lufa na semana que vem...

Harry não estava prestando tanta atenção assim no assunto embora sentisse o braço de Sara apoiada no seu enquanto Rony contava as notícias de Hogwarts.

- Fred... quer fazer o favor de me ajudar! – gritou Angelina novamente e ele sorriu.

- Fazer o quê? Ela não vive sem mim...

- É... ele parece não estar muito preocupado não? – respondeu Rony enquanto via o irmão sumir no meio da multidão.

- Que tal irmos até o Três Vassouras? – sugeriu Hermione.

- Eu e Dino vamos ao Madame Puddifoo – disse Gina com um sorriso.

- Nada disso... vocês vão onde nós formos... – disse Rony mas já era tarde, Gina já tinha desaparecido com Dino e Hermione já o arrastava para o Três Vassouras.

Quando chegaram, Madame Rosemerta estava atarefadíssima com tantos clientes, mas ainda assim Harry, Sara, Rony e Hermione conseguiram achar uma mesa próxima a janela no fim do bar. Não demorou muito para ela vir até eles, coisa que ela nunca fizera.

- Como vão garotos? Quatro cervejas amanteigadas certo? – disse ela.

- Sim.... obrigado... – disse Hermione e a mulher desapareceu no meio deles e não demorou a voltar.

- Aqui está... – disse ela com um sorriso.

- Está bem movimentado aqui... a Senhora deve estar muito contente... – disse Hermione e ela sorriu.

- Depois de cinco meses de prejuízo... era o mínimo que o ministério poderia fazer... – respondeu ela – e estava claro de que não havia sinistro algum... era mais uma repórter metida a Rita Skeeter inventando moda para chamar a atenção... bem... deixa-me ir, temos trabalho a fazer...

A mulher foi agora em direção à mesa do outro lado, onde alguns professores estavam, Flitwick teve que pedir ajuda a Hagrid para poder sentar-se. Harry notou que nenhum deles percebeu que estavam ali por causa da folhagem que os separava.

- Como vai Rúbeo? – disse ela sorridente enquanto Hagrid sorria.

- Casa cheia novamente... deve estar contente Rose... – Harry ouviu a voz dele.

- Nem sabe o quanto... eu juro que se pegasse quem foi que andou espalhando essas bobagens, todos os comerciantes lhe lançariam feitiços... tivemos muitos prejuízos...

- Mas vocês não chegaram a ver alguma coisa? – Harry conseguiu ouvir a voz esganiçada do Professor Flitwick e notou que não era só ele quem estava agora prestando atenção.

- Ninguém aqui do vilarejo chegou a ver alguma coisa... – disse ela com desaprovação - ... a única pessoa que diz que viu alguma coisa era um forasteiro que passou por aqui em uma noite e na manhã seguinte vimos à notícia no jornal. Aquela repórter nem se quer apareceu por aqui para verificar as coisas...

- Mas e o Vitinho.. – Agora era novamente a voz de Hagrid - ... ele não morreu só de ver o tal Sinistro?

- Oh, pelas barbas de Merlim... – Madame Rosemerta agora parecia rir - ... Vitinho era velho e caduco, se morreu foi por velhice ou por que pegou um resfriado forte... Aquela jornalista foi que aproveitou a morte dele e fantasiou tudo... é o que eu digo, Rita Skeeter pode ter saído do país e trabalhar em outro lugar, mas deixou as seguidoras ainda escrevendo mentiras para vender jornal... John, não venda mais para esse beberrão... – disse ela agora se voltando para o bar novamente. – Com licença meus amigos...

- Já estamos de Saída Rose, temos que ficar de olhos abertos nos alunos... – disse Hagrid se levantando e Harry assustou-se por que com certeza ele iria ver que tanto ele quanto os outros estavam ouvindo. Olhou para o lado e Hermione grudou no pescoço de Rony, e quando virou para Sara, foi a vez dela agarrar-lhe o pescoço e o beijar. Harry fechou bem os olhos e tentou disfarçar que não tinha ouvido e Hagrid pareceu não os ter notado.

- Essa foi por pouco... – disse Sara entre os lábios do garoto.

- O que ela quis dizer com isso? – perguntou Hermione limpando a janela e vendo aonde Flitwick e Hagrid iam.

- Com o quê? – perguntou Rony confuso.

- Oras Rony... com o que Madame Rosemerta disse... – respondeu Hermione.

- Ok – disse Harry agora voltando a respirar – Eu não lembro de termos visto nenhum forasteiro por Hogsmade naquele dia em que viemos... e só sabemos de Narcisa Malfoy por que a própria Madame Rosemerta é quem disse para a McGonagall.

- De quem será que ela está falando? – perguntou Sara.

- Um forasteiro... quem poderia ser? Um comensal? – perguntou Hermione

- Não... eles não seriam tão estúpidos de aparecer aqui assim...- respondeu Harry – ou seriam?

- Para trazer você aqui... – respondeu Sara – eu não duvido...

- A notícia desse Sinistro saiu duas vezes no Profeta... – disse Hermione coçando a cabeça. – Mas... tem alguma coisa que não se encaixa...

- Eles publicaram a notícia uma vez... mas ela não surgiu efeito por que Harry não veio... – disse Rony - ... só poderiam tentar novamente se queriam mesmo pegar o Harry...

- Eu agora tenho minhas dúvidas... – disse Harry e todos o olharam curiosos – digo... se essa reportagem foi para me pegar ou afastar todas as pessoas daqui para um encontro...

- Você quer dizer... – disse Sara – Narcisa e o tal forasteiro?

- Isso explicaria porque ela estaria aqui naquele dia não? – disse Harry agora sentindo sua cabeça trabalhar muito rápido.

- Então esse forasteiro poderia ser muito bem o pai do Malfoy... – disse Rony - ... ou não?

- Pode ser... – disse Harry sério - ... agora, acho melhor irmos andando, e fazer Hagrid e Flitwick ver a gente em qualquer outro lugar que não seja aqui... ou vai saber que ouvimos demais...

Eles saíram do bar e se separaram, Hermione pegara no braço de Rony e começou a andar mais rápido. Enquanto Harry e Sara atravessaram a rua para ver as novidades da Trapo Belo do outro lado, o garoto começava a pensar se realmente sua suposição tinha fundamento. Será que Lucio Malfoy iria se arriscar a ir até Hogsmade?

- Você pode pelo menos fingir que está se divertindo? – disse ela enquanto Hermione desaparecia mais uma vez em uma loja arrastando Rony com ela.

- Mas eu estou... – disse ele.

- Estou vendo... – respondeu Sara com sarcasmo - ... eu já te disse que você é um péssimo mentiroso...

Harry sorriu um pouco sem graça e passou seu braço por sua cintura – É, você já me disse isso...

- Então se já sabe... por que continua a mentir... – respondeu ela mas Harry continuou em silencio – Ok, não precisa... está achando que foi realmente Malfoy que esteve aqui não?

- Não sei... – respondeu ele começando a andar em direção a casa dos gritos.- ainda não tenho certeza...- Ele olhou para a garota que agora o acompanhava - ... o que você acha?

- Sinceramente.... – disse ela e então ela o olhou - ... não acho que Narcisa iria se encontrar com Lúcio aqui... e além disso... teve aqueles lobisomens... o que eles estariam fazendo aqui?

Harry tinha esquecido do ataque daqueles lobisomens aos dois, e então acabou ficando ainda mais confuso.

- Que quebra cabeça... – disse ele apoiando-se no cercado e encarando a enorme casa abandonada.

- É eu sei...mas temos coisas mais importantes para nos preocuparmos... – respondeu Sara andando até ele e escorando-se na pilastra da cerca.

- Por que diz isso? – perguntou Harry agora olhando para a garota e ela indicou com os olhos. Malfoy vinha com Pansy e por incrível que pareça estava de mãos dadas. Eles pareciam não ter visto nem Harry e nem Sara ali, mas não demorou muito para que percebessem.

- Admirando a casa dos seus sonhos Potter? – disse Malfoy encarando os dois.

- Na verdade... – disse Harry passando o braço pela cintura de Sara - ... estava mesmo pensando nessa casa como investimento... mas, iria doa-la para você...

- O bom garoto agora além de herói decidiu ajudar os necessitados.... – disse Malfoy não parecendo insultado - ... mas infelizmente não preciso de sua ajuda Potter... tenho como me manter... já você...

- Vamos Harry... – disse Sara o puxando pelo braço.

- Acho que devemos abrir um fundo de ajuda... – disse Pansy passando seu braço pelo de Draco -... “Por favor ajude Potter, o Herói sem eira nem beira...”

Harry não entendeu qual era o motivo de estarem falando assim dele, principalmente por que tinha suas economias e não precisava de ajuda como Malfoy estava dizendo.

- Eu ficaria mais preocupado se fosse você Parkinson, pois o único lugar descente que Malfoy poderá pagar é um quartinho naquele hotelzinho perto do três vassouras e você e ele teram que se revezar se quiserem formar uma família...

Harry começou a rir enquanto Draco segurava Pansy com o braço, provavelmente a impedindo de fazer alguma coisa. Enquanto se afastavam Harry olhou para trás e viu Draco falando alguma coisa nos ouvidos de Pansy e esta deu um sorriso que lhe causou um arrepio na nuca e um mau pressentimento.

- O que é que deu em você agora? – perguntou Sara enquanto passavam pelas árvores cortando caminho de volta para o vilarejo.

- Não é nada... – respondeu Harry lhe puxando com o braço para sua frente - ... obrigado...

- Pelo quê? – perguntou ela estranhando.

- Por se preocupar tanto comigo.... – disse ele encostando seus lábios nos de Sara e depois a encarando - ...queria poder fazer alguma coisa para....

- Você faz... – disse Sara com um sorriso - ... o tempo todo, e mesmo que você ache que não... eu sou feliz com você... apesar da sua mania de bancar o herói mesmo quando não é preciso...

- Está falando sobre o quê? – perguntou ele agora um confuso.

- Sobre querer me proteger... mesmo que eu já esteja cansada de dizer que sei me defender... – respondeu Sara – E estou disposta a mostrar que podemos sim fazer planos...

- É que às vezes eu... eu não sei se agüentaria passar por tudo o que passei quando perdi Sírius... e também não queria que ninguém passasse pelo que Sírius passou quando fui....

- Eu sei que só você pode acabar com Voldemort... – disse Sara fazendo um carinho no rosto de Harry - ... Por que você tem uma coisa que Voldemort jamais vai ter...

Harry a encarou e ela colocou sua mão na parte esquerda do seu peito. - Você tem um coração Harry... e muitas pessoas que te amam... – disse ela agora com um sorriso – E então pode tirar essa idéia absurda de que eu não posso imaginar ficar com você por que se eu ouvir essa ladainha mais uma vez...

- Vai fazer o quê? – respondeu ele agora sorrindo – Me estupora?

- Não... – disse ela com um sorriso - ... vou fazer algo muito pior...

- E existe algo muito pior? – perguntou ele fazendo cara de assustado. – Oh não, vai pedir ajuda a Edwiges, por favor... tudo menos isso...

Harry ajoelhou-se na frente de Sara e abraçou suas pernas fingindo estar suplicando.

- Na verdade... iria diminuir sua Firebolt e usa-la como pingente... – disse ela e Harry ficou parado lhe encarando.

- Você não faria isso... – disse ele agora sério se levantando e encarando a garota.

- Quer apostar? – perguntou Sara.

- Eu não aposto quando tenho certeza de que vou ganhar... – disse ele cruzando os braços e encarando Sara com um sorriso.

- E por que tem tanta certeza Sr. Potter? – perguntou ela também cruzando os braços.

- Por que não pode pegar minha vassoura se eu te pegar antes... – disse ele correndo na direção dela. Sara esquivou-se dele e correu de volta para a floresta próximo da Casa dos Gritos com Harry correndo em seu encalço. Harry parou quando não a viu e sabia que ela estava escondida atrás de uma das árvores. Fechou os olhos e respirou, sabia onde ela estava escondida, seu coração lhe mostrava. Dirigiu-se para a árvore que estava a sua frente, andava com cuidado para não fazer muito barulho mas, com as folhas secas era difícil que elas não estalassem sobre seus pés. Deu alguns passos para avançar pela direita mas tinha certeza de que Sara escaparia pelo outro lado, não tinha certeza de como sabia disso, mas ele sabia. Rapidamente mudou de direção e conseguiu impedi-la de passar.

- Ah... – ouviu a voz dela sendo surpreendida por ele de repente – isso não vale...

- Eu não disse que te pegava? – perguntou ele a imprensando contra a árvore.

- E como sabia que eu estava aqui? – perguntou ela o encarando.

- Meu coração... – respondeu ele sentindo novamente uma pulsação no baixo ventre, enquanto o calor do corpo de Sara parecia tomar conta do seu próprio corpo. - ... além disso, seu cabelo voou com o vento...

Sara sorriu com sua piada e Harry foi se aproximando ainda mais do rosto delicado da namorada. Pegou a mão de Sara e colocou sobre seu peito enquanto pousava sua mão direita sobre a nuca da garota e sua mão esquerda em suas ancas, pressionando seus quadris contra os dela. Sem desviar os olhos da garota ele foi tocando os lábios de Sara com os seus em um beijo intenso e ao mesmo tempo com um pouco de malícia. Seus lábios foram percorrendo o pescoço de Sara até parar no lóbulo de sua orelha, onde ele desceu delicadamente com beijos enquanto inconscientemente afastava com a mão direita o casaco que cobria o ombro esquerdo da garota e o deixava a mostra. Harry já não tinha mais noção do que estava fazendo ou sentindo, sabia que isso era algo muito mais intimo do que apenas sentir aquelas sensações, mas não queria parar. Sentiu as unhas de Sara arranharem seu peito então a olhou bem dentro dos seus olhos e ela sorriu. Não parecia amedrontada, nem mesmo o censurava por isso, realmente sua relação com Sara tomaria um rumo muito mais superior do que apenas um namoro adolescente. Queria dizer algo bonito, que não estragasse aquele momento entre os dois mas Sara tocou seus lábios com seus dedos delicados o impedindo de falar.

- Escute... – disse ela corando levemente.

- O quê? – perguntou ele agora e então ele ouviu. Parecia que alguém estava se aproximando. Rapidamente ele pegou na mão de Sara e a puxou para os arbustos que estavam mais adiante.

Uma figura que caminhava curvada, e parecia mancar da perna direita apareceu vinda de algum lugar, provavelmente tinha planejado pegar um atalho como Harry deduzira. A figura foi andando e passou cuidadosamente por aqueles arbustos, e então enroscou sua capa na árvore em que Sara estivera minutos antes escondida. Com força a capa deslizou de sua cabeça e a figura virou-se, Harry congelou quase no mesmo instante em que Sara apertou seu braço com as mãos.

- Professor Mesmero? – sussurrou ele baixinho enquanto o seu professor puxava com força a capa praticamente a rasgando. Harry sentiu um ar sombrio e cruel agora apontar nos olhos do seu professor e seu instinto o levou a proteger Sara.

- Achei que tinha ficado na escola.... – sussurrou Sara fazendo Harry voltar a si. O professor Mesmero olhou em volta como se estivesse procurando alguma coisa ou alguém e então colocou o capuz outra vez sobre sua cabeça e começou a andar rapidamente para a direção da cidade desaparecendo em segundos. Harry levantou-se e Sara logo atrás dele, e quando Sara foi andar ele a segurou.

- Espere um pouco... – disse ele a segurando - ... não gostei do jeito que o professor Mesmero estava...

- Está ficando tarde... Hagrid e os outros professores já devem estar reunindo os alunos para voltar para o castelo... não podemos ficar aqui... – disse Sara agora parecendo nervosa.

- Então é melhor voltarmos pela estrada... – respondeu ele pegando em sua mão e andando na direção contrária. – Voltamos até a casa dos gritos e fazemos o trajeto de volta ao vilarejo...

Sara concordou com a cabeça e Harry pegou em sua mão, os dois praticamente correndo em direção a casa dos gritos.

- O que o professor Mesmero estaria fazendo aqui? – perguntou Sara a Harry enquanto desciam a pequena estradinha rumo ao vilarejo. – Eu ouvi bem quando ele respondeu a Hermione que tinha muitas coisas para fazer no castelo...

- Pela maneira que ele estava... – disse Harry passando a mão pelos ombros de Sara tentando fingir que estavam passeando - ... acho que as coisas que ele tinha que resolver, não eram no castelo...

- O que quer dizer? – perguntou Sara o encarando.

- Não sei não... mas acho que acabamos de descobrir um possível forasteiro que anda aparecendo por aqui... – disse Harry apertando mais o passo para alcançar a última carruagem que partia para Hogwarts.


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