A descoberta



Lúcio Malfoy foi até o Caldeirão Furado almoçar. Ele, com a volta de Voldemort, foi libertado de Azkaban. Tom, o dono, chamou-o para uma conversa:


- Sabe quem eu vi outro dia saindo para dar um passeio no mundo trouxa? O senhor não vai acreditar!

- Quem?

- Prof. Severo Snape....quem diria!!

- Snape?! Estranho mesmo....você sabe o que ele foi fazer?

- Não sei não senhor. Só vi que eles voltaram cheio de pacotes, pareciam livros.

- Voltaram? Então ele não estava sozinho?

- Uma moça o acompanhava. Confesso que não sei quem era ela. Provavelmente alguém da escola, pois estava usando a capa de Hogwarts. Aluna não deveria ser, pois não parece ter idade....

- Hummm....acho que sei quem é. – Malfoy lembrou do que Draco lhe contou.


Lúcio desconfiou muito, mas não iria até o mundo trouxa, pois não queria que Tom percebesse que ficou tão interessado na “fofoca”. Resolveu contar ao seu mestre, poderia ser uma informação bem importante.


- Você é sempre muito eficiente, Lúcio. Estou curioso para saber o que Severo anda aprontando. Temos que mandar alguém ao mundo trouxa para tentar descobrir o que há lá. Você sugere alguém?

- Que tal Percy? O pai dele deve ter lhe ensinado muita coisa sobre os trouxas, acho que é o mais indicado para fazer essa pesquisa.

- Ah, claro. – Ele, na mesma hora, convocou Percy pela Marca Negra.

Não demorou muito, e Percy aparatou na frente de Voldemort.


- O senhor me chamou, mestre?

- Preciso que descubra algo para mim, é urgente.


Percy foi até o mundo trouxa, saindo pelo Caldeirão Furado, como Snape. Caminhou calmamente pela calçada, primeiro para um lado, depois para outro. Observava tudo, procurava algo que pudesse chamar a atenção de algum bruxo.

Parou na frente da vitrine da livraria e viu um livro que chamou-lhe a atenção. “Será o mesmo Harry Potter do mundo dos bruxos? Não pode ser......vou verificar” – pensou.

Entrou na livraria para dar uma olhada no tal livro.

- Pois não, senhor? – disse a vendedora.

- Por favor, gostaria de dar uma olhada naquele livro que está exposto na vitrine: “Harry Potter”.

- Está aqui. este é o sexto volume da série. Aquele bruxinho faz muito sucesso! – disse a vendedora sorridente.

- Bruxinho?! – Percy ficou surpreso. Pegou o livro e deu uma folhada. Viu o símbolo de Hogwarts na primeira página do livro e levou um susto. – Vou levar. Empacote bem, sim?


Ele ficou bem nervoso que até esqueceu que a vendedora havia mencionado que aquele era o sexto livro. Pagou e logo voltou para falar com o Lord das Trevas.


- Tão rápido, Percy?! O que descobriu?

- Foi fácil, mestre. Está aqui. Veja com seus próprios olhos.

Voldemort pegou o pacote com o livro e abriu.

- “Harry Potter”...hummm...os trouxas escreveram um livro sobre aquele garoto? Muito interessante....sabe o que diz neste livro?

- Não sei, mestre, mas vi que tem o símbolo de Hogwarts nele.

- Não comente com ninguém sobre o que encontrou...nem com Lúcio Malfoy, sim?

- Pode deixar, mestre. Ficarei calado.


**


Snape, logo à tardinha, sentiu seu braço doer muito. Era a marca negra. Voldemort estava convocando os comensais. Provavelmente à noite haveria uma reunião. E....ele não iria.


Terminou a poção que estava fazendo, organizou sua mesa e foi dormir um pouco mais cedo, estava muito cansado e nervoso. Desde aquela noite que sonhou com Laura, não conseguia dormir direito. Tomou um copo de poção calmante e se deitou. A poção fez efeito rápido, logo Snape caiu em sono profundo e sonhou novamente:


pois de um longo dia de trabalho, Snape foi para seus aposentos, descansar. Quando se aproximava da porta, achou estranho, pois a mesma estava entreaberta. O quarto estava pouco iluminado. Só havia a luz do fogo da lareira, mais nada. Olhou para sua cama e...havia alguém nela. Chegou mais perto....era Laura. Ela, sentindo ele se aproximar, virou e olhou nos olhos de Snape. Ela estava coberta apenas pelos finos lençóis de cetim da cama de Snape. Ele tirou sua capa, sentou-se na cama, ao lado de Laura, e a beijou. Acariciou o rosto dela e foi, vagarosamente, tirando o lençol que a cobria. Ela estava nua. Snape começou a acariciar todo o corpo dela: branco, liso, macio, perfumado. O cabelo cobria os seios de Laura e Snape foi afastando-os delicadamente com as mãos. Tocou os seios dela e a beijou novamente. Um beijo longo, cheio de desejo, quente, ardente, molhado, gostoso...”


De repente um barulho. Alguém batia forte na porta. Snape acordou suado, com um calor incontrolável...o desejo por Laura ainda latente em seu corpo. Levantou, molhou o rosto com água fria, colocou o roupão e foi atender a porta. “Quem deveria ser aquela hora da noite?” – pensou.


Snape abriu a porta. Era Filch com Crabbe e Goyle.

- Professor, desculpe interromper seu sono, mas é que peguei esses dois alunos de sua casa passeando no pátio da escola. Havia um terceiro, mas era muito esperto e escapou. Eles estavam vindo da direção da Floresta Proibida.


Snape olhou para os dois. Sentiu vontade de expulsá-los. Sabia exatamente o que estavam fazendo e quem era o terceiro que fugiu: Draco Malfoy. Todos estavam voltando da reunião dos comensais da morte.


- Pode deixá-los comigo, Filch. Obrigado.

- Tem certeza que não quer que eu aplique uma “correção” neles? – olhou maldosamente para os dois.

- Não, pode deixar que eu mesmo resolvo isso.


Filch foi embora e Snape fechou a porta. Olhou furiosamente para os dois.

- Não preciso perguntar onde vocês estavam. Sei muito bem.

Os dois se olharam com espanto e não disseram nada.

- Em respeito ao mestre de vocês, vou apenas aplicar uma semana de detenção. Isso é para ver se vocês aprendem a tomar mais cuidado quando saírem para as reuniões.


Os dois saíram da sala apressadamente, com medo que ele mudasse de idéia e aplicasse mais detenções.


Snape voltou para seu quarto, tirou o roupão e se deitou. Queria continuar aquele sonho maravilhoso...Ela estava tão linda, e era sua....totalmente sua no sonho... Só conseguiu dormir novamente porque a poção ainda estava fazendo efeito, pois esse último sonho havia deixado Snape muito inquieto e ansioso.


Os dias se passaram e Snape evitava sequer olhar para Laura. Sempre que a via, logo as imagens do último sonho invadiam sua mente....e acabava ficando totalmente vermelho. Laura nem imaginava porque ele a estava evitando tanto, só achava um pouco engraçado toda hora ver Snape com o rosto pegando fogo.

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