Revelações



- Não consigo acreditar nisso! –disse a professora MacGonagol que andava de um lado para o outro.


- Pois pode acreditar, Minerva... –disse Dumbledore calmamente.


- E a senhorita Granger, senhor Potter? –perguntou a professora.


- A primeira coisa que eu fiz foi leva-la para a enfermaria, professora. –respondeu Harry sentado em uma poltrona comum da sala do diretor.


- Não... Não falo nisso... Estou dizendo... Por que Voldemort iria querer mata-la? Está bem que ela é uma mestiça, mas...


Harry olhava para Dumbledore, que retribuía o olhar, os dois ali sabiam qual era a resposta. Quando então um barulho alto aconteceu, e Lupin apareceu na sala. Ele mancava.


- Algum problema com Lúcio, Remo?–perguntou Dumbledore notando que o professor mancava.


- Nada tão importante. –disse Lupin- Ele está amarrado no terceiro andar, desacordado, vigiado pelo cachorro de três cabeças e... –ele chegou na mesa de Dumbledore e colocou uma varinha encima da mesa dele- Sem varinha.


Remo Lupin novamente dava aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts, muitos pais entendiam o fato do homem ser um lobisomem e nem ligavam muito para isso mais.


- Me corrija se eu estiver errado, Harry, mas, ele atacou a Hermione com o intuito de mata-la. Não é? –disse Lupin que estava de braços cruzados.


- Sim senhor. –disse Harry desanimadamente.


- Mas, além de acabar com uma mestiça a mais e ter mais um motivo para ser colocado em Azkaban novamente, o que ele ganharia com isso? –Harry ia dizer alguma coisa- Eu digo para você. Ele provavelmente ganharia créditos com o Lorde dele. Agora... Pergunto... O que Voldemort queria com a morte de Hermione Granger? –Lupin deu uma pausa- Você poderia me responder isso, Harry?


Harry engoliu um seco, o professor Lupin nunca havia falado com ele daquela maneira. Dumbledore estava de pé atrás da mesa dele com as pontas dos dedos apoiadas na mesa, olhava para Harry. Lupin e a professora MacGonagol olhavam rígidos para Harry.


- Eu e a Hermione... Nós... Estamos... Namorando... –disse Harry não querendo nem pensar o que os professores poderiam dizer.


Ninguém falou mais nada, apesar dos três professores estarem olhando fixamente para Harry.


- Então... O que você acha que nós deveríamos fazer, Harry? –perguntou Dumbledore deixando os outros dois professores surpresos.


- Eu... Acabar com a Hermione? –disse Harry não gostando nem um pouco das próprias palavras.


Dumbledore olhou para ele, mas Harry não tinha coragem de olhar para os olhos azuis atrás do oclinho de meia-lua.


- Talvez isso não seja preciso, Harry. –disse Dumbledore finalmente- Se nós fizermos você e a senhorita Granger terminarem creio que farão de tudo para se encontrarem em segredo.


Harry não pode deixar de escapar um sorriso malicioso, Dumbledore estava perfeitamente sério.


- Então o que você sugere, professor? –perguntou Lupin agora dando uns passos para frente.


- Mandarei uma carta para os pais dela. Vamos chamá-los aqui.


- E o que vocês pretendem fazer? –perguntou Harry.


Os professores não responderam nada por um tempo, até que Harry pode ouvir o barulho da pena riscando uma assinatura no pedaço de pergaminho, Dumbledore levantou e disse:


- Nós ainda não sabemos. –ele esticou o pergaminho já enrolado para Lupin- Você poderia levar essa carta para os senhores Granger por flu, Remo?


- Claro, Dumbledore. –disse Lupin pegando o pergaminho.


Harry seguiu Lupin com os olhos, o professor foi andando calmamente até a lareira, pegou um pó dentro de uma caixinha pequena em cima de uma mesa que tinha ali perto, entrou e disse em alto e bom som “Casa de Hermione Granger”.


Uma poeira com o cheiro esquisito de sempre subiu infestando a sala por um tempo, Harry olhou então para Dumbledore querendo que ele dissesse alguma coisa. Ele o fez, mas não era exatamente o que Harry esperava:


- Acho melhor você ir ver a senhorita Granger. –disse Dumbledore- Ela deve estar precisando de você.


Harry não tinha coragem de dar uma resposta mal criada como “Escute aqui, Dumbledore, não sei se você percebeu, mas eu sou o maior interessado nisso tudo aqui...”, depois daquela suspeita que o Dumbledore era avô de Harry tudo entre os dois havia mudado.




******




Harry chegou na enfermaria, Hermione estava sentada na cama, agora já parecia muito melhor, conversava com Gina e Rony, os dois estavam sentados na cama dela.


- Hermione! Que bom que você está melhor! –disse Harry agora com um sorriso.


Ele correu até a cama da garota, Gina já havia dado um espaço para ele.


- Bem... Acho que nós vamos indo, não é Rony? –disse Gina puxando o irmão.


- Mas por quê? Eu...


- Você vem! –disse Gina puxando ele mais forte.


Após Harry e Hermione verem aquilo com vontade de dar algumas risadas. Voltaram os olhares um para o outro.


- Hã... Que bom que você está bem. –disse Harry com um sorriso.


- Obrigada por me ajudar. –disse Hermione com um sorriso- Sabe, Harry. Eu pensei, acho que nós podemos deixar tudo o que aconteceu para trás não é... Eu também preciso de você. Tanto é que se você não estivesse por perto na hora em que o Malfoy chegou, eu estaria morta.


Harry sorriu, agora a sua felicidade havia aumentado mil vezes mais. Ele chegou mais perto de Hermione, ela sentada ele chegou e a beijou. E ela respondeu.




******




- Olha, Gina, estou preocupado, você notou que a Hermione e o Harry andam muito estranhos nesses dias? –disse Rony com um tom ingênuo.


- Aí, Rony! Como você é tapado! –disse Gina que continuou andando.


- Tapado? Gina! Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado manda um comensal atacar uma simples estudante de Hogwarts e eu sou tapado por não entender porque ele faz isso? –disse Rony não admitindo ficar de fora.


- Rony! Será que você ainda não conseguiu entender! Você-Sabe-Quem quer atingir Harry de alguma forma e ele achou que matando Hermione seria a melhor forma!


- Mas... Se ele queria matar Hermione... Por que não quis me matar também? –disse Rony ainda sem entender- Quero dizer, nós dois somos os melhores amigos dele e...


Gina já estava se cansando “um pouco” do irmão não conseguir colocar as peças do quebra-cabeças juntas. Até que sem querer deixou escapar:


- Rony! Será que você ainda não se tocou de que a Hermione e o Harry estão namorando?


Rony olhou, parecia que tinha ouvido uma noticia de que ele tinha uma bomba em sua mochila, paralisou totalmente. Arregalou os olhos. E definitivamente não havia gostado daquela noticia.




******




- ENTÃO É ASSIM NÃO É! –gritava Rony que entrava na enfermaria- JÁ ENTENDI AGORA! OS DOIS ANDAM SE BEIJANDO! E FAZENDO O RONY AQUI DE IDIOTA!


- Rony... –Harry engoliu um seco- Olha Rony...


- VOCÊ CALE A BOCA SEU AMIGO DE ARAQUE!


E ele mal terminou de dizer isso e já fechou o punho e deu um soco na boca de Harry que caiu, Madame Pomfrey chegava com os gritos, Gina tentava acalmar Rony e Hermione tentava acalmar todo mundo sem poder sair da cama.


Harry colocou a mão na boca, deveria ter cortado, pois saia um pouco de sangue do lábio dele.


- Senhor Weasley! O que você pensa que está fazendo? –disse Madame Pomfrey.


- Era só isso mesmo, Madame Pomfrey. –disse Rony que então saiu batendo o pé.


Harry olhou para Gina, ele se levantou com a ajuda da garota, olhou para Hermione que também parecia não entender nada.


- Deixe eu dar uma olhada nessa boca, senhor Potter. –disse a Madame Pomfrey tentando limpar o sangue com um algodão- Não entendo, porque ele fez isso?


Os três ignoraram a Madame Pomfrey, Harry sentou ao pé do leito de Hermione, tinha Madame Pomfrey passando um algodão em seu lábio. Olhava para Gina com um olhar de censura, Hermione também.


Gina fez umas caretas, parecia querer dizer alguma coisa, mas não conseguia saber como se expressar, até que finalmente falou:


- Desculpem... Eu deixei escapar... –ela olhou para Harry- Mas pensem pelo lado bom... Mais que um lábio partido nada...


- Sinceramente, Gina, eu tenho medo de nós não termos toda essa sorte. –disse Harry enquanto Madame Pomfrey pegava mais alguma coisa em sua bandeja com curativos- E também...


- Fique um pouco quieto, por favor, senhor Potter... –disse Madame Pomfrey querendo fazer o curativo logo. Ela terminou depois de um tempo- Protinho...


- Como eu estava dizendo: E também... Eu tenho medo que ele vá fazer alguma loucura. –ele já levantava da cama que estava sentado- Eu preciso ir atrás dele...

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