Capitulo 5



CAPÍTULO V

Dentro de você. As palavras de Harry evocavam imagens de corpos ondulantes, beijos ardentes, e ela apoiou-se nele. Ele segurou-a pelos ombros, enterrando o rosto na curva do pescoço macio. Ela se mexeu, e Harry gemeu baixinho.

— Hermione... — O perfume feminino o invadiu como chuva fresca num deserto árido.

Molhando os lábios com a ponta da língua, ela ergueu a mão para tocá-lo, mas parou. Harry segurou-a pela cintura e virou-a, agarrando as duas mãos de Hermione e prendendo-as atrás das costas, com uma só mão.

O movimento fez os corpos se tocarem e ela pôde sentir a rigidez de Harry, agora que estavam de frente um para o outro.

— Sente o que faz comigo?

Ela ergueu o olhar para fitar o rosto escondido na escuridão.

— Não é mais do que você faz comigo — sussurrou, o corpo ardendo de desejo.

O rosto dele aproximou-se ainda mais.

— Seria capaz de fazer isso sem me ver? — disse ele, os lábios tocando de leve os dela.

Uma emoção intensa os envolvia.

— Sim.

No mesmo instante a boca máscula cobriu os lábios de Hermione, num beijo ardente e apaixonado. O beijo tornava-se cada vez mais exigente, e ela aceitou, entregando-se à gloriosa sensação que a envolvia, como uma onda ardente e avassaladora. O coração batia disparado, e quando ele apoiou-se contra a parede, acomodando-a entre as coxas fortes, Hermione não protestou. Era tudo tão erótico... A escuridão, o fato de não poder tocá-lo, quando desejava enterrar os dedos nos cabelos macios, mostrando-lhe tudo o que provocava nela.

A língua exigente invadiu-lhe a boca e Hermione abriu os lábios, fazendo Harry gemer de desejo. Uma das mãos dele segurava-lhe os dois pulsos, mas a outra lhe acariciou as costas, puxando-a para mais perto. Ela se mexeu, gemendo de frustração por não poder tocá-lo.

Harry quase perdeu o controle quando a língua de Hermione acariciou-lhe os lábios, cheia de paixão. Era exatamente o que os dois pareciam querer extinguir com os beijos. Mas ela só aumentava. Cada vez mais.

A mão dele subiu até o ombro de Hermione, a ponta dos dedos tocando a pele nua, sob o roupão. O simples toque provocou uma reação intensa, como se fogo liquido lhe percorresse as veias, e ela arqueou o corpo. A mão deslizou, tocando o seio macio, e Hermione beijou-o de modo selvagem, apertando o corpo contra o dele. Se não podia tocá-lo, tinha que expressar a paixão de outras maneiras. Os dedos fortes acariciaram o mamilo ereto, enquanto os beijos se tornavam mais ardentes. Harry sentia-se vivo e louco de desejo. Queria mais. Queria sentir as mãos dela em seu corpo, o corpo dela nu colado ao seu. Queria sentir o toque de uma mulher. Daquela mulher. Só ela.

Mas não podia. Aquilo era tudo que poderiam ter, e sabia que tinha cruzado uma barreira que jamais deveria ter ignorado. Bruscamente, afastou os lábios dos de Hermione.

— Não — gemeu ela, sabendo que iria deixá-la. Estava louca de desejo.

— Não posso. — Ele mal podia respirar. Afastando-a dele, endireitou-se.

Com um suspiro, soltou-a, e Hermione cambaleou, sentindo as pernas fracas. Ele amparou-a e Hermione apoiou as mãos nos ombros dele.

Harry enrijeceu.

— Hermione, não...

Ela não obedeceu e deslizou as mãos pelo peito musculoso, coberto pelo roupão de seda, sentindo o coração dele disparar, os músculos enrijecendo quando ela tocou o cinto do roupão.

Ele ficou imóvel, cada fibra do corpo tensa sob o toque delicado.

— Não fiz isso por piedade, Harry — disse, num tom suave. — Seus dedos deslizaram mais para baixo. — Eu quis. — A mão delicada tocou-o, antes de virar-se para subir a escada. — Ou será que não percebeu?

Harry continuou ali, imóvel, incapaz de responder ou de fazer qualquer movimento. Observou-a subir a escada, o roupão meio aberto, expondo boa parte dos seios. Ela não fez nenhum gesto para tentar cobrir-se, e parou no meio da escadaria, voltando-se para ele.

— Ainda detesta o que faço você sentir?

Ele apoiou-se na parede.

— Sim... e não.

— Que parte de você vencerá, Harry? O homem cujos beijos me levaram ao céu, ou a fera que está trancada dentro dele? — Com essas palavras subiu correndo os degraus, como se tivesse medo de ceder e voltar correndo para os braços dele.

Quando ela desapareceu de vista, Harry esmurrou a parede. Tinha sido um tolo em tocá-la. Tinha que ficar longe dela. Mas apenas o pensamento de não vê-la já era doloroso demais...



Harry a evitara por alguns dias. Dois, para ser exato, e isso o deixava louco para ter companhia. O ruído de passos e as risadas de Kelly não estavam ajudando nem um pouco. O som competia com a chuva do lado de fora. O ruído, a música e as risadas chegavam até ele, provocando uma enorme vontade de ver o que acontecia. Mas continuava dizendo a si mesmo que tinha muito trabalho a fazer. Ele olhou para os três computadores, através dos quais gerenciava as empresas e comunicava-se com os empregados, e então pegou o controle remoto, ligando a tevê. Colocando o volume bem alto, tentou abafar o som das vozes femininas que brincavam na casa.

Mesmo olhando para o programa de entrevistas, não podia deixar de se admirar ao ver como Hermione se envolvera com a menina, em poucos dias. Não eram apenas as brincadeiras, as risadas, mas os pequenos cuidados que percebia, como as fitas nos cabelos de Kelly, combinando com as roupas, o modo como arrumava a mesa. E também como deixava de lado qualquer coisa quando a menina precisava. Só que ele desejava estar lá para abraçá-la, para amarrar os sapatos, enxugar as lágrimas.

Ele ligou o interfone, no volume no máximo, para poder ouvir o som da casa toda. Era estranho, depois de tanto tempo vivendo no silêncio.

— Srta. Hermione, veja!

Ele ouviu passos e um gemido... de Hermione. Da última vez que ouvira aquele som, ela estava em seus braços, entregue aos beijos ardentes.

Esfregando os lábios, tentou afastar as lembranças.

— Oh, Kelly, coitadinho!

— Se ficar no estábulo pode ser pisoteado, não é?

— Sim.

— Posso pegá-lo?

— Oh, temos que pegá-lo. Vista a capa. Vai ter que se agachar e ser paciente. Se ele vier até você, podemos trazê-lo para dentro. Se não vier é porque não está pronto para ficar conosco, e pode arranhar você.

— Está bem — disse Kelly. — Mas ele virá.

Franzindo a testa, Harry levantou-se e foi até a janela que dava para o pátio de trás. A filha correu na direção do estábulo, vestindo uma capa amarela. Ali, bem na porta, estava um gatinho minúsculo, preto como carvão. Kelly ajoelhou-se e estendeu a mão, esperando, como Hermione ensinara. Harry apertou o botão do interfone.

— Um gato, Hermione?

— É um gatinho, e eu imaginei que estivesse trabalhando.

Ele ignorou o comentário.

— Não acho uma boa idéia. Ela tem apenas quatro anos.

— E precisa de algo para cuidar. Vai aliviar a dor da perda, Harry. Precisa sentir que é capaz de lidar com as situações, e o gatinho é inofensivo.

— Gatinhos miam fora de hora, e isso não vai diminuir a dor.

— É, não vai. Ela precisa que o pai deixe a caverna e venha ficar com ela. Mas não pretende fazer isso, não é?

A culpa dominou-o e, sem querer, olhou para a mão coberta de cicatrizes.

— Droga, Hermione, sabe que não posso fazer isso.

— Não, Harry, eu não sei. — A exasperação era evidente na voz dela. — Só sei que está descontando a reação de algumas pessoas em mim e em Kelly. E está negando a si próprio muito amor.

Harry passou a mão pela nuca dolorida.

— Veja! Veio até ela!

A excitação na voz de Hermione atingiu-o como um golpe.

— Hermione...

A voz dela soou mais baixa:

— Ande devagar, querida. O chão está escorregadio. Segure-o com cuidado, ele é um filhotinho. — Ela estava na porta dos fundos, e sua voz misturava-se ao ruído da chuva.

Então Hermione aproximou-se do interfone, a voz rouca de emoção:

— Se pudesse ver o rosto dela, não questionaria nada. E prometo, vou ensiná-la a cuidar do gatinho. Será minha responsabilidade. Está bem assim, meu senhor?

Como poderia recusar, sem parecer cruel?

— E também cuidarei para que o gatinho jamais o veja.

Ele olhou para o interfone com expressão séria.

— Muito engraçada. Está bem. E sua responsabilidade.

Harry desligou, mas ainda podia ouvir a voz de Hermione, vinda do alto-falante junto à escrivaninha. Estava ajudando Kelly a tirar a capa e os sapatos molhados.

— É lindo! — disse Hermione.

— Posso ficar com ele? — perguntou Kelly, num sussurro.

— É claro que pode. Ele precisa de uma casa.

— Mas... o que papai vai dizer? — A voz da menina expressava medo, e Harry não gostou nem um pouco disso. Não queria que tivesse medo dele.

— Seu pai acha a idéia maravilhosa.

Mentirosa, pensou Harry. E embora não pudesse ver o sorriso de Kelly, pôde senti-lo, completamente. Hermione estava decidida a fazê-lo parecer um herói diante da filha.

— É um gato ou uma gata? — sussurrou Kelly. Houve uma pausa, uma risada, e então, a resposta:

— É uma gata, querida.

Três presenças femininas na casa. Como um homem podia suportar aquilo? Ainda assim, encostado no batente da janela, Harry desejou estar com elas. Queria ver o rosto de Kelly, segurando a gatinha. E a dor sufocou-o, mais uma vez.

— Os olhos dela parecem os seus, srta. Hermione.

— Não acho que os meus sejam tão castanhos, ou tão lindos.

Mas eram, pensou Harry. Cor de uísque e misteriosos, como os de um felino.

— Vamos mantê-la aquecida. Pobrezinha, está tremendo. Vamos para a sala, acender a lareira. Só tem que mantê-la enrolada na toalha e deixar que se acostume com você.

— Como nós vamos chamá-la?

Nós. Ela já estava apegada a Hermione, pensou Harry, e quando as vozes desapareceram, não conseguiu ficar parado. Precisava ao menos ouvir o que diziam, já que não podia ver a menina, pensou, descendo pela escada de serviço.

— ...mas nunca soube de um gato que atendesse quando chamado pelo nome — ouviu ele, alguns minutos depois.

— Já teve gatinhos? — perguntou Kelly, e Harry deslizou pela porta escondida, entrando na cozinha e espiando. Hermione acendia o fogo na lareira.

— Sim. Quando eu era criança tínhamos pelo menos uns três, além dos cachorros e das cabras. — Ela sorriu para a menina, fazendo o sangue de Harry ferver nas veias. — Gado, galinhas e montes de amendoins.

— Amendoins?

— Meu pai é fazendeiro. Planta amendoins.

O rosto de Kelly se iluminou.

— Ele faz manteiga de amendoim?

— Não. Ele vende a colheita para as fábricas. — A risada de Kelly encheu o ar, e Harry sentiu uma estranha emoção percorrê-lo. — O que acha? — perguntou, apontando a lareira.

— Está gostoso, mas a gatinha ainda está tremendo.

— Fale com ela com carinho, até acostumar-se com a sua voz e perceber que não vai machucá-la. Enxugue o pêlo dela devagar, enquanto vou buscar um pouco de leite.

Sentada no canto do sofá, Kelly olhava para Hermione, com olhos muito brilhantes.

— Muito, muito obrigada, srta. Hermione.

— Por nada, querida — disse Hermione, beijando-a, carinhosamente.

Hermione afastou-se, parando junto à porta para observar a menina e a gatinha. Animais eram uma das melhores coisas que havia para crianças que cresciam na fazenda.

Na cozinha iluminada apenas pela luz do fogão, ela abriu a geladeira e tirou o leite, virando-se para o armário para pegar um pires. A mão parou no ar.

— Há quanto tempo está aqui? — perguntou, suavemente, percebendo que ele estava ali, atrás dela, do outro lado do balcão. No silêncio, podia ouvi-lo respirar. Não tinham ficado tão perto desde o beijo na escada e Hermione estremeceu ao lembrar. Imaginara que ficar longe dele apagaria as lembranças, mas estava enganada. O simples fato de sabê-lo tão perto deixava seu corpo em chamas.

— Tempo suficiente para saber que é filha de um fazendeiro.

— Isso mesmo. Sou a mais velha.

— Quantos irmãos tem?

— Cinco. Três meninas e dois meninos. — Ela despejou leite no pires. — A diferença de idade é pequena.

— Deve ter sido bom. Fui o único filho.

Algumas vezes ela desejara ser filha única, mas não muitas.

— Era barulhento, apertado, mas não trocaria minha família por nada.

Harry sorriu, adorando quando o sotaque dela ficava mais acentuado. Tinha curiosidade em saber mais sobre o passado de Hermione.

— Então, por que entrou nos concursos de beleza? Além do óbvio.

Quantas vezes ela ouvira isso? Era óbvio que uma mulher tão linda participasse de concursos. Era óbvio que os homens a desejavam apenas pela beleza.

— Que importância tem isso?

— Só queria saber mais sobre a mulher que cuida da minha filha. E também estou curioso para saber como saiu da fazenda e foi parar no Departamento de Estado.

Tinha o direito de saber, admitiu Hermione. Se fosse filha dela, faria o mesmo.

— Minha família é muito pobre. Minha mãe percebeu que poderia conseguir algum dinheiro se me levasse a concursos, ou para trabalhar em comerciais. Comecei a trabalhar quando era pouco mais velha do que Kelly. — Ela deu de ombros. — Quando cresci o suficiente para entender, percebi que era um negócio impiedoso, com uma competição acirrada e injustiças. E decidi participar de concursos que me proporcionassem o melhor prêmio em dinheiro, ou bolsas de estudos, para poder ir para a universidade, e deixar a fazenda.

— Admirável.

Ela franziu a testa, tentando vê-lo melhor. Ele continuava parado entre duas portas abertas, uma que levava à frente da casa e outra que conduzia à escada, na parte de trás. A tentação de acender as luzes era grande, mas ela prometera, e costumava manter a palavra.

— Estava tentando fugir das suas raízes?

— Não. Só não queria ser mulher de um fazendeiro, com cinco filhos, economizando cada centavo e rezando todas as noites para que a chuva viesse, ou a colheita se perderia.

A amargura na voz dela o surpreendeu.

— Sinto muito...

— Não sinta. — Ela suspirou. — Foi difícil, mas não sabíamos que éramos pobres. Todos à nossa volta viviam do mesmo modo. — Ela riu, mas o som não revelava alegria. — Hoje, mamãe e papai estão bem. Mas mamãe ainda remenda roupas velhas, economiza e aproveita todas as sobras de comida. — Hermione sacudiu a cabeça. — Parece que algumas coisas nunca mudam.

Pegando o pires de leite, foi para sala, sem saber se Harry estaria ali quando voltasse. Ou se iria voltar. Ao colocar o pires no chão de pedra, perguntou a Kelly se gostaria de chocolate quente. O sorriso da menina foi à resposta, e ao voltar para a cozinha, Hermione percebeu que ele continuava lá.

Parte dela vibrou de prazer, vendo que ele não se fora. A outra a lembrou de Paul e das lições que aprendera sobre os homens.

Pegando o pacote de chocolate, virou-se para ele.

— Quer uma xícara?

— Não, obrigado.

Como aquelas simples palavras podiam ser tão sedutoras no escuro? E como podiam fazer de conta que nada acontecera entre eles? Era mais fácil agir assim na semi-escuridão.

Hermione pigarreou, tentando afastar as lembranças eróticas.

— E seus pais, sua família?

— Kelly é tudo que tenho. Meus pais morreram, com seis meses de diferença, antes de eu me casar.

Como devia ter sido triste viver sozinho, imaginou, sabendo que ele detestaria sua piedade.

— Mais uma razão para conhecê-la melhor, Harry. Logo estarão sozinhos.

Harry não podia sequer imaginar aquilo. Para ele, Hermione tinha que ficar. E a tentação de tê-la por perto era algo com que teria de se acostumar. Não podia deixar que Kelly o visse. A menina já tinha uma imagem dele, e aos quatro anos de idade jamais poderia pensar no que o acidente fizera com ele. Ela o rejeitaria, e era exatamente isso que Harry queria evitar. Andréa não se importara de disfarçar o choque e a rejeição, quando as ataduras tinham sido retiradas. Com uma criança não poderia ser diferente. Hermione talvez tivesse um pouco mais de tolerância, mas não podia arriscar. Não depois de tê-la abraçado. Não depois do beijo que o tocara tão profundamente. A rejeição seria insuportável.

Era em Kelly que devia pensar, e não nas reações do seu corpo, no desejo por uma mulher. Era melhor continuar no escuro e ficar distante de Hermione. Para evitar o perigo.

— E a família da sua esposa?

— Ex-esposa — corrigiu ele. — Ela também não tinha família. Pelo menos, nunca mencionou ninguém.

Hermione assentiu, curiosa sobre a mulher com quem ele se casara, mas sem querer tocar feridas profundas. O tom da voz dele era suficiente para mostrar como ainda estava magoado. O mais importante era que Kelly não tinha parentes e jamais saberia o que era ter avós, ou primos. Isso a deixou ainda mais decidida a fazer Harry sair da escuridão. Os dois precisavam um do outro. Não tinham mais ninguém.

Depois de preparar duas canecas de chocolate, dirigiu-se para a porta.

— Por que deixou de ensinar os filhos de diplomatas e foi trabalhar na Wife Incorporated?

Ela virou-se para o lugar onde Harry continuava escondido nas sombras.

— Por causa de um homem — respondeu, com sinceridade. — Um homem que amei de verdade.

Harry sentiu a dor e a angústia na voz dela, e isso o feriu profundamente.

— Oh, Hermione. O que ele fez?

— Mentiu, enganou, traiu. E o pior... Ele me queria só pela aparência. Como vê, Harry — continuou, amarga —, temos mais em comum do que você imagina.

— Não concordo.

— Não? Então não me quer apenas por minha beleza?

— Droga, Hermione, é muito diferente. Não tem idéia do que é ser tão medonho.

— Não, não tenho. Mas sei muito bem o que é ser julgada pela aparência.

De repente, Kelly apareceu correndo na sala de jantar, e Hermione parou.

— Está falando com papai? Ele está aqui? Posso vê-lo? — Ela aproximou-se, e ao olhar para a cozinha, Hermione soube que ele tinha desaparecido.

— Sim, querida, era ele.

A menina ergueu o olhar, abraçando a gatinha contra o peito.

— Ele não quer me ver? — Os lábios tremiam, e os olhos verdes encheram-se de lágrimas. O coração de Hermione apertou-se. Como Harry podia fazer aquilo com a filha?

— Sim, querida, ele quer. Só que não pode vê-la... ainda.

— Quando vai poder?

A tristeza na voz da menina era tão intensa que os olhos de Hermione se encheram de lágrimas.

— Logo — sussurrou, imaginando se Harry Potter sairia do esconderijo para ficar com sua princesinha.



Obs: Tem mais ainda.... leiam o próximo!!!!!Capitulo 6.....

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