Surpresas de aniversário
Capítulo 3 - Surpresas de aniversário
Harry desceu as escadas, animado para ver Hermione. Encontrou Rony no meio do caminho e achou graça da cara que este estava fazendo, mostrando estar um pouco nervoso com o encontro.
Quando chegaram à sala de estar Harry perguntou “Como é que ela vai vir pra cá?”
“De carro. Papai arranjou um carro especial do ministério para trazê-la. Ele agora tem muito mais influência lá depois do fiasco com Você-sabe-quem no ano passado bem no meio do ministério. Meu pai acha que Fudge talvez até seja substituído, mas eu não entendo muito sobre política e nem pretendo entender. De qualquer jeito, eles sabem que nós todos, hum...” Rony hesitou, olhando nervosamente para Harry.
Harry estreitou os olhos. “Vocês o quê?” ele exigiu, olhando de Rony para Gina, que tinha descido e estava perto deles.
“Bem, nós todos somos alvo de Você-sabe-quem porque somos seus amigos, então eles acharam que seria mais seguro se eles mandassem um carro do ministério para buscar Hermione.” Rony disse preocupado.
Harry ficou bravo. “Eu acho que isso faz sentido”, disse ele com raiva.
Rony parecia ter ficado aliviado por ele não ter explodido. “Certo, amigo! Com tudo que está acontecendo, quanto mais proteção melhor, não é? Especialmente com Hermione.”
“Por que especialmente com a Hermione, Rony?” Gina perguntou levantando as sobrancelhas.
Rony tentou pensar em uma boa resposta, sua boca se abrindo e fechando como um peixe fora d’água. Harry estava se divertindo com a reação dele, mas depois sentiu um pouco de pena, particularmente depois de ter passado por isso com Gina no outro dia. Decidiu ajudá-lo um pouco. “Por causa dos pais dela, não é Rony?”
“Sim! Isso mesmo, Harry. Foi isso o que eu quis dizer!” Rony parecia um homem se afogando agarrado a uma esperança de sobrevivência que subitamente se materializou. “Os pais de Hermione são trouxas! Isso faz com que Hermione seja um alvo especial.” E com isso ele mandou um olhar de superioridade para Gina.
Gina passou atrás de Harry para se sentar no sofá e esperar. Enquanto passava, ela sussurrou, “estraga prazeres”, e riu.
Harry também riu e depois um outro pensamento lhe ocorreu. “Falando nisso, o que vão fazer quanto aos pais dela? Vão dar a eles mais proteção?”
“É, papai mencionou que o ministério colocou uns feitiços especiais na casa, assim como um monte de alarmes secretos. Eu acho que há até alguma vigilância, mas eles obviamente não dão tantos detalhes sobre esse assunto”, Rony respondeu.
Apesar de Harry não gostar da idéia de pessoas seguindo seus amigos por aí, saber que estavam se preocupando em melhorar a segurança deles trazia a ele algum conforto. Ele sentiu uma pontada de culpa que não tivesse gastado tempo algum pensando no perigo que todo mundo estava passando.
Todos eles se sentaram para esperar. Pouco tempo depois eles ouviram um carro estacionar na frente da Toca. O grupo se levantou e foi lá fora para receber Hermione. Ela estava saindo de uma limusine de trouxas preta e muito longa e alguns homens estavam tirando sua bagagem do porta-malas. Wow, Hermione está viajando com estilo, Harry pensou divertido. Ela estava com um belo bronzeado da viagem que tinha feito e praticamente pulou para fora do carro de tanta animação. Bichento também saiu do carro e se sentou no meio do caminho, lambendo suas patas.
Hermione deu um sorriso de orelha a orelha quando os viu. Harry chegou a ela primeiro e ela lhe deu um abraço apertado enquanto falava rapidamente, “Harry! É tão bom ver você! Estou tão feliz que você vá passar seu aniversário aqui em vez de com aqueles Durleys horríveis! Eles te trataram muito mal? Você está muito magro. Mas estou certa de que a Sra. Weasley está tomando conta disso.”
“Eu estou bem, Hermione, de verdade. É muito bom ver você também”, Harry disse com um grande sorriso no rosto. Era realmente muito bom estar todo mundo junto.
“Rony!” Hermione disse radiante enquanto o abraçava. Harry notou que o abraço que ela deu a Rony durou mais tempo do que o que ela lhe deu. Depois, Hermione deu a ele um pequeno beijo na bochecha e olhou para outro lado rapidamente.
Hmm, será que ela está tentando mandar a Rony uma mensagem? Harry pensou. Olhou para Gina, que inclinou a cabeça de modo que os outros dois não a vissem piscando para ele. Aparentemente ela também tinha notado aquilo.
Rony permaneceu parado no mesmo lugar, abalado, sem saber o que fazer. “Hm, oi Hermione. Você fez uma boa viagem com seus pais?”
“Ah, sim, foi muito legal! Mal posso esperar para contar tudo a vocês, apesar de que eu acho que já contei quase tudo pelas cartas.”
Hermione foi até Gina e também a abraçou. “Ei, Gina! Os garotos não te deixaram maluca, não é?”
“Não, ainda não. Acho que estou me segurando bem.”
Harry soltou o ar com força e começou a rir.
“O quê?” disse Hermione.
“Nada não... Só vamos dizer que não é exatamente a Gina que está sendo levada à loucura por aqui...”
Gina arregalou os olhos fingindo inocência. “Eu não sei do que ele está falando.”
Hermione olhou para um e para outro, e depois olhou para Rony, que deu de ombros. Gina mudou de assunto rapidamente. “Vamos, Hermione”, ela disse pegando-a pelo braço. “Venha se acomodar. Mamãe está lá dentro e quer te cumprimentar também.”
Hermione lançou um olhar curioso para Harry, mas deixou que Gina a puxasse para dentro. “Vejo vocês daqui a pouco, garotos. Só vou arrumar minhas coisas, está bem?”
Rony pareceu acordar de seu transe. “Está bem... Xadrez, Harry?”
“Rony! Que tal você e o Harry levarem as malas da Hermione até o meu quarto?” Gina disse de modo cortante. Harry estava achando engraçado o quanto ela soava como a Sra. Weasley.
“Oh! Er, está bem então. Vamos, Harry”, Rony disse caminhando até as malas.
***
Hermione seguiu Gina até o quarto. Quando se aproximaram do quarto dos gêmeos ela deu uma espiada lá dentro e notou o malão de Harry no chão, perto de uma das camas.
“O Harry não está ficando no quarto de Rony esse ano?” perguntou a Gina.
“Não, ele está ficando aí.” Gina apontou para o quarto enquanto passava por ele. “Eu acho que minha mãe pensou que ele precisava de um pouco de privacidade esse ano.”
“Eu estou certa de que Harry ficou muito grato por isso, apesar de que eu não acho que ficar sozinho é realmente o que ele precisa. Mas, hm, o quarto dos gêmeos? Será que essa foi realmente uma boa idéia?” Hermione disse preocupada.
Gina riu. “Nós todos pensamos a mesma coisa, inclusive o Harry. Mas Fred e Jorge só deixaram uma armadilha, da qual Harry conseguiu escapar. Então é seguro, ou pelo menos eu acho que é. Até agora não tivemos nenhum... incidente além do primeiro.”
Hermione abriu seu malão e começou a arrumar suas coisas. Uma segunda cama tinha sido posta no quarto de Gina fazendo com que este ficasse apertado, mas elas já tinham passado por isso antes.
“Eu tirei minhas coisas das duas últimas gavetas para que você possa usar”, Gina disse.
“Obrigada.” Hermione começou a guardar suas roupas. “Hm, Gina, o que foi tudo aquilo entre você e o Harry?”
Gina congelou. “O que você quer dizer?” disse cautelosamente.
“Bem, lá fora vocês dois pareciam bastante... amigos.”
“Hermione! Você está brincando, não é?”
“Eu só quis dizer que ele parecia um pouco, bem, diferente do normal. Não que o Harry não seja sempre diferente, mas...”
“Está bem, eu sei o que você quer dizer.” Gina suspirou e se levantou para fechar a porta de seu quarto. Ela abaixou um pouco a voz e disse, “Hermione, a verdade é que eu não sei o que pensar. Harry e eu começamos a ficar amigos no ano passado e eu estava feliz com isso. Mas essa última semana ele tem sido... Eu não sei como chamar isso. Eu não diria que ele estava flertando porque ele não saberia como flertar nem se tivesse as instruções de como fazer isso passo a passo do livro O guia do namoro para jovens bruxos em sua frente.”
Hermione sorriu ao escutar Gina falando. “Ele não tem muito jeito nessa área, eu concordo.”
“Mas outro dia eu estava lá fora lendo e quando olhei para cima o peguei olhando para mim. Quer dizer, como se tivesse acabado de ocorrer a ele que eu sou uma garota. Parecido com o jeito que Rony olhou para você há dois anos atrás.” As duas riram ao lembrar.
“Eu não tenho certeza de que isso realmente entrou na cabeça de Rony ainda”, Hermione suspirou.
“Ah, Hermione, eu acho que sim”, Gina disse abafando o riso. “Mas eu te conto sobre isso depois.”
“Você vai mesmo!” Hermione disse, com um olhar de interesse. “Mas continua.”
“De qualquer jeito, eu achei que estava ficando louca. Harry nunca olhou pra mim daquele jeito em toda a vida dele. E quando ele me viu olhando de volta, ele ficou muito nervoso. Depois ele sentou do meu lado e nós conversamos e nos divertimos juntos. E essa não foi a primeira vez. Nós provavelmente conversamos mais nesta semana do que em todos os últimos anos juntos.”
Gina esfregou os dedos em sua testa. “Oh, Hermione, o que eu faço? Eu esperei tanto tempo para que ele me notasse, antes de desistir. Eu não quero voltar a desejá-lo como antes. E se tudo isso não significar nada?”
“Você quer que isso signifique nada?” Hermione perguntou.
Gina baixou os olhos e depois de uma longa pausa finalmente disse, “Eu sei que não quero.”
“Olha Gina, eu conheço o Harry há um bom tempo. Eu duvido que ele mesmo saiba o que está sentindo. Vai demorar para que ele decida fazer alguma coisa e nós duas sabemos como o Harry não se abre com as pessoas muito facilmente. Você quer meu conselho?”
Gina levantou a cabeça e suspirou. “Sim. Sim, eu quero.”
“Dê a Harry algum tempo para lidar com isso. Você deve estar fazendo algo certo se ele está tão relaxado assim quando está perto de você. Deixe que as coisas aconteçam naturalmente. Uma coisa sobre o Harry é que ele pode esconder o que pensa e sente tão impenetravelmente quanto ser totalmente óbvio. Não tem muito meio termo.” Hermione e Gina riram ao pensar nesse fato.
Hermione continuou. “Não foi muito difícil de perceber quando ele estava gostando da Cho, foi? Mas se o Harry começa a ficar muito ‘óbvio’, pode-se apostar que ele não fará nada até que seja forçado a fazer. Você pode ter que dar a ele um empurrãozinho, se é que você me entende. Essa estratégia pareceu dar certo com a Cho pelo menos.”
“O que a Cho fez?” Gina perguntou.
“Hermione riu. “Harry me mataria por te contar, mas eu suponho que isso não importa mais. Cho armou para cima do Harry depois de uma reunião da A.D., provavelmente usando um visco.”
“Não acredito! Hm, e o que mais, er, aconteceu?” Gina perguntou sem jeito, tentando não parecer muito interessada.
“Ah, não se preocupe, Harry não se lembra com muito amor dos beijos de Cho.” Hermione disse, zombando. “Ela estava chorando por causa do Cedrico enquanto eles se beijavam.”
Gina levantou as sobrancelhas. “Se eu estivesse beijando Harry, com certeza não estaria chorando”, ela disse em voz baixa. Depois fez uma careta, percebendo o que tinha dito. “Esqueça o que eu disse.”
Hermione sorriu. “Eu só acho que você deve ir com calma. Ninguém disse que você deve ficar sentada esperando por ele. Aliás, passe algum tempo com alguns outros garotos. Isso pode ajudar”, ela disse rindo.
“Você está certa. Não há sentido em me preocupar com isso. Eu só preciso continuar do mesmo jeito que estou e ver o que acontece.”
“Ótimo. Agora me conte sobre o Rony!” Hermione não conseguia mais esperar.
“Ha! Eu acho que meu irmão pode estar perto de acordar.”
“O que você quer dizer?” Hermione disse, de repente parecendo tímida e insegura.
“Hermione, ele gosta de você. E muito”, Gina disse segura do que estava falando.
“Você realmente acha que sim?” Hermione parecia querer ser convencida.
“Ele tem andado pela casa agitado e resmungando por semanas. Ele lê suas cartas vezes e mais vezes quando acha que não tem ninguém olhando. Eu estou te dizendo, ele gosta de você.”
“Eu quero acreditar nisso, mas... ele é tão grosso algumas vezes”, Hermione disse sentindo-se frustrada.
“Eu queria poder te ajudar, mas eu não sei o que posso fazer. O Rony tem a teimosia dos Weasley e ainda é cabeça dura. Ele provavelmente vai fazer as coisas do jeito mais difícil possível”, Gina disse girando os olhos. “Mas ele vai acabar falando com você.”
“Eu espero que você esteja certa. Obrigada, Gina. Ajudou muito ouvir isso.”
“Sem problema. Eu vou manter um olho nele pra você.”
“E eu vou manter um olho no Harry pra você e ver se eu posso dar um empurrãozinho nele também. Eu acho que você seria perfeita para o Harry. Você conseguia tirá-lo de seus mal-humores melhor do que ninguém no ano passado.”
Gina enrubesceu. “Bem, eu não sei se isso é mesmo verdade. De qualquer jeito, vamos ver o que vai acontecer.” Tentando mudar de assunto, ela disse, “Deixe eu te contar sobre a festa do Harry amanhã! Mamãe se superou”, e ela continuou enchendo Hermione com detalhes.
***
Sentindo-se muito animado e ansioso, Harry olhou para o relógio. Ainda faltava um pouco mais de meia hora para que os convidados começassem a chegar, às 11 horas. Essa seria a primeira festa de aniversário de toda a sua vida e ele mal podia esperar. Duda sempre teve festas de aniversário, claro, e os Dursleys sempre trancavam Harry em seu armário debaixo da escada.
A Sra. Weasley, Gina e Hermione estavam ocupadas na cozinha preparando uma enorme quantidade de comida para os convidados. De vez em quando a Sra. Weasley gritava ordens para Rony ou o Sr. Weasley, como mover a mesa ou organizar algumas coisas. Harry tentou ajudar, mas a Sra. Weasley não o deixava.
Sentado no sofá, Harry ouviu um alto “Pop!” quando Fred e Jorge aparataram na sala. Eles estavam carregando um presente embrulhado e uma caixa de aparência muito suspeita.
“Feliz Aniversário, sócio!” disse Fred.
“Nós decidimos chegar um pouco antes de todo mundo...” disse Jorge.
“...para que pudéssemos organizar um pequeno entretenimento de aniversário”, Fred terminou.
Harry engoliu em seco ao ouvir isso. “Er, entretenimento de aniversário?” ele perguntou com a voz fraca.
“Não há nada com que se preocupar, Harry”, disse Fred.
“Nós não faríamos nada para estragar seu grande dia. Nosso pequeno Harryzinho...” disse Jorge.
“Sua primeira festa de aniversário!” disseram juntos.
“Francamente, velho amigo, isso nos emociona muito”, disse Fred.
“Nós sentimos que tínhamos que fazer com que sua festa fosse especial”, disse Jorge.
“De fato, como meu lindo irmão disse. Muito especial”, disse Fred.
Eles deram um sorriso e caminharam relaxados para fora da sala.
Harry balançou a cabeça. Não tinha nada que ele pudesse fazer a não ser esperar pelo que os gêmeos inevitavelmente iriam fazer. Olhou para o relógio que parecia estar andando agonizantemente devagar, demorando a alcançar a hora marcada para o começo da festa. Finalmente chegou às 11 horas e os convidados começaram a chegar. Harry andou até o jardim onde muitas mesas largas estavam postas com uma grande variedade de comida.
Tonks foi a primeira que ele viu. “Feliz Aniversário, Harry!”
“Ei Tonks!” Harry estava muito feliz em vê-la. Ela estava com cabelos longos e castanhos, com algumas mechas loiras.
“Os Dursleys estavam um pouco melhores esse ano?” ela disse séria.
“Sim, muito melhores”, Harry sorriu.
“Bem, eu estou feliz que você finalmente pode sair daquele lugar. Lá é tão... bizarro. Não natural.” Tonks fez cara de nojo.
Harry riu ao ouvir aquelas últimas palavras, já que eram as mesmas que os Dursleys usavam para se referir ao mundo bruxo. “Bem, divirta-se na festa, eu falo com você depois.”
“Está bem, Harry. Aquela mesa de comida está me parecendo muito convidativa”, Tonks disse, andando até lá.
Harry estava surpreso com o número de pessoas que vieram. Gui e Carlinhos Weasley apareceram, assim como muitos dos aurores que tinham ido buscar Harry no ano anterior. Kingsley Shacklebolt o desejou feliz aniversário com uma voz grave. Olho-Tonto Moody rosnou um cumprimento.
Ocorreu a Harry que vieram aurores demais para ser só coincidência, o que o fez pensar que deveria haver algumas precauções com a segurança para a festa.
Harry localizou Neville e Luna do outro lado do jardim e correu para cumprimentá-los. “Neville! Luna! Eu não sabia que vocês viriam!”
“Ei, Harry!” disse Neville.
“Olá, Harry. Feliz aniversário”, disse Luna com sua usual voz sonhadora.
“Eu recebi um convite da Sra. Weasley”, disse Neville. “Eu acho que depois do que aconteceu no ministério no ano passado, ela pensou que nós éramos amigos.” Ele parecia um pouco nervoso com isso.
“Mas é claro que nós somos!” Harry disse olhando para os dois. “Estou feliz que vocês tenham vindo. Eu estava me perguntando se ela convidaria alguns dos meus amigos da escola.”
De repente Harry se lembrou de sua conversa com Dumbledore sobre Neville. “Falando nisso, feliz aniversário, Neville.”
Neville parecia ter sido surpreendido. “Como você sabia do meu aniversário?”
Harry definitivamente não queria dizer como é que ele sabia disso. “Ah, er, eu acho que ouvi em algum lugar.”
“Feliz aniversário, Neville”, disse Luna, olhando curiosamente para ele.
Depois disso, Harry viu Remo Lupin entrando no jardim. “Perdoem-me, eu vi uma pessoa que eu gostaria de cumprimentar. Falo com vocês depois.”
“Professor Lupin!” Harry andou rapidamente até seu antigo professor e o abraçou. Lupin parecia ter ficado sem ação, surpreso, e depois abraçou Harry de volta com cordialidade. Parecia mais velho do que a última vez que Harry o tinha visto, isso porque já parecia mais velho do que realmente era antes. Harry sentiu uma pontada de culpa que não tivesse passado algum tempo pensando em Lupin, que deveria estar sofrendo com a morte de Sirius tanto quanto ele, se não mais.
“Olá, Harry!” Lupin deu um largo sorriso, o que o fez parecer um pouco mais novo. “Feliz aniversário. Você está bem?” Ele fez essa última pergunta como se esperasse uma resposta séria.
“Sim, eu estou melhor”, Harry respondeu. Olhou preocupado para Lupin. “Como você está?”
“Oh, Harry”, ele sorriu, “alguns dias são melhores que outros. Você sabe como é.” Ele se inclinou um pouco. “Nós estamos na lua minguante nesse momento, que é sempre um bom tempo para mim.”
Harry se sentiu agradecido que Lupin tenha dado uma resposta séria para sua pergunta.
“Harry, eu tenho alguns negócios a discutir com você hoje. Você gostaria de fazer isso agora e ficar livre de uma vez?”
“Hm, está bem. Lá dentro?” Harry guiou Lupin para dentro da Toca, e eles se sentaram sozinhos na sala de estar. O professor pareceu murchar e voltar à sua velha aparência de cansado.
“Infelizmente, estes são negócios desagradáveis, Harry. Eu sou o executor dos últimos desejos de Sirius e de seu testamento”, ele disse sério. “Eu odeio ter que fazer isso no seu aniversário, mas isso realmente não pode esperar. Há muita pressão por parte de pessoas que querem que esse testamento seja anulado e invalidado.”
Harry se sentou com a coluna reta e com o corpo endurecido. A última coisa em que queria pensar era no testamento de Sirius.
Lupin continuou. “Eu já o abri e o li, e nas últimas linhas Sirius divide seu dinheiro entre eu e você. E como ele é o último dos Black, esse dinheiro é mais como uma... pequena fortuna.”
“Eu não me importo com o dinheiro dele!” Harry disse de forma selvagem. “Você pode ficar com tudo!”
Lupin deu um sorriso gentil. “Bem, eu também me sinto assim, para ser sincero. Eu não quero isso também, mas há um bom motivo para aceitá-lo.”
“E o que é?” Harry não conseguia imaginar nenhuma razão que o faria querer receber o dinheiro de Sirius.
“Se o testamento não for executado de acordo com o desejo de Sirius, tudo será dividido entre os últimos parentes vivos.”
Harry congelou. “Você quer dizer...”
“Sim, Harry. Parentes como Belatrix Lestrange e Lúcio Malfoy.”
Os dois ficaram em silêncio por algum tempo enquanto deixavam a informação penetrar em suas mentes.
“Você disse que havia pressão para que o testamento fosse invalidado.” Harry disse.
“Sim. Apesar de Lúcio estar em Azkaban, seus advogados estão tentando conseguir para ele a herança dos Black. Não que ele precise do dinheiro, mas o pensamento de conseguir ficar com os últimos bens de Sirius o diverte.”
Harry sentiu sua raiva crescer. “Professor, me diga o que eu preciso fazer. Eu não quero isso, mas será uma grande maldição se Malfoy conseguir ficar com a herança!”
Lupin riu ao escutar Harry falar. Após alguns segundos, Harry perdeu a cara séria e começou a rir junto com Lupin, quebrando a tensão.
“Sinto-me do mesmo jeito. Felizmente, Harry, o que temos que fazer é muito fácil. Você só precisa assinar esse documento,” ele disse enquanto pegava um monte de folhas de pergaminho com aspecto legal, “e está tudo certo. Dumbledore está fazendo algumas coisas para facilitar tudo no ministério. Mas mesmo assim é melhor que eu leve isso até lá amanhã mesmo.”
Lupin conjurou uma pena e Harry assinou no lugar indicado.
“Certo, então. Esse negócio está resolvido, só vou pedir para Gui Weasley assinar também como testemunha antes que eu vá embora. Vou deixar uma cópia do testamento para você poder ler quando quiser. Um novo cofre será colocado em seu nome com a sua parte da herança.”
Harry concordou com a cabeça, sem realmente ouvir o que Lupin estava dizendo.
“Harry, tem mais uma coisa, que eu espero que seja mais agradável”, Lupin disse hesitante.
Harry o olhou.
“Sirius sabia que estava em perigo e que talvez não sobrevivesse às batalhas. Você sabe, ele se preocupava muito com você. Ele me fez um... pedido. Se alguma coisa acontecesse com ele, eu deveria continuar a cuidar de você no lugar dele.” Lupin parecia bastante tímido ao dizer isso.
“Eu nunca iria pensar que pudesse substituir Sirius... Só queria que você soubesse que eu estou aqui se você precisar de mim, e que eu gostaria de checar como você está de tempos em tempos.”
Harry abriu um sorriso de orelha a orelha. “Isso seria ótimo, professor!”
Lupin parecia extremamente satisfeito com a reação de Harry. “Bem, Harry, se nós vamos ser amigos, talvez seja a hora de você parar com esse negócio de ‘professor’, considerando que eu não tenho mais sido seu professor há dois anos. Por favor me chame de Remo.”
“Certo.” Harry sorriu.
“Bem, então vamos voltar para a festa?” Lupin disse jovial. “Hagrid mandou parabéns para você, falando nisso. Ele viria, mas estava numa missão especial para Dumbledore.”
Os dois caminharam até o jardim, onde o sol estava brilhando. Lupin acenou para Harry e foi conversar com o Sr. Weasley. Harry notou que todos pareciam estar se divertindo, conversas e risadas preenchendo o jardim. A montanha de comida tinha reduzido um pouco de tamanho, apesar de que Harry duvidava que iria faltar, mesmo com Rony por perto. Ele riu com o pensamento.
Foi só pensar nisso que Rony apareceu com um prato de comida na mão. “Ei, Harry!” ele disse de boca cheia.
Hermione também se aproximou e mirou em Rony um olhar de desagrado. “Rony, não fale de boca cheia. É nojento!”
Rony riu. “Eu sou um cara talentoso. Eu posso mastigar minha comida e falar ao mesmo tempo. Você é que não aprecia minhas habilidades.”
Hermione rolou os olhos e deixou passar. “Está se divertindo, Harry?”
“Bem, eu não fiquei aqui fora por muito tempo ainda. O Prof. Lupin queria falar comigo”, Harry diminuiu a voz, “sobre o testamento do Sirius.”
Hermione deu a ele um olhar simpático.
“Está tudo bem, de verdade. Isso foi meio que uma surpresa, mas nós já resolvemos tudo. Tinha uma boa razão para que isso tivesse que ser feito hoje”, disse Harry.
“É? E o que era?” Rony perguntou.
Hermione intercedeu rapidamente. “Rony, nós não precisamos falar sobre isso agora. Deixe o Harry aproveitar a festa dele.”
“Foi só uma pergunta! Harry sabe que eu não estou tentando me meter em nada!” Rony disse aborrecido.
Harry deu um pequeno suspiro. Antes que eles começassem a brigar, ele disse rapidamente, “olhem, vamos falar sobre isso depois, está bem? Já está tudo encaminhado. Isso só precisava ser resolvido rápido.”
“Certo, amigo.” Rony parecia satisfeito com isso e Hermione parecia feliz também.
Harry os deixou e foi preparar um prato de comida para si mesmo. Depois foi dar algumas voltas pelo jardim, conversando com as pessoas e perguntando sobre as novidades. Carlinhos Weasley disse que ainda estava trabalhando com dragões na Romênia. Ele mostrou uma nova cicatriz de uma queimadura, o que fez com que Harry recuasse. Ele se perguntou não pela primeira vez o que Carlinhos via em dragões. Sua experiência com um deles no Torneio Tribruxo era suficiente para a vida toda.
Gui Weasley ainda tinha os cabelos longos e o brinco na orelha, e Harry notou que estavam conseguindo os olhares de desaprovação de sempre de sua mãe. Ele estava acabando de contar a Harry uma historia engraçada de seu trabalho no Egito quando – BOOM!
Um bolo tinha explodido e um monte de fogos de artifício estavam subindo aos céus. Raios de luzes brilhantes apareciam de onde o bolo tinha explodido enquanto as pessoas corriam para longe da mesa, assustadas. Os aurores tinham se jogado ao chão com suas varinhas firmes em suas mãos.
Os fogos finalmente começaram a diminuir um pouco. A fumaça no ar começou a se juntar e a formar uma série de letras, formando uma mensagem. Estava escrito:
Seus nervos são fortes como frias barras de aço
Sua mente é tão brilhante como a lua cheia
Em armários ele mora, ele fez dezesseis agora
O ídolo que faz com que todas as garotas desmaiem
Harry riu, um pouco envergonhado. Aplaudiu junto com todo mundo, apesar de ter notado que os aurores não estavam aplaudindo tão entusiasmadamente como os outros. Ele deu um suspiro de alívio quando a mensagem desapareceu. Poderia ter sido muito, muito pior. O poema bobo não era nada comparado com o que Fred e Jorge geralmente faziam. Estava feliz que os gêmeos estivessem do seu lado. Pensando nisso, alguma coisa nesse poema me pareceu um pouquinho familiar, ele pensou, confuso.
Sentiu alguém tocando em seu braço. Virou-se e viu que era Gina. Ela estava usando uma blusa branca muito bonita que tinha uma costura vermelha bastante elaborada, e Harry se sentiu um pouco atrapalhado. “Er, olá, Gina.”
“Feliz Aniversário, Harry! O que você acha? Carlinhos trouxe essas roupas da Romênia para mim.” Ela começou a girar, dando a ele uma visão de tudo. “Aparentemente é uma roupa popular tradicional para jovens moças”, ela riu. “Então resolvi experimentar.”
Ela está muito bonita, ele pensou. A vestimenta era muito feminina, com as mangas brilhantes e uma saia vermelha decorada com flores. As cores combinavam muito bem com seu cabelo. A boca dele parecia ter ficado seca sem nenhuma razão aparente e ele achou dificuldade para falar. “É bonita, quero dizer, você está bonita. Nela.”
Ela riu com alegria. “Ah, obrigada, Harry. Não é algo que eu usaria todos os dias, claro. Eles podem tentar me colocar na capa de certos livros, ”, ela disse, dando uma risada. “Eu me sinto um pouco boba, para falar a verdade. Carlinhos disse que essa é uma das roupas menos elaboradas que se usam lá. Mas é legal usar uma vez.”
De repente o prato de papel que Harry estava segurando pegou fogo. Harry o largou rapidamente, deixando que caísse no chão. Depois pisou no prato para apagar o fogo.
“O que aconteceu?” Gina disse olhando para os lados com suspeita. “Fred e Jorge estão bem ali conversando com Gui. Se foram eles, eles não parecem estar muito interessados na peça que te pregaram.”
“Sabe,” Harry disse curiosamente, “eu me senti meio estranho bem antes disso acontecer. As únicas vezes que eu me sento assim é quando faço magia acidental, mas dessa vez me senti um pouco diferente.” Ele imediatamente se arrependeu te ter aberto sua boca quando percebeu o que possivelmente pôs a magia em funcionamento.
“Magia acidental?” Gina disse, levantando uma sobrancelha. Depois começou a rir. “Sabe, Harry, eu teria ficado feliz se você tivesse apenas me dito que eu estou bonita, você não precisava por fogo nas coisas.”
Harry sentiu seu rosto queimando em embaraço.
“Oh, Harry, eu só estou brincando. Não se preocupe com isso, provavelmente foi por causa da empolgação dos fogos de artifício.”
Harry não estava certo sobre isso, mas foi bondosamente tirado desses pensamentos quando o Sr. Weasley parou na frente do jardim e chamou a atenção de todos.
“Obrigado a todos por terem vindo. Primeiramente, vamos todos dar um grande ‘feliz aniversário’ ao Harry!” Todos deram um gigante ‘feliz aniversário’ em resposta. Harry contorceu-se envergonhado. “Moly e eu também queremos dar parabéns especiais para ele.”
Ele virou sua atenção para Harry. “Harry, nós queremos que você saiba que sempre terá um lar aqui na Toca. Nós o amamos como um dos nossos filhos e estamos orgulhosos de ter você como parte da família.” O Sr. Weasley caminhou até ele e o abraçou, enquanto todo mundo aplaudia.
Harry ficou paralisado, um bolo se formando em sua garganta. Ele lutou contra a onda de emoção.
“Agora, vamos aos assuntos importantes.” O Sr, Weasley continuou. “Presentes! Harry, quer fazer as honras?” Ele gesticulou para uma mesa com uma grande pilha de presentes.
Harry, aliviado com a distração, foi até lá e pegou um dos presentes da pilha.
“Esse é meu, amigo!” Rony disse.
Harry abriu e viu um pôster dos Chuddley Cannons, completo com fotos em movimento de cada jogador. “Obrigado, Rony! Esse é o pôster novo, não é?”
Rony confirmou, contente.
Harry continuou a abrir os presentes. Hermione deu a ele um livro, Estratégias Secretas Do Quadribol. Gina deu a ele um porta-retrato com uma foto dele mesmo, num mergulho para pegar o pomo no último jogo da Grifinória contra a Sonserina. Ele riu ao assisti-lo capturar o pomo bem na frente de Malfoy.
Tonks deu a ele um Guia Oficial de Treinamento para Aurores (“Nós não podemos realmente dar esses guias a outras pessoas, mas você já é um auror não oficial de qualquer jeito”, ela disse fazendo com que Harry ficasse envergonhado.). Olho-Tonto Moody deu a ele um livro bem gasto, Derrotando as Artes das Trevas (“Esse livro já salvou meu traseiro mais do que uma vez, Potter. Leia!” ele rosnou. Harry quase bateu continência em retorno.) Remo Lupin o presenteou com uma foto emoldurada de Harry e Sirius tirada no Largo Grimmauld, a qual Harry cuidadosamente evitou olhar por muito tempo. Ele olharia direito quando estivesse sozinho. Os gêmeos deram a ele uma variedade de seus produtos, inclusive um par de Orelhas Extensíveis.
Harry ganhou mais um monte de livros de defesa de várias pessoas. Aparentemente todo mundo acha que eu preciso estudar, ele pensou. Suponho que ter Voldemort tentando te matar várias vezes dá uma boa dica do que te dar de presente.
Finalmente quando todos os presentes tinha sido abertos, Lupin se aproximou. “Falta mais um para abrir, Harry. Dumbledore me pediu para te entregar isso.”
Ele entregou a Harry um pacote embrulhado em um papel azul decorado com pequenos ursinhos brancos. Harry cuidadosamente abriu o presente e tirou de dentro do embrulho uma bacia de pedra rasa, com runas escritas por toda a borda. Um pequeno panfleto com instruções veio junto. Parecia muito com a penseira de Dumbledore, exceto que a forma era um pouquinho diferente.
Harry levantou a cabeça e notou que todos estavam o encarando em choque.
“O que?” Harry perguntou, sem entender. “Isto é uma penseira, certo?”
Lupin parecia estar em choque assim como todo mundo. “Sim, Harry, é uma penseira. Eu não tenho certeza se você percebeu o que está segurando. Penseiras são muito, muito raras e valiosas. Você não consegue nem mesmo comprá-las, na verdade. Elas são normalmente passadas de pai para filho nas famílias. Só os maiores magos podem fazê-las e isso demora uma vida todo de trabalho. A maioria das pessoas nunca nem viram uma, muito menos a usou alguma vez. Eu sabia que Dumbledore tinha uma, claro, mas eu não consigo nem imaginar como foi que ele conseguiu outra.”
“Er, por que ele me deu uma?” Harry disse embaraçado.
“Dumbledore geralmente tem um propósito para o que faz. Ele deve ter uma boa razão”, disse Lupin.
Harry olhou direito para o papel em que o presente veio embrulhado. “Oh espera, tem um cartão.”
Querido Harry,
Feliz aniversário! Minha penseira tem sido bastante valiosa em me ajudar a acalmar meus pensamentos e emoções. Por favor tire vantagem da sua. Quando você voltar para a escola ficarei feliz em guardá-la em um lugar seguro para você.
Tudo de bom,
Alvo Dumbledore
p.s.: Elas também servem como um bom entretenimento para festas.
A mensagem não parecia conter nada de muito importante, então Harry a leu em voz alta. “O que ele quis dizer quando disse que elas servem como um bom entretenimento para festas?”
Lupin riu. “Isso é de Dumbledore para você. Eu não tenho nem idéia – Eu não sou convidado para esses tipos de festas.”
Então Hermione falou: “Eu sei! Você pode colocar uma memória na penseira e dividir com os outros, não é? E se cada um dividisse uma memória engraçada ou empolgante com todo mundo?”
Um murmúrio de empolgação preencheu o jardim. Parecia que muito poucos já tinham usado uma penseira, e todo mundo queria tentar.
“Bem , o que você acha Harry? É seu presente”, disse Lupin.
“Por mim tudo bem. Parece divertido e me ajudaria a praticar como usá-la”, Harry respondeu.
“Talvez eu pudesse ser o primeiro.” Lupin pediu. “Estou certo de que tenho algumas memórias que você gostaria de ver. O que você acha, Harry? Eu acho que tenho alguns incidentes engraçados com os Marotos que podem ser interessantes.”
Harry sentiu-se empolgado, mas depois ficou apreensivo. A última vez que tinha visto seu pai na penseira ele viu coisas que realmente não queria ter visto. E ele veria Sirius...
Lupin notou sua hesitação e sorriu para ele. Falou baixinho para que só Harry pudesse ouvir. “Não se preocupe, Harry, eu não vou mostrar nenhuma memória em que seu pai tenha agido mal. E eu acho que faria bem a nós dois ver Sirius... em dias melhores. Mas é você quem sabe. Você não precisa se não quiser. Eu vou entender se você quiser deixar para outra hora.”
Harry hesitou e depois confirmou com a cabeça sua aprovação. Lupin pegou a penseira e abriu um espaço no meio da mesa. “Eu acho que nós provavelmente precisaremos fazer turnos com cada memória, só algumas pessoas cabem de cada vez dentro da penseira. Que tal você e seus amigos irem primeiro, Harry?”
Hermione, Rony, Gina Neville e Luna caminharam até lá e ficaram parados junto com Harry ao redor da penseira. Eles pareciam um pouco nervosos, já que nunca tinha usado uma antes.
“Hmm. Eu devo ter uma muito boa por aqui.” De repente Lupin assumiu um olhar travesso. Ele gargalhou ao lembrar-se da memória e pegou sua varinha. “Harry, deixe-me ver aquele panfleto. Já tem algum tempo que eu não faço isso.”
Deu uma olhada no panfleto rapidamente. “Acho que estou pronto.” Ele apontou sua varinha para sua têmpora e tirou de lá fios prateados de pensamentos. Gentilmente ele depositou-os dentro da bacia. Tocou sua varinha na substância que girava como num redemoinho de névoa liquefeita e a substância começou a girar mais rápido ainda. A substância parou de rodar depois de algum tempo e a superfície se fixou se tornando uma janela límpida. Harry pode ver uma sala pela superfície da penseira e quase pode distinguir quatro figuras.
“Certo, então.Todos toquem seus rostos na janela da penseira para entrar na memória”, disse Lupin.
Harry e seus amigos se inclinaram junto com Lupin e tocaram a janela. Ele sentiu-se sendo arremessado em uma frieza escura. Aterrizou em pé em frente a uns muito jovens Thiago Potter, Remo Lupin, Sirius Black e Pedro Pettigrew.
N/A: Cap3 postado!! E coloquei ele inteiro como o segundo!! =]
Até que tô conseguindo traduzir bem rápido os caps.. Ainda tô bem no começo do 4 mas espero não demorar a postá-lo também...
Obrigada a todos que comentaram e espero que estejam gostando da fic!!
E até o próximo capítulo!!
=**
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