Uma poção para esquentar!



No outro dia, após o almoço, Laura foi para a biblioteca ler um livro. O dia estava chuvoso, Hogwarts estava deserta, pois muitos alunos haviam viajado para passar a semana de folga com seus familiares. Mas, o pior é que, desde a reunião da Ordem, Laura não tinha mais visto Snape. Não entendia porque ele não a procurava. Será que foi só aquele beijo? Será que ele se arrependeu? Mil pensamentos invadiam a cabeça dela.


Passou uma hora e Laura estava bem concentrada no livro. Estava tão distraída, que nem percebeu alguém que entrou sorrateiramente no local e ficou em pé lhe observando.


- Boa tarde.

Laura ergueu o olhar e quase levou um susto ao ver Snape.

- Olá, professor! – disse sorrindo.

- A senhorita está ocupada? – Perguntou ele com uma voz firme e um olhar sério.

- Não, só estou lendo um pouco para passar o tempo. Estou com minhas tarefas em dia... – disse fechando o livro. “Imagina se estaria ocupada para ele...” – pensou.

- Estou testando uma nova receita de poção e...preciso...que alguém me auxilie. Mas, claro que....se a senhorita estiver muito ocupada....

- Poção de que?

Snape olhou para os lados e deu um sorriso sarcástico.

- Saberá se for me ajudar. – disse levantando uma sobrancelha.

- Isso é chantagem! – Laura sorriu.

- Entenda como quiser, senhorita.

“Será que é uma poção mesmo....ou uma desculpa?” – Laura pensou.

- O senhor sabe que eu adoro poções...eu vou, mesmo sem saber....

- Pode ser agora?

- Agora? Claro!!! – Laura guardou o livro na estante. – Vamos?


Eles saíram em direção ao laboratório de Snape. Laura caminhava logo atrás, só para ver as capas dele deslizando pelo corredor, como uma serpente. Adorava isso!


Chegando lá, Laura viu que o caldeirão de Snape já estava posicionado. Ele havia dito a verdade.


- Já estou com tudo preparado. Aqui estão os ingredientes que usarei. – disse apontando para uma mesa que estava ao lado do caldeirão.

- E o que eu tenho que fazer?

- Eu vou adicionando os ingredientes e a senhorita ficará mexendo, sem parar. Essa poção é muito delicada, tem que ter muito cuidado.

- Mas... o senhor vai me dizer que poção é essa?

- Terá que guardar segredo...

- Fique tranqüilo...tudo o que acontece, e que aconteceu aqui na masmorra...eu não vou falar prá ninguém! – disse com um olhar maroto.

Snape sorriu, mas não deu continuidade ao comentário dela.

- Essa é uma poção de invisibilidade. – disse com uma voz séria.

- Uau!!

- Eu já tentei outras receitas desse tipo de poção, mas a duração do efeito sempre foi muito curta: menos de quinze minutos!

- E essa, o senhor acredita que vai durar quanto tempo?

- A receita diz que, no mínimo, deve durar uma hora.

- Para que o senhor quer essa poção?

- A senhorita é muito curiosa....acho que está andando muito com aqueles grifinórios idiotas.... – Ele deu uma risadinha. – Não vamos perder tempo, acenda o fogo do caldeirão que eu vou acrescentar os ingredientes. Não pode parar de mexer um só segundo!

- Tudo bem.

Ele foi acrescentando os ingredientes. Laura, enquanto mexia o caldeirão, observava seu Mestre de Poções.

- Tem que mexer bem devagar. – disse ele.

- Assim? – ela diminuiu o ritmo.

Ele se aproximou dela, segurou na mão que ela estava segurando a colher e mostrou como ele queria que ela mexesse. Ela sentiu, quando ele fez isso, um calor lhe invadir o corpo inteiro. A mão quente e forte de Snape deixava-a completamente arrepiada. Ele não deixava ela perceber nada, mas também estava louco para abraçá-la e beijá-la.

Passou algum tempo, e ele continuava adicionando mais ingredientes. Os olhares dos dois se encontravam a cada instante. Cada vez que isso acontecia, os dois sorriam.

- Se estiver cansada de mexer, me avise.

- Acho que agüento mais um pouco.

- Estamos no fim. Vou colocar agora o último ingrediente e a senhorita mexe o caldeirão por mais uns cinco minutos. Após isso, deixaremos cozinhando em fogo bem baixo, durante duas horas.


Passaram os longos cinco minutos....


- Professor, posso lhe perguntar uma coisa? – disse com um jeito de desconfiada.

- Sim.

- Por que o senhor não enfeitiçou a colher para ficar mexendo a poção?

- Er....eu...não queria arriscar. Confio mais na mão de uma bruxa do que numa colher enfeitiçada. – falou desviando o olhar.

Laura ficou vermelha.

Snape abaixou o fogo e tampou o caldeirão. Depois ficou arrumando as sobras de ingredientes.

- Acho que agora o senhor não precisa mais de mim, posso ir?

- Está com pressa? – disse ele fitando-a nos olhos e se aproximando.

- Não....é que....eu pensei....

- Pensou errado, senhorita.

Ele se aproximou mais ainda dela. Enlaçou-a em seus braços e a beijou. Laura foi praticamente pega de surpresa, novamente. Será que Snape era sempre imprevisível? De qualquer forma, ela estava adorando tudo isso. Deixou-se envolver naquele beijo. Sua cabeça pendeu para trás, entregando-se completamente a ele. Sentiu seu corpo todo se arrepiar de emoção. Snape a segurava firme e a puxava contra seu corpo, que também ardia de desejo por ela.

Eles pararam um pouco para respirar...

- Uau!!! – disse Laura se abanando com as mãos.

- Gostou? – ele perguntou sorrindo, olhando fixamente para ela, ainda segurando-a pela cintura.

- Hummm....- Laura revirou os olhos, pensando – acho que estou com dúvidas....terei que experimentar mais para ter certeza.

Snape sorriu e, lançando um olhar sedutor, abraçou-a mais uma vez com firmeza e beijou-a novamente. Desta vez ele colou ainda mais seu corpo no dela. Ficaram durante um bom tempo com suas línguas se entrelaçando e suas mãos percorrendo um o corpo do outro. Laura segurava forte nos ombros e nas costas de Snape. Às vezes passava as mãos nos cabelos dele. “Nem são tão oleosos como a Rowling falou nos livros...” – pensou. Ele, com uma mão, segurava-a fortemente pela cintura, a outra ele alisava as costas e, de vez em quando, “escorregava” a mão até as nádegas dela....


- E agora? – perguntou ele com um olhar maroto.

- Hummmm..... que tal mais um pouco?

- Ainda tem fôlego?

- Todo o fôlego do mundo! – disse abraçando ele.


Os beijos entre eles cada vez mais ficavam mais quentes e as mãos cada vez mais ousadas. Eles estavam tão envolvidos que não viram o tempo passar. De repente, o fogo, que aquecia o caldeirão, começou a crepitar. A poção estava derramando. Snape, ao ouvir o ruído, largou Laura e correu para desligar o fogo. Já havia passado uns dez minutos do tempo previsto para cozimento da poção.


- Perdemos a hora, professor! – falou Laura um pouco assustada.

- Espero não ter estragado a poção.

- Bem...qualquer coisa, repetimos tudo amanhã. – disse com um olhar safado.

Snape sorriu.

- Espero ....precisar só repetir uma coisa...não a poção.

- Humm....estou gostando....

- Agora vamos deixar esfriar. Só saberei o resultado amanhã pela manhã.

- E como vai saber? Vai testá-la?

- Sim, vou ter que testar. Vou usar um rato.

- Rabicho? – disse rindo.

- Se ele não estivesse preso em Azkaban, não seria má idéia!!!

Ele fechou o caldeirão e colocou numa mesa de pedra para esfriar.

- Não resta mais nada a fazer, por enquanto. Está com fome?

- Sim, com muita fome!

- O que acha de irmos jantar em Hogsmeade? A chuva passou e a noite parece estar bem agradável.

- Ótima idéia! Temos que aproveitar bem essa semana. Vou só trocar de roupa, não demoro.

- Mesmo?

- Prometo!!! No máximo quinze minutinhos...

- Ficarei aqui lhe esperando.

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